– Vamos?

– Vamos.

E assim saíram rumo à sua noite. Depois da ópera eles foram a um restaurante que Carlos Daniel tinha reservado.

– Gostou meu amor? – pergunta, puxando a cadeira para sua esposa se sentar.

– Se eu gostei? Eu amei, de verdade. Você é o melhor marido do mundo e eu sou a mulher mais sortuda, pois estou ao seu lado! – o sorriso em seu rosto era radiante, e ela não fazia questão de acaba-lo; queria mostrar à todos o quanto era feliz ao lado de seu marido.

Então eles comeram calmamente, com troca de sorrisos, olhares e conversas. Depois foram para casa trocando beijos apaixonados. Quando chegaram, Carlos Daniel foi guiando Paulina até o quarto e de lá até a cama. Foram se livrando rapidamente das peças de roupas que impediam seus corpos a entrar em conexão e fizeram amor apaixonadamente.

No dia seguinte, foram despertos pela luz do sol que penetrava o fino vidro da janela, Carlos Daniel acordou primeiro e assim, ficou olhando a face de sua amada. Cada traço ele conhecia e amava como ninguém. Era tão feliz ao seu lado que nunca deixaria nada atrapalhar essa felicidade.

Aos poucos, Paulina acorda e ao ver o seu marido um sorriso brota em seu rosto.

– Bom dia, meu amor! – fala selando seus lábios.

– Bom dia, minha vida!

– Vamos, temos que descer para tomar café. ­– fala assim que vê a hora. – Meu Deus, a vovó Piedade já deve estar mandando alguém vir nos chamar.

– Calma Lina – fala rindo ao ver a cara da esposa. – Ainda é cedo, a vovó não vai mandar ninguém aqui essa hora para ‘nos acordar’. – Paulina assentiu e ficaram ali, mais um tempo juntinhos, aos beijos e carícias, até finalmente resolverem se arrumar e descer para mesa.

– Finalmente chegaram! – exclama a vovó Piedade – Eu já ia mandar a Lalinha chamar vocês dois.

– Eu falei pro seu neto vovó – fita Carlos Daniel rindo –, mas ele não quis vir tão cedo.

– Hm – olha pro neto –, tudo bem. Mas vamos, sentem.

Eles a obedecem e sentam.

– Você vai pra fábrica hoje Paulina? – Pergunta Carlos Daniel.

– Vou sim, meu amor, por quê?

– Nada, só queria saber pra mim te esperar.

– Tudo bem, me espere sim – fala dando um meio sorriso em direção ao esposo.

– Meus filhos – interrompe vovó Piedade –, já estão chegando suas bodas de açúcar. Vocês vão comemorar?

– Óbvio vovó. – Afirma Carlos Daniel sorrindo – Eu e Paulina vamos dar uma festa.

– Vamos? – pergunta confusa.

– Vamos, meu amor. Acha que eu deixaria essa data passar em branco?

– Não sei, pensei que talvez fossemos jantar, mas não dar uma festa.

Eles conversam mais um pouco sobre suas bodas e o café segue em harmonia, até que todos acabam e vão aos seus afazeres. Paulina segue Carlos Daniel em direção ao carro, para irem à fábrica.

– Meu amor, se vamos fazer uma festa, temos que arrumar tudo logo, faltam uma semana apenas. – fala Paulina, já dentro do carro.

– Claro, quando chegarmos na fábrica nós vemos a lista de convidados, ok?

– Tudo bem meu amor – dá um beijo no marido. – Sabia que esses seis anos foram os mais felizes da minha vida inteira?

– Sim, porque também foram da minha. Cada momento, tudo, foi perfeito só porque estive ao seu lado.

Os olhos de Paulina se encheram d’água com essa declaração do marido, ela não poderia querer mais, ele era perfeito, tudo o que pediu a Deus. Carlos Daniel nota que está chorando e se preocupa.

– Meu amor, o que houve? Por que está chorando?

– Suas palavras. – Carlos Daniel a olha confuso, pensando que poderia ter a magoado de alguma forma, mas não sabia como. – Foram as palavras mais doces que eu já poderia ter ouvido. Ah Carlos Daniel, como eu te amo. – suspira.

– Te amo muito mais, meu amor.