Amor à venda. escrita por Nina Olli


Capítulo 49
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, eu tô muito empolgada em postar esse capítulo pois é simplesmente o PENÚLTIMO! Isso mesmo, o próximo finaliza a nossa história, que completou quase 10 anos de existência (e depois lançarei um epílogo). Eu me sinto num misto de felicidade e ansiedade, pois tenho mais algumas histórias em processo de finalização e tô ansiosa para compartilhar com vocês. Eu criei um instagram/tiktok/wattpad e logo irei compartilhar com vocês (ainda não tem postagens hahaha) pois eu vou começar a lançar as histórias na Amazon então acho que vou entrar menos no Nyah, embora eu acredito que possa deixar sempre alguns cap. de demonstração por aqui (preciso entender as políticas do site).

Enfim, chega de falar, depois eu trago mais informações... bora ler!
Boa leituraaaa S2



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"Nunca lhe confessei abertamente o meu amor, mas, se é verdade que os olhos falam, até um idiota teria percebido que eu estava perdidamente apaixonado".  (O Morro dos Ventos Uivantes) 

Vincent decidiu ir embora. 

Não para sempre, é claro. Mas precisava se afastar do seu apartamento, dos cômodos com cheiro de cereja, dos corredores da B&B Larson e até mesmo do trajeto automático que o seu carro fazia até a rua de Gilan. 

Precisava se afastar dela se quisesse realmente respeitá-la como havia prometido a si mesmo que faria. O impulso de invadir o prédio da jovem e implorar para que ela o ouvisse era algo que mal o deixava dormir. Estava ficando maluco, lamentavelmente fora de si, e isso não o levaria a lugar nenhum. Precisava comer, se concentrar, trabalhar. Precisava encarar a nova vida que tinha em suas mãos e aceitar o que não tinha mais. Precisava aprender a esperar.

Por isso, assim que o produtor saiu de sua casa, Vincent decidiu que era o momento de refletir sobre tudo o que havia acontecido. 

Sozinho. 

Em um lugar longe da cidade. 

Colocou algumas roupas na mala, o seu computador de trabalho e a agenda azul, com o desenho de urso na capa, que havia pego nas coisas da mãe. E assim, sem pensar muito, comprou uma passagem de avião e se isolou em Monterey. Tinha outros planos para esse lugar, planos que envolviam a companhia de Gilan. E talvez fosse uma tortura decidir estar justamente ali, mas queria essa viagem há tanto tempo, que pareceu tolice ir para qualquer outro destino. Era lá que Vincent deveria estar.  

Ao andar pela orla da praia que ficava em frente a casa que alugara, Vincent resolveu sentar-se na faixa de areia e admirar o mar. Havia percebido no dia que reencontrou a agenda, depois da partida de sua mãe, que Elaine se manteve escrevendo os seus pensamentos naqueles papéis coloridos. Apertou o objeto em suas mãos, ainda hesitante de folhear aquelas páginas, e suspirou. 

O azul que refletia do mar o fez lembrar dolorosamente dos olhos de Gilan. Se estivessem juntos ali, ele lhe confessaria que a amava, e dessa vez usaria as palavras para afirmar, ainda que de forma confusa e incerta, que nem mesmo aquele mar imenso era maior do que tudo o que ele sentia por ela. Fechou os olhos e aproveitou a brisa que vinha daquele ar. Encarou a agenda, a abrindo devagar, e leu as frases escritas em uma página aleatória.

“Comecei a estudar tarot. É fascinante poder se conectar com as possibilidades do futuro. Nem sei se eu deveria acreditar tanto em premeditações, eu mesma fui testemunha do quanto a vida é uma junção de fatos inesperados. Mas consigo sentir que as nossas energias podem nos levar além. Eu não faço para mudar o meu destino, mas para entendê-lo melhor. É difícil direcionar o seu pensamento num lugar livre, a gente se prende tanto naquilo que julgamos conhecer, não é mesmo? Eu me sinto humilde quando descubro algo que eu jamais imaginei existir. A vida não é suficiente para tantos aprendizados, e isso não é impressionante? Empolgante? Desesperador? Queria saber de tudo, mas no momento, só sei do que pude saber”.

