Criação dos Doze escrita por Evychaa


Capítulo 9
Capitulo 7




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CAPITULO VII

Bem, a vida pode ser justa com uns, injusta com outros, mas seja la oque a controle não pode ser impedido.

Depois de perder a consciência a loira foi levada rapidamente ao hospital. Nada alem de arranhões, manchas roxas e uma estranha marca entre seus ombros fora encontrado. O problema e que a polícia não dava mais atenção para um caso solucionado. A garota fora achada, para todos isso era o bastante para acalmar os ânimos dos pais e da população.

Ao abrir os olhos a loira notou a claridade que iluminava as paredes brancas e azuis, seus olhos viajaram pelo pequeno quarto hospitalar ate parar em seu próprio braço, espetado por uma agulha, que transportava o soro para suas veias. Seu corpo estava pesado porém um pouco dolorido, sinais de uma possível anestesia ou torrente de calmantes deixando seu corpo.

– Bom dia querida – a voz doce e tão conhecida levou os olhos azuis vibrantes para o canto esquerdo do quarto, onde a mulher de aparência jovial se levantava. - se sente bem meu amor ?

Dona Lucia Wordellayne se levantou, os cabelos loiros presos num coque meio bagunçado, os olhos verdes esquadrinhando as feições da filha. A cada vez que olhava sua pequena Lucia sentia um aperto no coração, ela sabia, assim como todos no lugar, oque havia acontecido. Só não sabia oque aconteceria com a garota a sua frente dali em diante, a mãe de Letta pressentia o inferno que estava por vir, por que ?

Por que ela já o vira antes

Por que seu marido, que estava ainda mais desesperado, já tratara pessoas na mesma situação

Por que sua filhinha, com a qual ela tomava tanto cuidado e amava incondicionalmente tinha sido a sexta vitima.

– Oque aconteceu ? - a voz da garota saia falha, sua garganta seca e machucada parecia ter sido arranhada por milhões de navalhas

– Depois que você desmaiou - a mulher se sentou na cama ao lado da filha, acariciando seus cabelos - os policiais a trouxeram para o hospital, mas está tudo bem agora, logo logo você vai sair daqui e tudo voltara a ser como antes. - ela forçou um sorriso, falando mais para si que para a filha

Tentando se convencer que tudo seira como antes. Mas infelizmente, a partir de agora tudo ia mudar.

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A semana se passou rápido, as conversas corriam pela cidade e a essa altura todos sabiam que a filha do doutor Wordellayne havia sofrido um ataque da gangue que andava aterrorizando as ruas de Seattle.

Nos corredores do home of knowledge a única coisa que se ouvia era de como a “querida” e popular Letta foi encontrada. Apesar das explicações da polícia e dos discursos dos diretores os comentários e boatos maldosos não deixavam de circular, afinal todos só esperavam um único deslize da perfeita barbie para poderem denegrir sua imagem, que depois de uma semana já não era mais tão perfeita assim.

– Acham que ela está bem ? - Maya perguntou se sentando na mesa de sempre e olhando ao redor do refeitório lotado, ela estava realmente um pouco preocupada com a “amiga”

– esperemos que sim – Rose disse, sentando-se ao lado da morena, ambas usavam os uniformes de lideres de torcida.

– Thommas não sabe nada dela ? - Tawny perguntou assim que chegou trazendo seu lanche em sua bandeja – ele não foi visitá-la ou algo do tipo ?

– bem ele ate foi uma vez, mas chegou atrasado e o horário de visitas da clínica já havia acabado, então ele voltou e que eu saiba não apareceu mais por la – Rose respondeu dando de ombros, apesar de não achar certo ela sentia um pequeno traço de alegria em seu coraçãozinho, aquela atitude de Thommas poderia significar que ele não querias estar mais com Letta, oque a deixava bastante animada.

– realmente ele não tem dado a menor falta dela – Maya disse, apontando disfarçadamente, ao menos ela tentou disfarçar, para o loiro que entrava no refeitório com uma desconhecida.

– ela não vai gostar de saber nada nada disso – Tawny fez uma careta depois deu de ombros – mas não podemos fazer nada a respeito não é – a garota deu de ombros e voltou a comer seu lanche normalmente

– realmente – as outras falaram juntas e então voltaram sua atenção para coisas mais importantes do que uma traição pública.

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– Está se sentindo bem querida ? - Lucia bateu pela terceira vez na porta do quarto da filha, seu coração apertado e tomado pela preocupação.

– Já disse que sim – a loira mentiu pela milésima vez durante toda a semana, mas sua paciência estava esgotada assim como seu corpo.

– Ela não abre ? - sussurrou Willian para sua esposa, que assentiu com um olhar angustiado.

A semana havia se passado daquela maneira desde que ela havia voltado do hospital, a loira se recusava a ver qualquer um e, na maioria das vezes, a comer qualquer coisa ou tomar remédios. Suas noites de sono eram atormentadas por pesadelos e ela preferia passar seu tempo com os olhos bem abertos, fechá-los significava ver as imagens que a levavam ao cúmulo do desespero e do medo.

Durante aquela semana nada mudara muito, além de algumas dores no corpo a saúde física da loira estava normal, porém a mental não ia nada bem. Além de não dormir a garota não conseguia ficar em espaços públicos e muito grandes sem sentir-se observada, não conseguia ficar no escuro sem a impressão d que “ela” também estava la, não conseguia nem enfrentar uma piscina por medo. E as coisas estavam piorando a cada dia, e apesar das insistências de seus pais a loira se recusava a ir a qualquer médico, para ela estava tudo perfeitamente normal, ao menos era no que ela se forçava acreditar.

