Numa tarde tranquila em sua casa, nunca pensaria que aconteceria algo consigo. Estava errado. Nesta mesma tarde foi anunciado um assassinato em uma casa em um dos bairros mais calmos da cidade. Elisabeth estava com medo, fora usada como refém, o que causara a morte de seu tio, ele que sempre a protegera e cuidara, e agora aos seus 8 anos, sozinha novamente. Sem ninguém que poderia a ajudar, afinal todos a chamavam de bruxa na escolinha, mesmo seu tio dizendo que não havia nada de errado com a garota. Mas ela percebia, havia algo diferente com ela. Porque as coisas dadas como sumidas por ela, quando ela precisava mesmo tornavam a aparecer? E uma vez que sua colega jurou a ver conversando com os animais da escola, como se realmente se entendessem? Todos julgavam a pequena. Ela não tinha culpa, ela não sabia o que era capaz de fazer.

Ela foi levada para a adoção. Estava em um orfanato á 2 anos ,quando uma mulher bonita de cabelos brancos, e lindos olhos azuis como os seus , aparece, dizendo estar ali para busca-la. Elisabeth ascende em seu peito um pouco de esperança, ela achava que seria desprezada por sua vida inteira. E que ninguém notaria quando ela não estivesse mais por lá. Mas logo notou que a mulher tinha propósitos diferentes do que qualquer pessoa teria.

“Ouvi dizer que você faz coisas... diferentes.” Ela falou enquanto dirigia o carro em direção a sua casa.

“Como o que?” a menor se questionou.

“Falar com os animais, encontrar coisas dadas como perdidas por outros.” continuou a mulher.

“Sim, é como se eles me entendessem... E as coisas aparecem do nada pra mim! Você não vai zombar de mim não é?” falou a menina se sentindo pouco confortável com o rumo que a conversa tomava.

“Claro que não” a mulher falou depois de dar uma pequena e agradável gargalhada” Aliás me chamo ... “ a mulher parou antes de bater em um carro que havia batido em outro. “Oh não! É por isso que odeio acidentes!” a mulher murmurou a última parte.

E sem nem mesmo perceber a menor caiu no sono. Enquanto a maior se dirigia ao local onde havia acontecido o acidente para “ajeitar” as coisas.

Quando Elisabeth acordou já estava deitada em uma cama com um dossel tipo de princesa. Não entendia o porque daquele charme todo, aliás era apenas uma criança, mas ela não sonhava em ser princesa nem nada parecido. Ela ouve batidas em sua porta e a abre dando de cara com uma empregada com uma bandeja de cookies e um copo de leite.

“Elisabeth-sama... Vejo que está acordada.” Diz a empregada com um sorriso dócil em seu rosto, encaminhando-se para dentro do quarto. “Vou deixar estes biscoitos e este copo de leite para a senhorita caso queira” disse ela caminhando em direção á mesa central do quarto. Logo tropeçando em algo e caindo junto a bandeja de cookies e o leite.

Elisabeth exclama algo como “μετεώριση¹” e a empregada levitou no ar com uma expressão de orgulho.

“O que foi isso???” exclamava a mais jovem confusa, ela apenas desejara que a empregada não caísse no chão junto a bandeja.

“Ah ah ~” cantarolou a empregada” a jovem dama logo deve ter seu despertar...” ela falou em um tom admirado.

“Como assim? Despertar?” a menor ficou apenas mais confusa do que já estava.

“Logo, logo receberá mais explicações jovem dama. Meu nome é Liza, serei sua empregada a partir de agora em diante” ela fez uma pequena e breve reverência “ Agora iriei lhe arrumar jovem dama, a senhora desta casa que adotou a senhorita a quer em seu escritório daqui a alguns minutos.” Assim a empregada se dirigiu em direção ao armário que estava repleto de roupas. Liza selecionou umas poucas peças para a menor e a vestiu.

Ficando assim com uma manta vermelha e um vestido leve, porém quente. E a jovem foi se encontrar com a senhora da casa. E se assustou com a presença de alguém lá. Era ele.