Criação dos Doze escrita por Evychaa


Capítulo 6
Capitulo 5




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/640768/chapter/6

CAPITULO V

Henry olhava ao redor, a festa estava agitada e as pessoas dançavam de maneira animada, colando-se uns nos outros e se divertindo a sua maneira. Sua acompanhante, Brianna, estava perdida em algum lugar pegando bebidas e a cabeça dele estava prestes a estourar, sentia como se a pele de suas costas fosse se rasgar a qualquer momento e talvez isso realmente acontecesse, ele estava impaciente de mais, irritado de mais, nervoso de mais. O pior de tudo e que Henry não fazia a menor ideia do por que...

Do outro lado do galpão Kaylla esquadrinhava a multidão dançante. Seus cabelos castanhos estavam soltos e um tanto bagunçados, porém isso a dava um ar charmoso, os olhos, que estavam com algumas olheiras, por conta das noites perdidas desde que sua vida virara de cabeça para baixo, deixavam o rosto angelical da moça com um ar mais sério.

– Tem certeza Marcelus ? - ela perguntou para moreno, que estava ao seu lado, pela terceira vez.

Mas Marcelus tinha certeza. A sensação pulsava em suas veias e arrepiava cada pelo do seu corpo.

Ele, na maioria das vezes agia como um localizador, conseguia sentir a energia dos outros, sabia onde encontrá-los, e por algum motivo que ainda era um mistério para todos eles, Marcelus sempre sabia quando seriam criados.

Ambos eram os quatro, mas não estavam sozinhos, os outros nove estavam espalhados pelo galpão. Procurando algo, ou melhor, alguém, que não faziam a menor ideia de quem era e nem sabiam como encontrar.

– Ao menos o primeiro deles está aqui - comentou Marcelus caminhando apressadamente pelas pessoas - e o outro, estará logo logo - fez uma cara de desgosto, haviam sempre os pros e contras. Ele odiava saber que ia acontecer por que tinha a certeza de que não poderia impedir.

– vou avisar os outros - foi a única resposta de Kaylla, seus dedos correram furiosamente pela tela celular em quanto a mensagem era digitada.

Emaa estava ao sul do galpão, procurando qualquer indício, sinal, ou coisa parecida de que eles estavam por ali, Mattew seguia sua garota sem dar muita importância a missão. Os olhos azuis do loiro estavam pousados somente na garota de pele cor de café e suas mãos pousadas nos ombros da mesma, de modo um tanto possessivo, a guiando pela multidão.

– Ainda não entendo por que temos que fazer isso - Resmungou em quanto Emaa caminhava a passos largos.

O caso não era compreender ou não e sim aceitar. Mattew não aceitava, ele queria se trancar, isolar-se do mundo, arrastando somente Emma consigo, mantendo-a longe e segura, afastada da guerra que estava por vir. Mas sabia que sua morena jamais permitiria isso, ela não ia abandoná-los, e por causa dela ele também não o faria.

– Eles nos ajudaram, só estamos devolvendo o favor

– não pedi ajuda pra ninguém

– pare de reclamar Matt - a morena fechou a cara, oque já foi ameaça suficiente para fazer com que Mattew fechasse a boca.

O celular de Emma vibrou em seu bolso, ao pegá-lo leu rapidamente a mensagem de Kaylla, informando para onde ela tinha de ir, o ponto de encontro para todos os nove.

Leon sentia-se um tanto estranho em quanto caminhava sozinho pela multidão ate o ponto de encontro. Ele era o único que ainda estava "desacompanhado" como os outros diziam. Desde que descobriram sobre os pares, sobre como toda essa loucura funcionava, eles entenderam e juntaram mais algumas peças do quebra-cabeças no qual foram colocados involuntariamente.

Ao se direcionar para a saída ele sentia-se como e estivesse deixando algo para trás, algo muito importante, só não sabia oque era. Ainda.

