Steroline - O Amanhã escrita por Desconfia


Capítulo 4
Interrogatório


Notas iniciais do capítulo

Criticas são sempre bem vindas.
15-20 dias será postado um capítulo novo.
Boa Leitura.



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Olhei para a sala de aula, todos me olhando e se perguntando o que estava acontecendo. Pego a mochila e me levanto e começo a guardar as coisas, Caroline segura meu braço e pergunta:

–O que foi? - Olho para ela e vejo que está confusa. - O que aconteceu?

– Não sei Care. - digo para ela pegando meu livro - Não deve ser nada, só algum engano.

– Eu vou com você. - disse ainda segurando meu braço.

– Está tudo bem. - Agacho do lado dela e seguro sua mão, ela me olha como se estivesse com medo de me deixar ir. - Não se preocupe, não deve ser nada.

–Te espero no estacionamento.

– Eu nunca iria embora sem falar com você. - Sorrio para ela, solto sua mão e digo - Avise ao Damon.

Fui com o policial para fora. Eu não gosto de nada disso, não gosto de falar com policias e muito menos de sua ajuda. Quando minha família precisou eles não conseguiram fazer seu trabalho e ajudar meus pais.

– Me acompanhe por favor. - Disse o policial me dando as costas e andando.

Passamos pelos corredores da escola que nunca agradeci tanto por estarem vazios, passamos na frente da sala do Damon e seguimos até a entrada da sala do Diretor. Na entrada o policial para para dizer algo ao diretor que está encostado na parede. O diretor me olha e sai da sala indo em direção ao corredor.

Fico alguns minutos na sala de espera, tentando imaginar quem está na sala do diretor.

O sinal toca e escuto um turbilhão de vozes nos corredores, o quarto horário acabou. Caroline deve está indo para a sala do Damon contar o que aconteceu e não vai demorar muito para o Damon chegar.

O policial abre a porta, e entramos na sala do Detetive, dois detetives que conheço estão lá dentro. Carlos apoiado na mesa do diretor e a Detetive Vanessa Monroe sentada na cadeira de couro.

George acena para Vanessa e em seguida me cumprimenta e sai com o policial da sala.

–Sente-se por favor Stefan. - Diz Vanessa

Aceno com a cabeça para confirmar que entendi a instrução, e coloco a mochila no canto da mesa. Nos conhecemos a 10 anos atrás quando eles investigaram o acidente de carro dos meus pais. Sento do lado oposto da mesa me sentido um pouco descontável, sempre que encontro policiais não é uma boa experiência e com eles sempre veem péssimas notícias e aqui nesse escritório escuro a sensação é pior.

–Como você está Stefan? - Vanessa pergunta

–Estou bem. - Não tenho o menor interesse em perguntar como ela está.

–Sabe por que estou aqui?-

–Não, mas como sempre aposto que não são boas notícias

–Infelizmente sim... - ela disse com cordialidade deixando a frase morrer como se quisesse dizer algo mais.

– Como foram as férias Stefan?

–Muito bem eu gostei muito.

Meus olhos observam o redor da sala, duas paredes paralelas com enormes estantes cobertas de livros, uma com uma enorme janela que da para um dos estacionamentos da escola e a segunda com a porta.

Olho para em direção a Vanessa, ela parece me analisar com os olhos, algo que me incomada nela desde meus 8 anos de idade.

–Quando foi a última vez que falou ou viu a Elena?

– Com a Elena?

–Você sabe onde ela está stefan?

– O que aconteceu Vanessa?

– Stefan, responda a minha pergunta -

– Não até você me falar o porque está me perguntando sobre ela!

– Estamos investigando uma denúncia Stefan, isso é tudo que você precisa saber.

Um telefone começa a tocar, Vanessa põe a mão no bolso vê quem está ligando e sai da sala fechando a porta. Continuo sentado e fecho meus olhos para pensar um pouco. Nem consegui formar o primeiro pensamento quando escuto o barulho da porta abrindo. Abro os olhos e vejo Vanessa entrar, ela senta e coloca um telefone sobre a mesa. Olho de novo para o estacionamento

– Só vou pergunta mais uma vez Stefan - Ela soa com raiva. -Quando foi a última vez que falou com a Elena?

– Acho que foi na festa, um pouco antes do início das férias. - digo depois de um tempo. Quando ela me traiu, penso - Por que?

Vanessa olha pra mim novamente com aquele olhar de avaliação. Onde está Damon quando preciso do meu irmão?

– Elena não é vista desde o início das férias Stefan. Jenna entrou em contato comigo para que eu a ajude a encontra-la.

– Ela mandou uma mensagem para Caroline avisando que estava na casa dos pais.

Me mecho desconfortável na cadeira com as lembranças, não gosto que me faça pergunta ainda mais quando não sei o que querem como resposta. Olho pela janela e no estacionamento, tem alunos estão em grupos conversando em volta de alguns carros me informando que o dia de aula está quase acabando.

– Já falamos com eles e ela não está lá.

–E o que eu tenho a ver se Elena decidiu ir para outro lugar ou fazer alguma viagem nessas férias?

