Depois fomos dormir, no outro dia pela manhã , estávamos na mesa tomando café, quando notamos que a Dani ainda não tinha descido.

Junior : Amor e a Dani ?

Carol : Ah amor, eu acordei ela e desci, ela deve estar tomando banho.

Junior : Será ? Bom, eu vou lá ver.

POV JUNIOR

Subi para o quarto da Dani preocupado com a demora dela, chegando no quarto, ela estava deitada na cama ainda, toda enrolada no edredom. Gritei a Carol, e ela logo subiu.

Junior : Dani ? O que foi meu amor ? – Eu disse passando a mão no rosto dela.

Dani : Nada.

Carol : Junior, pega o termômetro pra mim.

Junior : Ok amor.

Carol : Nossa Dani, você está suando – ela disse passando a mão no cabelo dela – porque você não disse pra mim que estava se sentindo mal ?

Dani : Eu não queria atrapalhar, eu só tô um pouco cansada. – Ela disse coçando os olhos.

Junior : Aqui o termômetro amor – eu disse entregando.

Carol : Vamos ver essa febre meu amor – ela colocou o termômetro na Dani – Nossa meu amor, vem, vamos levantar que eu vou te levar no médico pra ver essa febre alta.

Junior : Quer que eu fique com ela amor ?

Carol : Não amor, pode ir pra empresa , eu levo a Dani no médico, e depois eu te ligo tá ?

Junior : Bom, então vamos , eu deixo vocês lá, mas qualquer coisa me liguem ! – Eu peguei a Dani no colo e fomos para o carro.

No carro, eu estava pensativo e muito preocupado com essa doença repentina da Dani. Ela estava bem , e do nada aparece assim, fui interrompido de meus pensamentos com a Carol dizendo :

Carol : Anda Junior, a Dani tá tremendo muito ! – Ela disse preocupada.

Chegando no hospital peguei a Dani no colo, e corremos para dentro para encontrar um médico no plantão, foi quando eu vi um médico se aproximando e chamando a Carol :

Dr Fernando : Olha só, se não é a princesa psicóloga mais linda desse hospital ! – Disse ele se aproximando sorridente.

Carol : Fernando , pelo amor de Deus, ajuda a minha filha ! – Ela disse indo ao encontro dele bem assustada.

Dr Fernando : Claro , mas aonde é que ela está ? – Disse ele olhando pros lados.

Carol : Tá ali com o meu marido. Ajuda, por favor ! – Disse ela apontando para mim – Junior, vem amor !

Eu fui bem irritado para a sala daquele médico, que chegou cheio de elogios para minha mulher, mas aquela era hora somente de me preocupar com a Dani, então entrei na sala do médico e coloquei a Dani na maca, e imediatamente abracei a Carol por trás.

Junior : Ela vai ficar bem meu amor – Eu disse encarando aquele médico safado.

Carol : Deus te ouça meu amor ! – Ela disse olhando a Dani tremer na maca do hospital.

Dr Fernando : Bom mocinha, fala pro titio o que você está sentindo ? – Ele disse com um nariz de palhaço, e um óculos engraçado.

Dani : Eu tô sentindo uma coisa bem aqui – ela disse apontando pro coração.

Dr Fernando : Mas me explica florzinha do tio, como é essa dorzinha aí ?

Dani : É que assim, eu não sei direito, só me senti um pouco triste tio, depois eu comecei a ficar me sentindo mal.

Dr Fernando : Entendi linda – disse ele examinando a Dani – Bom papais, será que eu posso ficar um minutinho a sós com a minha paciente ?

Junior : Pra que doutor ? O que a minha filha tem que não podemos saber? – Eu disse me alterando.

Carol : Calma Junior ! – Disse ela me acalmando.

Dr Fernando : Não, eu só queria falar um pouquinho com ela, porque me parece que o que ela tem , não é nada físico. – Disse ele piscando para gente.

Saímos da sala, e nos sentamos no banco que havia logo em frente, eu estava preocupado e bem irritado com a ousadia daquele doutor. Com o rosto fechado eu passei as mãos no rosto, e a Carol se sentou do meu lado se escorando em mim.

POV FERNANDO

Eu logo percebi que o que a Dani tinha não era nenhuma doença física e sim, psicológica, então tentei conversar com ela sozinho, para ver se ela me dizia algo. Mesmo tendo percebido que o marido da Carol ficou muito enciumado, e a filha deles doente, eu continuei com as provocações, afinal, eu estava sendo pago para isso.

Dr Fernando : Bom Danizinha, agora nós estamos sozinhos, e você já pode falar pro titio o que aconteceu mesmo.

Dani : É que eu tô sentindo muito medo.

Dr Fernando : Medo de que linda ?

