Você, Paixão escrita por Camila J Pereira


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Primeiro, quero agradecer de coração Letícia Severo, por ter recomendado essa fic. Fiquei bastante feliz, de verdade. Espero que esse capítulo agrade ainda mais, a todos vocês. Estou aqui, trabalhando na fic! Beijos, divirtam-se!



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Edward saiu da presença da mãe sem responder aos seus frágeis questionamentos aflitos. Voltou para onde deixara Bella dançando com os outros. Ela continuava alegre no círculo, indelicadamente se interpôs entre ela e as outras pessoas e a pegou pelo pulso, levando-a para longe, para o lado de fora da casa de eventos.

— Jasper? – Edward cuspiu deixando-a contra a parede para que não escapasse.

— Edward o que aconteceu? – Bella tentou afastar se dele, mas ele não se moveu.

— Você dormiu com o Jasper também? Dormiu? – Bella percebeu que de alguma maneira Edward havia descoberto que houve algo entre os dois.

— Não dormi. – Ele bufou.

— Não minta para mim, Bella. Não minta sobre isso.  

— Essa é a verdade. Porque está tão chateado? – Foi a vez dela se irritar com a forma brusca que ele a estava tratando.

— Não acha que eu deveria saber disso? Meu irmão? – Ele ainda estava irritado, sabia que deveria manter-se calma, porque ele já estava nervoso, mas tudo o que pôde fazer foi ficar mais irritada do que ele.  

— Espera que te fale sobre todos os envolvimentos que tive? Não tenho porque especificar cada um. Tenho que fazer uma lista com os nomes? – Estava ficando petulante, assim como era costume quando se sentia acuada e ofendida com a sua mãe.

— Não seja tola! Mas você deveria ter me dito sobre o Jasper. E garanto que não precisava de um convite para que me falasse. – Mesmo mantendo a voz baixa, o tom de voz dos dois já começava a chamar a atenção das pessoas mais próximas.

— Qual a necessidade disso? Seu ego não está falando mais alto?  

— Ego? – Edward estava ofendido com aquilo e se parasse para analisar todas as nuanças de seus sentimentos naquele momento, admitiria que ficara magoado. - Você ficou com meu irmão. – Ele rebateu para que ela entendesse.

— Éramos mais amigos do que qualquer outra coisa. Jasper já estava apaixonado pela Alie. Eu entendi isso logo. Se quer tanto saber, não fizemos sexo.

— Você mesma disse que seus envolvimentos eram todos físicos.

— Mas não quer dizer que transava com todos! – Ela gritou. Algumas pessoas a ouviram e olharam para eles, mas logo seguiram. – Vá a merda, Edward! – Bella o empurrou e saiu atravessando o estacionamento.

— Espere. Para onde está indo? – Edward a segurou novamente. Bella foi obrigada a parar diante dele.

—O que eu menos preciso agora é você me julgando. Então não queira saber para onde vou, porque isso não te interessa!

— Então é assim? – Ele a segurou mais firmemente. – Estamos em um desentendimento e sai sem rumo me deixando aflito, inseguro e preocupado? Você não vai a lugar algum sem mim.

— Pare de ser idiota.

— Pare de fugir. – Talvez o que ele tenha dito fez com que sua consciência voltasse. O que estava fazendo? Se irritando porque seu namorado estava indagando sobre o envolvimento que ela teve com o seu irmão mais novo e que manteve isso fora do conhecimento dele?

— Não preciso de lições agora. - Ela se afastou dele bruscamente, mas não foi embora. Permaneceu olhando para ele, tentando desanuviar seus pensamentos.  

— Só queria que tivesse dito antes sobre isso. Ele é o meu irmão...

— Não precisa ficar chateado com isso. Nem precisa desconfiar do que digo, eu não transei com o Jasper. – Os dois se acalmavam agora.

— Eu acredito.

— E porque ainda está assim? – Bella se referia a expressão desanimada em seu rosto.

— Preciso mesmo verbalizar? – O olhar que ela lhe lançou dizia que era necessário. - É que.... Vocês são amigos, cúmplices. Se entendem profundamente. Acho que estou com ciúmes da ideia de você e o Jasper juntos.

— Isso é uma idiotice.

— Não é. – Edward parecia mais nervoso do que irritado naquele momento. Seu olhar amoleceu seu coração, ela podia sentir seu corpo todo relaxando. – Vocês têm uma ligação.

