Heart Skipped a Beat escrita por Wonka Way


Capítulo 1
Make you feel, like never before


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Eu estava um tanto indecisa sobre postar isso, principalmente por causa da linguagem um tanto informal. Mas depois de um apoio moral, cá estou eu. rs Perdoe os possíveis erros.

Recomendo que ouça todas as músicas citadas, apenas por serem maravilhosas. :3

Boa leitura!! ^-^



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A gente se conheceu no banheiro do colégio. Eu tava tendo um ataque de pânico e ele apareceu. Até pensou em me ignorar, mas era melhor me ajudar do que voltar para a aula entediante de geografia. A gente passou os trinta e dois minutos restantes do quarto período lá, sentados no chão enquanto ele prendia minha atenção me mostrando umas músicas que me relaxaram.

Eu sempre lidava com as crises sozinho. Se a ansiedade atacava, eu colocava meus fones e me isolava até estar calmo o suficiente para ninguém notar. Mas foi legal ter ele ali. Foi legal ouvir músicas novas. Foi legal conversar com alguém.

Depois que o sinal tocou cada um foi para sua sala. Ele era da classe 2A, e eu da 2C. Ficavam no mesmo corredor, talvez a gente se esbarrasse qualquer dia aí.

O problema é que nos dias seguintes eu ficava me perguntando se íamos nos falar de novo, ficava olhando os alunos no corredor em busca daqueles olhos azul-escuros, era patético e decepcionante. Mas aí, duas semanas depois, a gente se esbarrou indo para o intervalo. Eu pedi desculpas por ter trombado nele, e uns dias depois estava lanchando com ele e uns amigos. Na verdade, se não fosse pelo Matheus, ele não teria me chamado para sentar com eles.

O Matheus é o amigo dele que eu mais gosto. Fala umas coisas bem estúpidas, mas é o cara mais legal que já conheci. Não que eu tenha conhecido muitos caras. Também foi o responsável por eu ter saído com o Pedro pela primeira vez.

Uns dois meses depois do ataque no banheiro, a gente combinou de ir num show de uma banda pouco conhecida que teve no parque municipal. Eu recusei o convite assim que Matheus apareceu todo animado me chamando numa quarta de manhã, mas daí o Pedro falou que a banda tinha um som maneiro, e que eu tinha que sair da minha zona de conforto. Ele vivia falando isso. Com a voz grave e a costumeira expressão indiferente, ele dizia que quanto mais eu recuasse do mundo, mas ele ia me causar pânico. Diante disso, eu acabei aceitando.

No sábado de manhã, Matheus me mandou uma mensagem dizendo que não poderia ir, e que eu deveria me divertir em dobro por ele. E eu realmente me diverti. Pela primeira vez me senti parte de alguma coisa. A energia durante aquele show gratuito foi tão boa que eu até mesmo vi um sorriso no rosto do Pedro, que me beijou depois de ter tomado umas cervejas.

Quando eu pensava no meu primeiro beijo, tinha certeza de que estaria bêbado e me atirando na primeira garota que aparecesse na minha frente. Ele seria impensado e desajeitado. E eu com certeza me arrependeria depois. Mas não foi assim.

Primeiro eu fui pego de surpresa pela mão de Pedro no meu rosto, que rapidamente me puxou para que ele pudesse encostar seus lábios nos meus. Ele mexia sua boca devagar, como se estivesse se acostumando com a minha. Eu mantive meus olhos abertos, com vontade de abraçar aquele cara ao mesmo tempo em que queria correr para longe dele. Nos beijamos muito durante aquela tarde. Não dizíamos nada sobre isso, a gente só aproveitava o momento. Acho que foi ali que entendi o que ele queria dizer com "sair da zona de conforto", porque eu realmente não estava muito confortável beijando outro cara no meio de toda aquela gente, mas com certeza estava me sentindo mais vivo do que nunca. Passamos um mês ignorando aquele sábado, mas eu ia deitar todas as noites relembrando a sensação da língua dele na minha. Isso me rendeu umas longas insônias.

Foi numa sexta que a gente se juntou na casa dele para jogar. Fomos eu, Matheus e João passar a tarde lá. Foi a primeira vez que eu fui para a casa de um amigo.

Pensando bem agora, Pedro foi responsável por muitas das minhas primeiras vezes.

