Bargain escrita por Grace


Capítulo 1
Drunk Talk


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo - bem, da fic em geral.
Qualquer coisa, só chamar!
Beijos, e obrigada!



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— Se escondendo na cozinha? — Alguém perguntou, enquanto eu me servia um copo de uma bebida qualquer que estava em cima do balcão. Me virei para encarar o dono da voz, antes de responder.

— Mais ou menos — Eu sorri, ao reconhecê-lo como amigo de Zeke, que era o mais novo romance proibido e perigoso da minha melhor amiga — Cansei de ficar ouvindo a conversinha chata dos convidados de Shauna e eu não conheço quase ninguém aqui— Dei de ombros, disfarçando ao dar uma olhada no corpo totalmente sarado do meu companheiro. O jeans claro e a camisa branca caiam perfeitamente bem nele — E quanto a você?

— Me escondendo das amigas malucas da Shauna — Ele riu, me fazendo rir também. Eu tinha uma boa noção de quais amigas ele estava falando — Elas são um pouco… efusivas — Ele fez uma pausa, se aproximando de mim — Aliás, não fomos apresentados formalmente. Tobias Eaton — Ele estendeu a mão pra mim.

— Beatrice Prior — Respondi apertando a mão dele. Ele então pegou um copo e também se serviu da bebida que estava em cima do balcão.

— Zeke me disse que a nova paixão proibida dele era melhor amiga de uma super gata, mas não me disse que era você — Ele sorriu, colocando um pouco mais de bebida no meu copo e em seguida no dele — Devo dizer que estou profundamente encantado.

— Shauna me disse que a paixão secreta dela tinha um amigo bonito e gostoso. Acho que ela subestimou sua aparência e físico — Eu disse, sorrindo. Tomei mais um gole do que eu achava que era tequila.

— Fico feliz que você teve a chance de avaliar por si mesma — Ele sorriu, mordendo o canto dos lábios em seguida, o que eu achei extremamente sexy — Mas eu pensei, que como você é a melhor amiga da Shauna, essa também seria sua turma de amigos.

Ele puxou dois banquinhos que estavam do outro lado do balcão e encheu nossos copos novamente, finalizando com a garrafa.

— São amigos do trabalho dela. Conheço de vista, mas não gosto muito deles — Fiz uma breve pausa, fitando a garrafa vazia em cima do balcão — Acho que deve ter mais na geladeira — Eu disse, me levantando para ir buscar. Peguei uma garrafa de tequila, que estava na geladeira, e outra de uísque, que estava no armário e as levei até o balcão. Eu tinha a sensação que a noite estava só começando. E começando de uma maneira espetacular.

Me sentei no banquinho e em seguida tomei o resto da bebida que estava em meu copo.

— Sabe, Beatrice, eu tenho a impressão de que nós vamos nos dar muito bem — Ele disse, arrancando um sorriso meu — Já compartilhamos até um local para nos escondermos das pessoas.

— Só vai dar realmente certo se você parar de me chamar de Beatrice e me chamar de Tris — Eu disse, fazendo ele concordar com a cabeça. Beatrice era muito sério, e a ultima coisa que eu estava querendo era seriedade.

— É você quem manda, Tris — Ele disse, sorrindo de uma forma que fez meu corpo inteiro se arrepiar.

— Me fale mais sobre você — Eu pedi, colocando uísque no meu copo e no dele — O que você faz? E como você consegue ser amigo de alguém como Zeke? O cara é simplesmente o maior galinha que eu já conheci, e olha que eu conversei com ele uns cinco minutos apenas — Ele começou a rir assim que eu disse isso, e então se aproximou um pouco mais de mim.

— Eu sou o novo presidente e sócio-majoritário da Eaton’s Corporation. Começo segunda feira — Ele suspirou pesadamente — Meu pai se aposentou e, bem, coisas de família. Mas antes disso, eu fiz faculdade, em Miami, e confesso que eu ia mais pra praia pegar onda do que para as aulas, e nesse último ano, eu acompanhei meu pai no serviço. Pra aprender como realmente se fecha um negócio, como se burla as leis, como você obtém vantagem e todas essas outras coisas — Ele respondeu, dando outro suspiro. Eu diria que ele trocaria facilmente tudo isso de empresa pra ir pra Miami pegar onda — Sobre Zeke, nós nos conhecemos desde pequenos. Fomos vizinhos a vida toda, frequentamos as mesmas escolas, a mesma faculdade, dividimos um apartamento e agora, moramos no mesmo prédio. Vizinhos, novamente.