— Jasper é como um irmão. Um irmão pé no saco. – Ela maneou a cabeça. – Desculpe-me.... Eu não sei lidar com algumas coisas...

— Você quis dizer com um namorado tendo um ataque de insegurança? Isso não parece nada másculo, o que eu vou fazer? – Edward sorria um pouco mais descontraído e a abraçou. – O que eu vou fazer, Bella? Eu te amo tanto.

— Ah... Você perdeu todo o pudor. – Bella o abraçou mais forte e como vinha acontecendo cada vez mais intensamente, sentiu-se confortável nos braços daquele homem.

— Vamos voltar para a festa. – Edward afastou-se dela em seguida.

— Pensei que talvez pudéssemos ir para outro lugar.... Antes que eu volte para as meninas. – Aquele olhar dela queimava, ele podia sentir em sua própria pele.

— Como uma garota pode ser tão óbvia nesse quesito? Você está encrencada, Bella. – Ela sorriu triunfante. Depois daquela cena e de tudo o que estava fazendo ela passar, pensava que Edward lhe devia pelo menos uma noite incansável de amor.

***

Estavam diante da sua casa. Bella sabia que aquela porta era o limite, quando a atravessasse voltaria a sua dura realidade que poderia estar ainda mais dura depois da despedida dada a sua mãe. E ela sabia que teria que mudar a sua atitude caso quisesse ajudar Renée.

— Gostaria muito que me deixasse entrar junto. Poderia conversar com a sua mãe e tentar reverter a primeira impressão. – Ela pôs as ponta dos dedos sobre seus lábios para calá-lo.

Ficaram se olhando por um momento, Bella querendo aceitar o convite dele e aceitar o vestígio de proteção que a presença dele lhe daria com a sua mãe. Edward queria protege-la, queria passar por cima da decisão dela e entrar em sua casa para falar com a mãe dela de que daquele momento em diante sempre estaria do lado de sua filha.

— Eu posso amá-la mais só por olhar para você por um tempo como esse? – Bella estremeceu com essas palavras. Ele estava mesmo falando com mais frequência aquele tipo de coisas.

— Meus dedos ainda estão sobre seus lábios. Isso quer dizer que não quero que fale. – Ele assentiu. – Adoraria que entrasse, mas preciso conversar com a Renée a sós nesse primeiro momento. Quero fazer isso.

Edward segurou a mão de Bella e a beijou, depois a retirou devagar repousando-a sobre o seu peito. Bella conseguia sentir seu coração pulsando. Se ele podia amá-la só em olhar para ela, ela podia amá-lo ainda mais sentindo o seu coração, sabendo apenas que ele existe e que pôde desfrutar da sua existência.

— Respeito a sua decisão, mas prometa para mim que em breve me deixará falar com ela. Quero me apresentar formalmente como o seu namorado. – Bella bufou.

— Você às vezes é tão piegas.

— Menina, você não tem limites. – A sua falsa reprimenda seguiu-se de um beijo longo. – Entre agora ou não a levarei para longe daqui novamente.

— Te vejo depois. – Bella piscou e afastou-se de Edward já sentindo a saudade invadir seu peito. Disse adeus baixinho e entrou em sua casa que parecia naquele momento ainda mais fria e desolada.

No primeiro momento não havia sinais de Renée em casa. Caminhou até a cozinha e não a viu, havia apenas algumas garrafas de cerveja, copos sujos e sacos de salgados espalhados. Ela sabia que aquilo sobraria para ela. Decidiu subir e desfazer a sua mala. Assustou-se quando viu a sua mãe jogada em sua cama.

Deixou a mala no chão e devagar se aproximou da cama. Pôs a mão sobre a testa de Renée, ela parecia fria, mas viu que estava respirando. O que ela estaria fazendo ali? Deu uma boa olhada na mãe, agora um pouco devagar. Ela estava com os cabelos desgrenhados e sebosos, as suas roupas estavam amassadas e velhas. Renée parecia ainda mais pálida, sentiu seu coração doer ao constatar que a mãe era um fantasma do que era antes.

— Será que ainda existe chances para você? – Ela queria acreditar que sim, que Renée se transformaria. – Mãe... – Bella lembrou-se dos momentos felizes que teve com a mãe, os risos, as conversas. Foram poucos momentos, mas ela a amava a mãe independente de como a mãe agia. Ela mesma não era uma santa. – Mãe... – Renée pareceu ouvir os sussurros de Bella e se mexeu. Bella ficou imóvel, não tinha sido a sua intenção acordá-la. Renée abriu os olhos e viu a filha diante dela.