No início da noite a mãe do João chegou lá para irem embora, Matheus aproveitou e pegou uma carona com eles. Quando percebi que estava sozinho com Pedro (tirando a mãe dele, que estava na sala no andar de baixo), tive a sensação mais gay da minha vida de desespero misturado com expectativa. "A-acho que também já vou embora.", eu murmurei assim que perdi outra partida no FIFA. "Eu posso deixar você ganhar a próxima.", ele sorriu de canto já se preparando para recomeçar o jogo. Eu sempre amei os sorrisos dele. Fosse o irônico, triste, bêbado, alegre... Era sempre um prazer vê-lo sorrir. "N-não é isso...", desviei o olhar, focando na televisão. "Se sente ameaçado estando comigo?", e então eu ouvi uma risada. Claramente não foi espontânea, mas me fez rir ao mesmo tempo em que me deixou corado. "Claro que n-não!" E então, sem que eu percebesse, estávamos tão próximos que eu podia contar quantas pintas ele tinha na bochecha esquerda. "Pois deveria."

Foi bom estarmos no chão do quarto dele naquele dia, assim a gente não fazia a cama ranger.

Nós nunca fomos gays. A gente curtia se pegar, mas isso não quer dizer que gostava de homens. Minha mãe costumava me chamar de "bicurioso", dizendo que também tinha passado por isso na adolescência. Mas eu sempre soube que ela tava errada. Eu gostei do Pedro, não do pau dele. E por falar em pau, nossa primeira vez não foi naquela sexta. A gente se curtiu muito, sim, mas não até o final. Eu estava apavorado demais para isso.

"Por que você me beijou naquele show?", perguntei numa tarde de domingo. Ele tinha passado sua primeira noite na minha casa, como amigos costumam fazer. Colocamos um colchão extra no meu quarto e vimos filmes até as quatro e quarenta e três da manhã. "Porque eu quis.", ele se espreguiçou ainda deitado. "Tá, mas p-por que quis?", eu estava de bruços na beirada da cama, olhando para seu rosto inchado de sono. Havia dormido até as nove, quando acordei de um sonho com ele, dali em diante não consegui mais pregar os olhos. "Sei lá! Porque tava bêbado?!" "Mas lá na sua casa você não tinha bebido e fez de novo." "Por que isso importa?", ele revirou os olhos e eu me encolhi, temendo ter deixado ele irritado. "P-porque sim!", murmurei depois de uns poucos segundos de silêncio. Ele se sentou no colchão a colocou uma das mãos em meus cabelos, fazendo um afago gostoso que me obrigou a fechar os olhos. "Talvez eu só tenha gostado, e então quis repetir. Não crie caso com isso.", e então se levantou, indo para o corredor. E eu obedeci, não tocando mais no assunto.

A gente nunca soube muito bem o que era. Eu o amo, isso é uma certeza. Mas de tantas formas que não dá para se encaixar num rótulo. Eu descobri o que era viver depois de conhecer Pedro, e acho que posso dizer o mesmo dele, que pôde se redescobrir ao meu lado.

No terceiro ano do colegial ele ganhou uma moto. Fazia uns oito meses desde o ataque no banheiro, e estávamos indo muito bem, obrigado. Uma vez por semana eu fazia terapia de grupo, porque supostamente aquilo me ajudava a agir melhor socialmente. Pedro dizia que eu parecia diferente, mas eu só ia mesmo porque ele sempre estava lá com sua moto pontualmente às dezesseis horas me esperando sair. Ele me levava até um lugar distante para a gente poder fumar antes de eu ter que voltar para casa. Eram os melhores momentos da minha semana. A gente compartilhava cigarro, saliva, e calor humano. E às vezes uma garrafa de cerveja.

Num desses dias, chamei Pedro para ir para casa comigo ao invés de sairmos para fumar, ao menos até que meus pais chegassem. Ficamos no meu quarto bebendo chá gelado e falando inutilidades, até que se tornaram putaria, e então provocações, e quando eu vi a gente tava se amando na minha cama. De uma forma tão necessitada, como se cada um estivesse esperando por aquilo há meses. E realmente estivemos.

Pedro já tinha transado com garotas antes, mas sempre jogou aquele papo mole de que comigo foi diferente, não por eu ser um cara, mas por eu ser eu. Nunca tinha ficado tão nervoso na minha vida! Mas depois de gozar eu substituí "beijar Pedro dividindo uma cerveja" por "transar com Pedro" na minha lista mental de melhores coisas da vida. Esperei que um dia pudesse colocar "transar com Pedro depois de tomar muitas cervejas". Fiz isso dois meses depois.

