Ele Não Pode Ser Irritante escrita por Sra Dragneel


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oeeeeeeee o/
Bem, essa é minha primeira oneshot e também a primeira fanfic de Naruto que eu posto. Tive essa ideia de madrugada e tava louca pra escrever.
Boa leitura!



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Depois dos acontecimentos que levaram Sarada a encontra-lo, Sasuke decidiu que era hora de passar um tempo — mesmo que mínimo — com a sua família, e depois retornaria para outra missão.

Mesmo que quisesse ficar mais em Konoha, o seu jeito ninja titubeava no peio, trazendo uma sensação boa e ao mesmo tempo nostálgica, dos velhos tempos em que ele viajava com o time 7, com pequenas missões, mas que sempre o deixavam alegre. Ele gostava de sentir essa emoção, de enfrentar inimigos — e vencer — com suas habilidades adquiridas ao longo dos anos. Talvez já estivesse ficando velho — Sarada iria completar 13 anos daqui alguns meses! —, mas enquanto pudesse, iria usar suas energias para o que conseguisse fazer.

Ele olhou Sarada, sentada com as pernas cruzadas no chão da sala, fazendo o resto do seu dever de casa. O Uchiha ainda não conseguia acreditar, mesmo que não demonstrasse, que estava surpreso com o quanto aquela garotinha que ele segurara nas primeiras semanas de vida já tinha se transformado numa moça. Ela tinha tanto de seus traços como dos de Sakura. Puxando de seu lado genético, ela possuía a busca da perfeição — isso ele via bem, quando ela não conseguia resolver algum exercício e sem querer ativava o sharingan em frustração —, além da preferência pelas roupas pretas e simples. Já de Sakura, ele via a beleza, a concentração em buscar o que quer e a força. E a testa, sem dúvidas. Aquela testa era herdada de Sakura, o que a deixava mais bonita ainda. Eram qualidades que ele admirava nas duas.

E como uma mescla com a mistura dos dois, Sarada adquiriu a impaciência. A filha, às vezes, ficava tão nervosa que Sasuke tinha que buscar água com açúcar pra ela se acalmar.

Sasuke se pegou sorrindo discretamente, olhando para a filha crescida. Nesses três dias que estava em casa — ficaria apenas uma semana em Konoha —, Sasuke observou todos os trejeitos de Sarada; desde a bufada por não ter tomates no jantar, e ele admirou a garota por isso, até os treinos que ela fazia cronometricamente todo dia, das 15h às 18h.

Ela era a cópia viva da disciplina. Vez ou outra, Sasuke afagava os cabelos dela, um gesto automático, e a via sorrir minimamente, como ele também fazia de vez em quando.

Se sentia orgulhoso.

O Uchiha também percebeu como Sakura havia se tornado importante para Konoha. Tendo sido a discípula de Tsunade, e reconhecida como a melhor médica-ninja do país, a presença da esposa era requisitada praticamente todo o tempo no hospital. Então eles não puderam matar toda a saudades acumuladas por anos. Sasuke entendeu que Sakura não era mais a menina que vivia correndo atrás dele assim que decidiu formar uma família com ela, há doze anos atrás. Sakura era uma mulher agora, sua mulher.

No café da manhã do quarto dia em que Sasuke estava ali, Sarada reclamou para Sakura que agora era ela que não ficava em casa. Sasuke riu disso enquanto recolhia os pratos e colocava-os na pia.

—Ah querida, me desculpe mesmo. — Sakura disse enquanto beijava a testa da filha. —Prometo que vou adiantar as coisas lá no trabalho hoje, então o resto da semana nós vamos passar com o seu pai, tudo bem?

Sakura foi para o hospital, quando Sarada confirmou com a cabeça juntamente com um sorriso. Sobrara para Sasuke levar Sarada para a escola.

—É sério papai. — Sarada falava pela décima vez enquanto caminhavam calmamente pela rua. —Eu sei o caminho muito bem, posso ir para a escola sozinha.

—Está tudo bem Sarada, não é como se eu fizesse isso todo dia. — Sasuke respondeu olhando a filha desviar os olhos e sorrir. Ele sabia que no fundo, ela estava contente por ele estar fazendo aquilo.

E então eles continuaram o caminho silenciosamente. Sasuke com uma das mãos — e a única que restara depois de seu confronto com Naruto há anos atrás — no bolso e Sarada mantendo as mãos nas costas e balançando seu corpo levemente a cada passo dado, com um semblante feliz. Era surpreendente como o silêncio os agradava, eles pareciam combinar desse jeito, um entendendo o outro. Os dois Uchihas, os dois possuidores do sharingan legítimo, o pai e a filha. Unidos.

