The mine word escrita por gurozu


Capítulo 11
Capitulo 10: Doença.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, beleza? Chegamos finalmente ao decimo capitulo e como prometido esse capitulo é mais longo que os anteriores. Bora lê?



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Eu não estava preocupado com mais nada, não queria pensar em mais nada, eu só conseguia correr.

—Alguém ajuda aqui!!! –Digo abrindo a porta bruscamente.

—Oque aconteceu? –Pergunta Hedyps.

—Eu estava com a Pompo e de repente ela desmaiou.

—E-Eu vou buscar umas toalhas pra ela.

Eu subo as escadas e a coloco na cama, seu rosto está vermelho e seu corpo está quente. –Oque houve?! –Pergunta Pheal entrando no quarto.

—Nós estávamos juntos e ela desmaiou.

—E porque você está sem camisa?

—Não tinha percebido isso. Se não for ajudar então saia, ela precisa de espaço.

—Tudo bem, se precisar é só chamar.

Mesmo que elas briguem, eu sinto que elas se entendem. Hedyps chega com umas toalhas e um balde com água, nós colocamos alguns na testa da Pompo pra diminuir a febre.

—Mas oque diabos ela tem?!

—Eu não sei ao certo, mas a causa pode ter sido o teleporte de vocês.

—Como assim? Eu estou ótimo.

—É que pra ela é diferente. Os creepers são sensíveis as partículas negras que são geradas durante um teleporte, até a própria presença da Pheal pode ter causado isso. O corpo dela está muito frágil, devemos manter a Pheal longe dela só por segurança.

—Certo, eu... Eu preciso de um minuto, é muita coisa ao mesmo tempo.

—Fique a vontade. –Ela sai do quarto e fecha a porta.

—Porque você fica fazendo essas coisas? Achou que eu ia gostar de ter a minha liberdade mesmo que você tivesse que sofrer pra isso? Ah... Você é... Muito descuidada, Pompo.

Sua respiração começa a aumentar de repente e ela começa a suar bastante. Eu chamo a Hedyps e peço pra ele trocar as roupas da Pompo por algo que fosse mais fresco de se vestir. Desço as escadas e encontro Pheal:

—A Hedyps me contou oque está acontecendo, eu juro que não sabia de nada, nunca me disseram que o meu teleporte podia causar tantos problemas pras outras raças.

—Não foi culpa sua, ela é muito teimosa e despreocupada com sigo mesma, ela devia saber que isso faria mal a ela e mesmo assim concordou com a ideia.

—Eu ainda me sinto culpada por tudo isso, se houver algo que eu possa fazer...

—Porque está tão preocupada? Pensei que odiasse a Pompo.

—Eu odeio, mas sem ela eu não vou poder voltar pra casa.

—Então é isso. Só ficar longe dela já deve ajudar em alguma coisa.

—Tudo bem.

Estou estourando de dor de cabeça, tudo aconteceu rápido demais. Sento-me em uma cadeira e fico com o olhar fixado na parede por alguns minutos, não sei oque estava fazendo, mas eu sei que não quero fazer mais nada depois disso tudo.

—Tudo pronto, ela está vestida e eu dei uma limpada nela.

—Muito obrigado Hedyps, você ajudou muito mesmo.

—Que isso. –Ela fica meio vermelha. –Você quer dormir um pouco? Parece bem cansado.

—Eu estou bem, vou ficar cuidando dela essa noite.

—A decisão é sua, se precisar é só ir ao meu quarto e me chamar.

—Obrigado.

Ela sobe as escadas e entra em seu quarto. A noite passa em um piscar de olhos, Pheal dormiu no andar de baixo por precaução, mas mesmo com tudo oque fizemos a Pompo ainda não acordava. A febre tinha abaixado um pouco e isso me deu oportunidade de relaxar um pouco e tomar um banho.

—Eu sei que a Hedyps está tomando conta dela, mas isso não me da muita confiança.

Tiro minhas roupas e entro no banho, eu era o único lá, talvez pelo fato de ser muito cedo pra alguém pensar em tomar banho.

—Preciso me distrair um pouco ou isso vai me corroer por dentro.

—São palavras sabias essas.

—Ah! Você é o senhor da noite passada!

—Sim, estou feliz que se lembre de mim. –Ele entra na água. –E como foi à noite com a garota creeper? –Ele da uma risadinha de leve.

—Ela pegou uma doença estranha, você já ouviu falar de alguma doença que os endermans transmitam?

A expressão em seu rosto muda. –Pode não parecer, mas eu lutei na ultima grande guerra. Nessa época houve vários casos de uma doença misteriosa por entre os soldados creepers, se me lembro bem ela causava uma febre severa e deixava a pessoa dormindo por dias, em meio à guerra isso poderia ser fatal, mas a doença em si não é perigosa.

Isso aliviou um fardo enorme do meu peito. –Obrigado, isso me tranquilizou um pouco.

—Não a de que, mas eu tenho uma pergunta pra você: Porque você atribuiu a causa da doença aos endermans?

—É que... Bem... Nós fomos atacados por um durante nossa viajem.