Ainda próximo a pista Henry estava a ponto de enlouquecer. A música de péssimo gosto o tirava do sério, sua cabeça martelava de um jeito que ele jamais poderia imaginar. Brianna estava tão inquieta quanto ele, sem saber o porque. A morena sentia um tipo de angustia tomando conta de si. Seu coração se apertava, o ar era tirado de seus pulmões, como se algo estivesse sendo tirado dela. Um péssimo pressentimento.

Depois de encontrar as bebidas ela tentou voltar o mais rápido possível, a cara de poucos amigos que Henry exibia a fez desejar estar em casa, e ter ouvido Philip quando o mesmo a aconselhara a não sair.

" Mas ha algo errado" Ela pensou.

Seus olhos correram pelas pessoas.

Leon sentiu algo queimando em suas costas, pensou em ignorar o ocorrido, talvez fosse somente uma das muitas garotas o encarando. Podia não ser perfeito, mas Leon sempre disse a si mesmo que não era de se jogar fora. Os olhos, que antes, quando ele era um garoto normal, eram azuis, agora tomavam um tom arroxeado, os cabelos ruivos caindo sobre os olhos, bastante bagunçados, a pele branca e as pequenas sardas que pontilhavam o território abaixo dos seus olhos chamavam um pouco de atenção das mulheres. Mas aquele calor, aquela sensação, sim, aquilo tudo era muito diferente do olhar de uma mulher sobre sua nuca.

Ao se virar, oque sentiu foi como um impacto, algo forte, que, ele tinha quase certeza, poderia arremessá-lo a metros de distância se não fosse tão particular. Algo que só acontecia em sua bolha, sua bolha onde só existiam ele e aqueles olhos castanhos. Ele reconheceu aquilo, e apesar de contrariado pegou o celular e digitou rapidamente.

" Os encontrei "

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Totalmente a merce de sua falta de sorte, a única coisa que Letta poderia fazer era olhar e imaginar tudo que passaria antes da morte finalmente chegar para acalentar seu rosto e secar suas lágrimas.

Eles ainda não a haviam tocado por inteiro, agora a garota permanecia somente com suas peças íntimas, Seam se divertia com o corpo e o desespero da garota, sabendo que de todos seria o primeiro a provar do novo brinquedo em quando os demais observariam para depois prová-la também. Seria uma ótima noite.

A não ser pelo fato que Jack já havia armado o cerco ao redor do local, todos os seus capangas haviam cercado o local, ele só esperava a hora certa de atacar, como uma cobra que escolhe o momento ceto para dar o bote.

– Quietinha querida - Seam subiu a faca em direção as alças da pequena peça que cobria os seios da garota.

Letta estremeceu ao sentir o caminho que a faca fazia pelo seu corpo, sentia como se a cada centímetro que a faca percorria, seus olhos não tinham mais lágrimas para derramar, e seu cérebro não formulava mais tentativas de fuga. Ela ouviu o só de tecido sendo cortado ao mesmo tempo ouviu um estrondo saindo das árvores.

Então um líquido quente espirrou contra sua pele desnuda, se ela encontrasse sua voz teria gritado naquele momento. Havia sangue escorrendo pelo seu corpo, seu rosto estava respingado, e o cadáver de Seam estava caído sobre ela. O grupo do falecido garoto estava atônito.

Jack estava parado entre as árvores olhando a reação dos demais. Exatamente oque ele queria.

– Boa noite cavalheiros - ele sai dentre as árvores.

Os garotos ainda surpresos com a morte do companheiro olharam para o loiro temerosos, Tomi olhou ao redor, sabendo que estavam cercados.

– Nunca ouviram dizer que não se ataca uma dama dessa maneira ? Tisc tisc - ele girou a arma nas mãos - nada cavalheiresco isso - com um sinal os capangas de Jack fecharam um cerco ao redor dos nove meninos.