De longe, O Uchiha mais velho identificou uma criatura de cabelos loiros junto com sua cria. Dobe.

—Oh teme, que coincidência encontrar você aqui! — Naruto exclamou alegre, agarrando o pescoço do filho com um braço e esfregando a mão fechada no cabelo dele. — Não é verdade, Boruto?

O garoto que era a cara de Naruto se desvencilhou do abraço do pai e negou.

—Coincidência o meu nariz! — Boruto disse nervoso. Sasuke ergueu uma sobrancelha, e quase riu quando Sarada fez exatamente o mesmo. —Você viu esse cara indo levar a Sarada pra escola e quis fazer o mesmo!

Naruto ficou todo sem jeito quando Boruto fez as acusações e saiu pisando duro para dentro da escola. O loiro sorriu amarelo e correu atrás do filho, encontrando-o no pátio mais a frente, com uma carranca.

—Tal pai, tal filho. — murmurou Sasuke, vendo os dois Uzumaki's discutirem.

—Concordo plenamente. — Sarada murmurou também, olhando o Hokage e o filho dele.

O sinal de entrada tocou e Sasuke se virou para abraçar a filha, depois de ser retribuído, Sasuke colocou a mão no ombro de Sarada. Ele ficou-a olhando em silêncio, e pela primeira vez, ela não entendera o que ele estava tentando dizer com o olhar.

—Hm, papai? — ela tentou incentivá-lo a falar, enquanto via os outros alunos entrarem pelo portão da escola e ela estava ali, encarando o Uchiha mais velho, o semblante em confusão. —O que foi?

Sasuke não respondeu, apenas tentava encontrar as palavras certas para dizer. Depois de ir o fundo de sua memória e buscar alguma frase paternal, ele se agachou e ficou no tamanho dela.

—Se comporte, faça suas lições e... — ele parou, não se lembrava da última coisa.

Sarada, abismada por receber os conselhos de seu pai, completou:

—... E trabalhe duro? — ela sorriu ao ver o pai acenar com a cabeça.

—Essa é minha menina. — Sasuke tocou de leve a testa dela, aquele sinal que para outros talvez não significasse nada, mas que para os dois, significava tudo.

Sasuke ficou olhando Sarada entrar na escola, mas antes dela ultrapassar o portão, Naruto apareceu sendo arrastado para fora por Boruto.

—Vamos! Você tem que ir embora, velhote!

—Quem você está chamando de velhote, garoto? — Naruto disse bravo, puxando Boruto para outro abraço, mas diferente da outra vez, o filho idêntico de Naruto de desvencilhou rapidamente do aperto e correu pra dentro da escola, puxando Sarada junto com ele pela mão.

Antes que os dois desaparecessem para dentro do prédio, Sasuke ouviu sua filha falar nervosa: "Não me puxa, seu irritante!"

Aquela frase não saiu da cabeça do Uchiha por um tempo, por um longo tempo. Tanto que, quando se deu conta só estavam ele e Naruto na frente da escola, os outros pais já tinham ido para suas casas ou trabalhos. O loiro, e agora Hokage, movia sua boca constantemente tagarelando algo que certamente Sasuke não se importava. Apenas uma palavra ecoava na sua cabeça.

Irritante, irritante, irritante.

Sasuke se incomodou, pela primeira vez, com aquela palavra.





Quando voltou para casa, Sasuke ainda tinha aquela palavra irritante na mente. Irritante mesmo.

Tsc. Que droga!

Quando saíra da escola, Naruto falara algo, ou talvez estivesse perguntando algo. Não importava. O Uchiha apenas acenara confirmando algo que ele não ouviu e saiu andando pela rua, voltando para a casa. Mesmo que não parecesse, aquela palavra estava fritando o cérebro dele. Porque não era simplesmente uma palavra qualquer, mas sim uma palavra que carregava vários significados, e que por acaso, ele já usara todos com Sakura.

Teve o momento em que a chamou de irritante, por ela simplesmente estar mesmo irritante. Teve o momento em que o irritante quis dizer "Não interfira". Teve o irritante que o significado era "Está linda".

Teve até mesmo o irritante que quis dizer "Você quer ser minha esposa?"

