Elena estava sentada no banco de madeira da área de entrada de sua casa; ela tinha seu diário em mãos, mas nenhuma palavra para escrever. O sentimento de que aquele diário, a cada dia, estava ajudando menos e menos ela a se expressar e desabafar era algo praticamente indubitável. Então ela o fechou e sacou seu celular.

A moça procurou o nome de interesse e apertou ligar; o que ela ouviu foram chamadas, chamadas e finalmente a voz de Bonnie, pedindo para deixar um recado. "Ei, Bonnie. Sou eu, Elena." Ela pausou um pouco e suspirou antes de continuar "Só verificando se está tudo bem. Quando ouvir isto, me ligue." Elena não sabia o que falar a Bonnie para consolar a perda de sua avó. E pelo que ela se lembrava de quando perdera seus pais; pessoas falando o quanto sentiam a perda, por mais educadas que fossem não ajudavam em nada.

Jenna apareceu nas escadas e andou até ela. "O que está fazendo aqui fora? Está frio!"

"Hm, tentando escrever, pensando. O funeral da avó da Bonnie trouxe muitas memórias sobre meus pais..."

"Sobre isso," Jenna começou enquanto se sentava ao lado de Elena. "lembra-se que eu falei que ia pesquisar sobre seus pais biológicos?"

"Sim, e pesquisou?"

"Vamos entrar, tenho algumas coisas pra te mostrar."

Sobrinha e tia entraram na casa muito mais quente que lá fora e se sentaram em frente a um notebook.

"Seu pai guardava tudo, agendas, registros e " Jenna pegou um livro antigo em mãos. "livro de consultas." Elena se abaixou para olhar mais de perto e ver a caligrafia de seu pai. "Eu encontrei uma entrada no dia em que você nasceu: paciente e data de nascimento."

"Isobel Peterson." Elena logo encontrou o nome o qual Jenna falava, olhando para a data de seu aniversário na agenda. "Você acha que é o seu nome verdadeiro?"

"Hum, adolescente grávida que fugiu de casa? Acho que não. Primeiro nome talvez." Jenna se dirigiu ao computador. "Mas mesmo assim eu procurei na internet todos os Petersons da região nascidos no mesmo ano que Isobel," Jenna falava enquanto digitava o nome na barra de procura. “E encontrei dois homens e uma mulher."

Elena leu o resultado da pesquisa. "Trudie?"

"Isso, ela mora em Groove Hill, perto daqui." Jenna continuou digitando. "E olha isso."

Uma página da escola de Ensino médio de Groove Hill apareceu, e nela estava a foto com legenda de duas garotas em uniformes de animadoras de torcida; uma loura – Trudie Peterson - e outra morena – Isobel Flemming.

"Isobel..." foi o que Elena conseguiu dizer quando viu a garota tão parecida e tão diferente dela em vários sentidos.

"Elas eram amigas, aparentemente. Esse é o endereço de Trudie." Jenna deu um papel a Elena.

"E Isobel?"

"Eu não encontrei mais nada." Jenna falou mudando o tom de voz quase imperceptivelmente.

"Obrigada." Elena disse sinceramente enquanto olhava para o papel que tinha em mãos.

"Elena, mais uma coisa."

"Hum."

"A ex-mulher de Alaric era da região e seu nome era Isobel."

"Era...?"

"Ela morreu."

"Ow." Elena soou desapontada, seria uma coincidência fora de imaginação; ela agradeceu Jenna de novo subiu para seu quarto enquanto esperava Stefan chegar.

Stefan não demorou em chegar e assim que informou tudo que havia descoberto sobre Isobel, ela sentiu o vampiro ficar tenso, mas ignorou por algum momento enquanto terminava de falar. "Eu tenho o endereço de Trudie." Ela mostrou o pedaço de papel.

"Se quiser ir vê-la, eu vou com você." Stefan falou imediatamente.

"Eu não sei...", Elena falou balançando a cabeça de um lado para outro. "Se minha mãe biológica e a ex-mulher de Alaric forem a mesma pessoa, então isso significa que ela está morta, e e não sei se aguento isso."

"Elena, você sabe como a mulher de Alaric morreu?" Stefan perguntou pensando em Damon, o responsável pela morte dela.