— Bom, se você for pra Miami qualquer dia desses e quiser companhia, me chama — eu disse, sorrindo — Eu fui lá uma vez, na época em que eu estava no ensino médio. Fugi de casa, peguei um ônibus e fiquei lá por alguns dias, até meu dinheiro acabar. Então liguei pra casa e meus pais resolveram tudo. Fiquei, teoricamente, um mês de castigo, sem sair de casa. Bom, pelo menos é isso que meus pais acham.

— Me conte mais sobre você — Ele pediu, se aproximando mais ainda de mim. Eu tinha a sensação que estava começando a ficar bêbada. Bebi mais um gole de uísque.

— Eu sou um espírito livre — Eu sorri — Trabalho organizando festas e eventos em geral. Ovelha negra da família, eu diria. Resolvi fazer relações públicas, o que fez com que meus pais não pagarem a minha faculdade, então eu tive que me virar, e comecei minha carreira cedo. Tive que me sustentar. Morei com Shauna uns tempos e bem, agoraeu tenho até um bom reconhecimento no mercado.

— Por que seus pais não quiseram pagar a sua faculdade? — Ele perguntou, enquanto enchia nossos copos novamente.

— Nas palavras dele, onde já se viu uma Prior se sustentando como organizadora de festas? Você tem que ser médica, advogada ou qualquer coisa relevante e que dê dinheiro — Eu gargalhei, fazendo com que ele risse também — Digamos que nós não temos uma relação muito boa até hoje. Eu raramente falo com eles, e quando isso acontece, sempre acaba tendo briga.

— Você é feliz com o que você faz? — Ele perguntou, prestando atenção em mim.

— Cara, eu sou paga para organizar festas e eventos chiquérrimos, fico no evento, bebo e como o quanto eu quiser e ainda conheço gente. Muita gente. Eu sou feliz, eu diria, embora as vezes eu me veja apertada financeiramente.

— Um brinde a felicidade — Ele disse, enchendo nossos copos com mais uísque.

— Você é feliz, Tobias? — Eu perguntei, me aproximando dele.

— Sinceramente, eu não sei — Ele respondeu, me parecendo pensativo — A vida inteira eu fui educado para dar continuidade nos negócios da família, mas agora que isso está para acontecer, eu não tenho certeza se é isso que eu quero.

— Então não faça — Eu disse, categoricamente — Ou faça, por um período, e se não for o que você realmente quer, chute o balde e vá atrás de algo que realmente te interesse.

— Não é tão simples assim — Ele disse, dando de ombros.

— Claro que é — Eu retruquei, fazendo com que ele me olhasse atentamente.

— Tris, meus pais me desertariam, sem dúvida nenhuma — Ele respondeu, virando o copo em seguida.

— Você está falando com a pessoa que largou toda a fortuna dos pais para trás pra poder fazer o que quiser da vida — Eu argumentei — E se você quer saber, a gente sobrevive. Sem arrependimentos da minha parte.

Ficamos em silêncio por alguns segundos. O único barulho era o da música e das pessoas falando na sala.

— Por enquanto, eu vou vivendo um dia de cada vez — Ele disse, em voz baixa.

— Isso aí — Eu disse, propondo mais um brinde em seguida — E quando tiver tudo muito ruim, é só seguir por outro caminho. Faça o que der da telha.

— O quão ruim seria se eu seguisse meus instintos agora? — Ele perguntou, me observando por alguns segundos. Eu não estava muito bem, mas podia jurar que ele também não.

— Se for te fazer feliz por hoje, não seria ruim, eu diria — Eu respondi, tentando pensar se nós estaríamos tendo essa conversa meio brisada sobre vida e felicidade se estivéssemos sóbrios. Talvez sim, talvez não.

Ele então me puxou para mais perto dele e me beijou. Primeiro, lentamente. Eu respondi imediatamente ao toque dele. Depois, fomos aumentando o ritmo do nosso beijo, até que minutos depois, estávamos de pé, comigo encostada no balcão. Eu agarrava o cabelo dele, e ele minha nuca. Eu tinha certeza que nós dois estávamos amarrotados e totalmente ofegantes.

As mãos dele deslizaram pelas minhas costas e pararam na minha cintura. Ele beijava meu pescoço, e eu praticamente não conseguia respirar. Deslizei minhas mãos por seu abdômen.

— Que tal se a gente sair daqui? — Ele perguntou, falando com os lábios encostados nos meus.

—Definitivamente, a melhor ideia que você teve hoje — Eu respondi, enquanto ele me guiava rumo a porta dos fundos da casa de Shauna.


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Notas finais do capítulo

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