Alois vs Dragão escrita por PsychoSuicide Jinx


Capítulo 1
Alois e o dragão de Edgar


Notas iniciais do capítulo

Itens: Uma lança mediana com ponta de aço extremamente afiada. Espada da família Trancy.



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O garoto loiro terminava de arrumar-se em seu quarto, olhando pelo espelho a espada com detalhes dourados e vermelhos, uma antiguidade muito bem cuidada se sua família. A usaria pela primeira vez em sua primeira missão. Estava um tanto nervoso, mas não pela missão, e sim por querer surpreender seu líder. Terminou de abotoar a roupa que vestia, a qual mais parecia roupa de caça, e passou pela cama, pegando a espada e a colocando na cintura. Ando em passos rápidos ate a porta e pegou sua lança, que havia um pequeno pedaço de papel enrolado no cabo, próximo a ponta. O som dos passos do rapaz pela casa, e logo pela grama, não chamavam tanto a atenção como antigamente, pois estava com um salto baixo. Em questão de minutos, o rapaz pegava aquele pedaço de papel e observava, era como um pequeno mapa que tinha feito. Seguiu por entre as arvores, começando a correr, ate encontrar um pequeno córrego. Tinha se perdido? Já não sabia mais. Aproveito e seguiu o córrego por um tempo, ate encontrar o caminho certo. Passou por algumas árvores antigas, com aspecto de velhas, aquilo no escuro com certeza teria assustado muito o loirinho. Engoliu em seco, tentando tirar aqueles pensamentos de sua cabeça e foca no dragão. Parou na frente da entrada, observando tudo ali e suspirando. Estava escuro, mas teria de procurar seu premio. Andou calmo, devagar, com muita cautela... Ate chutar sem querer uma pequena pedra e esta fazer um barulho extremamente alto e com eco. Parou de imediato. Estava tudo quieto, o dragão deveria estar dormindo, ate que Alois o acordou. Aqueles olhos vermelhos apareceram do nada no escuro, e apenas um rosnado ecoando do fundo. Bum bum, as enormes patas do dragão bateram contra o chão, fazendo toda a caverna tremer. Alois encostou-se à parede, na falsa esperança de não ter sido visto. Um alto respirar, sugando o ar da caverna com força, fez o loirinho começar a se afastar, enquanto o dragão começou a cuspir seu fogo de ponta à ponta, fazendo um semicírculo de fogo. Com o susto do fogo próximo de si, o garoto acabou caindo no chão e derrubando a lança longe de si, tinha agora apenas a espada próxima. O dragão não perdeu tempo, andando com passos pesados em direção ao menor, para assim lançar sua seu fogo. Rapidamente o garoto pegou a espada, sem tira-la da bainha, e defendeu-se, cortando daquele fogo que vinha em sua direção, porém suas luvas começaram a queimar. Assim que o fogo parou, o garoto retirou as luvas e o casaco, se levantando rapidamente e se afastando, desembaiou a espada e olhou com certa raiva para a criatura. Tentou se aproximar, mas ela veio com a pata em direção ao menor, passando de raspão as unhas no braço do garoto, rasgando sua roupa e lhe abrindo uma ferida. Um grito de dor ecoou no local, seguido de um rugido da criatura. As pernas do garoto bambearam, e o mesmo queria cair, mas não podia deixar ser derrotado por um animal qualquer. Os cabelos caíram sobre o rosto, e seus olhos mudaram, estava com raiva. A parte branca se tornava negra, e a azul um tom de roxo/rosa cintilante e brilhante. Mesmo que fosse bem forte, o garoto não sabia usar sua força, nem controlar sua raiva. Girou a espada em sua mão boa e partiu para cima do dragão, que o jogou longe com a cauda. Aquele pequeno corpo voou como uma folha ao vendo, batendo na parede e fazendo um bagulho alto, com algumas pedrinhas caindo ao lado. Não soltou a espada, em momento