Você, Paixão escrita por Camila J Pereira


Capítulo 30
Capítulo 30




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 Edward foi em casa dispensou a todos sem muita explicação, haviam esperado por eles já que saiu apressadamente sem dizer nada. Mesmo curiosos e um pouco preocupados eles o deixaram. Sem esperar a partida deles, voltou com o seu carro para pegá-las com as bagagens. Bella entrou no carro sem discutir, segurava a filha nos braços desejando que tudo desse certo. No entanto, um lado dela temia pelo descontrole de Edward.

Elas saíram do carro quando ele estacionou, Bella e Renée tentaram ajuda-lo a pegar as malas, mas a sua expressão fechado e silêncio deixaram claro que ele não queria ajuda. Edward abriu a porta, Renée entrou primeiro e suas exclamações de surpresa e encantamento pela casa fizeram o coração de Bella acelerar novamente. Depois de ter feito amor e se despedido de Edward, nunca mais tinha voltado aquela casa. Veria enfim como aquela casa ficou depois que recebeu as mãos de Edward.

— O que está fazendo? – Edward estava ao seu lado com as malas ainda muito sério. – Vamos, entre. – Bella não conseguia se mover, não era só a emoção de voltar e ver o trabalho dele, mas ali tinha sido o lugar em que tiveram juntos romanticamente pela última vez. Edward percebeu olhando para seus olhos o quanto ela estava emocionada. Mas ele não seria tão mole com ela dessa vez. Já tinha armado o seu plano, Bella entraria naquela casa naquele momento e não sairia mais. – Não pense que vou deixar você ir para qualquer lugar, recobre o juízo de vez e entre, Bella. – Aquilo quase a vez se debulhar em lágrimas. Estava ciente da dureza que seria a reação dele, mas não estava lidando muito bem com aquilo. Sentia-se sensível com aquele olhar duro. Bella apertou Beatrice um pouco mais contra o seu peito e entrou na casa.

O lugar estava encantador, Bella não conseguia evitar deixar as lágrimas correrem por seu rosto. Edward não só tinha deixado a casa como nova, mas havia decorado num estilo que brincava com o moderno e o clássico. Ele tinha muito bom gosto. Edward subiu com as malas e levou Renée para que ela ocupasse um dos quartos. Quando ele voltou, Bella ainda estava no mesmo lugar e olhava para o local onde tinham se amado da última vez. Ela notou a presença dele que caminhava lentamente em sua direção. Na época em que namoravam ele secaria as suas lágrimas com seus próprios dedos os beijos, mas Edward naquele momento apenas pegou Beatrice em seus braços.

— Ela precisa dormir em uma cama confortável. – Como achou a filha incrivelmente menor do que já achava naqueles braços longos e fortes. – Venha. – Edward subiu na frente com a filha e Bella os seguiu. Entraram no primeiro quarto e Bella notou que já estava sendo ocupado por ele.

— Este é o seu quarto.

— Sim. – Edward ainda segurando a filha sentou na beirada da cama.

— Podemos ficar no mesmo quarto que Renée.

— Eu sei, mas ficarão aqui. – Pelo olhar de ordem que ele lhe lançou Bella deveria ficar calada, mas não ficou:

— Não quero te dar trabalho.

— Pensasse nisso antes de ir embora sem me falar sobre a minha filha.

— Tem razão, me desculpe. – Ela realmente lamentava, lamentava ainda mais que ele estivesse com tanta raiva.

— Se está mesmo arrependida faça o que eu estou dizendo. – Edward pôs a bebê na cama e foi para o guarda-roupa pegar alguns lençóis. Bella sentou ao lado da filha. – Amanhã teremos uma grande comemoração. É o aniversário de casamento dos meus pais. Parentes e amigos virão e passarão o dia. Nós estaremos lá também. – Bella estremeceu com o fato de rever toda a família Cullen levando a sua mentira à tona. Edward deu mais uma olhada em sua filha antes de sair do quarto.