"O que sei é que ela foi assassinada, mas que nunca encontraram seu corpo." Elena falou. Stefan balançou a cabeça afirmativamente numa forma discreta. "Você já sabia disso?" Elena o indagou.

"Sim. No dia que ele me atacou, Alaric me disse algumas coisas sobre a morte de Isobel. Tudo que ele sabe sobre vampiros foi através dela, ela era obcecada com isso. Ele acredita que ela foi assassinada por um vampiro."

"Bem, se-" Elena começou de novo, mas foi cortada.

"Não, não. Não é possível. Seria muita coincidência elas serem a mesma pessoa." Stefan falou, envolvendo-a num abraço. "Escuta, eu tenho que ir resolver alguns problemas."

"Está tudo bem?" Elena levantou seus olhos para os dele e perguntou com preocupação sincera.

"Sim," Stefan omitiu a verdade. "falamos-nos." E a beijou nos lábios, saindo pela porta da frente.

E agora mais essa. Como se não houvesse problemas suficientes, agora Stefan tinha que descobrir se Damon se lembrava de Isobel e se a mão biológica de Elena era a esposa de Alaric. Stefan não mencionou para Elena a conversa na íntegra que tivera com o professor, principalmente a parte em que ele dissera que Damon era o assassino de Isobel. E por conta disso, agora Stefan tinha que consertar alguns furos.

Stefan entrou na mansão para encontrar um trêbado Damon. "Posso falar com você?".

"Lógico querido irmão, beba comigo." Damon levantou uma garrafa de vodca na metade.

"Não, mas obrigado." O irmão mais novo se sentou ao lado do irmão mais velho. "Toda a bebedeira é por causa de Katherine de novo?"

"Não," Damon piscou preguiçosamente pensando em uma resposta que responderia satisfatoriamente. "é por causa de mim mesmo."

"Ótimo," Stefan suspirou insatisfeito antes de entrar no assunto. "Preciso que se lembre de alguém. Havia uma mulher, na Carolina do Norte, seu nome era Isobel."

"Você quer discutir as mulheres do meu passado agora, Stefan?"

"Você a matou?"

"Por que quer saber?"

"Só quero saber o que se lembra dela."

"É como procurar uma agulha em um palheiro..." Damon falou enquanto virava um gole de vodca direto da garrafa.

"Se esforce. É importante."

Damon lançou-lhe um olhar intimador, antes de se levantar e sair andando. "Não para mim."

Stefan se sentiu frustrado, passando a mão pelo cabelo e se assustou quando sentiu seu celular vibrar em seu bolso. "Alô."

"Stefan, é Alaric aqui. Eu preciso falar com você."

"Ok, pode falar."

"Não, não pelo telefone. Pode me encontrar em frente ao Grill?"

"Hum, te vejo em uma hora." Agora ele tinha que lidar com um bêbado Damon.

Stefan não tinha outra coisa em mente senão Isobel. Suas suspeitas iam se confirmar assim que ele encontrasse Alaric. Ele saiu e de casa e chegou a praça em frente ao Grill no horário combinado.

"Obrigado por me encontrar," Alaric falou com as mãos no bolso. "algo aconteceu."

"Jenna te contou." Stefan desconfiou disso no momento em que Alaric o ligou

"Isso. Ela me mostrou uma foto de Isobel em um uniforme de líder de torcida." Alaric imediatamente sentiu-se arrependido pelo jeito que deixou Jenna sozinha, não era culpa dela.

"Então é verdade. Sua esposa, Isobel, é a mãe biológica de Elena."

"O que Elena sabe?" Alaric perguntou, frustrando-se com o envolvimento de Elena.

"Ela sabe que sou um vampiro, e sabe que você sabe sobre vampiros."

"Ela sabe sobre Damon e Isobel?"

"Não, não consegui contar a ela, não até ter certeza." Stefan soou mais frustrado ainda. "Perguntei a Damon, ele disse que não se lembra."

"Pergunte de novo!"

"Não tente interferir nisso," Stefan deu um passo a frente tentando mostrar a Alaric no que ele estava se envolvendo. "se você pressionar, você não vai passar de mais uma pessoa morta para Damon."

"Eu preciso saber o que aconteceu!"

"Eu sei! Mas eu cuido disso." O vampiro suspirou. "Eu preciso de uma foto de Isobel."