Irritante, para Sasuke, pode ter mil e uma coisas envolvidas, trezentos fatores, cinquenta mil significados. De tanto pensar nisso, o Uchiha já estava achando que sua mente estava soltando fumaça.

De tanto estar divagando em seus pensamentos, Sasuke não percebeu Sakura entrar em casa e se aproximar do sofá, onde ele estava deitado encarando teto.

—Querido? O que foi? — ela perguntou confusa. Quando Sasuke a encarou, seus olhas pareceram entrar em foco novamente. —Sasuke?

—Que horas são?

—Está quase na hora do almoço. — Sakura respondeu olhando o relógio de pulso. —Você está bem?

Ele não respondeu, apenas se levantou e procurou alguém atrás de Sakura.

—Onde está Sarada?

—Na casa do Naruto, eles tinham que fazer um trabalho em grupo, ent-

—Você disse "casa do Naruto"?

—É, eu disse Sasuke.

—Sakura!

Ela se assustou com a expressão de preocupado com ele, ainda mais o fato de Sasuke estar falando mais agora, do que em toda a sua vida.

—O que? Tem alguma coisa errada? — e Sakura começou a se apavorar. Milhões de coisas passavam na sua mente quando Sasuke disse cautelosamente:

—Sarada disse que Boruto é irritante.

Sakura piscou, tentando entender.

—Mas ela diz isso o tempo todo. — a rosada disse calmamente, mas se assustou ao ver a expressão de espanto na cara de Sasuke. — Pelo amor de Deus, Sasuke! Me diz o que aconteceu logo!

—Ela fala o tempo todo que ele é irritante — o moreno estreitou os olhos. —E você não faz nada?!

Sakura caminhou para a cozinha deixando as compras que fizera para o almoço no balcão enquanto tentava entender o raciocínio do marido.

—Era para eu ter feito alguma coisa? — ela questionou. Sasuke tinha levantado do sofá e ido atrás dela, os olhos dele brilharam ao ver uma das sacolas do balcão com tomates frescos, mas logo voltaram a encarar as íris esverdeadas e confusas de Sakura.

O marido dela crispou os lábios em desgosto.

—Mas é claro que sim.

Sakura ergueu uma das sobrancelhas, mais confusa ainda. Ela nunca vira Sasuke tão preocupado assim. Havia acontecido algo, mas ela não conseguia identificar o que era, Sasuke apenas dissera que Sarada chamara Boruto de irritante. Mas isso não era nada demais.

Sasuke continuou encarando a face de confusão da esposa, frustrado por ela não estar entendendo nada do que lhe deixava aturdido. Bufando, ele tentou explicar melhor:

—Sakura, o que você entende por irritante? — ele se sentou numa das cadeiras da cozinha esperando a resposta dela.

—Hm... — ela bateu o dedo indicador nos lábios, pensativa. Sasuke a achou linda daquele jeito. —Acho que é um apelido levemente carinhoso que você adotou pra mim.

—Exato. — ele acenou com a cabeça. —Pra mim, é um apelido carinhoso. E quando eu te dei ele?

Ela ponderou um pouco.

—Quando... Formamos o time 7? — Sakura sorriu amarelo. Porque de fato, não se lembrava muito bem. Desde sempre Sasuke a chamava assim, só que ela não sabia quando a palavra "irritante" deixou de ter o significado normal e acabou se transformando em uma palavra carinhosa.

—Quando tínhamos treze anos. — ele completou. —E quantos anos Sarada tem agora?

—Doze.

—Então...

—Então o que, Sasuke?

—Argh, Sakura! — ele bateu a palma na mesa e se levantou abruptamente. —Eu te dei esse apelido e olha como estamos agora?! Casados com uma filha que fica chamando garotos alheios de irritante!

Sakura fitou ele, assustada. Sasuke se levantou tão de pressa e começou a andar furiosamente em círculos pela cozinha, que ela teve até medo daquele não ser seu marido de verdade. Quando finalmente entendeu o que ele queria dizer, Sakura soltou uma gargalhada que ecoou pela casa inteira, ela só parou quando sentiu seus olhos lacrimejarem de tanto rir e perceber que Sasuke a encarava como se ela estivesse com alguma doença contagiosa.

—Você — começou Sakura, o sorriso não abandonando seus lábios. —Está com ciúmes da nossa filha?

Sasuke inclinou a cabeça pro lado, pensando na ideia. Era verdade que ele nunca se sentira assim antes. Ele se sentou novamente na cadeira e Sakura se sentou em seu colo, ainda risonha, passando os braços em seu pescoço.