Vincent sorriu para aqueles fragmentos de pensamentos. E a saudade que sentia da mãe pareceu ainda mais forte do que o barulho das ondas quebrando na areia. A visão das espumas sumindo o fez pensar o quanto Elaine gostava de viver, ela não era o tipo de pessoa que nadava para morrer na praia, e enfrentou até mesmo as rebentações de sua própria personalidade para mergulhar na vida.

Ele folheou mais algumas páginas e continuou lendo.

“Vincent acabou de sair, me disse que irá se casar. Eu tinha certeza que ele estava apaixonado pela Gil. Mas fico preocupada porque é nítido que ele ainda não se deu conta do que está acontecendo. Será que estou sendo tão egoísta assim? Gosto de acreditar que sei muito do meu filho. Quase tudo. E que o meu desejo de vê-lo bem está em sincronia com a minha intuição. Às vezes percebo que ele esconde algo, mas não aquilo que ele pensa que esconde, e eu sei, eu sei muito que não deveria deixar isso ir longe demais. Mas Vincent está tão diferente. O meu filho parece… Feliz. E de todos os pedidos que eu poderia fazer, de todos os sonhos e realizações, este estará sempre em primeiro lugar. Vincent não leu sobre isso quando descobriu a minha lista de desejos, eu não deixei escrito ali, mas gostaria que ele soubesse de alguma maneira, que nada daquela lista é mais importante para mim do que a felicidade dele”.

A respiração de Vincent ficou desregulada e precisou reler aquele trecho mais uma vez para entender o que tinha acabado de descobrir. Não era possível. Só poderia haver algum engano ali. 

Elaine sempre soube que o casamento era falso?

Em que momento isso ficou tão claro? Folheou as páginas da agenda, lendo trechos e mais trechos descrevendo o quanto a mãe observava sobre eles, o quanto a mãe sabia sobre eles. O quanto Vincent e Gilan eram muito menos discretos do que ele poderia supor. O quanto estavam apaixonados um pelo outro. E o quanto Elaine acompanhou esse amor surgir, enxergando coisas que Vincent lamentava não ter visto antes. Se sentindo um pouco atordoado, ele se levantou e foi em direção a casa alugada. 

Precisava ver Gilan. Precisava vê-la agora. 

E a constatação daquela necessidade não o deixaria perder nem um minuto a mais. Chega de esperar. Se amavam há muito tempo. 

Se amavam para qualquer um que tivesse olhos. Se amavam desajeitados com as palavras, mas com todas as convivências que um casamento real deveria ter. Se amavam tanto, que Vincent poderia jurar que estava alucinando com o calor daquele sentimento, pois enquanto pisava na areia, a silhueta de Gilan brilhava do outro lado da praia.

xXx

— Você é real. — Vincent parou em frente de Gilan, forçando os olhos para enxergá-la enquanto o sol da tarde os queimava.

— Imaginei que te encontraria aqui. — ela falou, se virando em direção ao mar e respirando com força. — Que lugar lindo.

Vincent também se virou para o mar, muito mais no intuito de se acalmar do que admirar a vista. Queria abraçar Gilan, agarrar o corpo dela e esclarecer tantas coisas, mas precisava ser cauteloso. Não poderia assustá-la. Se Gilan o procurou, era porque estava disposta a conversar, e dessa vez, ele faria isso da maneira correta.

— Eu precisei ficar um pouco sozinho. — admitiu.

— Sinto muito por interromper esse momento. — ela retrucou, ainda sem encará-lo.

— Você sabe que é a única que poderia estar aqui.

Mesmo mantendo o seu olhar fixo no mar, Vincent pode perceber que Gilan deixou escapar um sutil sorriso. E o seu coração disparou. Ela estava realmente ali, ao lado dele, tão perto. E o seu autocontrole o estava matando, precisava tanto tocá-la. Tanto.

— Não quer saber porque eu estou aqui? — a jovem perguntou.