Alaric imediatamente sacou sua carteira e tirou uma foto de Isobel. Stefan a guardou assim que seu telefone tocou. Ele atendeu sem nem mesmo olhar que era. "Stefan? Tudo bem?" Era Elena

"Sim sim, tudo bem."

"Escuta, estou quase chegando em sua casa para gente ir a festa de caridade, ok?"

"Tudo bem, já chego aí."

"Ok, tchau."

Elena desligou o celular e logo estacionou em frente a mansão.

Ao sair de seu carro, a moça entrou na casa sem rodeios e se dirigiu para o andar superior, entrando no quarto de Stefan e sentando-se na cama que os dois já dividiram tantas vezes. Ela ouviu passos vindos do corredor e concluiu ser Damon.

O vampiro andou devagar – e sem camisa – para dentro do quarto e olhou-a. "Elena, que surpresa."

"Você parece..."

"Lindo? Charmoso? Irresistível?" Damon chegou perto o suficiente para Elena sentir o cheiro de álcool em seu hálito.

"Acabado."

"Hum isso não é muito gentil."

"Você sobrevive." Elena suspirou e se levantou da cama indo para perto do espelho onde Damon tentava abotoar sua camisa. Os dedos de Damon estavam aparentemente adormecidos de tanta bebedeira, era a única explicação para ele tentar abotoar o mesmo botão durante cinco minutos. "Eu faço isso." Elena logo perdeu a paciência somente por assistir a luta de Damon versus o botão.

Ela ficou de frente para ele começou a abotoar sua camisa enquanto olhava para baixo. "Ainda não vai me contar o que aconteceu aquela noite?"

"Não."

Ela largou as mãos de frustração e suspirou; então sentiu as mãos de Damon encontrar as suas e as envolverem. "Elena." Ele a chamou em um sussurro alcoolizado.

"O quê?" Ela o olhou irritadiçada e então viu seus olhos. Eles eram sinceros e quase passionais.

"Não é porque eu não quero." Damon ficou tão perto dela que quase duvidou de si; era tão mais fácil agir inconsequentemente quando se estava bêbado.

Os dois silenciaram por alguns minutos e Elena tentou encontrar motivo por trás de tudo aquilo, mas decidiu que não deveria pensar muito sobre o assunto, pois talvez sua mente traria pensamentos extremamente inapropriados.

"Olá, Stefan." Damon esperou Stefan vê-los daquele jeito antes de soltar as mãos de Elena.

"Stefan, oi.", Elena foi imediatamente para o lado dele e segurou sua mão enquanto assistia a Damon se retirar do quarto.

Assim que ele saiu, Elena encarou Stefan e começou. "Eu fui ver Trudie Peterson." Ela disse e apertou delicadamente a mão de Stefan que ainda segurava a dela. "Eu sei, eu sei. Mas eu não planejei nada." Stefan balançou a cabeça para ela continuar. "Stefan, ela tem verbena! Não pode ser coincidência."

"Não é." Stefan logo completou tirando a foto que há pouco era de posse de Alaric. "Essa é a esposa de Alaric." Ele terminou.

"É ela, essa é Isobel." Elena soou desapontada e sentiu seus joelhos fraquejarem sob seu peso.

"Sim." Stefan a abraçou antes de falar mais. "Alaric me deu essa foto."

"Oh meu deus..." Elena respirou profundamente. "a verbena, talvez ela foi transformada em uma vampira." Os dois se olharam e Elena limpou as poucas lágrimas que escorreram pelo seu rosto.

"Não sabemos se isso é verdade, mas vamos descobrir." Stefan a assegurou. "Elena, pode ir em frente? Eu te encontro no Grill." Stefan perguntou pensando na conversa que teria com Damon.

"Alguma coisa de errado?" Elena hesitou.

"Não, só preciso conversar com Damon."

"Ok." Ela não negou o pedido.

Stefan a viu descer as escadas e sair da mansão e a única imagem que conseguiu reter em sua mente era a de Damon e Elena de mãos dadas. Ele se sentia tão infantil por ficar com ciúmes, mas tentou não se martirizar, pois seu ciúme tinha um histórico muito bem explicado.

"Damon," Stefan chamou o irmão quando o avistou subindo as escadas. "queria conversar com você."

Damon não respondeu, somente consentiu. "Essa é a mulher, Isobel, lembra-se?" O irmão mais novo mostrou a foto.

