Nunca te olvidaré escrita por SmilePangie


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos! Não sei se tem gente que ainda lembra dessa fic, mas vou voltar a postar. O capítulo, infelizmente, não tá legal. Serviu mesmo para que eu volte no ritmo da história. Não desistam de mim, por favor!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/642222/chapter/4

 

 

Na manhã seguinte...

— Mas você vai assim de uma hora para outra? E para onde você vai?

— Eu não sei, Beto. Eu só preciso ir, não quero que cenas como essa se repitam novamento, não quero ficar vagando pelos corredores desse lugar como um fantasma. Não quero agir como se estivesse tudo normal sabendo que a qualquer momento eu posso morrer, não mais. Discuti com a Angie e não faço a mínima se nós voltaremos sequer a nos falar. Agora nada importa.

— E a sua filha? Você vai abandoná-las? Simplesmente sumir sem dar explicações?

— Meu amigo, entenda... - respirei fundo antes de continuar - eu as amo e por essa razão tomei essa decisão. Essa doença é traiçoeira, ontem assim que saí daqui fui ao médico e eles disseram que só tenho mais 3 meses de vida, mas não foram eliminadas as hipóteses de que pode acontecer antes, não quero ter nenhum de vocês por perto quando isso acontecer, não lhes quero causar mais dor e sofrimento.

— Você é tão cabeça dura! Quando coloca algo na em mente não há quem tire! Faça o que quiser, mas conte o que está acontecendo a sua mulher. Ela precisa entender o porquê de tudo isso.

Assim que terminei de passar e repassar todos os detalhes ao Beto, me despedi sem dizer para onde ia porque, na verdade, nem eu sabia qual seria meu destino. Cheguei a casa que mais uma vez estava vazia, Angie não havia dormido em casa e não aparecera, também não atendia a nenhum de meus telefonemas. Não que eu esperasse que ela o fizesse, mas queria ver a Luna e assim daria um beijo de despedida em minha filha. Arrumei a mala, deixei uma carta para Angie e parti. Decidi ir para uma casa que pertenceu a meus pais, em Rosário. Liguei mais algumas vezes para Angie e como esperado, não obtive resposta. Já havia tomado minha decisão e não pretendia voltar atrás.

Brazil, 10:15, apartamento dos Torres.

— Bom dia, Cami. Onde está a Luna?

— Ali assistindo tv, eu não deixei que ela te acordasse, você estava e ainda está precisando de descanso.

— Estou tão ruim assim?

— Ruim é apelido, querida! Mas conseguiu dormir, conseguiu pôr as ideias no lugar? - balancei a cabeça negativamente.

— Meu celular não parou um minuto, tive que desliga-lo para conseguir dormir e ainda assim não consegui.

— Por que você não responde ele, amiga? Eu sei que não tenho conhecimento de metade da história porque tenho certeza que você me escondeu, mas responde ele. Ao menos pra dizer que você e a Luninha estão bem.

— Não, Camila. Eu não quero falar com ele! Não quero ouvir sua voz nunca mais.

— Então avisa ao Beto, sei lá!

— Como você é chata e insistente!

— E mesmo assim você ama a Camilinha aqui. - Não pude deixar de rir, Camila se tornou minha melhor amiga apesar da diferença de idade, ela me arranca sorrisos em qualquer ocasião e sempre está disposta a ajudar, por isso, a escolhi para ser madrinha da Luna. Não podia ter feito escolha melhor, Luna a ama.

— Eu vou ligar pro Beto, mas agora quero que você nos leve para conhecer cada lugarzinho daqui.

Camila nos distraiu pelo resto do dia, nos fez conhecer cada lugar do Rio (que é um lugar maravilhoso, por sinal). Luna ficava maravilhada e cada lugar que íamos se tornava seu preferido, era ótimo ver a felicidade estampada no rosto de minha filha, me fazia esquecer de meus problemas por um tempo. Assim que voltamos para o apartamento de Cami, coloquei Luna para dormir e fiz o que estava aguentando por muito tempo, desabei.

Acordei uma hora depois com uma mensagem da Olga:

" Angie, como vocês estão? Eu estou preocupada com você, pequena. Me dê notícias.

Amo você e a Luna"

Não queria preocupar Olga, mas também não queria contar nada, então respondi:

"Olguinha, meu amor! Nós estamos bem, estamos no Brasil e com a Camila, então você sabe que não precisa se preocupar, essa louca faz isso pelas duas. Também te amamos. Beijos."

Levantei e fui até a cozinha, não sabia quanto tempo havia adormecido, mas logo descobri que foram duas hora. Eram 2:00.

— O que a senhorita faz uma hora dessas acordada, posso saber?

— Que susto, Camila!

— Também não é pra tanto! Tá sem sono? Eu também e com fome.

— Na verdade, eu nem percebi que havia dormido, acordei e vi uma mensagem da Olga. Agora fiquei sem sono.

— Ótimo, assim você me faz compainha. Faz alguma coisa pra gente comer, por favor? Eu vou procurar algum filme na tv.

— Estou sendo escravizada às 2:00 da manhã? - Nós duas rimos e ficamos assistindo a filmes aleatórios, às 5:00 fomos para a varanda de seu apartamento ver o sol nascer, a vista era linda, de frente ao mar. Incrível como um simples nascer do sol pode nos revigorar, renovar nossas energias, trazer uma sensação de paz, sensação essa que eu não sabia que duraria tão pouco.

Às 6:00 atendi um telefonema que fez meu mundo girar e se estilhaçar em vários pedacinhos.

— Quem é? - Perguntou Cami.

— Não sei, não conheço esse número.

— Atende, ué. Vai que dizem que você ganhou um prêmio em dinheiro ou uma viagem com direito a acompanhante para Paris!

— Só você mesmo, Camila... - Peguei o celular e atendi sem saber o que vinha a caminho. - Alô?

— Olá, gostaria de falar com a Senhorita Angeles, esposa de Pablo Galindo.

— Sim, você está falando com ela, em que posso ajudar? - Não reconhecia a voz e o tom formal estava me deixando curiosa. Camila fazia gestos para que eu lhe falasse do que se tratava.

— Desculpe-me ligar a essa hora, aqui é o doutor Paulo do Hospital de Rosário, a senhora poderia comparecer aqui urgentemente? - Meu coração começou a acelerar e minhas mãos suavam, algo não estava nada bem.

—Eu não estou na Argentina, no momento me encontro no Brasil, mas do que se trata?

— Não posso informar por telefone senhora, me desculpe. Posso falar com outro parente?

— O que está acontecendo, pelo amor de Deus?! - Camila tomou o celular de minhas mãos e começou a conversar com o médico. Ele não queria me falar, algo aconteceu com o Pablo. Estou ficando sem ar, eu preciso vê-lo. Eu preciso saber o que aconteceu, será que... Não, não pode ser! Não pode ser! Não conseguia entender o que ela falava, pois, diminuiu o tom de voz, o único que entendi foi que ela estava dando o número do celular de Beto. Assim que desligou ela virou-se para mim e falou: - Vamos agora para Buenos Aires. Agora, Angeles!

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nunca te olvidaré" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.