Para ser honesto, Vincent só se importava com a presença dela, não existia nenhuma explicação de que precisasse.

— Não sei o motivo, mas sei o que quero que aconteça. — ele despejou, e dessa vez, ela riu alto.  

— Você é impossível, Vincent.

E esse foi o seu limite. Largou a agenda - e outros objetos que segurava - no chão e a agarrou finalmente, apertando a sua cintura pequena e prensando os seus corpos juntos. Gil era tão suave, com o seu cheiro fresco e a sua pele macia. Ela estava quente, assim como Vincent, e ele sabia que nada tinha a ver com o pôr do sol que acontecia ao redor deles.

— O que está fazendo aqui, Gilan? —  ele murmurou contra a boca dela, se controlando para não beijá-la. Ainda.

—  Eu vim cumprir a minha parte do contrato. —  ela  murmurou de volta, menos contida do que ele supunha que ela gostaria de parecer. —  E devolver o seu dinheiro.

—  O meu dinheiro? — naquela altura, Vincent sequer se lembrava de que havia algum dinheiro envolvido nessa história.

— Nós prendemos os golpistas. —  ela revelou. —  Graças a alguns detetives particulares, sabe?

Vincent viu Gilan abrir um sorriso ainda maior, e sem resistir, sorriu de volta, tocando a pele do rosto dela e retirando alguns fios de cabelos que se espalharam com a brisa que vinha do mar.

—  Obrigada. — ela suspirou de repente, respirando o mesmo ar que ele, suas bocas muito mais próximas do que antes.

—  Foi por você. Você sabe disso, foi tudo por você.

— Eu sei. — agora era Gilan quem o tocava, segurando o seu rosto e roçando a ponta dos dedos na sua barba por fazer.

— Eu te amo, Gilan. — ele precisou dizer. E mais do que isso, ele podia dizer. E como era bom simplesmente poder. — Me deixe te mostrar o quanto… Eu quero te mostrar.

Vincent sentiu o corpo de Gilan se apertar ainda mais contra o dele e o gemido que a jovem deixou escapar era toda a confirmação que ele precisava ouvir. Nada mais importava. E suas bocas finalmente se tocaram, flutuando em um desespero que o inundou por inteiro. Nem a arrebentação que batia ao redor trepidava como o corpo deles e Vincent se sentiu nadando na boca de Gilan, sem ar, se afogando numa falta que parecia doença. Parecia mais fundo que o mar. E o desespero desse beijo sequer o deixava raciocinar.

Estavam expostos, em um lugar público, e Vincent não era minimamente capaz de parar de tocá-la. Suas mãos a apertavam em todos os lugares, procurando aliviar a vontade arrasadora que a pele de Gilan lhe causava. Agarrou a cintura dela com tanta brutalidade que pôde sentir o tecido do vestido se esticar. Desceu um pouco o seu toque, alcançando as coxas de Gilan, que imediatamente se arrepiaram, e isso o fez gemer. Como era maravilhoso o fato de Gilan corresponder tão bem. Ela era sua de novo e isso o colocava em um estado animalesco, não iria mais parar. Não poderia mais. 

Queria tê-la ali, naquela areia, ao ar livre, sem se preocupar com paredes e lençóis, só o corpo dela. O gosto dela. O cheiro dela. 

Precisava se afogar dentro daquela mulher. Da sua mulher.

— Eu quero tanto você. — ele mal conseguiu falar, sua boca deslizando e marcando o pescoço de Gilan. — Eu preciso de você agora.

— Estamos na praia, Vincent. — ela falou o óbvio, parecendo um pouco incerta, mas nem um pouco desestimulada. Gilan respirava com dificuldade, soltando sons que faziam com que Vincent não desse a mínima caso tivessem plateia.

— Está vazia. — ele subiu o vestido de Gilan e agarrou a lateral da calcinha dela, arrancando a peça de uma só vez. — E eu não vou esperar mais nenhum segundo.

— Você precisa parar de destruir as minhas roupas. — ela reclamou, menos contrariada do que deveria.