Quando eu fiz dezoito anos, ele me levou para o litoral. Era um sábado bem nublado, então a mãe de Pedro não deixou que ele descesse a serra na moto, mas emprestou o carro. Era um Astra sedan de 2012, confortável pra caralho. Pegamos aquele carro muitas outras vezes mais, principalmente durante algumas de minhas madrugadas de insônia. Eu mandava uma mensagem e logo Pedro aparecia em casa para darmos um passeio noturno. Nesse sábado em especial, fui acordado com uma ligação pouco depois das sete da manhã. Pedro disse que estava a caminho de minha casa, e que daria meia hora para eu me arrumar. Deixei uma mensagem para meus pais e embarquei naquela viagem que, até então, não sabia para onde me levaria. Nós passamos em um mercado e compramos todo tipo de besteira comestível. A melhor lembrança que tenho do caminho até a praia é de quando a gente tava ouvindo Stubborn Love do The Lumineers, e Pedro cantou com um sorriso tão contagiante que me fez começar a cantar junto. Sua voz grave, a posição relaxada, o sorriso leve, os olhos focados na estrada, o cigarro entre seus dedos na mão esquerda, o vento que entrava pela janela meio aberta e bagunçava seus cabelos... Todo o momento encheu meu peito de alegria, fazendo com que eu começasse a rir durante a música.

Até hoje eu choro quando ouço Stubborn Love.

Quando finalmente chegamos à praia, o vento estava terrivelmente forte. As ondas gigantescas e a maré alta deixavam a visão daquela praia quase vazia ainda mais linda. Nós deixamos os tênis no carro e andamos até onde a água alcançava. “Tão gelada!”, sussurrei ao sentir meus pés serem molhados. Instintivamente segurei a mão de Pedro, que estava ao meu lado. Ele entrelaçou nossos dedos, tornando o momento extremamente gay. “É uma pena que esteja tão nublado...”, ele comentou, olhando para o céu. “Mas as nuvens também são lindas.”, eu sorri enquanto apreciava aquela mistura de branco, cinza, e cinza escuro. Com certeza choveria mais tarde. “Feliz aniversário!”, Pedro soltou minha mão, passando o braço por meus ombros e me dando um abraço lateral. “Obrigado.”, deitei minha cabeça em seu ombro e coloquei meus braços em volta de sua cintura. Fechei os olhos e senti a vento em meu rosto. Ouvi as ondas se quebrando. Senti o beijo que Pedro deu em minha testa. Por um momento, só existíamos nós dois no mundo. “Amo você.”, murmurei. Ele riu e se afastou, ficou em minha frente e uniu nossos lábios. Beijar Pedro era sempre bom, era sempre novo. Até hoje eu posso dizer que nunca me acostumei com aquela avalanche de sensações e emoções que me invadiam sempre que a gente se beijava.

Voltamos para o carro, pois eu estava com frio e com fome. Pedro disse que queria ter comprado algo para me dar, mas sua mãe só emprestou o carro na condição de que ele pagasse a gasolina. Entre o passeio e o presente, ele fez a melhor escolha. “Eu tô comendo Ana Maria com você de frente pro mar! Não preciso de algo material.”, ele riu e se inclinou sobre mim no banco. “Mas eu ainda quero te dar algo que não seja comida.”, murmurou contra minha boca.

Naquele dia, eu recebi o melhor boquete da minha vida.

Durante meu último semestre no colegial eu me tornei uma pilha de nervos. Não tinha certeza do que faria depois, e quando tinha alguma ideia, me desesperava com a possibilidade de não conseguir botá-la em prática. Os ataques de pânico se tornaram mais frequentes, e eu me sentia um bosta sem futuro. Pedro fazia o que podia para que eu me sentisse bem. Ele já sabia que cursaria Música no ano seguinte, e saber disso só me fazia pensar que eu era um peso morto. Que ele já tinha um futuro escrito e logo não precisaria mais de mim. Durante uma noite de quinta eu estava encolhido em minha cama, calculando as possibilidades de eu sobreviver depois que o ano terminasse. Já havia tomado um calmante, mas ele não estava ajudando. Então comecei a mandar mensagens, pois parecia a melhor coisa a fazer.

Pedro” - 02h23min

Pedro... Acorda!” – 02h38min

Eu ñ consigo dormir” – 02h46min

Pq vc ta dormindo? Droga!” – 02h54min

Pedro dsclp” – 02h59min

Eu ñ quero ser um lerda!” – 03h02min

Merda**” – 03h02min

Corretor cu” – 03h03min

P pfvr” – 03h11min

Se eu te ligar vc vai fcr com raiva?” – 03h19min

P acorda!” – 03h24min

Eu te amo” – 03h33min

E então ele ficou online.

Cara relaxa porra!” – 03h34min

Ele com certeza estava irritado! Tinha se arrependido de ter falado comigo naquele dia no banheiro. Estava doido para que o ano terminasse logo e pudesse usar a faculdade como uma desculpa para se afastar de mim. Eu era um estorvo na vida dele. É claro que era! Talvez eu devesse parar de f-

Ouve isso” – 03h35min

Em seguida ele me mandou um link para a música Bloom do The Paper Kites. Ela me fez chorar.