— Você chegou.

— Sim. – Renée pigarreou e sentou-se na cama olhando em volta, situando-se. – O que faz no meu quarto?

— Eu não sei.

— Não sabe?

— Talvez tenha me sentido um pouco solitária, e daí? – Falou meio sem pensar, estava ainda tonta pelo sono, pelas drogas.

— Está tentando me dizer que sentiu a minha falta?

— Cretina. – Bella cerrou os olhos pela reação da mãe que jogara o travesseiro nela. Bella o segurou e respirou fundo, sentou-se ao lado da mãe.

— Ando sendo cretina, me desculpe por isso. – Renée a olhou com mais atenção, tentando saber se a sua filha falava a sério ou estava fazendo-a de idiota.

— Não permiti que viajasse. Você nunca me escuta, nunca faz o que mando. – Falou com raiva.

— E você também nunca me escuta. – Bella estava respondendo, mas mantinha a voz calma e baixa. – Mãe. – Renée a ouvia agora, era raro, muito raro Bela chama-la de mãe. – Vamos nos escutar de agora em diante. Vamos viver pacificamente. – Bella olhou para Renée, dentro dos seus olhos e implorou em silencio que ela aceitasse a mudança.

— O que deu em você nessa viagem?

— Mãe... Prometa que melhoraremos agora. Eu preciso que você esteja bem, eu preciso que volte a ser você mesma. Eu preciso de você, mãe. Sabe o quanto estou perdida... Deixe as drogas, vamos procurar ajuda. – Bella notou que Renée estava com os olhos úmidos e seus lábios tremiam ligeiramente. Renée pigarreou novamente.

— Ainda acha que sou viciada.

— Você perdeu seu emprego por isso. Não te faz bem e mesmo assim insiste... É um vício, mãe. Olha como você está, você não está tomando banho, não está comendo. Consegui ver isso em apenas alguns minutos em casa.

— Acha que sou viciada? – Aquela foi uma pergunta legítima, sem cinismo, sem raiva. Ela queria mesmo ouvir da filha o que ela achava.

— Sim, você está com um problema. – Bella foi firme. – Fui a um centro de um grupo de ex dependentes...

— Pensei... Pensei que tivesse ido para uma festa e transar com o Cullen mais velho. – Bella fechou os olhos, decidida a suportar aquela última tentativa de sua mãe de ser venenosa.

— Mãe... – Bella segurou as mãos dela nas suas. – Vamos retomar as nossas vidas. Por favor, tente ficar longe das drogas, limpe o seu corpo, a sua mente e volte a trabalhar. Não vamos durar muito tempo do jeito que estamos. Nossa vida não era assim miserável como você insistia em dizer. Podemos ser como as outras pessoas, podemos ser melhores. Vamos procurar ajuda também.

—  Tudo bem, Bella. Ficarei longe das drogas. Farei isso. – Renée deixou as lágrimas rolarem dos seus olhos. Naquele momento, depois de muito tempo, quis deixar a filha feliz. Ela faria uma tentativa.

— Mãe, você tomou uma boa decisão. – Bella a abraçou apertado mantendo-a em seus braços por um longo tempo. – Tome um banho enquanto preparo algo para comermos.

Bella fechou a porta do quarto de Renée e deixou que o seu corpo fosse sustentado por ela. Sentia um misto de alivio e excitação. Estava realmente desejando que a mãe tomasse um rumo daquela vez. Ela faria o melhor, ajudaria a Renée.

Não demorou muito tempo para descobrir, abrindo a geladeira e a dispensa que não havia nada que pudesse ser aproveitado. Pegou a sua carteira e foi para o mercado fazer algumas compras de emergência. Voltou rapidamente e preparou algo simples para comerem. Renée tinha tomado banho e penteado os cabelos. Suas roupas estavam limpas agora e Bella sorriu ao vê-la com um aspecto mais limpo.

— Quando o Charlie vier... Ele não pode saber que eu...

— Você estará bem. – Bella estava sentada na frente da mãe, ambas com a sopa fumegante em sua frente. Renée parecia emocionada e mais sóbria. Mas o seu aspecto doentio não a havia abandonado. – Precisaremos ir ao médico e fazer um check up. – Renée assentiu.