algum. Levantou-se, começando a rir parecendo um louco. Passou a língua pelos lábios, sentindo o gosto do próprio sangue. Aquele sorriso louco parecia que iria resgar o rosto do loirinho, seus olhos brilhavam em puro ódio, e a espada era apertada entre seus dedos. O dragão se preparou novamente para atacar, mas o garoto foi mais rápido, pegando a lança e atirando em direção ao dragão. Era muito bom de mira, mas estava em total adrenalina, o que fez o garoto acertar o musculo superior do braço do dragão. Este soltou um gemido alto de dor, um grito quase ensurdecedor. Alois estava beirando a loucura, estava totalmente fora de si, não estava pensando direito, queria não apenas matar o dragão, e sim tortura-lo. A dor em seu braço deixava aquela região latejando, mas o loirinho nem se importou. O dragão ia novamente cuspir fogo, e então o loiro se afastou. Mordeu o lábio inferior sem perder aquele sorriso. Correu se aproximando do dragão, passando a espada por sua pele grossa e dura, mas a perfurando e rasgando o que seria a coxa dele e o fazendo cair. Se divertia vendo o sangue da criatura jogar, transformando o chão em puro vermelho. Aquele vermelho, enquanto a criatura se contorcia em dor, o garoto devaneava lembrando-se os olhos do rapaz que tanto gostava, o fazendo parar. Balançou a cabeça e tentou tirar a lança o corpo imenso da criatura, mas quase foi abocanhando pela mesma. Desviou, por muito pouco, e riu baixo. Uma mexa azulada surgiu no cabelo do louro dele, isso era sinal de que estava entrando em colapso dentro de si, ou seja estava muito tempo na forma demoníaca. Suspirou, querendo acabar logo com isso. Enquanto o animal se remexia de dor e em gritos agoniantes pelas, o pequeno loiro se escondeu atrás dele. Esperou o dragão se acalmar um pouco e levantou a espada, murmurando baixo. – Cortem-lhe a cabeça. – E assim com toda a força que ainda tinha no braço, passou a lamina pela garganta do animal. A lâmina passou cortando tudo que tinha a sua frente, fazendo o grande corpo do animal estremeceu, e seus olhos foram perdendo o tom vivo e avermelhado que antes tinham. Alois sentiu um aperto no peito e começou a soltar a espada ensanguentada. Seus olhos se focaram naqueles da criatura, lembrou-se dos olhos de Edgar. Sentiu assim uma pequena lágrima escorrer do seu olho direito. Agora que não estava mais em perigo, o garoto caiu de joelhos ao chão e suspirou. Depois de um tempo, olhou para fora e viu o tempo começar a escurecer, teria de voltar. Levantou, batendo as mãos na roupa, apenas para tirar o pó, apesar desta estar suja com sangue. Agora que estava mais calmo, seu braço começou a doer e latejar, o fazendo gemer baixo. Olhou em volta, procurando lembrar qual era o seu premio. Começou a procurar, ficando desesperado por não lembrar, quando de repente... Surgiu em sua mente o rosto e sorriso do rapaz por quem estava apaixonado, fazendo o coração do menor bater de modo apertado. Suspirou fraco ate que encontrou algo que parecia da sua house, e assim lembrou-se do que buscou. Suspirou aliviado, pensando se pegaria sua lança e sua espada, mas já não tinha certeza se o animal estava mesmo morto. Deixou o medalhão de lado e pegou a lança, a cravando varias vezes e com bastante raiva no corpo meio morto do dragão, ate ficar banhando em sangue deste e ter total certeza que ele estava morto. Jogou a lança em um canto qualquer, olhando para a espada e a pegando. A bainha havia se derretido, então deu de ombros e seguiu, com o medalhão em uma mão e a espada arrastada em outra. Passou a língua pelo canto dos lábios, sentindo o gosto do sangue e seguiu de volta para o colégio.


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