"Quem quer saber? Alaric?" Damon insinuou. E fez com que seu irmão congelasse; como ele sabia? Provavelmente alguém o ajudou descobrir quem Alaric era.

"Damon, não faça nada estúpido. Alaric não quer vingança."

"Hmpf." Damon se virou e saiu para a festa.

Stefan deixou a casa e logo que chegou ao Grill avistou Elena comprando seu número com Caroline. "Então, qual o seu número da sorte?" Stefan brincou com Elena, sussurrando em seu ouvido.

Elena se balançou pela surpresa da proximidade do namorado e se virou para lhe selar os lábios. "122, mas sorte será mesmo se eu não for sorteada." Ela concluiu, olhando para os Solteiros Cobiçados no palco.

"Então por que está comprando um número?" Stefan perguntou sem entender.

"Porque," Ela o pegou pelo braço e o levou até a mesa em que Jenna estava. "Caroline não sai do meu pé; e também porque eu quero ajudar, é por uma boa causa." O casal se sentou bem no momento em que as apresentações começaram a serem feitas. "Você não se importa, não é Stefan?" Elena o perguntou depois de algum momento, sentindo-se um pouco culpada por nem mesmo ter perguntado antes.

"Claro que não, Elena." Ele a beijou na bochecha, e trouxe a atenção dela para o palco. Josh, um encanador bonitão; Paul, um taxista charmoso; Alaric, um professor espirituoso; e Damon, um vampiro. Stefan olhou para os solteiros ali no palco e sentiu uma pontada visceral quando pensou na possibilidade de Elena ser sorteada para sair com Damon. Elena sempre falara que sua sorte para rifas, bingos sorteios no geral era quase sempre inexistente, por que mudaria agora?

A voz convencida de Damon chamou Stefan para a realidade. "Oh, sim. Eu viajo muito. Nova Iorque, Los Angeles, Carolina do Norte..." nesse momento, Stefan ficou alerta e sentiu Elena do mesmo jeito. "Ei, eu acho que Rick aqui estudou lá, não foi?" Damon olhou para Alaric. "Bom, eu sei que a mulher dele estudou..." ele continuou. "Nós saímos juntos uma vez, hum" Damon se aproximou mais de Alaric para completar. "ela era deliciosa."

Antes mesmo de Damon completar a sentença, Elena já havia se levantado e se dirigido para fora. "Ele a matou? Damon foi o vampiro que a matou?"

"Eu não queria te falar até ter certeza."

"Oh meu deus..." Elena estava inacreditada. "Agora que eu começava a pensar que havia alguma coisa de bom nele."

"Elena, vamos entrar, está frio."

Elena o seguiu por falta de ação, ela se sentia paralisadas pela notícia e quando andava, olhando para o nada, deu de ombro com Damon. "Ow, compre um número como as outras." Ele brincou.

Mas Elena estava possessa e com lágrimas nos olhos. "A mulher que você acabou de falar que matou é minha mãe biológica, seu cretino."

Damon perdeu sua expressão suave e franziu o cenho de preocupação. Ele acabara de estragar tudo. "Eu-"

"Vamos embora, Stefan."

Elena saiu na frente e logo estava na calçada vazia.

Foi a vez de Stefan acompanhá-la sem protestos. "Vou te levar para casa."

"Eu tenho uma mensagem pra você." Os dois ouviram uma voz vinda logo a frente assim que eles saíram para a rua.

O primeiro instinto de Stefan foi de passar um braço a frente de Elena e se posicionar de frente para o homem que falava. "Pare de procurar!" ele disse. "Ela não quer te conhecer, nem falar com você. Entendeu?"

"Isobel?" Elena perguntou.

"Elena, ele está sob compulsão." Stefan detectou.

"Você entendeu?"

"Sim, eu entendi."

"Ótimo. Eu acabei agora."

Elena e Stefan ficaram hesitantes quando ouviram ele falar aquilo como se algo fosse acontecer; então ele os olhou nos olhos, olhou para o lado e deu um passo para trás. O som e a imagem do homem sendo atropelado os alarmaram e Elena logo estava olhando para longe, tentando não vomitar. Stefan correu até o homem estirado do chão e assim que o viu sabia que ele estava morto. Elena inspirou forte e o seguiu de perto; olhando para os lados, ela viu uma pequena aglomeração começar a se formar. Olhou para o corpo embaixo do caminhão e logo mais a frente viu um celular, ela foi rápida e logo o coletou, colocando-o em seu bolso.