— As pessoas irão saber. – Renée realmente parecia mais ela mesma naquele momento do que Bella tinha visto no último ano.

— As pessoas já sabem. – Renée estava levando uma colher a boca quando Bella falava e parou o movimento. Olhou para a filha assustada.

— Sabem?

— Renée, você e o Éric, principalmente ele, não são muito discretos. E as pessoas não são tão cegas, elas percebem esse tipo de coisa. – Renée serviu-se da sopa a partir daí calada, Bella respeitou o seu silêncio. Era bom que ela pensasse.

— Estou cansada. Vou deitar. – Levantou-se antes que Bella falasse alguma coisa.

Ela sabia que não seria fácil e que provavelmente naquele momento a sua mãe estaria pensando que não conseguiria e desejava entrar novamente no torpor das drogas. Teria que ficar de olho e talvez, fazer com que ela se afastasse do Eric. Aquilo seria o mais difícil.

***

— Bella. – Sentiu o corpo um pouco dolorido antes mesmo de abrir os olhos. Ela piscou e viu a mãe diante dela parecendo surpresa ao vê-la deitada no sofá.

Tinha levado o seu travesseiro e lençol para o sofá e tirado alguns poucos cochilos ali mesmo. Teve medo da mãe escapar durante a noite para os braços do Eric e das drogas.

— Você dormiu aqui toda a noite? – Bella pigarreou e tentou se recompor antes de falar. 

— Sim.

— Porque não dormiu em seu quarto?

— Achei que aqui estivesse mais quentinho. – Mentiu descaradamente e sabia que a sua mãe não havia caído naquela.

— Serei a sua prisioneira agora? – Bufou. – De qualquer modo, o Cullen está aí na porta. Eu o vi da janela. Ele não sabe que horas são?

— Você está de mal humor? – Renée bufou novamente e subiu as escadas de novo parecendo chateada. – Você disse Cullen aí na porta? – Bella pareceu ter se tocado naquele momento.

Ela jogou o lençol para o lado e foi até a janela abrindo timidamente um pouco a cortina. Realmente Edward estava na varanda de braços cruzados e olhar baixo. Parecia extremamente sério. Tentou pentear os cabelos e subiu rapidamente até o banheiro para lavar a boca. Depois desceu correndo as escadas e abriu a porta. Edward olhou diretamente para ela e seus olhos arregalaram de alívio. Ele deu uma grande passada e a pegou em um abraço. Não disse nada por um longo tempo e depois afastando-se já tinha no lugar do alívio uma carranca.

— Que diabos pensou que estivesse fazendo? Você pretende me fazer ter um ataque cardíaco? Ou apenas quer me levar a loucura de tal modo que eu tenha que usar uma camisa de força? Na verdade, eu deveria coloca-la em uma camisa de força! – Ele quase gritava de raiva. Bella ficou calada, não entendia bem o motivo dele estar daquela forma, mas a raiva dele a deixou triste. – Não vai falar nada?

— Porque está falando assim comigo?

— Porque?! – Edward colocou as mãos na cabeça, parecia um tanto transtornado. Depois aproximou-se dela colocando suas mãos nos ombros de Bella. – Chegamos de viagem ontem, Bella. De uma viagem que a sua mãe não havia permitido que realizasse. Vocês não andavam bem, brigaram antes da sua partida. Eu te liguei várias vezes, mandei mensagens. Pensei que estavam brigando novamente, pensei o pior. Rondei a sua casa ontem na esperança de ver você, não tive coragem de bater na porta porque não queria piorar as coisas, mas hoje eu não aguentei mais. Cheguei ao meu limite e estava prestes a bater na porta. Nunca mais deixe o seu celular desligado assim. Nunca mais...

— Desculpe. – Ela não pensou em nenhum momento que a falta de comunicação entre eles o faria ficar tão angustiado. – Não aconteceu nada de ruim. Tivemos uma conversa e Renée parece disposta a abandonar as drogas. Estive ocupada desde então... a casa estava uma bagunça.... ainda está... Não tinha comida... Nada... Desculpe. – Ele a abraçou novamente.

— Ah doçura... – Ele beijou todo o seu rosto com carinho, a raiva não tinha deixado nenhum vestígio. – Que bom que ela aceitou. Já é o começo. Fique firme agora, estarei ao seu lado. – Bella o beijou nos lábios, agradecida por suas palavras. – Te esperarei no carro, te levarei para a escola.

