Em órbita escrita por Beilschmidt
Notas iniciais do capítulo
Olá!
Trago capítulo novinho e delicioso. Eu estava com um bug na cabeça esses dias, soube de uma nova informação sobre a Estação Espacial, e estou pensando se encaixo ou não aqui... Se sim eu ainda pensarei como.
Enfim.
Boa leitura!
Yekaterina acabara de chegar, segurando um copo de café com creme extra — adorava começar o dia com café. Tinha recebido a visita de sua irmã na tarde anterior, Natália Arlovskaya; era uma arquiteta formada na Bielorrússia e estava morando no Canadá por causa de seu trabalho. Agora, havia dado lhe a notícia de que finalmente cedeu aos pedidos da irmã mais velha para morar nos Estados Unidos. Era muita alegria.
Eram três irmãos, ela, Natália e Ivan. Haviam se separado por causa de suas ambições. Ivan era com quem menos tinha contato — cerca de três telefonemas por mês. Mas agora com a irmã morando consigo Yekaterina não se sentia mais tão sozinha em casa. Sempre fora fraca com emoções, e eram muitas às vezes que chorara por bobagens, literalmente. Porém, como também era ruim em se expressar com palavras os seus sentimentos não eram compreendidos. Quem mais a conhecia eram os irmãos e Undie.
Puxou a gola de seu suéter preto um pouco mais para cima. Tão entretida estava em seus pensamentos que acabou por esbarrar e cair na pessoa que mal dobrara o corredor. Na queda, os seus seios enormes cobriram completamente o rosto do coitado, mas ela soube de quem se tratava pela cor do cabelo.
— Ai minha nossa! — desesperou-se — Mil perdões senhor Ludwig. — levantou-se rapidamente e estendeu-lhe a mão. Procurou ver o estrago que havia feito à roupa dele com o seu café — E-Eu…
— Não precisa se desculpar Yekaterina. — sorriu-lhe, estava embaraçado com a situação. Ergue-se com a ajuda dela — Apenas tome mais cuidado.
Undie acabara de chegar, estava sonolento e mal se lembrou de guardar as chaves da moto no bolso. Acabou por ver a cena de longe e deu o seu sorrisinho de sempre. Parece que Ludwig teria de voltar para casa e trocar de roupa, o que lhe renderia alguns minutos de soneca.
.x.
Lovino tinha se atracado em uma das janelas e evitava completamente o espanhol que o cutucava insistente. Sua paciência já era pouca e se não fosse por Elizabeta sem dúvidas que ele o assassinaria com o que tivesse ao seu alcance — o seu tomate de borracha no momento.
O italiano era do tipo pavio curto, não tolerava qualquer tipo de contato masculino, mesmo o seu irmão, Feliciano — mas com ele era diferente. Havia estudado junto com Antônio, e o pouco que conviveram academicamente foi o suficiente para Lovino não suportar sequer estar no mesmo espaço que o outro. Por quê? Simplesmente porque o achava irritante demais, idiota demais, barulhento demais, grudento demais… Tudo que relacionava o espanhol era “demais”, logo se vê que sua paciência para com ele era nula.
Antônio foi pego pela orelha por Elizabeta e o puxou para outra janela, evitando que o tomate de borracha fosse parar em um lugar nada bonito de pensar. Desde que a nave acoplou na Estação o humor de Lovino caiu drasticamente. Suspirou, parece que os novos inquilinos lhe causariam alguns aborrecimentos a mais. Já não bastasse o escandaloso do Gilbert.
— Isto virou uma baderna. — Ciel resmungou de seu canto e surpreendentemente Lovino concordou com outro resmungo.
Ambos se entendiam — mesmo com suas carrancas — mesmo em silêncio; bastava uma única troca de olhares para se compreenderem. Fazia sentido algo do tipo se for levar em conta que o temperamento deles era praticamente parecido.
Voltou-se para a janela. Há duas horas estavam nesse clima, desde que a nave com aqueles três havia chegado. Sebastian Michaelis, inglês; Antônio Fernandez Carriedo, espanhol e Gilbert Beilschmidt, alemão.
Resmungou alguns palavrões em francês e… o que diabos um pato de borracha estava fazendo flutuando por ali? Não bastasse o tomate de Lovino…
Mais tarde ele deu com um gato de borracha flutuando por ali, mal sabia que era de Sebastian.
.x.
Undie dormia em cima de sua mesa; o pote de biscoitos estava caído ao seu lado e vazio. Seu celular começou a tocar, mas de primeira não o despertou. Tocou novamente, e a vibração o fazia cócegas, já que tinha um costume de dormir com o celular no peito enquanto se esparramava na sua cadeira. Era para ele estar analisando se a nave se acoplaria corretamente. Mas ele não se importava, já que seria acoplamento automático.
Novamente seu celular começou a vibrar, e dessa vez ele foi acordando aos poucos. Sentia muitas cócegas e do nada começou a gargalhar e a se debater na cadeira de rodinhas. Bateu o pé na mesa a sua frente e acabou caindo com celular, cadeira e levando os papéis junto.
Desabou.
O homem continuou jogado no chão gelado. Dando risadinhas.
— Undie? — uma moça de cabelos curtinhos e loiros abria a porta — O que aconteceu? Eu ouvi algo caindo… estás bem?
Adentrou a sala a passos leves e lentos, o perfume adorável foi sentido pelo homem.
— Não aconteceu nada que precise preocupar-se, Katia. — levantou-se ainda com o sorrisinho, apanhou o pote ali caído e sentou-se novamente — Apenas tomei um susto, hihi.
— Que bom. — mais calma, apertou os dedos na prancheta que segurava — Senhor Ludwig está furioso, ele disse-me que tentou lhe ligar três vezes e não atendeste. Então me pediu que…
— Eu sei, eu sei… pediu-lhe que viesse aqui para avisar-me de que deveria ir imediatamente a sua sala, não?
— Isso mesmo.
— Ok, eu estarei indo.
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Shiori estava ansiosa para mais Undie e mais Spamano kkk. Undie está aí, mas o Spamano mesmo vai demorar, mas prometo alguns momentos