Vincent sorriu e deslizou o vestido dela até tirá-lo completamente, a deixando sem nada mais cobrindo o seu corpo. O corpo que o deixava fora de equilíbrio, o corpo que Vincent queria aproveitar cada partícula, cada pêlo e pele. Se ajoelhou na frente da jovem, sem perder o contato com aqueles olhos azuis. A luz fraca do sol desaparecendo, a cor do mar escurecendo e Gilan em sua frente, iluminando tudo o que ele precisava ver. Sua mulher brilhava como a divindade que era, e só para ele.

Mordeu os seios dela, a fazendo responder agarrando o seu cabelo e se jogando um pouco para trás. A sentiu enfraquecendo, querendo mais, gemendo por mais. O vestido deixado de lado se tornou um lençol improvisado na areia e Vincent a puxou para baixo, se posicionando acima dela. Mas tinha roupa demais e queria senti-la, desfrutar da sua pele quente e arrepiada contra a sua. 

Se afastou minimamente, apenas o suficiente para se livrar da sua camisa e encostar o peito nos seios inflamados de Gilan. O contato fez a jovem se contorcer embaixo dele e Vincent a beijou com ainda mais paixão. Era perturbador o poder que ela tinha de tirá-lo de sua órbita. Nem sequer estava dentro dela e parecia que iria se desfazer ali mesmo. Respirou devagar enquanto desprendia a sua boca da dela e desceu a sua mão até o meio das pernas de Gilan.

— Vincent, por favor, eu preciso tanto… — ela reagiu, tremendo em seus dedos. — Eu também preciso de você.

E Vincent até poderia prolongar mais, provocar um pouco mais, se não estivesse tão rendido, se não estivesse tão impaciente para senti-la de uma vez. E sua mão molhada ao tocar Gilan, o deixou ansioso pelo calor que cobria os seus dedos. 

Precisava foder. Precisava agora.

 A bagunça dos toques de Gilan, o apertando e o agarrando, tornou a tarefa de se livrar do restante das suas roupas um ato confuso e desesperado. E só entendeu que estava nu quando sentiu a pele molhada da jovem. Sempre tão pronta para ele. Tão entregue que o raptava do seu rumo, e era como se Vincent pudesse fazer tudo ao mesmo tempo. Sem ordem, sem ensaios. Apenas um caos passional entre eles.

E foi consumido por esse frenesi, que em um único movimento Vincent entrou nela. Com força, mais intenso do que nunca. Suas mãos prendendo os pulsos de Gilan, apertando a pele dela e sentindo os seus batimentos acelerando cada vez mais. Sentiu o corpo dela se contrair, o calor ardendo tanto que suas peles se arrepiaram. Era mais quente que o sol que os queimara antes, e Vincent não conseguia parar de se mover, entrando e saindo com descontrole, fodendo a sua mulher. O que estava fazendo? 

Se sentiu tão atormentado que teve medo de ultrapassar os limites e precisou se concentrar para não foder com violência. Pois se sentia assim, todo o tempo longe dela pareceu violento demais, e agora ele queria alívio, ele queria gritar. Urrar, se pudesse, e na verdade, podia. E assim fez. Num som tão alucinado quanto os seus movimentos. Era amor, era paixão, eram tantas coisas que não saberia dizê-las. Mas antes de tudo, era saudade. Uma saudade avassaladora de estar com Gilan, de ouvir o seu gemido doce, de lamber a pele dos seus seios, de marcar a sua cintura com os seus dedos e senti-la tremer na mesma intensidade que ele.

 Vincent a fodia com saudade. E parecia que nunca tinha fim.

Estavam na praia, com as ondas arrebentando tudo ao redor, e ele sentia como se aquilo sim fosse o verdadeiro mar. O oceano nunca seria tão cálido, a maré nunca teria tanta força, e a superfície jamais poderia ser o suficiente. 

Porque estar apaixonado era mais perigoso do que se afogar. 

Muito mais.