"Vamos, vamos sair daqui." Stefan a pegou pela mão e logo estavam longe. Ele rapidamente a deixou em sua casa e se dirigiu para mansão. O silêncio o deixou tenso, mas o que mais o alarmou foi ver o cadáver de Alaric Saltzman no tapete da sala de estar.

"O que aconteceu? O que você fez?" Stefan perguntou ao confortável Damon sentando no sofá enquanto corria até o corpo de Alaric.

"O quê? Ele que me atacou, só estava me defendendo."

"Damon..."

"Eu só disse a verdade a ele, Isobel não o queria mais. Não é minha culpa." Damon bebeu de se leal copo de uísque. "Ela veio a mim, me encontrou. Se Isobel é parente de Elena, então ela é parente de Katherine-"

Antes de Damon terminar, Stefan o cortou. "Pare com isso! Você não precisa continuar procurando!"

Damon olhou para baixo, desviando o olhar e terminou seu uísque, deixando a sala em seguida. Stefan suspirou e olhou para o corpo deitado ali no tapete. Ele sentou no chão e tomou um tempo antes de se livrar da sujeira de Damon. Seu irmão estava fora de controle, emocionalmente desequilibrado. E ele ainda pensou que Damon estava melhorando depois de descobrir a verdade sobre Katherine.

Stefan foi tirado de seus próprios pensamentos quando viu a mão de Alaric se mexer. Espasmos pós morte? Damon o transformou? Stefan chegou mais perto para ver se seus olhos estavam vendo corretamente, mas não foi necessário. Alaric levantou sugando o ar para dentro de seus pulmões. "O que aconteceu?"

"Damon o transformou?" Stefan indagou inacreditado.

"Não. Aah," Alaric falou um pouco sem ar ainda. "eu fui para cima dele e ele enfiou a estaca em mim."

"Não, não, você deve ter sangue de vampiro em você, alguém-"

"Não, é outra coisa." Ele se sentia normal, sem nenhum frenesi. Isso era definitivamente não tinha nenhuma relação com vampiros. O professor se lembrou de Isobel falando que lhe protegeria dos demônios da noite; o anel. Alaric olhou para sua mão e viu o anel que Isobel o deu há tanto tempo. "Esse anel me protegeu."

Stefan não acreditou nas palavras que ouviu, mas não a contrariou, afinal Alaric estava vivo. "Eu sugiro que mesmo com anel, não tente fazer o que você fez aqui, pode acabar mal."

"Você tem razão." Alaric se levantou e encontrou o caminho da porta.

Stefan acompanhou Alaric até seu carro e assim que o viu ir embora, foi de encontro a casa de Elena. Era tarde para bater na porta, então ele subiu a janela de seu quarto, que já sabia estar aberta. Ele entrou sem rodeios e encontrou Elena deitada sob os cobertores, acordada.

"Ei."

"Oi."

"Como você está?" Stefan achou melhor não contar nada sobre o que aconteceu Alaric.

"Eu liguei para ela." Elena falou de supetão.

"Quem?"

"Isobel. Eu a liguei do celular daquele homem que...”.

"Por que fez isso?"

"Por quê? Sério?" Elena se abismou com a pergunta. "Ela é a minha mãe, eu precisava saber se ela estava morta."

"E ela está?" Stefan se acalmou um pouco.

"Não. Mas assim que ouviu minha voz, ela desligou." A voz de Elena falhou por um momento de ressentimento e coração partido.

"Sinto muito." Stefan se aproximou e tomou seu lugar ao lado dela em sua cama. "Tudo vai se acertar, não se preocupe."

Elena limpou algumas lágrimas e o puxou para mais perto. "Pelos acontecimentos, parece que não muito."

Ele concordou com as palavras só em pensamento, mas para ele, só estar ali com ela, já era certo. O pensamento era egoísta, ele sabia, mas era a verdade. Era por isso que ele não culpava Damon por tudo que ele fez para encontrar Katherine, porque ele provavelmente faria tudo aquilo e mais se fosse com Elena. Talvez todos os vampiros fossem emocionalmente desequilibrados. E ele mal sabia o quanto estava certo.