Secrets Of a Life escrita por Ester Liveranni


Capítulo 40
Capítulo 41 - Resolvendo a minha vida


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, está aí um Big Post.
Vlw por esperar.
E vlw as 30 pessoas que tem a minha FIC como favorita @_@'
Boa leitura



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Peguei uma cadeira e me sentei ao seu lado na mesa do computador e abri duas janelas do tradutor para que não precisasse trocar de idioma toda vez. Assim ficava mais parecendo um bate-papo.

 

- Você sempre tocou em cruzeiros? 

 

- Não, antes eu tocava com um amigo em um hotel.

 

- Seus pais sabem que você está aqui? Eles devem estar preocupados.

 

- A minha mãe faleceu quando eu tinha 11 anos.

 

- Eu sinto muito.- fiz uma pausa. - Você deve sentir muita falta dela.

 

- Não, tudo bem. A minha tia Anne é irmã da minha mãe, foi ela quem me ensinou a tocar piano e foi ela que cuidou de mim desde a morte de Lilian.

 

- E o seu pai?

 

- Eu não falo com ele deve ter pelo menos um ano. - ele fez uma pausa então voltou a escrever. - Me fale de você.

 

- De mim? O que quer saber?

 

- Você tem irmãos? E os seus pais, eles não se importam de você passar tanto tempo longe de casa?

 

- Não, eu não tenho irmãos e também não conheço os meus pais. Mas tudo bem por que a Irmã Agnes sempre foi uma mãe pra mim desde o meu primeiro dia no orfanato. - percebi que ele ficou um pouco sem jeito então mudei de assunto. - E você, mora em que parte da Alemanha? Sente falta de lá?

 

- Bom eu nasci em Rotenburgo ob der Tauber, mas depois que minha mãe morreu eu fui morar com o meu pai em Hamburgo. Ele sempre quis que fossemos viver com ele mas com a doença de minha mãe ele preferiu não insistir, de qualquer forma ele nos visitava nos finais de semana, me lembro como se fosse ontem, ela ficava tão feliz. - ele fez uma pausa então sorriu antes de voltar a escrever. - você ia gostar, ela era muito alegre e tinha um sorriso lindo. Assim como o seu.

 

PoooW! (Edward 1 x 0 Bella)

 

Quando acabei de ler, fiquei morrendo de vergonha, pude sentir as bochechas queimando então comecei a escrever na esperança de que ele não percebesse.

 

- Você sente falta de lá? Pretende voltar?

 

- Talvez, mas no momento não há nada que me prenda lá. - ele fez uma pausa então continuou dando um sorriso torto. - Com relação a Forks, eu já não posso dizer o mesmo.

 

Aíííííí! (Edward 2 x 0 Bella)

 

- Eu vou na cozinha fazer alguma coisa pra comer, tá afim? - depois dessa indireta foi tudo o que eu consegui pensar.

 

- Tô, vamos lá eu te ajudo.

 

Fiz, ou melhor, fizemos um macarrão, que ficou ótimo, diga-se de passagem. Comemos na cozinha mesmo, então meu celular tocou.

 

- Alô! Oi Irmã Agnes, está tudo bem? Aconteceu alguma coisa com a Alice?

 

- Oi Bella, aconteceu! Ela disse que não vai comer nada até falar com você.

 

- Passa pra essa baixinha Irmã, deixa que eu resolvo isso. - falei rindo.

 

- Alô Bells?

 

- Oi Alice, me fala  o que aconteceu pra você não querer comer menina?

 

- Ahhh Bells, você não me visitou mais e a Irmã Agnes não quer deixar eu ir aí te ver.

 

- Ô meu amor, não faz assim. Você sabe que quando eu posso eu apareço não sabe?

 

- Eu sei, mas você não vem tem mó tempão Bells. Que foi? Não me ama mais?

 

- Alice! Não é verdade. Vamos fazer assim, você come tudo direitinho e eu te visito esse fim de semana ok?

 

- Tá bom. Mas você vem mesmo né?

 

- Eu vou Alice, prometo. Agora passa pra Irmã.

 

- Pronto pode falar Bella.

 

- Irmã ela vai comer. Fica de olho nela, e qualquer coisa pode me ligar. 

 

- Tá certo Bella. Obrigada!

 

- Nada.

 

Desliguei o telefone e o Edward estava me olhando, provavelmente se perguntado quem era. Terminamos de comer e eu fui escovar os dentes, depois voltamos pro meu quarto e eu escrevi.

 

- Era a Alice.

 

- O quê?

 

- No telefone.

 

- Ok

 

- Ela é uma menina  linda que mora no orfanato onde eu cresci. – falei mesmo ciente de que não devia satisfação.

 

- Legal da sua parte manter contato.

 

- Na verdade eu pretendo adotá-la assim que possível. Sabe, ela merece ter uma família. - fiz uma pausa e peguei a foto dela para mostra a ele.

 

- Ela é linda mesmo, e terá muita sorte de ter uma mãe como você.

 

- Valeu.

 

Ficamos conversando o resto da tarde, até a Dona Renê chegar.

 

- Bella?

 

- Oi Dona Renê! – gritei descendo as escadas.

 

- Cheguei. E aí como foi o dia?

 

- Foi ótimo, o Edward e eu fizemos umas comprar e também descobrimos um jeito de conversar.

 

- Que bom! E vocês comeram direito?

 

- Sim, fizemos um macarrão, se a senhora quiser sobrou um pouco.  - falei colocando a mão no bolso.

 

- Não, eu estou sem fome. E o Edward cadê?

 

- Er... tá lá em cima. - falei segurando o tal papel na mão. - Dona Renê, a senhora sabe o que quer dizer " Mai enguel mai ruin "?

