The mine word escrita por gurozu


Capítulo 18
Capitulo 17: Em alto mar.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, beleza? Não deu pra trazer ontem pois eu tinha coisas pra resolver, mas isso é o de menos. Bora lê?



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Enquanto arrumávamos o acampamento a Pheal foi até a cidade pegar o navio que a Ender havia prometido pra nossa viajem. Nós colocamos as coisas no cavalo e seguimos até o local combinado fora da barreira para que os outros também pudessem entrar no navio.

—Eles estão demorando muito! –Pompo reclama.

—Paciência, eles já devem estar chegando. –Digo.

—Eu não gosto do mar, me sinto enjoada só de pensar. –Disse Hedyps com uma cara meio retorcida e com as mãos na barriga.

—Tenho certeza de que será uma viaje rápida.

—Tem certeza mesmo? Podemos ficar semanas no navio. –Disse Pompo.

—É um navio dos endermans, eles devem ter algum mecanismo de teletransporte ou algo assim.

—Só quero ver. –Ela cruza os braços.

Demora um pouco, mas finalmente o navio chega com Pheal e Slen nele. –Eu vou aí buscar vocês. –Gritou Pheal.

Ela se teleportou até nós e nos colocou no navio um a um em uma velocidade incrível. –Dá próxima vez eu vou de escada. –Digo meio tonto.

—Deixa de ser fresco. –Ela bate nas minhas costas.

Slen tira um mapa do cinto e o abre sobre o piso de madeira do navio. –Essa viaje deve durar alguns dias, mas o objetivo é chegar até essa fortaleza no reino dos esqueletos, ela é um local que simboliza a aliança com os reinos aranha e creeper então vocês devem ficar bem lá. –Disse ele apontando pro local no mapa.

—Verdade, o general de lá é um velho amigo do meu pai, se ele souber que sou sua filha ele nos deixará ficar lá sem problemas. –Disse Pompo.

—Isso é surpreendente, como seu pai conseguiu a amizade de um esqueleto? –Pergunta Slen.

—Segredo. –Ela coloca o dedo na frente da boca.

—Então está tudo certo, o capitão irá deixá-los nessa praia e daqui em diante vocês seguem sozinhos.

—Mas que ajuda. –Disse Sekka revirando os olhos.

—Ele não é o único que teme o lado de fora, mesmo eu não me sinto muito a vontade falando com vocês.

—Que delicadeza. –Disse Pompo.

—Só estou sendo sincero. –Ele faz uma reverencia. –Boa sorte. –Ele some em uma fumaça roxa.

O navio começa a seguir caminho. Hedyps está sentada perto da beirada enjoada, Sekka está treinando com suas espadas, Pheal está sentada no mastro da vela olhando o mar e Pompo... Cadê a Pompo?! Eu a procuro pelo navio, mas não consigo achar ela.

—Desisto. Uma hora ela aparece.

—Quem?

—Ahhhh! –Eu me viro. –Onde você estava?!

—Estava me escondendo de você, eu posso ficar invisível, lembra?

—Eu havia me esquecido disso. –Eu sento no chão e encosto a cabeça no mastro do navio.

Ela se aproxima e se senta ao meu lado. –Oque foi? Parece chateado.

—Eu não paro de pensar que estou forçando vocês a me ajudarem com isso. Talvez essa não tenha sido a melhor das escolhas.

—Deixa de ser bobo. –Ela bate na minha cabeça. –Nós estamos aqui porque queremos e não por você.

—Sério?

—Bem... Eu estou aqui por você, mas o Sekka está aqui pra lutar comigo, a Hedyps está aqui pra se divertir e a Pheal foi obrigada a vir conosco. Viu como o mundo não se resume só a você?

—Isso ajudou um pouco, obrigado. Mas isso não muda o fato da decisão ter sido minha.

Ela agarra o meu rosto e o coloca próximo do seu, tão próximo que eu consigo sentir a sua respiração. –Você precisa se distrair com alguma coisa, porque não vai treinar espadas com o Sekka e a noite nós conversamos um pouco?

Não sei se entendi oque ela quis dizer, mas eu obedeci e fui falar com o Sekka. –Eai cara, tudo certo?

—Tudo, eu só estou praticando um pouco pra poder derrotar a Pompo.

Ele move as duas espadas em perfeita sincronia. –Você poderia me ensinar algumas coisas? Eu tenho essa espada que a Pompo fez pra mim, mas honestamente eu não sei como usá-la em combate.

—Sério? Deixe-me dar uma olhada. –Ele pega a espada da minha mão. –Isso é um trabalho muito bom, é leve e bem resistente. Foi realmente a Pompo quem fez?

—Claro, ela fez na minha frente.

—É que esse nível de perfeição só pode ser alcançado por um zumbi, eles são mestres em criar armas.

—Ela disse que foi o pai que a ensinou, mas ele é um creeper até onde eu sei.

—Realmente estranho, mas vamos começar. –Ele joga a espada na minha direção. –Tente me atacar da forma que você quiser.

Eu empunho a espada e penso um pouco em como atacar. Eu decido partir pra cima de qualquer jeito só pra ver no que vai dar.

Ele desvia do ataque e bate com o cabo da sua espada nas minhas costas. –Primeira lição: Não demore pra atacar. –Eu me levanto e o ataco novamente. Ele trava a lamina cruzando suas espadas e me chuta com o pé direito. –Segunda lição: Nunca repita um ataque que acabou de falhar. –Eu já estava sem idéias. Corri pra sua direita e tentei pega-lo por baixo, mas ele barrou a espada e me jogou no chão. –Terceira lição: Não seja previsível.