—Um enderman? Sério? Como ele era? Oque fizeram com ele?

Contar a verdade a ele pode ser meio perigoso. –Ele era bem alto e usava uma roupa preta dos pés a cabeça. –Vamos! Pense em mais coisas pra dizer! –Ele... Ele fugiu depois de uma luta com a Pompo.

—Então houve contato entre eles? Isso poderia explicar a doença da sua amiga, mas não a dos soldados durante a guerra.

—Verdade, eu só achei que poderia haver alguma correlação.

—Eu tenho um amigo que serviu como medico na guerra, posso pedir pra ele dar uma olhada na sua amiga.

—Sério?! Isso ajudaria muito, obrigado.

—Não tem de que, é dever de um velho como eu cuidar de jovens como vocês.

Eu me despeço e saio do banho, coloco minhas roupas e volto pra casa. –Como foi o banho? Deu pra descontrair um pouco?

—Sim, e descobri que talvez você não tenha causado a doença.

—Eu disse. –Diz ela com voz de convencida.

—Ei, Hedyps, você teria alguma roupa que servisse na Pheal?

—Talvez, mas ficaria meio pequeno. Porque a pergunta?

—Um médico vai vir dar uma olhada na Pompo e eu não quero que ele saiba que a Pheal é um enderman.

—Pode deixar, vem comigo Pheal.

Elas sobem as escadas e entram no quarto da Hedyps. Eu vou até o quarto em que a Pompo está, ela continua dormindo, mas pelo menos a febra passou e ela parou de suar tanto.

—Fala sério, você só me dá problemas mesmo. –Digo acariciando seus cabelos. Hedyps havia colocado uma camisola dela na Pompo, era de cor cinza bem escuro e com uns babados pretos espalhados, está meio folgado nos peitos, mas a Pompo me mataria se eu tocasse nesse assunto.

—Terminamos! Ficou bem ou não ficou? –Diz Hedyps entrando no quarto enquanto empurra Pheal.

—Não fique me olhando muito, é embaraçoso. –Seu rosto está vermelho como pimenta. Pheal estava usando um vestido simples de alça que por conta da diferença de tamanho entre ela e a Hedyps acabava ficando com a saia curta demais.

—Isso está perfeito, é o suficiente pra disfarçar um pouco.

—F-Ficou bom mesmo?

—Ficou meio curto, mas não está nada mal.

Ela fica ainda mais vermelha. –O-Obrigada.

—Eu pensei que você estava com a Pompo e não com a Pheal. –Diz Hedyps pra provocar.

—Não pense coisas erradas.

—É, eu nunca ficaria com esse idiota.

—Não é pra tanto.

—Desculpa.

Ficamos ali conversando enquanto o médico não chegava, Hedyps contou como perdeu seus pais, Pheal disse que era um soldado das forças especiais oque me pareceu surpresa pelo tanto que ela é desastrada e eu revelei a elas que eu era de outro mundo. Conversa vai e conversa vem até a chegada do médico, Hedyps vai atender a porta.

—Pense em qualquer desculpa, mas não diga a ele que você é um enderman.

—Deixa comigo.

Ele entra no quarto junto da Hedyps, ele está usando uma roupa que eu diria ser até normal, era uma calça cinza escuro e um tipo de paletó de tricô listrado de cinza e preto.

—Você é o médico?

—Deve parecer estranho eu aparecer vestido assim né? Eu estou aposentado há algum tempo, mas fiquei curioso quando o meu amigo me contou sobre o seu caso, é essa a garota? –Eu confirmo com a cabeça. –Ela me parece bem, oque fizeram com ela depois que ela desmaiou?

—Nós usamos uns panos molhados pra diminuir a febre e limpamos o suor dela.

—Vocês deram algum remédio, planta, comida, nada de diferente pra ela?

—Não.

—Oque aconteceu antes de ela desmaiar?

—Ela estava na casa de banho com essas duas.

—Ela desmaiou lá?

—Não, eu tinha saído e ela foi me procurar, quando estávamos juntos ela começo a respirar mais rápido e de repente caiu no chão.

—Bem, eu vi muitos casos parecidos durante a guerra, mas a causa nunca foi descoberta. Em relação ao enderman que atacou vocês, você poderia dizer se ele causou algum ferimento na sua amiga?

—Durante a luta ele a agarrou e se teleportou junto com ela algumas vezes, mas não houve nenhuma feriada que eu tenha visto.

—Realmente é dito em algumas lendas que os creepers são sensíveis as partículas negras, mas com o isolamento dos endermans é difícil de saber ao certo. –Ele se levanta. –A meu ver ela deve acordar em algumas horas ou no máximo em três dias. Qualquer coisa vocês podem me chamar que eu venho ajudar no que puder.

—Obrigado, doutor.

Hedyps o leva até a porta e depois volta. –Oque nós faremos agora? –Pergunta ela.

—Vamos esperar como ele disse.

—Eu tenho que trabalhar amanhã.

—Não tem problema.

—Mas...

—Eu disse que tudo bem, se quiserem descansar eu posso ficar aqui com ela.