"Que foda" - 03h39min

"É uma banda bem maneira" - 03h40min

"Vc saber tocar ela?" - 03h40min

"Uhum posso tocar pra vc amnh" - 03h41min

"Ótimo! :D" - 03h41min

Conversamos um pouco mais e logo depois das quatro eu já estava dormindo. No dia seguinte, fomos para a casa dele depois do colégio e passamos a tarde com o violão.

The Paper Kites ainda é uma das minhas bandas favoritas.

No dia da formatura eu decidi que cursaria Letras. Eu sempre gostei de ler e às vezes escrevia uns textos bobos – a psicóloga dizia que era bom exteriorizar sentimentos através de cartas, mesmo que elas nunca fossem enviadas para ninguém, como um diário. A gente não foi para a mesma universidade, mas geralmente se encontrava nos sábados, às vezes junto com os outros caras.

Num desses sábados, poucos meses atrás, eu estava sentado na cama do Pedro, vestindo apenas o moletom dele e uma cueca. Já tinha uns vinte e um dias que eu não ia lá. Ele estava jogado no tapete dedilhando alguma coisa no violão, eu não tinha certeza, mas imaginei que era Heart Skipped a Beat do The XX. Engraçado é que até então eu não achei que fosse me identificar tanto com essa música.

“Eu conheci uma garota mês passado.”, ele começou, ainda tocando, enquanto eu observava os dedos dele trabalhando. “Mesmo?!”, murmurei sem muito interesse, às vezes ele me falava sobre seus novos amigos, “Ela é legal?”. “Muito.”, deixou o violão de lado e sentou ao meu lado na cama, “A gente tá saindo desde então.”. Eu poderia dizer que paralisei, mas a verdade é que meu coração disparou tão rápido que provavelmente minhas mãos ficaram trêmulas. “E v-você gosta dela?”, até mesmo minha voz saiu trêmula. Me senti tão patético que sair logo dali e voltar para casa só de cueca seria melhor. Como foi dito antes, Pedro e eu não tínhamos um rótulo. Não pertencíamos um ao outro, mas era a primeira vez que ele me falava sobre outra pessoa. “Eu tô pensando em pedir ela em namoro...”

Eu não percebi que tinham lágrimas em meu rosto até que Pedro passasse os polegares embaixo dos meus olhos. “Não fica assim...”, ele sussurrou com seu olhar fixado no meu, “A única coisa que vai mudar é a relação física. Ainda somos amigos!”. Fiquei com os lábios entreabertos. Pela primeira vez percebi que para ele nossa relação não estava no mesmo nível que para mim. Foi a pior primeira vez que Pedro me proporcionou. Fui até a janela e fiquei de costas para o quarto. Algumas nuvens cobriam o céu, mas dava para ver o pôr-do-sol no horizonte, pintando a paisagem de vermelho-alaranjado. Pedro ficou de pé e veio até mim, passou os braços por cima dos meus ombros e repousou as mãos em meu peito coberto pelo moletom que eu ainda não devolvi – e que provavelmente não devolverei. Se inclinando um pouco, ele beijou minha bochecha. Tão leve... Tão casto... Nunca mais ficamos tão próximos assim.

Até hoje eu não entendo como ele conseguia se comportar tão bem quando a gente se encontrava depois disso. Eu me segurava firmemente para não pular no pescoço dele e agarrá-lo na frente de qualquer um que nos acompanhasse. Meu desconforto era explicito. Ele percebia, os caras percebiam, até a namorada dele percebeu quando Pedro nos apresentou. Eu voltei a gaguejar quando falava com ele, voltei a ter insônias mais frequentes, voltei a repelir aqueles ao meu redor. Até que, aos poucos, parei de ir aos encontros. Parei de mandar mensagens. Parei de receber mensagens. E tudo aquilo que havia começado há mais de dois anos, parou de existir.

Agora eu só estou escrevendo isso para me lembrar que eu vivi coisas boas. E que tá tudo bem, porque a vida ainda não acabou e podem haver mais coisas boas futuramente. Eu ainda amo Pedro. Eu sempre vou amar Pedro. Mas ele se tornou uma lembrança. Uma lembrança que talvez um dia eu esqueça. E acho que é por isso que eu levantei à uma e cinquenta e oito e liguei o notebook para escrever essas coisas, por medo de um dia esquecê-lo. Claramente ainda não tô preparado para isso, mesmo que eu tenha me jogado em cima dos estudos nos últimos meses, mesmo que eu tente parar de ouvir The Lumineers compulsivamente, mesmo que alguns dias eu acorde com a certeza de que tudo voltou ao normal – o normal de antes daquele ataque no banheiro.

Mas, às vezes, eu ainda preciso de você.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!
Fique à vontade para comentar. ^^



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