 

- Você quer dizer "Mein Engel, mein Ruin"?

 

- É isso!

 

Ela riu.

 

- Que dizer "Meu anjo minha ruína" ou "minha perdição", vai depender do contesto. Por quê?

 

- Não é nada, é só uma coisa que eu vi em um filme ¬¬. - falei com um sorriso de orelha a orelha.

 

- Hum sei, e a Ângela? tem falado com ela?

 

- Hurrum, amanhã eu tenho uma consulta marcada. E a senhora como foi lá no médico?

 

- Normal, ele disse que eu tenho que trocar de colchão, agora você vê eu durmo naquele colchão a anos e nunca me deu problema!

 

Segurei o riso e fui até a geladeira pegar um copo d’ água, a Dona Renê era muito engraçada, até mesmo quando está reclamando. O resto da noite passou rápido e eu fui dormir cedo já que no dia seguinte eu tinha hora marcada com a Dra. Ângela.

 

O despertador tocou super cedo e por reflexo acabei zunindo ele na parede. Me arrastei até o banheiro e me obriguei a tomar um banho. Coloquei uma calça jeans, uma blusa preta, um casaco branco e o tênis (Roupa da Bella: http://looklet.com/look/4685454). Enfiei a carteira e o guarda chuva na mochila então fui até a cozinha tomar um suco antes de sair. A Dona Renê pediu que eu levasse o carro mas o consultório era aqui perto. Sem falar que ontem a noite choveu e eu odeio dirigir com a pista molhada.

 

Andei uns vinte minutos até chegar ao consultório da Dra. Ângela. Não havia ninguém na minha frente, mesmo assim tive que esperar a recepcionista com cara de poucos amigos me chamar. Peguei uma daquelas revistas velhas e fiquei folheando pra passar o tempo.

 

- Senhorita Swan, pode entrar. – falou a recepcionista com cara de fuinha,

 

- Obrigada.

 

Entrei no consultório da Dra. Ângela ele era claro, mas bem aconchegante. Claro que eu gostava mais quando ela foi me atender em casa, mas como não era mais necessário passei a vir aqui.

 

- Olá Isabella! – ela me cumprimentou com o um aperto de mão. – Então como estamos hoje? – ela falou então nos sentamos.

 

- Eu estou bem. Não tive pesadelos nos últimos dias e... – falei brincando com as chaves de casa meio sem saber como começar falar

 

- Aconteceu alguma coisa que você gostaria de me contar? – ela falou com a voz serena.

 

- É que tem um cara... Sabe aquele que tava se afogando na praia lembra?

 

- Sim, o que tem ele?

 

- A gente se beijou. – falei me deitando no divã.

 

- Que bom, e como você se sentiu a respeito disso?

 

- Bem, o problema foi um dia desses. – fiz uma pausa. – Estávamos nos beijando então ele colocou a mão em baixo da minha blusa e eu gelei, sabe eu estava de olhos fechados e comecei a pensar naquele dia e em todas aquelas coisas que aconteceram. Aí acabou que eu sai correndo, enfim, deu tudo errado.

 

- Bella, eu sei que é uma situação nova e que não é fácil pra você se lançar em um relacionamento, mas se você gosta desse rapaz e se acredita valer a pena. Então por que não dar uma chance? Não só a ele, como a você também. Antes daquele dia você não saía com um rapaz o Jacob? Então, eu não digo que você tem que tentar esquecer o que passou por que isso seria impossível, mas eu diria sim que se tem alguém no mundo que merece uma segunda chance essa pessoa é você.

 

- Eu sei mas eu tenho medo...

 

- Bella todo mundo tem medo de alguma coisa, o que se pode fazer é superá-lo.

 

- Mas e se eu travar de novo? E se eu ficar lembrando do rosto daquele monstro toda vez? – falei aos prantos.

 

- Você só precisa abrir os olhos Bella, e ver com quem e onde você está exatamente.

 

- Eu vou tentar. – falei secando o rosto. - Na verdade eu já até tentei esses dias mas depois daquela vez que eu travei ele parece estar resistindo a mim.

 

- Viu Bella você consegue, e outra, homem é um bicho muito complicado. Você não precisa tentar decifrar ele em um único dia, deixe as coisas fluírem, e com o tempo tudo vai se ajeitar.

 

- Você está certa. Até por que a vida é assim né?!? Cheia de imprevistos.

 

(...)

 

Sai do consultório me sentindo mais leve, parecia que eu tinha tirado o mundo de cima de mim. Cheguei em casa por volta das 09:00 horas e vi o Edward tomando café. Sentei a mesa ao lado dele, eu estava muito feliz, com a conversa que tive com a Ângela, com o fato dele ter me chamado de anjo, enfim, com tudo.  Ele por sua vez me deu um sorriso torto e eu não resisti, aproveitei minha euforia e como num rompante roubei um selinho dele. Edward abriu aquele sorriso, eu pude ver as suas bochechas corarem, então ele beijou a minha testa e passou o braço esquerdo sobre os meus ombros. Eu o abracei e nós ficamos ali sem falar nada enquanto ele terminava de tomar café. Depois de tanto tempo acho que finalmente há uma possibilidade de ser feliz.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Eu tive que correr um pouquinho + até que não atrapalhou nada não.
Para quem leu os livros a última cena da minha FIC, foi inspirada na Bella do livro (em uma cena em que ela acorda feliz por ele ter ficado e ela pula no colo dele). Cena que particularmente deveria ter sido colocada no 1º filme ¬¬ mas tudo bem.

Segunda tem mais.

Bom FDS a todos.

*Bjox*