—Eu desisto, nunca vou conseguir te derrotar.

Ele coloca uma de suas espadas no meu pescoço. –Quarta e mais importante lição: Se desistir você morre. –Ele retira a espada e a guarda na bainha junto da outra.

—Isso é muito complicado pra mim.

—Não, você apenas não tentou com toda a sua vontade.

—Oque quer dizer?

—Imagine que alguém pegasse a Pompo e a ameaçasse de morte, como você ficaria?

—Furioso.

—Exatamente, por confiar em mim você não está demonstrando todo o seu potencial. Precisa se imaginar em uma situação de vida e morte.

—Acho que entendi, vamos de novo?

—Claro. –Ele saca as espadas e fica em posição.

Não posso demorar pra atacar e não posso ser previsível... Já sei. Eu me movo lentamente pra direita e ergo minha mão direita pra tentar usar o meu craft. Eu avanço com a espada e quando percebo que ele vai dar um passo pra trás eu quebro o piso e o faço tropeçar.

—Oque foi isso?!

—Você disse pra não ser previsível. –Digo apontando a espada pra ele.

—Essa foi boa, cara. –Eu o ajudo a se levantar. –Como fez aquilo?

—Nem eu sei como, eu só queria fazer e acabou dando certo.

—Então tá, vamos continuar com o treino?

—Vamos. –Digo erguendo a espada. Acabamos duelando o dia inteiro oque me deixou todo quebrado à noite. –Minhas costas estão doendo pra caramba! –Reclamo. O capitão foi descansar e deixou a Pheal tomando conta da direção, espero que ela saiba pilotar essa coisa. Ao entrar no meu quarto eu me deparo com a Pompo deitada em uma cama ao lado da minha. –Oque é isso?!

—Eu pedi pra Pheal entregar uma carta ao Slen pedindo pra ele reservar um quarto só pra nós dois. Você não gostou?

—Não é isso, é que você podia ter me avisado.

—Assim não teria graça. –Ela dá um risinho. –Deite-se aqui.

Eu obedeço e deito na minha cama, eu estava tão cansado que aquilo parecia até algodão de tão macio que estava. Pompo está usando só o seu short e a camisa preta fina. –Você parece bem à vontade.

—Ah! Isso? É que você pareceu gostar da ultima vez que eu me vesti assim, então pensei em ficar assim essa noite.

—Hmmm... –Eu me espreguiço.

—Oque você quer fazer?

—Eu que escolho?

—Sim.

—Bem... Nós podemos... Ficar apenas conversando.

—Isso é chato! Vamos fazer algo mais divertido!

—Eu sei até onde você quer chegar, mas não vai rolar. Não aqui nesse navio pelo menos.

Ela faz uma cara de tristeza e vergonha que me deixa meio comovido. –Eu fiz tudo isso pra nós e mesmo assim você...

Eu me aproximo do seu rosto. –Eu quero que nossa primeira vez seja especial, então eu peço que espere até lá. –Digo quase sussurrando.

Ela fica vermelha como um tomate e seus olhos ficam se revirando de um lado pro outro. –T-T-Tudo bem... Nós p-podemos fazer i-isso outra hora mesmo. –Ela está muito nervosa.

Eu penso em como quebrar esse clima estranho. –Você quer jogar um jogo?

—Jogo?

—Vou te ensinar a jogar “Jogo da velha”. Pega duas pedras de diamante na sua bolsa.

Ela pega as pedras. –E agora?

—É assim. –Eu desenho o “tabuleiro” no chão. –Você vai ser o xis e eu o circulo. O objetivo é fazer uma sequência de três formas seguidas sem deixar o adversário fazer primeiro.

—Acho que entendi. Então eu coloco um xis em qualquer lugar?

—Sim, escolha qualquer lugar.

Ela faz um xis no lado superior direito. –Isso até que é interessante.

—Vamos ver quem ganha. –Eu faço um circulo no lado inferior esquerdo. –Sua vez.

Ela vai com fogo nos olhos e coloca na linha do meio na direita e eu retruco marcando na inferior direita. –Ei!

—Esse é o jogo. –Digo dando de ombros.

Ela marca na linha do meio inferior. Eu marco na superior esquerda e ela na linha do meio a esquerda. Eu marco na linha do meio superior e ela marca no centro encerrando o jogo. –E agora? –Pergunta ela.

—Foi um empate.

—Não é justo, vamos de novo!

—Tudo bem. –A disputa durou horas a fio, foram tantos jogos que acabamos desenhando em todo o chão e nas paredes do quarto. –Os resultados foram: 57 empates, 83 vitórias minhas e 83 vitórias suas.

—Vamos pro desempate? –Disse ela erguendo sua pedra.

—Só se for agora.

Quando íamos começar um novo jogo a Pheal entra no quarto. –Oque vocês fizeram aqui?!

—Isso é incrível, Pheal. É como uma luta de espadas sem espadas, é muito emocionante!

—Essa explicação não fez muito sentido, mas vocês precisam vir comer.

—A essa hora da noite? –Pergunto.

—Noite? Já é de manhã.

—OQUE?!!! –Gritamos juntos. Nós passamos o dia inteiro com sono.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Realmente sinto muito por ter atrasado o capitulo, mas a vida é assim mesmo. Deixem um comentário e até mais.



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