Dani : De perder o carinho dos meus pais. Se você não sabe tio, eu sou adotada. Minha mamãe de verdade morreu, ela era amiga da Carol, e aí ela me adotou. Mas agora , eles tem os filhos deles de verdade , e eu tenho medo de ficar sozinha de novo. – Ela disse com lágrimas começando a escorrer.

Dr Fernando : Mas eles dão motivo pra você se sentir assim, Dani ?

Dani : Não, eles cuidam de mim. Mas eu tenho medo disso mudar um dia, e eu fiquei pensando nisso, e comecei a me sentir mal.

Dr Fernando : Olha meu amor, acho que você não precisa nem se preocupar com isso. O Junior eu não sei , mas a Carol jamais te deixaria !

Dani : Você é amigo da minha mãe ?

Dr Fernando : Sou sim, porque ?

Dani : Eu gostei de você, você é muito legal tio Fernando !

Dr Fernando : Eu também adorei você , podemos ser amigos, o que acha ? E você pode vir aqui sempre que quiser, para ficar comigo ! Mas e agora, se sente melhor ?

Dani : Sim tio, estou bem melhor. Obrigada !

Dr Fernando : Bom então vou chamar sua mãe, e você dá um sorrisão pra ela, combinado ?

Dani : Sim !!!

Aproveitei aquela conversa com a Dani, para colocar uma pulga atrás da orelha dela, em relação ao Junior. Estava tudo dando certo ! Abri a porta da sala e disse :

Dr Fernando : Carolzinha ? Pode entrar, linda !

Junior : Qual é a desse médico em Carol ? Vai ficar te chamando assim o tempo todo agora ?

Carol : Ai Junior, não começa ! Vamos entrar logo e ver como está a Dani, pare de se preocupar com besteiras, pelo amor de Deus !

Junior : Tá .

POV CAROL

Fiquei um pouco nervosa pela reação infantil do Junior, e ao mesmo tempo estava muito feliz e encantada pelo cuidado e carinho que o Fernando teve com a Dani. Entramos na sala, e ela sorriu.

Dani : Oi mamãe, já estou melhor.

Carol : Ai que bom meu amor, eu fiquei tão preocupada com você !

Junior : E o que ela tinha ?

Dr Fernando : Não era nada, só teve uma pequena tensão emocional, mas nada como uma conversa com esse titio lindo, esperto, legal e divertido pra ela relaxar, né Dani ?

Junior : Ah entendi , super doutor ! Vamos Carol ?

Dani : Junior , calma ! Eu quero dar tchau pro tio Fernando ! – Ela correu e abraçou o Fernando.

Junior : Você me chamou de Junior ? Bom, esquece, vamos que o papai tem que ir na boutique , e a mamãe trabalhar. Vou te deixar com a tia Gabi.

Dani : Tá.

Eu peguei a mão da Dani, levei ela até o carro, pois eu já ficaria por ali mesmo. Eles foram. Junior deixou a Dani com a Gabi, eu fui trabalhar.

Narradora : ‘’ O Junior eu não sei, mas a Carol jamais te deixaria’’ essas palavras ditas pelo Fernando, deixaram a Dani muito confusa, e receosa com relação a ele. Ela estava com ciúme dos novos bebês, e o medo de perder o carinho dos pais a deixou desconfiada e triste. O dia passou rápido, e não foi nada fácil para o Junior. Ele estava nervoso e muito enciumado com as provocações do doutor Fernando, era nítido o interesse dele pela sua esposa, e aquele jeito dele trata-la o deixava muito irritado. Então , para não brigar, Junior deu uma desculpa muito pouco convincente para Carol dizendo que iria fazer uma rápida viagem para resolver uns assuntos pendentes no Rio de Janeiro, mas na verdade ele iria para um hotel, tomado pelo ciúmes, somente para esfriar a cabeça.

POV JUNIOR

Será possível que só a Carol não vê esse doutor se aproximando com outras intenções pra cima dela ? Ou eu enxergo coisa demais ? Ou pior, será que ela está gostando da aproximação dele ? – Eu pensei – Não é possível, que mesmo depois de casados e com filhos, eu enfrentaria problemas na minha relação com a Carol. Eu preciso dar um jeito nisso. E amanhã mesmo eu irei falar com esse cara de pau .

POV CAROL

Aproveitando que o Junior estava viajando para resolver uns problemas, a Dani pediu para dormir em minha cama comigo, eu deixei. Estava fazendo carinho nela, enquanto ela estava escorada em mim. Enquanto passava as mãos entre os cabelos dela, eu lembrava do quão encantador foi o Fernando com a Dani, e que eu deveria agradecê-lo por tudo, fui dormir, e no outro dia logo pela manhã trataria de falar com ele.

Continua ?