— Seu pai está com muita raiva. Não é culpa dele, eu provoquei isso. Vamos passar por isso de cabeça erguida, ok? – Bella beijou a testa da filha. Inquieta desceu para falar com Edward. O encontrou sentada no sofá, os cotovelos sobre os joelhos, parecia alheio. – Edward. – Ela o chamou e ele olhou para ela mais rápido do que queria. – Porque não vemos seus pais amanhã pela manhã antes da festa? Eu não sei se será confortável...

— Você não sabe se será confortável? – Aquele Edward era mais cortante do que imaginou. Notou um pouco de sarcasmo em sua voz. Edward levantou ficando cara a cara com ela. – Não vai tirar mais essa lembrança de mim. Você prefere ficar aqui do que ir? Ela vai só comigo, mas penso que ela precisa muito de você ainda, não é assim? – Edward estava exaltado.

— Acalme-se. – Ela pediu baixo.

— Não diga isso, não diga isso para mim. Eu que fui o mais calmo dos homens com você!

— Edward... – Bella agora implorava. – Talvez você precise de um tempo então eu posso voltar para o hotel até que...

— Você não entendeu? O que eu preciso é que faça e que esteja onde eu digo para estar! Suba agora.

— Não pode mandar em mim. – Edward sorriu, e era um sorriso um tanto malvado. – Edward, há limites. – Bella estava prestes a subir quando ele a segurou pelo ombro.

— Exato, você ultrapassou um bocado.

— E por isso fará o mesmo?

— Farei o necessário. – Ele a soltou. Bella apenas subiu controlando a sua própria irritação.

***

— Você pode ficar até onde der. Não precisa passar o dia todo lá. Também será cansativo para a Bea.

— Mãe, acho que devo aguentar isso, é apenas um dia. Devo muito mais do que um dia para o Edward. – Bella sentia a sua bebê sugar o seu seio, ela parecia faminta aquela manhã.

— Tudo bem. – Renée concordou e as deixou no quarto indo par ao seu.

Edward estava indo falar com Bella para que se preparasse para irem, mas ficou parado olhando para a cena a sua frente. Sem dúvidas aquela cena entraria para as mais bonitas que conseguia lembrar. Bella estava sentada na cama, recostada nos travesseiros. A sua pequena filha alimentava-se do seio exposto de sua mãe. Bella olhava para  filha com ternura enquanto falava docemente com ela.

— Ah, Bea... Sua mãe terá que ser forte. Serei forte porque estou com você. – Bella suspirou. – A mamãe errou com o papai, vocês dois, me perdoarão algum dia? – Bella ergueu a cabeça e ficou vermelha ao ver Edward parado olhando fixamente para elas. – Bom dia. – Ela não soube mais o que dizer. Não tinha certeza se ele tinha ouvido alguma coisa, mas não ousaria perguntar. O fato dele não responder, a deixou ainda mais sem jeito. Edward entrou no quarto ainda olhando para as duas. – Edward... – Ele sentou ao lado delas e acariciou o rosto de Beatrice.

— Falei sobre ela para a Esme. Estão nos esperando para o café da manhã. – Edward sorriu discretamente. – Nossa filha já está tomando o café da manhã dela.

— Não se preocupe, são muitos cafés da manhã. – Edward sorriu um pouco mais. No seu íntimo, Bella torcia que a raiva dele estivesse indo embora. – Só preciso esperar ela terminar então me arrumo logo.

— Sim.

***

— Ah, meu Deus! É mesmo verdade! – Esme abraçou Bella e Renée e logo tomou Beatrice dos braços de Bella. – Quando Edward disse: “Bella está aqui na minha casa, com a mãe dela, e com a minha filha. Vou levá-las para que as veja.” Eu pensei: Meu filho enfim enlouqueceu. Você é o ser mais lindinho que já vi. – Esme agora falava com a neta em seus braços. – Uma linda princesinha. – Carlisle e Rosie que haviam se aproximado de Esme estavam também babando.