Letta estava encolhida, apertando-se contra o tronco de uma árvore qualquer, com os olhos fechados, as unhas cravadas tão forte na madeira que ela tinha certeza que estavam machucadas.

Nem se quisesse poderia se mover. O máximo que seu corpo poderia fazer era se arrastar e de nada isso adiantaria.

Jack não pensou muito, somente abaixou a mão e a chuva de tiros, que chamariam atenção das autoridades se não fosse tão tarde e tão longe da cidade, foi disparada sem hesitação.

Os corpos dos rapazes foram caindo sem vida, um a um. Era isso que acontecia com quem tentava tocar no dinheiro dele, talvez Jack tenha sido um tanto exagerado, mas quem se importa ?

Provavelmente ninguém sentiria falta daqueles delinquentes além de suas famílias, e para ele isso não era motivo suficiente para deixá-los escaparem ilesos. Se sua atitude fosse nobre Jack poderia ser considerado o salvador da pátria, mas ele era tão sujo e cruel quando qualquer um dos homens que agora eram cadáveres foram.

Ele andou lentamente ate a loira que estava encolhida junto a uma árvore. Os cabelos desgrenhados e com algumas folhas emaranhados nos tios loiros, alguns cortes na pele, mas nada de tão grave.

– Está bem ? - perguntou de ajoelhando frente a Letta, que sequer ergueu o olhar para ele - está tudo bem agora, venha aqui okay ? - mas a menina não se moveu.

Jack entendia em parte a relutância de seu novo alvo, mas aquilo não deixava de irritá-lo.

– não lhe farei mal - tentou novamente, mantendo a voz aveludada e confiável - vamos - ele sorriu, não era um sorriso genuíno, mas ele sempre fora um bom ator.

Letta tirou a cabeça dentre os braços e olhou para o loiro.

Ele estendeu a mão para ela, que relutou em aceitar mas acabou cedendo.

– pode me contar oque aconteceu ? - perguntou o rapaz com a voz calma e aveludada, rodeando os ombros dela com os braços, tentando mantê-la confortável.

– Eu.. eu não sei direito - respondeu Letta, sua voz estava trêmula, saia como num fio, sussurrante - só estava tentando voltar pra casa quando... -então a loira caiu no choro novamente.

– calma, calma, vai ficar tudo bem - Jack tentou acalmá-la em quanto tirava do bolso no casaco a seringa de tamanho anormal, Letta estava tão distraída que só percebeu quando já era tarde.

– Não e nada pessoal gatinha - falou passando uma rasteira na loira a fazendo cair de barriga para o baixo e prendendo suas mãos, pondo um dos pés em seu rosto, pisando forte.

Letta se perguntou oque havia feito para sua sorte estar tão desgraçada.

Os galhos finos e as folhas secas machucavam novamente seu corpo, o pé do garoto fazia pressão em sua face a imobilizando. Não havia mais lágrimas para chorar, ela sequer imaginava oque estava por vir, não fazia sentido né, alguém salvá-la de estupradores para depois fazer o mesmo.

Era isso que a loira pensava, mas ela mal sabia que Jack não tinha autorização para tocar em seu corpo, ele sequer a desejava. Estava somente fazendo seu trabalho e sustentando a si e a seus amigos.

Cada um com seu lado, o lobo mal havia feito o papel de cordeiro perfeitamente antes de tirar sua capa.

– Não é nada pessoal loirinha - a voz dele soou um tanto sarcástica - prometo que só vai doer um pouquinho

Letta fechou os olhos, esperando seja la oque fosse. Mas oque veio foi totalmente diferente do que ela imaginou, do que pensou que viria.

Jack mirou no ponto perfeito, a uns bons centímetros da nuca, no espaço entre os ombros, então aplicou com a estranha seringa o conteúdo azul brilhante na garota.

