CAPITULO XII

Os olhos da garota estavam fechados, ela não ouvia nada, só conseguia sentir a dor que a invadia de uma forma terrível e avassaladora.

Henry tirou Letta do estacionamento e chegou a casa tão rápido que, com certeza, quebrara todas as leis de trânsito existentes, assim como Marcelus que dirigia o carro onde a garota estava.

– Leve-a para cima – o garoto gritou em quanto Marcelus subia as escadas com o corpo da loira nos braços

Henry correu para o escritório da casa, que ficava no andar de baixo também, em quanto o menino agia de forma insana e apressada era seguido por Leon e Brianna, que se assustaram com a chegada repentina.

– Oque está acontecendo Henry ? - Brianna perguntou, seu coração estava apertado e algo dizia a ela que oque acontecia não era bom, nem um pouco.

– Preciso ser rápido – foi a única coisa que o menino respondeu, entrando no escritório e indo diretamente a uma gaveta, tirando de la uma caixa de madeira media e sem nenhum detalhe ou decoração.

Henry abriu a caixa e de la tirou uma adaga, sua lâmina era grande e aparentava estar bem afiada, o cabo era encrustado de pequenas pedras preciosas.

– E uma Herança de família – Henry falou, sabendo que Brianna perguntaria onde ele arrumara algo como aquilo – meu tataravó passou para meu bisa, que passou para meu avó, que passou para meu pai, que antes de partir a deu para mim – ele olhou para os dois amigos que estavam junto a ele na sala, Leon ate agora não havia se pronunciado.

“ Não deixe que ela suba “ Henry pediu a Leon, mentalmente, sabendo que o ruivo podia ouvir “ em hipótese nenhuma deixe qualquer um subir ' Leon simplesmente assentiu, então Henry correu novamente para fora da sala, subindo rapidamente as escadas e entrando no quarto e fechando a porta.

No andar de baixo Brianna ameaçara subir as escadas, porém foi impedida por Leon, que não precisou sequer falar, logo a garota entendeu, somente por olhar nos olhos do ruivo, que não era a hora para tentar ser teimosa e resolvei ficar quieta.

No quarto Letta estava semi-inconsciente, seus olhos estavam entreabertos agora, porém a dor era tanta que a garota não assimilava qualquer coisa, seus olhos estavam abertos porém não viam, seus ouvidos não mais ouviam som algum, a não ser, ao longe, a voz desesperada Dele.

– Aguente – Henry gritava para a loira que estava estirada de bruços em sua cama, Henry rasgou a blusa dela com a adaga, deixando as costas totalmente “tatuadas” expostas, a pele estava vermelha e pequenas coisas, semelhantes a agulhas, projetavam-se para fora pelos poros – só mais um pouco – sussurrou o garoto.

Marcelus observava tudo quieto, queria vez ate onde ele chegaria sozinho, ele sabia oque aconteceria, porém duvidava que Henry fosse capaz de fazê-lo sem ajuda nenhuma.

“ Não feche os olhos !” A voz esbravejou na mente da garota “ se fechar estaremos mortas! Fique com os olhos abertos !”

– Sinto muito – Ela conseguiu ouvir, antes de uma dor ainda piro, mais lancinante, atingisse seu corpo- não durma ! - ele gritou

Henry sentia tudo, em seu corpo ele recebia as mesmas sensações que a garota estava sentindo, a dor era sentida não só por ela, mas por ele também. “ Aguente mais um pouco “ pensou o garoto em quanto a adaga afundava ainda mais na carne da garota, cortando profundamente o local ate a altura do umbigo, então parou, seguindo o mesmo processo do outro lado, formando um “ V” invertido.

As mãos dele estavam cobertas de sangue, assim como a cama e o corpo da garota, que tentava ao máximo não se render a escuridão que a puxava cada vez mais.

Nesse momento Henry estava a ponto de pôr tudo que havia posto no estômago na última semana para fora, um Marcelus surpreso e assustado ao mesmo tempo observava a cena, Henry largou a adaga no chão e colocou uma das mãos dentro do primeiro corte, afundando ate metade do antebraço dentro do corte e depois puxando, em quanto fazia isso a garota gritava, desesperadamente, suas unhas ficavam-se nos tençoes, os rasgando, então Henry tirou, de dentro da garota- algo grande e pegajoso, que no momento estava completamente coberto de sangue, e era completamente negro, medindo quase dois metros e meio.

Então fez a mesma coisa com o outro corte.

Letta estava em seu limite, a garota não aguentava mais, não aguentava mais a dor, o cansaço, não aguentava mais nem seus próprios gritos. Sentiu como se algo fosse arrancado bruscamente de seus ossos, sentiu como se seu corpo fosse esmagado milhões de vezes, e então não conseguiu mais manter os olhos abertos…

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– Creio que tudo correu bem – Liam disse olhando para a tela do computador.

– A presença dela aqui nos trás muitos benefícios, podemos estudar a ação em uma das cobaias de perto e talvez ate descobrir algo que ajude na criação das futuras – Will falou animado, andando de uma mesa para outra, analisando amostras de sangue e anotando os dados.

– Mas eu não entendo uma coisa

– la vem você complicar as coisas – o loiro reclamou em quanto Liam olhava pensativamente para a porta a sua frente

– Por que ela veio para cá ? Por que saiu de perto dos seus amigos ? Por que os traiu ? Isso me soa muito suspeito – ele disse

– Não vamos exigir explicações dela agora, vamos continuar nosso trabalho e aproveitar as vantagens, o resto veremos depois – Will falou sem abrir espaços para a confusão, então a porta se abriu e eles entraram na sala que era completamente branca, onde a morena de cabelos cacheados estava sentada, ela levantou os olhos e pediu perdão mentalmente a todos os seus amigos.

“ mas eu preciso fazer isso, não só por mim, mas por ele também… “