— Sua cretina! – Jasper se aproximou de Bella. – Você some por meses e fica calada. Ficamos arrasados e você aparece mais linda do que nunca e com uma sobrinha pra mim? Então temos que te perdoar porque você nos trouxe esse presente? Estava tudo planejado, não é mesmo?

— Desculpe. – Bella disse ficando vermelha. Jasper a abraçou apertado.

Foi a vez de Rosie abraçar Bella.

 – Sabe como fiquei chateada por você ir? Edward ficou muito abalado e por isso eu queria vê-la mais uma vez só para te dar uns tapas. Lembra-se que me prometeu não magoá-lo? Nossa, acho que Jas tem razão, você trouxe um bebê lindo para nós só para não agirmos com você. Edward, tem que se certificar de que ela não fará isso novamente.

— Ela não fará. – Aquilo fez Bella estremecer. O que significava?

— Bella, obrigado por voltar e nos presentear com uma netinha tão linda. – Carlisle beijou Bella na testa e lhe deu um abraço.

— Ela é ruivinha como o Edward. – Esme disse.

— Ela é todinha Edward. – Rosie afirmou.

— Bea tem os olhos da Bella. – Edward falou como um elogio e Bella ficou emocionada.

— Bea? – Rosie perguntou.

— Beatrice. – Bella lhe respondeu.

— Muito bom, gostei.

Não demorou muito para Emmet e Alice chegarem e se apaixonarem por Bea também. Todos pareciam como que enfeitiçados pela menininha ruiva ali. A medida que os convidados iam chegando, os Cullen reversavam para apresentar o novo membro da família todos cheios de orgulho. Mas Bella só se deu conta de como estavam conhecendo ela quando estava ao lado de Esme que segurava a Beatrice novamente.

— Essa é a minha netinha. Não é linda?

— É mesmo uma gracinha. – Uma mulher aparentando ser da mesma idade de Esme respondeu.

— E essa é a mãe dela, a minha nora, Bella. – Bella ficou boquiaberta, mas não pôde corrigir o erro ali.

***

— Edward. – Bella segurou a sua mão quando ele estava passando. Ele olhou para as mãos unidas e Bella ficou sem jeito, libertando-o imediatamente. – Eu acho que deveria saber. – Ela falou baixo. – Esme esta equivocada e esta me apresentando como a sua nora. Só estou avisando para não ficar chocado.

— Porque ficaria chocado? – Edward pôs as mãos nos bolsos, tudo nele era intenso. – Não quer ser conhecida como a minha mulher?

— Edward, não se trata disso. É sobre ser verdade ou não.

— Porque está tão apegada a verdade agora? – E novamente ele pensou que ela cairia no choro. Antes que ela reagisse, pegou-a pelo pulso e a levou para o seu antigo quarto. Tudo estava exatamente como era. – Então me diga a verdade. – Edward trancou a porta atrás dele.

— Que verdade? – Bella recuou quando ele avançou para ela. Edward a segurou pela cintura e a jogou na cama. Bella não pôde evitar sentir-se excitada com aquilo. Ele deitou-se sobre ela, apoiou os cotovelos na cama um de cada lado do rosto. Edward aproximou-se para beijá-la, mas ela virou o rosto, negando-se. Ele estalou a língua no seu da boca com desdém.

— Você não me ama. Não me mais. Devo interromper os meus planos? – Bella intrigada olhou para ele novamente.

— Planos? – Ele levantou deixando-a sem saber como agir ainda deitada.

— Seu pai, Sarah e os garotos estão vindo. – Parecia que Charlie manteve Edward muito bem informado.

— O que? – Bella sentou-se sem entender nada. – Porque eles viriam?

— Porque eu pedi.

— Não estou entendendo, Edward.

