Juliett escrita por FullMetal Chibi


Capítulo 11
Capítulo 11 - União




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Queria matá-lo. Eu queria. Era ele, Perseu Jackson, o filho de Poseidon. Estava desacompanhado, essa era a minha chance. Minha única chance. Michael segurou meu ombro, antes de qualquer movimento meu. Virei o rosto para ele, parecia perplexo. Não sabia qual era a minha expressão. Não conseguia controlar meu corpo. Só sei que saí batendo o pé, em direção ao Estádio dos Lakers. A voz ao fundo de Michael ecoava na minha mente; “Eu vou atrás dela.” Ele não podia, não devia, eu iria... Iria...

Tudo ficou escuro. Eu estava em um lugar vazio, escuro, infinito. Não entendi; agora mesmo estava no Estádio dos Lakers, Michael vindo atrás de mim, e dali a pouco, Estella viria para cá. Não podia ficar aqui, não queria... Tinha que ajudar a mudar o destino.

Comecei a caminhar pelo local escuro, sempre gritando pelos meus amigos. Estella, Isabelle, Demetri, Michael, Charlotte, e até Percy. Mas gritava mais Romeo. Ninguém viria. Ninguém sabe onde estou. Nem eu sei.

- Por Zeus, onde será que estou?

- Você devia se conhecer melhor, Juliett.

Uma garota de cabelos vermelhos, porém mais claros, quase rosa, e olhos de mesma cor. Estava com uma das mãos na cintura, e me encarava. Parecia irritada. Ela usava um vestido preto, sobre uma camiseta rosa claro. Um allstar preto desamarrado ia até os joelhos dela.

- Como assim?

- Não sabe? Esqueceu de tudo, Juliett? De tudo que passamos juntas?

Cenas terríveis de brigas em escolas e pessoas mortas passaram pelos meus olhos. Não compreendi.

- Sou sua parte de Éris. A sua parte da discórdia. A sua parte má.

Agora eram cenas de experiências. Essa garota estava amarrada em uma mesa de metal, um homem alto a encarava. Vários tanques de água com pessoas dentro estavam lá. Eu estava em um deles.

- Lembrou?

- Você... você é... L... Lucy?

            Ela batel palmas, desanimada.

- Achei que ia levar dias para notar. Deuses, você é l e n t a. Bem, sinto lhe informar que o nosso corpo está sob meu comando agora. Você já era, Juju.

E ela desapareceu.

Me sentei. Não percebi quanto tempo passou, até uma luz ofuscante invadir o local. Aonde antes tinha luz, uma personificação de Apollo apareceu. Era um corvo amarelo fosforescente, não tinha como não reconhecer. A voz de Apollo saiu da boca do corvo.

- Você tem que acordar, Juliett. Tem que sair daí. Sua outra ‘você’ está causando terror.

- Não consigo. Não tem como eu sair daqui. Tentei de tudo. – disse em resposta.

- Bem, então, devo lhe mostrar o que Estella vê. Talvez a ajude...

O fundo negro se fundiu com a luz amarela do corvo, fazendo um efeito hippie. Outras cores se misturaram, e quando tudo voltou a ter um foco, eu estava no corpo de Estella, vendo pelos seus olhos. Eu via o corpo de Michael. Eu via sangue. E além de tudo, me via, segurando a cabeça dele, e o cutelo ensangüentado. Exatamente como no meu sonho.

“O que eu fiz?”

Essa pergunta ecoava na minha cabeça. Estella chorava. Podia sentir as lágrimas dela no rosto; eu estava em seu corpo.

“O que eu fiz?”

Matei Michael. Mas não fui eu. Não queria... Eu tentei salvá-lo... Entendam...

“O que eu fiz?”

Eu não posso mais viver. Não posso... Não quero...

“Você sabe que pode.”

A voz da minha mãe ecoou na minha cabeça, junto com o “o que eu fiz?”. Eu não posso parar agora, tenho que impedir a guerra. Tenho que sobreviver...

“E se, para impedir a guerra, eu tenho que morrer?”

Senti a passagem de um corpo para o outro, eu estava voltando ao meu corpo. Era isso que eu precisava fazer? Descobrir como impedir a guerra? Quando notei, estava de joelhos, as duas mãos soltando a minha cabeça, lentamente. De um lado, um cutelo ensangüentado. De outro, a cabeça de Michael. Estella me encarava, os olhos lacrimosos, vermelhos e inchados. Olhei para meu corpo, minhas roupas. Estava ensopada de sangue. Parecia que tinha entrado em uma piscina de sangue e saído, e me secado no Michael. Caí no chão, perplexa. Não acreditava... Não é verdade... Isso não pode ter acontecido! NÃO!

Comecei a chorar, junto com Estella. Aquilo não podia ser verdade... Eu não fiz nada... Eu... Eu sou inocente...!

Isabelle, Demetri, Charlotte e Percy chegaram correndo no Estádio, e Estella fugiu. Eu entendia ela. Perder uma pessoa especial...

A imagem de Romeo e um lugar ruindo passou pela minha cabeça novamente. Coloquei as duas mãos sobre o rosto, as minhas duas mãos que estavam banhadas em sangue.

Um rosnado chamou minha atenção.

Era o maior hellhound que eu já tinha visto em toda a minha vida.

E eram seis.


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Notas finais do capítulo

Capítulo curtinho, curtinho. ): Estou total sem imaginação.



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