Mas isso não se compara ao que estava por vir.

– querida, abra a porta – Willian pede, tentando soar calmo e controlado, mas ele estava começando a se desesperar

– não quero ! - falou a loira, que se encontrava jogada na cama, procurando não fechar os olhos e se distraindo com as redes sociais.

Não era como se ela não ligasse para oque seus pais pensassem ou estavam sentindo, ela ligava, mas também não queria ver ou falar com ninguém, não queria tomar remédios ou fazer exames, os quais seu pai a submetia quase todos os dias quando estava no hospital, só queria estar só, tem uma noite de sono tranquila, sem sonhos, sem asas negras e olhos avermelhados, sem se afogar e sem os cabelos quase negros e os olhos castanhos banhados em dor.

Sem gritos…

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“ Morte…

Morta e assim que ela estava, novamente morta e inerte em meus braços, seus olhos azuis estavam aberto, fitando o vazio.

O sentimento me invade, novamente eu havia falhado, ela morrera por minha causa. Novamente por minha causa...”

Os olhos castanhos se abrem num sobressalto, henry olha para os lados e se levanta, olhando o relógio e vendo que ainda eram 2:00 da manhã.

“ mais uma noite perdida “ ele pensa, seus cabelos castanhos estavam desgrenhados, seu rosto um tanto inchado por conta do sono, as olheiras em baixo dos seus olhos mostravam que não era a primeira vez que isso acontecia aquela semana. Henry mal mente dormia.

– que droga – resmunga se levantando e pondo uma camisa, planejando descer e tomar uma água para tentar acalmar as batidas do seu coração, que ainda estavam rápidas de mais em quanto o sonho era repassado em sua mente.

A semana havia sido agitada, não só por conta do seu pequeno coma e do descontrole que tomara conta de si, mas também por que todos haviam entrado em sua casa e agora Philip abrigava onze jovens que provavelmente poderiam o maar por acidente.

“ mais trabalho para ele “ Henry pensou reprovador “ quando vou parar de destruir a vida do meu irmão ? “ se perguntou em quanto a voz, baixa que sempre ouvia em seus momentos de pessimismo respondia “nunca”

O garoto sacudiu a cabeça e assim que entrou na cozinha abriu a geladeira, pegando um copo de água e se servindo, suas costas, junto a todo seu corpo, doíam de uma maneira insuportável, porém ele aprendeu a disfarçar bem isso.

– Acordado de novo - os cabelos desgrenhados e um pouco rebeldes e a voz rouca de Emma o surpreenderam um pouco, Henry ainda se sentia estranho em relação a todos os outros.

Desde que eles o ajudaram durante toda a semana assada, provando saber bem mas do que ele Brianna e Philip poderiam saber em toda uma vida passaram a ficar em sua casa, algo que o moreno não sabia se era bom ou ruim.

Era tudo muito novo, não só para ele mas para todos,

As vidas que tinham foram completamente apagadas e trocadas por um pesadelo que além de os assustar machucava não só a seus corpos como suas mentes. Era tudo tão complexo que Henry desistiu de pensar, de encontrar um sentido ou uma razão, ele só sabia que a sorte não havia lhe sorrido muito na vida, mas já estava acostumado com aquilo.

– Oque faz aqui Emma ?

– O vi descer – Emma deu de ombros – tenho um sono muito leve, diferente de Matt – ela sorri de canto – este dorme feito uma pedra

– oque quer ? - Henry perguntou a moça, ele sabia que estava sendo um tanto rude, ela não tinha culpa de nada, pelo contrário era só mais uma das vítimas, assim como eleições

– bem, sei que não está dormindo direito – A morena anda ate a mesa e puxa uma cadeira, se sentando e passando as mãos pelos cabelos – os sonhos não te deixam em paz né ?

– foi assim com você também ?

– Acho que acontece com todos nos – ela da de ombros – logo logo passa – la tenta sorri com a mentira que sai dos seus lábios.

– espero que sim – ele sorri de leve – preciso de uma noite de sono ou enlouquecerei

– aposto que não e só você que se sente assim – Emma o olha um tanto seria

– Pode me explicar ? - Henry dispara a pergunta, sem ter certeza se a garota o responderia, sua voz estava um tanto trêmula, arriscando mostrar oque ele tanto lutava para esconder, a dor, o desespero, a insegurança e o medo, princialmente o medo.

Medo de estragar as coisas, medo de machucar Philip, medo de matar e de ser morto, de perder o controle e acabar fazendo besteiras, medo de viver oque estava por vi sabendo que não seriam as melhores coisas que lhe aconteceria.

– bem – a garota se meche na cadeira um pouco desconfortável – vou lhe contar toda a história, ao menos tento ser útil e tiro suas dúvidas – a morena sorri e aponta para a cadeira ao seu lado, respirando fundo e procurando a melhor maneira de começar a falar, o problema e que não havia melhor maneira de começar a história de como algum desgraçado qualquer acabara com sua vida, que era parcialmente perfeita.

Porém tudo que eles pensavam, tudo que achavam que sabiam não passava de um terço de toda a historia, as peças do quebra-cabeças montavam algo duas vezes maior do que todos podiam imaginar, os planos do estranho milionário que pagava milhões para ex-moradores de rua para atacarem jovens inocentes eram bem mais complexo do que todos imaginavam, mas não era hora de pensarem nos problemas futuros, já que os problemas do presente lhes enche a mente e sufocam os pobres corações despreparados...


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Notas finais do capítulo

Desculpa o atraso pessoal ç.ç tava com um bloqueio chatinho sabe, mas aqui esta o capitulo
Espero que gostem e não esqueçam de comentar

beijokas



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