— Não precisa, Ed.

— Vá, ande.

— Está frio, entre e me espere.

— Entrarei em sua casa quando for conversar com a sua mãe sobre nós, este não é o momento. Entre primeiro. – Ele pediu e ela obedeceu.

Bella tentou ser breve e nem ao menos tomou o café. Mas antes de sair foi até o quarto de sua mãe. Ela estava sentada na cama e abraçava os joelhos. Parecia muito inquieta, isso a preocupou bastante.

— Estou indo para a escola. – Bella sentou ao seu lado. Renée roeu a unha do indicador e depois desistiu. – Como você está?

— Ótima, como estaria? – Renée riu nervosa.

— Dormiu bem?

— Não muito e aposto que você menos ainda já que precisava me vigiar.

— Não fale assim. – Bella pediu calmamente. – Coma algo, ok?

— Não quero que fique me vigiando.

— Tudo bem, mãe. – Bella estava tentando compreendê-la, mas é claro que teria que continuar de olho sem que ela soubesse. – Marcarei o médico hoje, iremos assim que possível. Tudo bem para você?

— Sim.

— Mãe... Prometa para mim que se sentir vontade muito forte, que sentir que não aguentará se conter você ligará para mim? – Renée respirou fundo um pouco impaciente. – Por favor... – Ela levantou deixando Bella na cama sem resposta. Renée olhava para além da janela, em direção ao carro do Edward. – Fique longe do Eric por enquanto.... Você entende que com ele...

— Vá para a sua aula, Isabella! Deixe-me um pouco. Vá! – Renée ralhou com Bella. Ela calou, sabia que não era bom insistir quando a mãe ficava daquele jeito. Engoliu a sua própria irritação e frustração, beijou a mãe e saiu.

Edward comprou algo no caminho para que ela comesse e foram para a escola. Ele não queria deixa-la, mas ele mesmo tinha as suas obrigações. Estava com saudades assim que a viu entrando na escola.

***

— Conseguiu marcar a consulta? – Jasper perguntou a Bella quando alcançaram a parte externa da escola.

— Sim, para depois de amanhã. Terei que faltar a aula neste dia.

— Não será como se perdesse algo. – Ele passou o braço pelo ombro de Bella, meio que a abraçando. – Estou muito feliz por você e sua mãe. E estou também por você e meu irmão. Penso que com essa nova construção de relacionamento com a sua mãe e a provável cura dela, você também se cure, Bella. E então terá um relacionamento positivo e longo com o Edward.

— Pare de falar essas coisas. – Ela se desvencilhou dele. – Eu não tenho cura, Jas. Não se iluda. Sou uma fruta podre.

— Como pode ter fé em sua mãe e não ter em si mesma? Você disse sim ao meu irmão... Quando isso seria possível, quando que a Bella Swan estaria apaixonada? E que foi aquele comportamento diante da minha mãe? Você mostrou que quer ser mesmo uma namorada para o Ed. – Bella riu um pouco envergonhada.

— Você tem fé em mim, ele também, mas não sei se estou à altura disso.

— Você precisa mesmo ir a um psicólogo. Você não se enxerga direito.... Ah como eu queria ter um colírio para pôr em seus olhos que a fizesse ver quão maravilhosa é você. Louca, mas maravilhosa. Isso são lágrimas, Bella. – Ele riu ao vê-la emocionada.

— Jasper...

— Oi amor! Oi Bella! – Alice enlaçou o pescoço do namorado e depositou um selinho em seus lábios. Depois abraçou a amiga ao lado. – O que fará hoje, Bella?

— Tenho que voltar para casa agora. Mais tarde tenho que trabalhar e voltar para casa. – Ela riu.

— Até quando continuará trabalhando na loja?

— Até o fim das férias.

— Sem folga?

— Não mesmo. – Naquele momento, com a sua mãe sem trabalho, Bella achava que teria que arrumar um outro emprego meio turno até ir para a faculdade. Depois disso esperava que a Renée já estivesse estabilizada e assim ficaria mais tranquila.

— Ah, é com você mesma que eu quero falar. – Todos os três viraram para voz que falara perto deles. Bella se deu conta que estava diante da ex noiva do Edward e que estava com cara de quem procurava encrenca.


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