Criação dos Doze escrita por Evychaa


Capítulo 12
Capitulo 10




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/640768/chapter/12

CAPITULO X

Os dias se passavam rápido, os corredores viraram uma tortura para a loira que outrora foi o carrasco da vida de muitos ali. Seu corpo não era mais tão bonito, suas curvas já não eram perfeitas, seus olhos agora estavam fundos, com olheiras aparentes.

A garota sempre caminhava pelos corredores sozinha, agora ela já não chegava altiva em seu Porch, mas seu pai sempre vinha trazê-la, afinal ela mesma insistia para vir, provavelmente gostava de se martirizar, talvez sim, ou talvez só não quisesse dar o braço a torcer.

Agora uma garoa fina caia sobre Seattle, Letta sentia a pele dolorida ser molhada pelas gotas de água em quanto estava sentada na varanda da casa de campo de seus pais, que acharam melhor tirá-la da cidade por um tempo, afinal não sabiam mais oque fazer com sua criança.

A garota não pensava em nada, só estava aproveitando os poucos momentos de paz, sem sonhos, sem vozes e sem pessoas para incomodá-la, sem mais pessoas que esfregassem em sua cara, mesmo que de uma manira sutil, que ela estava morrendo, ao menos era assim que a loira pensava.

Suas costas agora eram completamente cobertas pelos símbolos, que chegavam ate parte de seus braços e de sua barriga, descendo ate um terço de suas coxas. Todo o corpo da garota doía, suas condições de saúde também não era das melhores, mas ela insistia em sair. Eram sete da manhã, Letta se levantou devagar e pegou seu casaco que estava na parte coberta da varanda, vestiu e entrou no carro do pai que estava parado e vazio a sua frente, essa era sua rotina desde que as coisas pioraram, seu pai não queria levá-la a lugar nenhum porém ela sempre o convencia, se sentava no banco traseiro e ali ficava em silêncio, o encarando com os olhos azuis ate que ele resolvesse fazer sua vontade.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

– EMMA ! - Os gritos acordaram toda a casa – EMMA! - a voz de Mattew era ouvida por todos os corredores, estava trêmula, seus olhos mostravam que sua mente beirava o desespero e ele vasculhava cada canto da casa.

Marcelus e Kaylla foram os primeiros a acordar. Desceram as escadas tão rápido que Marcelus chegou a tropeçar e quase cair, logo depois um Leon atordoado pulou do sofá e Philip saiu somente com um calção trazendo um bastão de beisebol em posição de ataque.

Ninguém entedia oque estava acontecendo, mas Mattew continuava a gritar por Emma em todos os cantos.

– ELA SUMIU ! EMMA SUMIU ! - Ele se afundou no sofá com o rosto entre as mãos – Oque aconteceu com ela ?

Todos se encaravam sem entender, a realidade foi chegando aos poucos para cada um.

Emma tinha fugido.

Mas a única pergunta que pairava no ar era

Por que ?

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

– Letta ? - A voz de Maya oscilou ao encontrar a loira escorada sobre a pia do banheiro feminino, com o rosto pálido e os lábios completamente vermelhos, sujos de sangue – querida você está bem ? - ela se aproximou devagar, Letta continuava imóvel, o medo de Maya não ultrapassava sua curiosidade, por isso ela continuou a se aproximar.

Letta continuou imóvel, de cabeça baixa, os longos cabelos loiros caindo sobre seu rosto.

– Precisa de um médico ?- Maya parou na frente de Letta e encostou a mão nos fios de cabelo dela, planejando tirá-los da frente do rosto da menina, mas antes que o fizesse Letta agarrou a mão da morena e apertou seu pulso com uma força descomunal, ouviu-se um estalo.

Um pulso quebrado.

A loira soltou um riso insano e levantou a cabeça, jogando os cabelos para trás e revelando o rosto que parecia não ser seu, os olhos amarelados com um ar louco e assassino.

– Letta oque esta fazendo ? - a garota tentou se soltar porém a loira apertou ainda mais seu pulso, outro estalo – Pare com isso – ela já chorava – oque esta acontecendo ? Pensei que fossemos amigas !

– Nunca fomos amigas amor – a voz da loira soava fria, seus olhos correram pela morena e sua outra mão agarrou-lhe o pescoço – mas você nunca foi amiga de ninguém não é ? - a loira ergueu Maya e apertou seu pescoço, Maya tentava a todo custo se libertar, suas unhas arrancavam pedaços da pele das mãos de Letta, mas nada adiantava.

– Por favor…

– Não implore ! - a loira gritou, então num simples movimento virou o pescoço da garota em um ângulo grotesco – Pessoas implorando são tão patéticas e irritantes - os olhos castanhos de Maya ficaram vidrados, e Letta largou o corpo sem vida no chão como se não fosse nada de importante, ergueu o capuz do seu casaco e saiu do banheiro, fechando a porta atrás de si e rumando para sua aula de história...

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

“Era como um sonho, os cabelos loiros esvoaçando em quanto a garota corria por um enorme campo, pela primeira vez eu a via feliz, ao menos ela parecia estar feliz.
– Henry ! - ela chamou por mim, sentando-se na grama e depois se deitando, rolando pela mesma soltando uma gargalhada gostosa de se ouvir.

Corri ate ela e me deitei ao seu lado. Ela se virou para mim ainda com seu sorriso, os olhos azuis brilhavam.

– Onde esta você ? - ela me perguntou ficando seria de repente

– Como assim – notei que seus olhos ficaram mais escuros, a felicidade de outrora estava se esvaindo aos poucos

– Onde você está agora henry ? - as lágrimas começaram a banhar o rosto da garota e seus olhos tomavam um tom amarelado.

Então de repente o capo já não era verde, não havia luz ou sol, estava tudo seco e escuro, uma neblina pairava no ar e ao invés da loira ao meu lado jazia u corpo, os cabelos cacheados desgrenhados, olhos castanhos e vazios e a boca aberta numa última suplica.

Por mais que eu quisesse não conseguia me por de pé, todo meu corpo estava paralisado

– Você poderia ter impedido isso – A loira estava de pé a minha frente – onde estava você Henry ? Por que não me parou Henry ? - a voz da garota estava mais alta agora – ELA MORREU POR SUA CAUSA !

Ela gritou.

Um sorriso insano tomou conta dos lábios dela, os olhos já não eram mais azuis, agora eles tinham um tom amarelado, as suas costas um par de asas negras, das quais escorriam sangue, tremulavam sob o vento.

– Meu amor – a voz era fria, chegava ate a ser um tanto sarcástica, ela caminhou devagar e se ajoelhou ao meu lado, tocando seus lábios nos meus, um gosto de sangue invadiu minha boca – por que está me deixando sozinha Henry ? Por que não veio me procurar ?

Então meus olhos se abriram para a escuridão em que o meu quarto se encontrava, porém a voz dela ainda soava em meus ouvidos “ Por que me deixa sozinha ?” ...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oiee gente

Bem espero que tenham gostado do capitulo *~* agradeço desde ja a todos que chegaram ate aqui comigo nessa historia, deixem suas opiniões e criticas me ajudem a desenvolver e a desenrolar as coisas, me avisem se algo ficou confuso que eu terei o maior prazer em explicar *~*
Boa noite e ate o próximo capitulo
beijokas da Evy



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Criação dos Doze" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.