De início Letta sentiu somente a dar das agulhas penetrando sua pele, mas, segundos depois foi como se o sangue em suas veias fosse fogo. Sentiu como se sua cabeça fosse explodir, como se cada osso do seu corpo estivesse se quebrando, por reflexo a loira começou a se contorcer no chão.

Dando a Jack a certeza do trabalho completo.

O garoto de olhos azuis vibrantes ficou a observar junto a seus companheiros o sofrimento de mais uma de suas vítimas. Jack nunca admitiu, mas ele gostava daquilo, gostava de vê-los sofrer, talvez, só talvez, tanto tempo trabalhando para um monstro o transformou em um.

Mas ele não ligava. Ao menos era um monstro podre de rico, para ele isso bastava.

Mas o único detalhe que Jack deixara passar era que o dinheiro não compra a vida e nem a traria de volta para seu corpo quando a mesma lhe fosse tirada.

E isso, meus amigos, fora um detalhe crucial que o jovem e toda sua turma deixaram passar...

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Foi como se todo o ar fosse arrancado brutalmente dos pulmões de Henry. A dor o atingiu com tamanha surpresa que ele caiu e joelhos em meio a multidão.

Leon, que estava a poucos metros dele, correu para ajudá-los. Brianna estava em um tipo de estado de choque, observando o corpo de Henry, que se debatia furiosamente.

– Ninguém toca nele - Marcelus chegou junto a Kaylla, que ajudou a dispersar a pequena multidão de curiosos que se ajuntava.

Em quanto isso Mattew tentava pegar Henry e segurá-lo da maneira mais confortável possível, oque era difícil já que o garoto se debatia e sua pele era quente como o fogo. Sim ele conhecia bem aquela sensação, sabia oque o pobre garoto estava passando.

– Tem que tirá-lo daqui agora! - Brianna gritou, seu desespero a atingiu como um soco na face a tirando do estado de choque que se encontrava - Tem muita gente

Leon foi o primeiro a ouvir a garota, sua voz causara um tremor no corpo do ruivo, então ele empurrou Mattew pelas pessoas, que estava, graças aos céus, abrindo caminho para que eles passassem.

Logo estavam fora do galpão. Na parte dos fundos para ser mais exata.

Onze pessoas

cinco dos doze.

Eles se entreolharam, Mattew colocou Henry no chão e se afastou, os olhos dele estavam fechados e as tatuagens sumiam aos poucos.

– Acho melhor se afastarem - Brianna avisou já sabendo oque viria.

Então, alguns instantes depois do aviso, o corpo do jovem se encontrava numa confusão branca e macia manchadas de vermelho, com mais de dois metros de comprimento...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OIEEE MEU POVO

Com saudades da tia ? Espero que sim u.u

Espero que tenham gostado do capitulo *~* e dos novos personagens tb *w* eu particularmente amo o Leon >~
Não se esqueçam dos comentários !

Eu gosto de saber oque estão achando da historia e os comentários sempre me incentivam muuuuuito

Bem então e isso >~< Ate semana que vem

Prometo um capitulo com varias surpresas u.u e agora que as coisas começam a dar uma esquentada *w*



PREVIA:

"Era como se olhasse-me de um modo curioso. Por mais que pareça assustador não senti medo.

Não ate ela se mexer.

Ela esticou o corpo como se acordasse, mexeu as costas e delas brotaram imensas asas negras. Seu rosto passou a ter feições sombrias, seus olhos ficaram num vermelho vivo.

Seus lábios se mexiam mas deles não saiam palavras, as a cada vez que se abriam meu peito se apertava, meus pulmões sentiam a falta do ar e o peso das aguas me esmagava.

Então eu realmente comecei a me afogar.

Quando meus sentidos estavam sendo levados pelas aguas assim como minha vida eu me vi em seus braços. Seus cabelos negros e olhos de um verde tão vivo que fez meu coração bater por mais alguns segundos.

Então ele me levou para cima.

E meus olhos se abriram. "



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Criação dos Doze" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.