–Ela não está viajando Stefan, ela está desaparecida. Jenna não tem notícias a 3 meses, a última vez que a viu foi um dia antes das férias e Jeremy não fala com ela a mais tempo que isso. E seus pais não tem nenhuma notícia.

–Eu cheguei de viagem ontem, não sei de nada.

Elena está em um lugar bem fundo em minha mente, é e lá que ela vai continuar. Olho de novo para o estacionamento.

– Tenho polícias falando com todos os alunos que já tiveram relações com Elena.

–Tenho certeza que são muitos. - Digo olhando para Vanessa

–Eu sei onde você esteve.

–Então sabe que não posso te ajudar, não sei onde Elena está. - digo dessa vez olhando nos olhos de Vanessa

–Eu quero saber o que realmente aconteceu no dia da festa. - A pergunta me pegou de surpresa. Por que Vanessa me perguntou sobre a festa? - Eu sei que você é um menino muito inteligente Stefan. Você é uma pessoa muito quieta e que pensa muito antes de responder algo.

– Você acha que eu fiz algo com Elena?

–Não disse isso Stefan.
Eu não acho que você fez algo com ela, mas pode ter visto algo ou alguém nessa festa que pode saber.

– Eu não vou falar sobre aquela festa - A noite da festa ficou como uma péssima memória, não posso deixar de lembrar que teve dois momentos que me deixaram feliz. Mas em relação a Elena não quero e não posso me permitir pensar nela de novo.

–Eu tenho saber o que aconteceu naquela noite stefan, eu preciso encontrar Elena.

–Pergunte a outra pessoa por favor Vanessa.

–Estou perguntando para você Stefan.

–Eu não tenho obrigação de te falar nada! - Meu controle, minha paciência e educação se esgotaram. A sala do diretor pareceu se encolher e virar um cubículo com poucos metros quadrados.

–Perder os seus pais foi um trauma para você e seu irmão...- Bloqueio o final da frase dita por Vanessa.

A sala parece ficar menor e meus músculos começam a tremer de nervoso. Me levanto da cadeira e Vanessa faz o mesmo e ficamos em pé cada um de seu lado da mesa. Apoio minhas mãos na mesa para que parem de tremer e olhos nos olhos de Vanessa

–Você não me conhece e não tem o direito de falar dos meus pais. Não gosto de policiais, sempre deixei isso bem claro e se você sente culpa por não conseguir fazer o seu maldito trabalho a 10 anos atrás a culpa não é minha. Mas não pense que você me conhece por que ficamos juntos 30 minutos em um carro a caminho do hospital. - Vanessa me olha preocupada e espero que tenha entendido que não aceito que falem sobre meus pais. - Você não tem direito nenhum de falar sobre os meus pais!

–Stefan eu não quis... - Ela começa a dizer mas a interrompo de novo.

– Como você disse, eu sou inteligente e sei que você não pode interrogar um menor sem a presença de um responsável, não vejo meu tio em lugar nenhum e não gosto de ser interrogado.

Quebro o contato visual com Vanessa e começo a pensar sobre os meus pais. Não estou me sentindo bem e preciso ficar sozinho. Tiro minhas mãos da mesa, pego a mochila e vou em direção da porta e saio da sala.

Achei que Damon estaria me esperando mas não o encontro na sala de espera. George e o diretor me olham enquanto atravesso a sala e vou para o corredor.

Encosto na parede para clarear minha mente, eu não devia ter perdido o controle com Vanessa mas ela não tinha o direito, nenhum deles tem. O corredor começa a encher de alunos e não estou com paciência para nenhum deles.

Onde está Damon quando eu preciso? Arrumo a mochila nas costas e ando pelos corredores em direção a saída. Na porta principal Caroline está de costa pra mim olhando para o estacionamento, ela vira ao me ver e sorri. Ando direção dela e automaticamente começo a sorrir.

– Está tudo bem? - Caroline pergunta.

– Não está nada bem.

Passamos pela portal principal e seguimos em direção do carro do Damon. No caminho conto tudo para ela faço questão de contar os detalhes. E Care escuta tudo com bastante atenção. Quando chego na parte dos meus pais Caroline cruza os braços no meu e me da todo o apoio emocional de que preciso. Ela já passou algo parecido com o seu pai.

– Não acredito que ela incinuou que você fez algo com Elena - o olhar de indignação em seu rosto confirma que ela não pensa que eu sou capaz de lgo assim - E falar do seu pais desse jeito. Quem ela pensa que é!?

Encosto a cabeça no ombro de Caroline.

Chegamos no carro de Damon e ele não está ali. Não foi me procurar quando estava sendo interrogado e não está me esperado. Nos encostamos no carro e Caroline diz:

– Fui na sala dele para avisar mas o professor falou que ele foi buscado por um policial.

Desencosto de Caroline e não posso acreditar no que ela me falou. Damon? Sendo interrogado. Como assim!? Não consigo acreditar, meu próprio irmão. A única coisa em que consigo pensar são nas palavras de Vanessa: " Tenho polícias falando com todos os alunos que já tiveram relações com Elena."


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Notas finais do capítulo

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