Caminho a seguir escrita por Franflan


Capítulo 7
Capitulo 7




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A noite caia e novamente ela estava no deque, mais uma vez estava nos braços do moreno, se derretendo em meio ao calor que seus corpos produziam, já não podia resistir com destreza o moreno a levantara e rapidamente ela passara suas pernas pela cintura dele sentindo todo o desejo que despertara no moreno. Os lábios dele se separaram dos dela para descer por seu pescoço e se intercalar entre beijos, mordidas e chupões, as marcas estariam ali na manha seguinte, mas quem disse que a ruiva se importava.

Rapidamente o moreno os levou para sua cabine e a jogou em sua cama, a ruiva ria enquanto livrava-se de seu corpete e sua blusa, o moreno fazia o mesmo para logo ataca-la. As coisas esquentavam, seus corpos eram atraídos um pelo outro como imãs, os toques se tornavam mais atrevidos e as roupas totalmente desnecessárias, logo suas calças acompanharam o resto das roupas e foram ao chão, junto das peças intimas. Kallel se abaixara e beijara suas pernas, subia pela coxa até chegar à intimidade da ruiva, que teve sua respiração intercortada quando sentiu a boca dele em sua intimidade, gemidos foram impossíveis de se reprimir, ao chegar a seu primeiro êxtase o homem se levantou e a beijou profundamente, a fazendo provar de seu próprio gosto, lentamente e com cuidado ela a penetrou ao senti-la se retesar esperou que se acostumasse com seu membro. A beijou com cuidado e acariciou seus seios para que ela se concentrasse em outra coisa que não fosse à dor, ao ver que a ruiva se acalmara começou a se mover lentamente. O suor já grudava em seus corpos, a velocidade variava entre estocadas rápidas e lentas, a tortura para a garota era grande quando o homem diminuía, mas em algum momento eles juntos chegaram ao ponto máximo de prazer e chegaram ao êxtase juntos, cansados, suados, mas completamente saciados caíram no sono juntos.

Salácia acordou de supetão, suor escorria por seu corpo e sua respiração estava ofegante, podia sentir o peso de um braço envolta de sua cintura, ao olhar para o lado viu Kallel, deitado, totalmente vestido e suspirou aliviada.

– Não passou de um sonho!

Com delicadeza ela retirou o braço de cima de si e saiu da cama indo para fora tomar um ar. O céu noturno ia perdendo espaço para as cores do sol nascente, a menina observava o horizonte com estremo interesse, mas sua mente vagava pelo sonho e seu corpo e sua mente se encontravam em contradições, um lhe dizia para se entregar, mas o outro lhe dizia para manter distancia, se manter segura, e enquanto essa discórdia continuasse, ela se manteria afastada.

Foi com um susto que ela saiu de seu transe, algo havia caído sem nenhuma delicadeza no deque e outro no mar. Rapidamente homens armados saíram de suas camas e correram para ver o que acontecia, Kallel surgiu de sua cabine com a blusa meio aberta e com cara de sono, Salácia teve de olhar para outro lado para evitar corar, por fim do meio de sacos de mantimentos uma figura surgiu, uma garota de longos cabelos negros e olhos castanhos esverdeados. Do lado do navio um garoto de cabelos negros e olhos azuis safira subia enquanto esbravejava.

– Mas que merda, Sophie, você ainda não aprendeu a usar esses portais direito?

– Você sabe que eles são imprevisíveis!

– Seu padrinho os produz com eficácia!

– Ele é estranho, não conta!

– Por quanto tempo pretendem nos ignorar, invasores?

Finalmente Kallel se pronunciou e chamou a atenção dos invasores. A garota lhe encarou com tédio e o rapaz parecia encarar um possível rival.

– Desculpe pela invasão, eu e o meu parceiro somos viajantes de dimensões...

– Noivo!

– Que seja, viajamos pelas dimensões e algumas vezes acabamos por cair em lugares inesperados, como esse, eu me chamo Sophie Thisty e esse é Andrew Del Caldei, meu dragão e namorado!

O rapaz se pos ao lado da morena e encarou Kallel seriamente.

– O que querem aqui?

Kallel em momento algum deixou transparecer o que se passava em sua mente.

– Passar o tempo, estava ficando entediada em minha terra e precisava espairecer então eu resolvi dar uma volta pelas dimensões e acabei aqui!

Andrew parara de encarar o capitão do navio para fincar seus olhos na ruiva que estava mais próxima da poupa.

– Deixe os ficar Kallel, tenho certeza que logo se cansarão e irão embora!