Admirou fixamente as expressões de Gilan sendo fodida. Não queria perder nada daquele momento e deixou que ela o tocasse, sem pudor, como ela bem entendesse, sem ninguém para julgá-los, tendo de testemunha somente a natureza que os cercava. No momento em que a soltou, as unhas dela arranharam as suas costas, que arderam como o inferno, numa mescla do machucado com o sal da areia e o seu suor. Mas aquilo não tinha a menor importância, pois mesmo que estivesse sangrando, Vincent não iria parar. 

Queria foder, foder e foder. 

— Que saudade de você. — ele a beijou, ofegante e atordoado com as palavras. — Minha, só minha.

Um som de êxtase ecoou dos lábios de Gilan e se não estivessem tão próximos, com os seus corpos tão confundidos, ele jamais teria sido capaz de ouvi-la sussurrar “sua”. Ela tremeu forte, e o corpo da jovem enfraqueceu. E nada causava mais descontrole em Vincent do que senti-la gozar. Poucos segundos depois também estava exausto, mas não poderia dizer que satisfeito, pois ainda permanecia dentro dela, sem a menor intenção de sair.

Eles estavam uma bagunça, mas Vincent não poderia se importar menos. Só conseguia beijá-la, como se finalmente tivesse encontrado todas as coisas que procurava no mundo. Não estava acostumado a sentir isso, como se nada mais faltasse. Como se nenhum outro momento pudesse substituir o que Gilan o fazia sentir.

Não estava acostumado a ser tão feliz. 

Com muita relutância, saiu de dentro dela e se deitou ao seu lado, observando a respiração da jovem se acalmar. Ele mesmo precisava recuperar um pouco de fôlego. O sol já tinha desaparecido por completo, mas a temperatura ainda se mantinha, tanto nos corpos de ambos quanto da brisa que vinha do mar. Colocou o seu olhar nos traços de Gilan. Suas bochechas vermelhas depois de foder, sua boca bonita e o seu nariz de tomate-cereja. Era um maldito sortudo por tê-la ali com ele. 

A jovem ainda estava de olhos fechados, deixando a agitação do momento que compartilharam suavizar, e Vincent não quis interromper, se contentando em apenas observá-la. Aquela mulher nua era uma visão desconcertante, assim como a constatação de que Gilan era realmente sua. Sua mulher, sua esposa, sua Gil. Seu amor.

Ela despertou e Vincent tentou disfarçar, encarando as ondas do mar quebrando na orla. De canto de olho, a observou segurar o que restou da calcinha estraçalhada.

— Isso foi caro. — ela resmungou, se virando na direção dele. 

— Você sabe que eu posso comprar outra. — ele respondeu, também se virando.

— De que adianta se você volta a rasgá-las?

— Roupas parecem tão inúteis quando estou com você. — Vincent disse com honestidade, ele realmente achava uma perda de tempo não estarem nus todas as vezes que se viam.

Gilan riu e se aproximou dele, alisando do seu antebraço até os ombros. Vincent reagiu e a apertou contra si, beijando a pele do pescoço dela. A jovem tinha um cheiro tão bom que mesmo esgotado o fez querer mais. Isso era ridículo. Será que algum dia esse desespero irá sumir? Ou ao menos amenizar? O pensamento o fez soltar uma gargalhada. Ele sabia a resposta. Vincent estava tão perdido, não tinha mais salvação.

— Não vai compartilhar a piada? — Gilan perguntou intrigada.

— Eu tinha planejado conversar com você. — ele explicou. — Com calma.

— Devo dizer que falhou miseravelmente.

— Precisamos esclarecer as coisas, Gilan. — ele a olhou com seriedade. — Porque eu não aceito mais me afastar de você.

— Não vamos mais nos afastar, Vincent. Eu confio em você. Eu realmente confio em você, meu amor.

E Vincent acabou com o restante de espaço que ainda existia entre eles. Fechou os olhos, memorizando o cheiro de cereja misturado com o sal do mar, e se permitiu afogar na brevidade daquele momento antes de finalmente voltar a amar a sua mulher.


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Notas finais do capítulo

Alguém com calor por aí??? Hahahaha
Vejo vocês no próximo!!! o/



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