—Então nós vamos deixar vocês sozinhos. –Elas saem do quarto, depois de tudo oque houve é bom saber que ela ficará bem. Chego perto de seu rosto e lhe dou um beijo na testa. –Você vai ficar boa.

Dois dias se passaram e nada da Pompo acordar, não é como se eu tivesse perdido as esperanças, mas é meio frustrante, eu quero vê-la de novo, quero ouvir sua voz, seu toque, quero senti-la.

—Eu vou dar uma saída, você fica de olho nela pra mim, Pheal?

—Claro, pode ir.

Não tenho nada pra fazer por aqui alem de cuidar da Pompo, preciso de algo pra me distrair por algumas horas. –Como será que é o trabalho da Hedyps? –Não sei oque me deu na cabeça, mas eu decidi entrar na mina em que ela trabalha, perguntei a algumas pessoas e a encontrei uns níveis abaixo na mina. Ela está com sua picareta e usando seu macacão de tecido groso. –Bu!!

—Kyaaaaa!!! –Ela se assusta tanto que deixa a picareta cair. –Droga, Gayet, eu falei pra parar de me assustar assim.

—Eu não sou a Gayet.

Ela se vira e se surpreende com a minha presença. –Oque você faz aqui?

—Estava entediado.

—Sei, então vá ficar entediado em outro lugar, está me atrapalhando.

—Que jeito de tratar um amigo.

—É que eu preciso trabalhar, se o supervisor me vir de papo furado eles diminuem o meu salário.

—Certo, eu já vou... –Um tremor muito alto chamou a nossa atenção. –Oque foi isso?!

—Algum túnel deve ter desmoronado, vamos ver. –Ela agarra o meu braço e sai correndo pela mina.

—É comum os túneis desmoronarem assim?

—Não, mas pode ter alguém preso, precisamos ajudar.

Chegamos ao túnel, muitas rochas estão cobrindo a passagem e um tipo de guarda está afastando as pessoas.

—Se afastem, pode ser perigoso. –Diz ele balançando as mãos.

—SOCORRO!! –Um grito veio do túnel e pela voz é uma garota.

—Vocês não conseguem fazer nada?

—Essa quantidade de rocha é muito grande pra ser retirada assim, infelizmente aquela pessoa já era.

Eu olho em volta, todos estão na mesma situação de querer ajuda e não poder. A imagem de Pompo vem a minha mente, se fosse ela que estivesse lá eu faria qualquer coisa para tirá-la.

—Se afastem que eu vou tentar uma coisa.

—Você não pode explodir o túnel, pode cair mais ainda! –Diz o guarda.

—Eu não sou um creeper, me deixa pelo menos tentar. –Ele consente e começa a afastar as pessoas. –Qual é a sua situação ai do outro lado?

—Minha perna está presa, me ajuda, por favor!

Eu me posiciono e começo a me concentrar, o treinamento com a terra não tem tido bons resultados, mas e sei que posso mover essas pedras. As pedras menores começam a tremer e aos poucos as grandes também, olho pra trás e confirmo que ninguém está no túnel, começo a forçar as pedras pra trás pouco a pouco, um leve tremor começa e ele vai aumentando conforme eu imponho mais força nas pedras. Em um ultimo segundo de força eu implodo as pedras pra trás de mim as espalhando pelo túnel.

—Você disse que não era um creeper, oque foi àquela explosão?! –Pergunta o guarda revoltado enquanto os outros vão ajudar a garota.

—Não foi uma explosão, isso teria matado a garota, eu apenas movi as rochas com muita força.

Ele fez uma cara de desconfiado e correu pra ajudar a garota também. –Isso foi incrível, como fez aquilo?

—Pra dizer a verdade nem eu sei ao certo oque eu fiz.

—Você salvou a minha vida, foi isso que você fez. –Aparentemente é a garota que estava presa do outro lado, ela está apoiada em outras duas pessoas e com a perna sangrando. –Como posso te agradecer?

—Não é pra tanto, eu nem sabia se ia conseguir te salvar.

—Mas você tentou, se tivesse ido embora eu teria morrido lá dentro, eu sou muito grata a você.

—Vamos você precisa ir ao médico. –Diz um dos rapazes que está apoiando ela.

—Muito obrigada mesmo. –Eles a levam a um médico, Hedyps volta ao trabalho e eu volto pra casa.

—Voltei. –Pheal desce as escadas como um torpedo ao me ouvir chegando. –Calma oque houve?

—A Pompo acordou, mas tem algo que... –Eu não a deixo terminar de fala, eu corro direto pro quarto em que Pompo está.

—POMPO! –Grito abrindo a porta. Ela esta sentada na cama ainda com a coberta sobre as pernas. –Que bom finalmente você acordou, Pompo.

—Eu concordo, mas... Quem é você?


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Notas finais do capítulo

Steve vai conseguir controlar o seu poder? Pheal vai conseguir voltar pra casa? Oque houve com a Pompo? Tudo isso e muito mais no próximo capitulo da novela das 8 (Brinks). Gostaram? Deixem um comentário e nos vemos no próximo.



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