— Te ver na minha casa e aqui com a minha família, te ver com a minha filha... Não percebe...?

— O que? – Edward pareceu impaciente.

— Estou tão irritado porque foi embora, tão irritado porque não falou sobre a Beatrice, tão irritado porque voltou tão distante. Porque você está tão distante de mim agora que está comigo? Aquilo tudo foi loucura minha? Deve ter sido, deve ter sido... – Edward saiu do quarto sem esperar que Bella respondesse. O que ele desejava naquele momento era uma dose de algo forte. Estava sendo dispensado de novo e sentia-se irritado. Edward estava bebendo na cozinha quando ela o encontrou.

— Porque chamou o meu pai?

— Porque quero me casar com você. Não faça essa cara, eu te pedi em casamento antes. Você demorou um ano para me responder, então fiquei impaciente. Agora eu sei que você não me ama, eu não vou insistir. – Edward ainda queria casar com ela depois de saber a verdade? Ele estava prestes a sair da cozinha quando ela ficou na sua frente. – Saia da minha frente se você vai continuar agindo assim.

— Está dando um chilique.

— Talvez eu tenha direito a dar chilique. – Ele não notou que ela se aproximou mais.

— Mesmo assim não é sexy. – Foi quando ele percebeu a sugestão de sorriso no rosto dela e a proximidade dos seus corpos. – Tome mais uma dose, respire algumas vezes e depois me encontre no seu quarto. – Edward conhecia aquele tom de voz, mesmo assim ainda estava sem querer acreditar. – Entendeu?

— Entendi.

Bella subiu e Edward fez exatamente o que ela falou, no entanto, parecia ainda mais eufórico. Ele trancou novamente a porta. Bella estava de pé de costas para ele. Mesmo sem ver seu rosto sabia que ela também estava nervosa.

— Você me ama?

— Te mo muito. Você me ama? – Ela virou para ele e caminhou em sua direção.

— Amo muito. Quero ser a melhor mãe e a melhor esposa para vocês.

— Isso significa que...

— Eu caso com você. – Bella o beijou. Em principio foi um longo selinho que se transformou em um doce e sentimental beijo.

Edward a deitou na cama, tirou do seu bolso um anel que vinha trazendo sempre com ele. Pegou  mão dela e o pôs.

— Será o mais breve noivado que já viu. Casaremos assim que seu pai chegar. Não se importar de casar na nossa casa, não é?

— Nossa casa? – A sua voz estava embargada.

— Sim, pare de se fazer de desentendida. – Ela pigarreou.

— Não tenho um vestido descente.

— Vamos deixar isso nas mãos das avós e tias da Bea. – Bella sorriu e ele beijou a ponta dos seus dedos.

— Não podemos fazer...

— Não acredito que está tão limitada. Podemos tantas outras... – Bella sentiu-se quente de repente, sua respiração ficou intensa como seus batimentos. – Você me fez esperar tanto...

— Edward, por favor... Beije-me.

Ele a beijou novamente, tirou o seu vestido por cima, fazendo o seu cabelo ficar completamente desalinhado. Adorou vê-la daquela forma, como antes... Ela era apenas a sua Bella, não mais uma pessoa distante. Pressionou o seu rosto contra a pele do seu seio. Ela o abraçou pela nuca, Edward estava embriagado com o perfume dela. Sua intenção era tirar o seu sutiã, mas alguém bateu à porta.

— Edward, Bella? – Era a voz da sua mãe. E um choramingo infantil em seguida. – A Bea está com fome.

Lentamente ele levantou o rosto ficando paralelo com o rosto dela. Bella percebeu toda a frustração nos olhos verdes de Edward e sorriu.

— Bem-vindo ao mundo dos pais.  


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Notas finais do capítulo

Obrigada por terem me acompanhado em mais uma historia.
Espero que tenham vivido muitas emoções.
Aguardo vocês nas minhas outras fics.
Beijos



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