Jorge levará Katherine para casa após, a confusão que acontecerá no ninho, ela dessa vez segurava a sua mão e quando chegou no portão de sua casa, deu um forte abraço a Jorge, ele fitava seus olhos. A hippie não entendeu ainda o porquê daquele beijo, mas simplesmente aconteceu, ela ficou observando Jorge sumir no horizonte. Teve que tomar cuidado seus pais não poderiam saber que ela tinha levado uma surra! Então, entrou silenciosamente. Sua mãe estava assistindo TV, enquanto seu pai também na sala lia um jornal. - Que depressivo pensou. No corredor, em direção ao seu quarto, sem querer ela esbarra em algo, que faz um enorme barulho.

– Katherine? Gritou seu pai.

– Sim pai! Falava ela, de costas para ele, enquanto continuava a andar para o seu quarto. Limpou o nariz que ainda teimava a sangrar, seu olho que tinha um enorme hematoma roxo. Deitou na sua cama, o mundo girava por cima de sua cabeça. E então pega o seu telefone e liga para Allya.

– Alô Allya?

– Sim Kath sou eu! Tudo bem?

– Nada bem! Bem mais ou menos.

– O que aconteceu?

– Levei uma surra e beijei o Jorge!

– Gente? Meu de... ? Não acredito vocês se beijaram, e que história é essa de surra?

– Uma garota punk apaixonada pelo Jorge me bateu... Não quero mto falar amanhã te conto tudo. Tchau.

No colégio Katherine se encontra com Jorge e Allya. A garota gótica havia pintado o seu cabelo de roxo, e isso lembrou Naomi, Katherine da um firme abraço em Jorge e como de costume seu coração acerela.

– Eu não sei porquê te beijei ontem...

– Da nada, foi só mais um beijo na minha vida!

– Punk isolente! Escroto. Falou revirando os olhos.

Allya pôs se a rir e comentou com Katherine e Jorge que ela também iria ao ninho, ela reparou os hematomas no rosto da hippie.

– Jorge eu lhe disse para que não deixasse acontecer nada com ela. Se eu encontrar essa tal de Lin me segura!

– Não é culpa dela afinal ela me ama.
Deu uma risada que deixou Katherine brava
Como Jorge podia brincar com os sentimentos de alguém assim, não sentia mais raiva de Lin pelo contrário um pouco de pena aflorava no seu doce coração.
Katherine observa um jovem Hippie entrar pelo pátio do colégio sua pele não nem clara e nem escura, usava uma bandana na cabeça, e vestes típicas Hippies.

– Fabríciooooooooo!
Ela corre em sua direção para abraço lo

– Kath!

– Fabrício, por onde você estava porquê sumiu? Não veio mais a escola, não te vi no Bar Anos 60 a Janice e o Bob também sentem sua falta!

– Eu não tenho passado por uma boa fase da vida e resolvi sumir um pouco.

Fabrício mal falou e Jorge e Allya se juntaram aos dois, Jorge o fuzilava sem parar poderia socalo a qualquer momento, Allya ao contrario se deu muito bem com Fabrício como ele era da sala de Katherine, os dois passaram o turno inteiro conversando, e então alguma coisa provocou um estopim em Jorge.

– Qual é a sua hippie de merda.

– Nada brother relaxa, na paz ✌

– Paz é o caralho.

– Brother se tu se exaltar mais vou ter que usar a fumaça da alegria.

– Fumaça da alegria?

Jorge e Fabrício puseram se a rir, enquanto Katherine ficou surpresa Jorge não haverá socado o seu amigo hippie.

– Te vejo no Bar Anos 60 Kath.

– Não vou lá hoje, vou ao ninho, com a Allya e o Jorge, você não que ir?

– Eu? Não. Lá não é o meu lugar, mas boa sorte. E você tem MUITA coragem sabia?

– Obrigado Fabri, o Jorge e a Allya vão cuidar de mim, eu espero.

Katherine se despediu de Fabrício e foi com Allya e Jorge para o Ninho, não sentia mais tanto medo assim como antes, mas o temor sobre Lin e outras garotas punks ainda a assombrava um pouco. Já Allya se sentia confusa não sabia se seria aceita e estava preparada para qualquer tipo de confusão. Jorge estava orgulhoso de levar duas garotas ao seu lado, mas não se sabe ao certo o que se passava naquela pequena cabeça.
Ao chegar no ninho Allya esbarra em Naomi, ela fica chocada pelo cabelo roxo igual ao seu, diferente apenas no tamanho, Naomi da um pequeno sorriso para Allya, que retribui. A gótica fica um tempo olhando para Naomi, e Jorge chega por trás e lhe da um enorme susto, bem pelo menos ele tentou assusta-la.

– Você tá parecendo a senhorita hippie, viajando assim.

– Não seja inútil! Eu só fiquei sei lá confusa aquela garota se parece muito comigo. Falou apontando para a Punk.

