O resto do meu dia foi péssimo, fiquei o tempo todo pensando no Edward e nessa viagem estúpida que ele deve fazer. Arrumei a casa, tentei ler um livro e nada! Tudo me lembrava ele, então peguei a minha câmera e fui até a praia tirar umas fotos. Estava frio, e além de mim só havia dois ou três nativos caminhando. Eu sempre gostei de tirar fotos do mar, por que não importa quantas fotos eu tire, elas nunca saem iguais. O tempo estava piorando, voltei pra casa antes que escurecesse e jantei na companhia de Dona Renê. Tomei um banho, coloquei um pijama confortável e fui me deitar, mas estava trovejando muito e como sempre isso me impediu de dormir plenamente.

Ao acordar, fiquei um tempo sentada na cama, contemplando o tempo pela janela enquanto os pensamentos brotavam na minha mente. Hoje eu completaria seis meses de namoro, nós não combinamos nada, não que eu não me importasse, só não queria que ele gastasse dinheiro sem necessidade, por que o importante mesmo era passar esse dia com ele. Ainda que fosse o ultimo u.u

Levantei, fiz a minha higiene e fui a cozinha preparar o café. Então ouvi alguém bater na porta, larguei a louça onde estava e fui atender. Era o Edward, dei um sorriso triste e o abracei, pois eu estava feliz por vê-lo mas também estava triste pelo que poderia acontecer.

- Bôm dia! – ele falou colocando a mão no meu queixo, me fazendo olhar para ele.

- Bom dia! – falei e ele me beijou.

- Vim te buscarrr parrra darrmos um passeio. O que acha?

- Bom, aonde vamos?

- Você vai saberrr em brreve. – ele falou beijando a minha testa.

(...)

Deixei um recado para Dona Renê, e depois de tomar café peguei o carro, mas foi Edward quem dirigiu. Estacionamos perto da praia em que eu o encontrei, então ele pego a minha mão e foi me guiando até aquela pedra na qual juntos lutamos contra a correnteza.

- Bella, você se lembra desse lugar?

- Lembro, foi o lugar em que eu te encontrei. Por quê? – falei me sentando

- Bom, eu te trrrouxe aqui porr eu tenho uma coisa muito importante parra dizerrr, então achei aproprriado falarr com você onde tudo começou. – ele disse se sentando ao meu lado.

- Tem a ver com a sua ida para a Alemanha? – falei olhando para o mar.

- Não exatamente.

- Então...do que se trata. – falei amuada, já prevendo o pior.

- Eu só querria saberr quando vamos adotarr a Alice.

- Como assim vamos? – falei encarando o.

- Bom eu adorarria serr pai da Alice. – ele falou colocando a mão no bolso e pegando uma caixinha de veludo. - Mas isso só pode  acontecerr se você aceitarr ser minha esposa. – falou abrindo a caixinha, onde havia um lindo anel, cheio de pedrinhas brilhantes. – Bella, quer casar comigo? – ele falou se ajoelhando diante de mim.

O meu coração parecia querer sair pela boca.

- Sim!!! Eu aceito, é tudo o que eu mais quero no mundo. -  falei pulando em cima dele.

Nos beijamos então ele pegou o anel e colocou em meu dedo, em seguida beijou a minha mão e ficou olhando para mim enquanto eu admirava o meu anel de noivado. Hoje sem dúvida foi o melhor jeito de se comemorar um aniversário de namoro @-@

- Ta mas tem uma coisa... nós não temos casa, nem nada, e essa viagem pra Alemanha?

-  Er... Bella, tem uma coisa sobrre mim que você prrecisa saber... a minha mãe erra de uma família trradicional, muito conhecida no meu país, e quando ela faleceu deixou metade da herança parra mim e a outrra metade parra o meu pai. Esse dinheiro está todo aplicado em ações e em imóveis, eu nunca o vi na verdade, sei até o que fazer, mas eu não mexo nele, até por que eu vivo do meu trabalho, sendo assim até hoje não foi necessário utiliza-lo. E com relação a viagem, eu ligo parra tia Anne e peço que ela venha caso ela ainda queira me ver.

- A ta. - falei tentando absorver a informação. “Tipo ele tinha dinheiro mas não gostava de ter dinheiro O.o ”.

- E com rrelação a Alice eu  andei perrguntando ao advogado e ele disse que, como você só tem 18 anos, primeirro ela terria que serr adotada porr mim e depois que nós nos casarmos você também poderrá adota-la.

- Uhmm, e como você sabia que eu ia aceitar casar com você?

- Simples, ninguém rresiste ao meu charrme! – ele falou fingindo um ar prepotente e nós rimos.

- Você é muito con.ven.ci.do!- Falei enquanto enchia seu rosto de beijos.

Fomos para casa, contar a novidade para dona Renê. O Edward quer casar no próximo mês, então no dia seguinte ele pediu dispensa do trabalho e nós tiramos o dia para ir ao advogado com toda a documentação em mãos, a fim de dar entrada na papelada tanto do casamento como da adoção.

No dia seguinte Edward não veio me ver, o que foi bom, já que eu tinha muita coisa para resolver antes do casamento.

- Bella, sente aqui. – disse Dona Renê apontando para a poltrona perto dela.

- Sim Dona Renê, pode falar. – disse me sentando.

- Você sabe que eu te considero como uma filha... – eu fiz que sim com a cabeça e ela continuou. – Então como sua suposta mãe, resolvi lhe dar um presente de casamento.

- Dona Renê, não precisava! A senhora já fez tanto por mim e... – foi então que ela praticamente me calou colocando uma chave na minha mão.

- É sua! – ela disse.

- O quê? Como assim?

- Bella, quando eu me casei com Harry, meu falecido marido, ganhei de meu pai uma casa aqui perto.

- Dona Renê eu não posso aceitar. – falei colocando a chave em sua mão.

- Tanto pode como vai! – ela falou me devolvendo.

- Mas e o Richard? Ele pode achar ruim...

- O Richard nunca gostou daquela casa, pra ele ela era muito pequena, sem falar que ele sempre gostou mais de morar em lugares movimentados.

- Mas Dona Renê...

- Nem adianta argumentar! Eu já falei com o Richard e por ele está tudo certo.

- Bom, sendo assim. Obrigada Dona Renê, eu nem sei como agradecer! – falei com os olhos cheios d’água. 

- Imagina querida, eu que agradeço, por todo o carinho e a paciência que você tem tido comigo. – ela falou e nós nos abraçamos.

 (...)

Dona Renê me deu o endereço da casa, segundo ela é a umas três ruas daqui. Eu estou tão ansiosa, mal posso esperar pra contar a novidade ao Edward. Ele vai adorar quando souber que nós ganhamos uma casa!