As aventuras de Laura Wilke na Shounen High escrita por Luminária


Capítulo 24
Capítulo 19- Antepenúltimo


Notas iniciais do capítulo

Ho hey
Desculpe a demora, é que meu grau amentou e tive que esperar os óculos novos (acabei lascando os velhos também, sou brilhante).
Enjoy u-u



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Nunca pensei que fosse ouvir o que ele diz, mas tive de fazer isso pelo bem do plano que eu não entendia.

Corri o mais rápido que pude por um corredor que parecia eterno. Que raio de galpão é esse?  Não existe nenhuma sala por aqui e o cheiro de panqueca mofada ficava cada vez mais forte.

“Laura...”

Agora não, voz inútil! Eu preciso correr e você está me distraindo.

“É muito bom saber que você está chegando perto”

Como assim? “Chegando perto”? Que história maluca é essa?

“Você é mesmo bem rápida, não?”

Geralmente você reclama que eu só digo coisas sem nexo, mas hoje é você que não está fazendo sentido algum. Por favor, pare de me distrair. Eu preciso chegar ao fim desse corredor eterno... Pelo menos foi isso o que eu entendi que eu tinha de fazer.

“Relaxe, você está quase lá.”

E como é que você sabe disso?

“Você já reparou que só corre olhando para o chão?”

Nunca tinha reparado, mas é verdade... E o que é que isso tem a vez?

“Se você olhasse para frente conseguiria ver que está chegando”

Voz, você pode fazer o favor de ir à pu...

“Veja só! Você já chegou! Será que agora você pode erguer esse olhar?”

Não aguentava mais aquela voz ecoando na minha cabeça, então apenas fiz o que ela tanto sugeriu.

No momento em que eu levantei meu olhar eu esperei ver muitas coisas comuns e sem graça: comida velha, paredes empoeiradas e com teias de aranha, caixas espalhadas por aí (afinal, isso aqui é um galpão), baratas e ratos passeando por aí. Na lista de coisas interessantes que eu imaginei encontrar por aqui estavam instrumentos de tortura medievais, armas de fogo, sabres de luz, talvez até aquele maníaco do machado que acabou ficando meio esquecido pelos alunos da Shounen High.  Às vezes eu acho que viajo demais, penso em acontecimentos que sei que nunca vão acontecer, mas eu jamais imaginaria que iria encontrá-lo aqui. Eu podia achar que era um mal entendido, só que não havia condições para isso. Ele me olhou com um sorriso diabólico, acenando para mim com sua mão ensanguentada e perguntou se eu tinha gostado da surpresa. Minha criatividade não chega a esse ponto.

O lado bom é que agora eu acho que eu entendi o objetivo principal desse plano maluco e mal arquitetado (que a verdade seja dita, esse plano foi uma merda): estamos aqui para impedir...

—... O- Osa- Osamu-sensei. – eu não sabia o que dizer, eu só não conseguia parar de encará-lo.

— Que plano maluco mal arquitetado, não é mesmo?

Acabei de pensar a mesma a coisa. Toca no verde!

“Eu sei, eu sempre sei de tudo que você está pensando, mesmo que fique confuso com essa bagunça.”

VOZ! CALE A BOCA!

“Eu não vou me calar... Laura, como alguém pode ser tão rápida com o corpo e tão lenta no raciocínio?”

Não pode ser... Achava que era minha consciência ou uma loucura minha, sei lá... Isso não ta certo!

“Essa voz da sua cabeça...”

—... Sempre fui eu. – ele completou sem tirar aquele sorriso sádico do rosto – Você não é tão doida quanto pensava, deveria ficar feliz.

Não sei bem o que senti na hora em que o ouvi dizer isso e também sei o que deu em mim, mas por impulso eu lhe dei um soco no nariz com toda força que eu juntei no momento. Mesmo depois do impacto ele continuava sorrindo daquele jeito sinistro.

— Acho que você quebrou meu nariz, dou créditos a Nagisa por isso.

Não tem como conversar Osamu, ele parece estar completamente insano.

“Já abandonou o “sensei”? Que coisa feia.”

DÁ PRA SAIR DA MINHA CABEÇA?

“Um poder impressionante, não? Eu posso entrar na sua mente no momento que eu quiser e você não pode fugir disso.”

— Mas uma conversa frente a frente pode ser uma boa pedida de vez em quando.

Por favor, alguém faz esse homem parar de sorrir.

“Acho que você não quer a conversar pessoalmente, então vou continuar por aqui e procurar algumas coisas...”

Não se atreva!

“Você tem muitas memórias com o Edward, mais do que com todos os outros alunos.”

— Eu parei! Pronto, eu já parei! – gritei desesperada e seu sorriso se alargou mais, e eu achava que a Nagisa-sensei era a sadomasoquista.

— Muito bem, agora podemos finalmente conversar frente a frente.

— Você está com o oitavo anão? – falei sem nem pensar

— Oitavo anão... Edward? Sim, ainda não o matei na esperança que um sacrifício melhor aparecesse.

— Sacrifício?

— Exato. O nível de imaginação da Shounen High está baixando e os alunos são feitos de imaginação, exigindo que um seja sacrificado pelo bem da escola. Você era minha escolha inicial, mas Edward é um teimoso... Ele simplesmente descobriu minhas intenções e se ofereceu para morrer no seu lugar, um idiota. Tudo seria calmo se Haru também não tivesse descoberto e eles não bolassem esse plano de última hora. Mas, olhando por outro lado, é bom ter a minha primeira opção de volta.

— Eu não vou me entregar tão facilmente. – não estou acreditando no que vou fazer – Vamos lutar!

— Lutar? Você quer lutar contra seu professor?

— Sim! Se eu vencer você vai devolver a loira do tcham e nos deixar ir.

— E se eu vencer?

— Aí eu aceito ser o sacrifício. – mas ele pode entrar na minha mente e prever meus ataques – Mas não vale entrar na minha mente.

— Não vale? Então você também não poderá usar sua maior vantagem.

Acabei de cavar minha própria cova e nem me toquei.

— Você só poderá usar 5% da sua velocidade, só assim podemos ter uma luta justa.

E por falta de opções:

— Eu aceito.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Beijinhos de luz :*