Rebels : Anarchy masters escrita por Crowley


Capítulo 4
O Conglomerado - Capitulo 4




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Bem, voltando ao ponto onde parei depois de ter que lhes explicar a história do Galpão-33, assim que sai da sala do general e vi Jackie passar por mim como se nada houvesse acontecido na noite anterior algo em mim eclodiu e eu senti meu corpo ficar quente... comecei a dar passos pesados a seguindo, sempre notava que minha expressão assustadora havia surgido em meu rosto quando as pessoas que passavam por mim desviavam olhar com uma expressão de medo.

Em algum ponto de minha vida me tornei uma pessoa que não é exatamente alguém assustador mas mesmo assim quando me irrito as pessoas a minha volta ficam temerosas, não por algo que fiz mas apenas pelo temor... do que eu poderia fazer.

A mulher a minha frente, Jackie Callaghan, era obviamente o motivo de minha explosão de fúria, como alguém que na noite anterior havia me feito tomar responsabilidade legal pela morte de mais de meia dúzia de homens (coisa que ficaria em minha ficha), e esse era o menor dos fatos já que ela também tentou me matar, e ainda assim passou por mim como se nada houvesse acontecido.

Bem depois de alcança-la e segurar seu ombro ela parou, sem sequer se virar para mim já pude notar que um sorriso cínico nascia em seu rosto, ao se virar ela ria e vi que ela estava atuando mais uma vez.

— Senhor Hawkins, que belo dia, não? - O sorriso para qualquer pessoa que não tenha visto a verdadeira expressão dela deveria parecer tão real, mas a mim causou repulsa.

Comecei a arrasta-la pelo patio até um dos corredores dentro da instalação do exército, a empurrei na parede e o corpo dela bateu pesadamente, um sorriso forçado surgiu na minha face enquanto tentava me controlar.

— Não acha meio rude arrastar uma garota para um corredor vazio e pô-la contra a parede senhor? - Ela riu e um murro passou zarpando por ela e acertou a parede de metal atrás dela, a amassando.

— Cale-se Callaghan! Estou tentando pensar. - Disse ainda pressionando o punho contra a parede de metal.

— Pensar? Não acha que devia ter pensado antes de me trazer aqui? É o básico da lógica. - A voz dela se alterou um pouco, mas senti que ela entendeu o recado quando nos olhamos.

— Jackie Callaghan, 22 anos, na sua ficha diz que você nasceu no distrito A-35, isso corresponderia ao antigo Kansas, mas... - Minha voz foi tomando um tom mais sério. - Nós dois sabemos que você não veio de lá.

— Nós dois? Bem você é um doido que assassinou caras na noite passada, deve estar delirando. - Ela colocou a mão na minha testa ironizando. - Esta com febre ou algo assim.

— Bem "Jackie", vou ser mais claro, não sei quem você é de verdade mas você se meteu no meu caminho. - Disse entre dentes. - Colocou assassinatos na minha ficha, jogou fora minha vida pacifica... você está estragando meu projeto de vida aqui sua alemã maluca.

E um tapa estalou na minha cara.
 
— Vamos recapitular. - Ela disse de forma calma enquanto me encarava. - Você me arrastou até aqui, quase me acertou um soco, procurou por meus antecedentes apenas porque eu te fiz ser o herói do dia? Você é mesmo um "Hund", fica mostrando seus dentes por aí pra qualquer um que te tire da sua paz e sossego, pessoas alienadas como você me irritam de forma gritante.

— Primeiro, nunca mais me chame disso. - Ri do tapa - Segundo, primeiro você dorme comigo para depois me dar o tapa, sempre siga a ordem de acontecimentos. - Estava me acalmando aos poucos, até fazendo piada, talvez eu precisasse do tapa pra reorganizar os pensamentos.

— E terceiro, só porque você se acha a mestra da sua suposta anarquia não quer dizer que possa chamar outras pessoas de alienadas, sua assassina desvairada. - Sorri e esfreguei os olhos, a dor de cabeça estava indo embora. - Me chamou de alienado...

Ri e me virei e comecei a ir ao fim do corredor.

— Nos vemos no Duck Pallace as onze. -Disse acenando pra ela e indo embora.

— E porque eu iria? - Ela disse em tom de ironia.

— Porque eu sei sobre o seu passado... Jäger. - Olhei para trás e vi os olhos dela se alargarem um pouco, se ela tivesse se esforçado um pouco mais talvez tivesse conseguido uma expressão humana.

Quando comecei a me afastar ela me seguiu em silêncio, nós caminhamos pelos corredores metálicos e quase claustrofóbicos do quartel e o silêncio entre nós estava quase sendo quebrado, quando por fim decidi abrir a boca ouvi alguém muito a frente gritar por mim.

— Alex! Alex! – Bem eu conhecia duas pessoas na base que teriam bondade e coragem o suficiente para não me chamar de 'Hund' ou de 'Hawkins' e de qualquer coisa formal. Como a voz pertencia a um homem só podia ser o Hitto Tamura. – Alex, precisam de você no Conglomerado agora.

— Foi mal Hit, não rola ordens do General, tenho que arrumar minha bagunça no Galpão-33. – Disse coçando a cabeça e o inspecionando, fazendo uma rápida vistoria nele, o asiático baixinho de cabelos curtos cortados ao estilo do exército com sua coluna misteriosamente encurvada para a frente pelas horas na frente das interfaces de pesquisa, ele suava de um jeito estranho que demonstrava mais que cansaço por ser um sedentário, ele estava com medo.

— Não rola? Não rola um escambau Alex! As ordens vêm de acima, do Theodore, não me ouviu falar? Precisamos de você no conglomerado e se você não for eu juro que, juro que te esfolo vi...vo... – Antes que ele caísse no chão o amparei, os constantes desmaios de raiva dele me divertiam.

Olhei para o lado e ela observava a cena toda sem reações.

— Que foi? – Olhei para ela e apoiei o corpo do Hitto sobre meus ombros e comecei a carrega-lo.

Ela começou a me seguir e um estranho sotaque surgiu na voz dela quando ela começou a falar e por um instante senti que falava com ela de verdade e não com uma máscara de atuação. – Não compreendo.... Eu lhe tornei um herói para as câmeras e você quase me socou, um asiático louco e nerd aparece, grita com você, diz que vai esfola-lo e você ri. – Ela me olhou e fez uma expressão de confusão. – Você é retardado?

Um ataque de risos tomou conta de mim naquele momento, passei quase todo o caminho assim: Eu rindo histericamente. Jackie continuando com sua cara de confusão, e Hitto acordando e desmaiando de novo.

— Bem recruta, chegamos – Falava com Jackie de forma formal perto do conglomerado com tantos sistemas de vigilância a tratar de forma informal ou rude seria problema para mim... pode ter sido por isso que a puxei para um lugar deserto antes de ameaça-la. Falando desse jeito pareço uma pessoa horrível. – O conglomerado.

Como descrever o Conglomerado. Já sei, que tal assim, você pode considerar como um lugar especial com as mais altas tecnologias proporcionadas pelo Governo da nossa linda pátria que forneceu bondosamente as mentes mais brilhantes do nosso século ou podemos sair dos comerciais e notar que na verdade é uma grande cúpula branca e gigante no meio da base do exército entupida de nerds e antissociais e talvez até sociopatas que são meramente inteligentes, que não fazem nada lá dentro além de atender as ligações dos comandantes, e jogar muito videogame e RPG’s. E é ali meus amigos que nós vamos entrar.


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