– Ela? A Naomi!? Jorge se pos a rir enquanto Allya o ignorava revirando os olhos.
No momento em que os dois conversam Katherine chega por trás de Jorge dando lhe um forte abraço, seu rosto ficou marcado pelos spikes da jaqueta de Jorge. Alguns garotos punks provocavam Katherine para que ela os abraçasse também, mas Jorge logo lançava um olhar que sempre fazia com que eles corresem, afinal Jorge era bastante conhecido no ninho e tinha muitos amigos punks, qualquer um pensava duas vezes em se meter com ele, mas mesmo assim ele não era agressivo com outros punks e não gostava de covardia, tinha um bom coração as vezes. Naomi chega ao encontro do grupo ela complementa Allya, e fica surpresa ao ver que ela também era conhecida de Jorge e Katherine. As duas passam um tempo conversando até que Katherine estranha algo quando, Naomi chama Allya para um pequeno cômodo presente no ninho ela esconde algo que se assemelhava a uma seringa no bolso, mas como a garota Hippie sempre viajava não deu muita importância. Jorge e Katherine se abraçavam o tempo todo isso chamava a atenção de outros punks que comentavam.

– Ela não tem medo de vim aqui?

– Como pode ter tamanha audácia de abraçar o Jorge assim !

– Olha o Jorge "pegando" mais uma.

Após algum tempo Allya apareceu de novo, dessa vez ela escondia seus braços com as longas mangas pretas, Katherine ficou curiosa, Jorge nem ligou, ele foi conversar com outros punks deixando as duas sozinhas, elas procuraram por Naomi mais em meio a tantos punks era quase impossível acha-lá, porém não desistiram e continuaram a procurar. Elas pararam para observar um grupo de garotas punks na tentativa de encontrar Naomi, algumas delas tinham o cabelo verde, azul, vermelho, laranja, as mais radicias faziam um grande moicano, elas ficaram por um tempo observando essas garotas até que então uma delas se aproximou das duas.

– Qual a sua gótica de merda

– Nada eu apenas estou procurando a Nao... Quem vc pensa que é para me chamar de gótica de merda?

– Calma Allya, não se exalte.

– Quieta Katherine! Ela me insultou, sem eu ter feito nada.

– Hahaha agora a gótica depressiva está brava?

– Gótica depressiva? Ora sua... Eu vou te...

– Vai o que? Falou a garota punk chamando as outras!

Isso não abalou Allya que ainda estava de cabeça erguida para a garota punk, Katherine rapidamente percebeu a confusão e chamou por Jorge!

– Jorge socorro!

Jorge ouvirá o seu grito, e sai em disparada, e vê a hipponga novamente no meio de outra rodinha punk prestes a apanhar novamente, ele intervêem entrando no meio segurando Katherine em seus braços e também puxando Allya para perto dele.

– Me solte Jorge! Gritou Allya.

– Não vou soltar! E no que vocês se meteram não me digam que ficaram encarando essas garotas?

Allya ficou vermelha e sem graça, enquanto Katherine não entendia nada, na verdade estar nos braços do punk, fez com ela esquecesse tudo ao seu redor. Jorge resolverá a confusão, Allya cruzou os braços pediu desculpas a garota punk e vice versa, uma coisa deixava Allya muito irritada os garotos do ninho não paravam de assedia-la, ela quase socará um deles, até que Jorge ficou ao seu lado os assédios pararam meio que imediatamente, ela percebeu que os outros garotos punks temiam Jorge e usou isso a seu favor abraçando como Katherine fazia, os abraços de Allya também fizeram o coração de Jorge acelerar, mas ela não perceberá como Katherine.

– Hey! Allya porquê de todos esses abraços!?

– Ah Jorge cala boca! E me abraça logo!

E assim foi o dia no Ninho Katherine ainda papeou com Allya antes de ir para casa, Jorge ficou no ninho apesar dele ter insistido em levar as duas para casa, mas levou uma enorme bronca de Allya.

– Eu sei muito bem cuidar de mim sozinha.

Em um Banco da Praça 1001, ocorre outro encontro inusitado entre hippie e punk só que desta vez era Lin e Bob. A trombada que os dois deram no dia anterior foi o começo de outra amizade entre duas ideologias diferentes, mas os dois se encontraram pelo mesmo motivo em comum, O AMOR não correspondido, Lin se sentia usada e o grande amor por Jorge se transformará em ódio, ela estava engasgada com ele após ter chorado por uma noite inteira e Bob se sentia impotente, inútil e rejeitado ele sabia que devia ter revelado o seu amor por Katherine que agora estava nos braços de outro, e pior de um punk.

– Amanhã vou dizer tudo o que penso sobre ele Bob, e implorar o perdão de Katherine.

– Mas como você pode amar alguém assim Lin?

– Eu não acho que estou cega pelo Jorge ele conseguiu destruir os meus sonhos e os seus também...

O sol vai se pondo, o frio vai rondando a Praça 1001 os dois se aproximam no banco até que suas mãos se tocam, eles olham para o rosto um do outro sem se importar com as ideologias contrárias os lábios se tocam.