– Porque não podemos simplesmente joga-los no mar?

Salácia revirou os olhos, as vezes não sabia se o moreno era ingênuo ou simplesmente burro mesmo.

– Porque a morena pode detonar nosso navio e simplesmente sair montada no dragão ai! Você prefere ter mais dois marujos a bordo ou perder o navio e toda sua tripulação?

– Quem garante que a morena ai pode fazer realmente isso?

– Kallel, se voc~e tem amor a essa sua vida, por favor, não duvide do que ela possa fazer!

– Mas...

– Nem mais e nem menos, eles vao ficar!

– Quem você pensa que é? Eu sou o capitão aqui!

Salácia sorriu e subiu até estar bem próxima dele e lhe sussurrou no ouvido.

– Tem certeza de que você vai querer lutar agora por essa posição?

O homem ficou mudo e encarou os olhos verdes da garota.

– Eles ficam, mas se algo der errado é você quem eu irei punir!

A ruiva sorriu, mas não se afastou do moreno, que passou o braço por sua cintura. Olhos atentos podiam ver o que acontecia entre os dois, porem apenas um desses olhos era treinado o suficiente para saber.

– Por quanto tempo pretendem ficar por aqui?

– Não muito, o suficiente para poder relaxar!

Kallel apenas ascentiu e voltou para sua cabine, Salácia sorriu e voltou para seu ponto favorito na proa. Sophie logo pegou amizade com Gregori que começou a lhe ensinar sobre as coisas no navio e Andrew se aproximou da ruiva na proa sob os olhares atentos da tripulação.

– Qual seu papel nesse navio?

– Nenhum, sou mais uma parasita do que qualquer outra coisa! Você realmente é um dragão?

A ruiva sorriu e encarou o moreno.

– Infelizmente sim!

– Por que infelizmente?

– Digamos que ser um dragão como eu, que é ligado a uma maga, é difícil se conseguir ter alguma privacidade!

– Porque?

– Pois tudo o que se passa na minha mente minha maga pode ver, assim como posso ver tudo o que ela pensa!

– Realmente sem liberdade, mas porque isso ocorre?

Andrew encarou a ruiva como se ela realmente não soubesse de nada.

– Pra você ter uma ideia de como é tenho que te contar as coisas desde o inicio, pode ser?

– Temos tempo, pode contar!

O moreno sorriu.

– Dragões nascem, pelo menos a maioria, para proteger um mago de estremo poder, quando eles se encontram o dragão tem algo chamado imprinting, que é uma conexão mais profunda com a outra pessoa, como eu nasci macho, meu destino foi intrelassado com o da minha parceira, eu sou a sua outra metade, dividimos a mesma alma, não podemos nos separar, e por meio desse laço magico as barreiras que separam nossas mentes antes do imprinting caíram e assim podemos nos comunicar, ver, ouvir e até sentir as coisas dos nossos parceiros, passei por muitas dificuldades com a Sophie por causa disso!

– Realmente sem privacidade alguma!

Os olhos do moreno brilharam e ele pegou a mao da ruiva entre as suas.

– Sabe quando eu descobri que era um dragão fiquei realmente surpreso, claro eu já possuía magia, mas ser outra criatura estava longe dos meus sonhos, passei um longo tempo treinando com uma fêmea de nossa espécie e ela me ensinou a ler energias e que assim eu poderia identificar outros dragões!

– Serio?

– Aham! Vocês parece não saber, mas...

O moreno fora brutalmente interrompido pelo capitão que não parecia nada feliz com aquela aproximação dos dois.

– O que pensa que esta fazendo?

Kallel rosnava para Andrew que o encarava de volta com graça, mas não fora ele que respondera, Salácia se punha de pé e encarava o capitão com raiva.

– Eu que digo isso Kallel, nós estávamos apenas conversando e você do nada me aparece aqui fazendo isso!

– Apenas conversando? Não era o que parecia Salácia!

– Não me interessa o que parecia Kallel, o que interessa era o que realmente estava acontecendo! Me desculpe Andrew, depois continuamos a nossa conversa, pois agora vai ser impossível!

– Não se preocupe Salácia!

Andrew sorriu abertamente o que enfureceu mais ainda o capitão. A ruiva por sua vez apenas passou por ele trombando-lhe com o ombro.

– Se sua dona não manter suas patas longes da minha ruiva eu o farei!

– Se ao menos minha “dona” tivesse motivos para tal, ela o faria, pode acreditar, mas ela não tem!

– Como se ela fosse saber, afinal nem olhando você ela esta!

Andrew soltou uma risada pelo nariz, levantou-se e ficou bem em frente ao capitão.

– Acredite meu caro capitão, ela saberia, não tenho como esconder nada daquela morena!

Sem mais Andrew deixou o capitão e juntou-se a sua maga. Enquanto Salácia encarava seu capitão furiosamente.

– Desde quando eu sou sua?

–Desde quando coloquei meus olhos em você!

– Não sou um objeto para lhe pertencer Kallel, espero que você não se esqueça disso uma segunda vez, pois na próxima eu não deixarei barato!

Salácia lhe deu as costas e partiu para a cabine que dividia com o moreno, Kallel ficou observando as costas da ruiva até que ela desapareceu por uma porta, seus olhos se fecharam por alguns instantes e ele respirou fundo.

O dia mal amanheceu e Salácia já esta na ponta da proa junto de Andrew, os dois conversavam calmamente, mas eram observados atentamente por Kallel, que deveria prestar atenção no que Sophie lhe dizia.

– Por quanto tempo pretende alimentar esse ciúmes doentio?

– Não estou com ciúmes, apenas não quero aquele cara tao próximo a minha ruiva!

– Se isso não for ciúmes eu não me chamo Sophie!

– Porque você não mantem seu noivo longe da Salácia, não tem ciúmes?

– Não preciso ter, sei que o que ele sente por mim é verdadeiro e como meu dragão ele jamais ira me trair!

– Nem mesmo em seus pensamentos?

– Nem ai, neste momento ele só esta feliz em conhecer alguém parecido com ele, alguém que ele pode compartilhar coisas que eu não consigo entender!

– Coisas que você não consegue entender?

– Coisas que só dragões entendem, como sua ligação com seus elementos, seus poderes, suas conexões e por ai vai!

– Mas como a Salácia pode entender isso?

Sophie sorriu e canto.

– Então vocês ainda não descobriram! Mas chega disso, voltemos para a rota!

Os dois voltaram a se debruçar sob o mata, enquanto que ouviam as risadas de Andrew e Salácia.

– Então cada dragão é ligado a algum elemento?

– Sim, eu, por exemplo, sou ligado ao fogo, dizem que nossos ancestrais eram ligados a todos os elementos, assim manipulando terra, agua, ar, fogo e espirito!

– Espirito?

– Sim, eram capazes de se comunicarem mentalmente uns com os outros ou de dividirem suas almas e mesclarem as com a de seus parceiros, os ligando até depois da morte, os tornando um!

– Isso é impressionante Andrew!

– Sim, mas com o passar das gerações são poucos os que nascem com suas almas mescladas a de outra pessoa, são poucos os que encontram suas almas gêmeas, e mais raros os que possuem poder suficiente para proteger aquele que ama!

– Então você teve sorte?

– Muita!

– Como vocês descobriu tudo isso?

– Em uma das aventuras da Sophie, eu acabei indo treinar com uma dragão, ele vinha de uma longa linhagem, sabia muito de nossa história e me contou o necessário!

– E como começou tudo?

– Dizem que no começo existia apenas dois dragões, os criadores da magia, os que regiam o mundo, com o tempo eles criaram sub espécies de sua própria raça, no caso nossos antepassados, mas o mundo magico queria mais do que eles ofereciam, mais liberdade, mais poder, e em um golpe de estado eles foram derrubados por quatro elementais, que se tornaram as rainhas e depois da tomada de poder eles sumiram e deixaram tudo nas mãos destas mulheres!

– Então você faz parte dessas sub espécies de dragões?

– Sim, sou o que chamariam de guardião, nasci para servir a um mago, no caso uma maga, alguém cujo poder é grande demais para se desviar do caminho ou cair em mãos erradas!

– E como é a ligação?

– No começo era apenas uma atração que eu não conseguia explicar, depois evoluiu para algo mais forte, chegando ao ponto de ser possessivo, logo não conseguia mais me ver sem ela e quando dei por mim eu já estava preso a ela, não tinha mais liberdade em minha própria mente, podemos nos comunicar telepaticamente assim como entrarmos na mente do outro e ver o que rodeia o outro, passei alguns apuros com isso no inicio!

– Por quê?

– Pois no inicio eu não era conhecido por minha fidelidade, eu tratava as mulheres como objetos descartáveis!

– Qual o problema de vocês, homens?

– Como?

– Parece que todas as pessoas do sexo masculino que eu conheço tratam as mulheres desta forma!

– É porque nós somos infantis e vocês senhoras da razão!

– Talvez!

Os dois se encaram e caíram na risada.


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