—É só preocupação de pai. — ele concluíra. Sakura suspirou e se levantou para guardar as compras na geladeira, Sasuke estranhou aquilo, não era para o almoço? —Porque está guardando as coisas?

—Naruto não te falou? Ele e a família vão jantar aqui hoje.





Sasuke nunca se arrependeu tanto de não ter ouvido o que Naruto falara lá na escola, enquanto ele estava aturdido pensando naquela palavra. Na realidade, Naruto perguntara se ele, Hinata, Boruto — o irritante — e Himawari podiam jantar em sua casa, em comemoração aos velhos tempos. E Sasuke, abobalhado, acenara sem nem saber do que se tratava.

E agora, olha onde estava ele: vendo sua filha falar com o maldito loiro que era a cara do pai.

Naruto e sua família eram bem-vindos naquela casa, obviamente. O Uzumaki seria tanto seu melhor amigo como também eterno inimigo. Esses dois lados que compunham a relação dos dois também era o que classificavam os filhos de Naruto, na cabeça do Uchiha. Enquanto que Himawari é fofa, delicada e idêntica à mãe além dos aspectos físicos; ela era considerada a filha de seu amigo Naruto. O filho mais velho, no entanto, era impulsivo, resmungão e a cópia do pai; ele era considerado o filho do seu eterno inimigo, o Hokage e maldito loiro.

Esses pensamentos ainda deixavam Sasuke mais impaciente com aquele jantar. Sakura conversava animadamente com Hinata e uma Himawari no colo da mãe, como se a menina entendesse de todos aqueles assuntos. Naruto conversava — ou pelo menos pensava que conversava — com Sasuke, mas o moreno apenas acenava com tinha feito mais cedo, enquanto seus olhos vigiavam a filha com o suposto meliante loiro. Eles estavam sentados no sofá enquanto que os demais estavam na mesa de jantar.

Sakura, como boa anfitriã que era, ofereceu um café leve para todos na noite, e enquanto ela preparava na cozinha, falava ao mesmo tempo com Hinata.

O Uchiha mais velho engoliu a seco e cerrou os punhos quando viu sua filha e Boruto conversarem mais animadamente se aproximarem mais ainda. Até Naruto deve ter reparado no grande suspiro de alivio que ele soltou, quando Himawari pulou no colo do irmão e ficou entre os dois. Com toda certeza, a filha de Naruto era mais do que bem-vinda naquela casa.





Mais tarde, quando a família Uzumaki já tinha ido embora e Sakura estava pondo Sarada pra dormir, Sasuke ainda se mantinha preocupado.

Somente a suposição de sua filha começar a ter alguma relação amorosa, por menor que seja, com o filho do diabo loiro, já fazia seu sangue ferver. A ideia, por mais remota que seja, de Sarada ficar se abraçando com Boruto, deles ficarem se beijando, andando de mãos dadas ou qualquer tipo de contato físico; fazia seu instinto implorar por arrancar a cabeça do garoto. Quem ele pensava que era para encostar na herdeira dos Uchihas?

Argh! Que nojo!

Sakura chegou na sala bem a tempo de ver Sasuke jogar uma almofada no chão com brutalidade, ela o olhou com os olhos estreitos, vendo ele se acalmar diante da presença dela, sumindo com o sharigan que espantosamente estava brilhando de fúria naquele momento. Distraída com Hinata no jantar, ela não tinha reparado no quanto Sasuke se esforçara para não colocar Boruto fora da casa com um chute no traseiro.

—Pode arrumar isso agora. — Sakura disse autoritária. Sob o olhar inquisidor dela, o Uchiha pegou a almofada caída no chão e pôs de volta no sofá. —Pode parar com essas ideias Sasuke, Sarada não está em perigo por causa do Boruto.

—Isso é o que você acha. — ele murmurou se levantando. —Quando você menos esperar, essa palavra irritante vai virar "mãe, estou grávida".

A frase dita por Sasuke foi tão absurda, que Sakura não pode deixar de rir. Ela se aproximou do marido e enlaçou seus braços no pescoço dele enquanto Sasuke pegava em sua cintura. Fazia um bom tempo que não ficavam desse jeito.

—Você está exagerando. — ela disse ao beijar os lábios dele, se demorando no contato suave. Depois, sorriu pra ele. —Mas acho fofo essa sua preocupação.

—Não é simplesmente preocupação, é uma visão de futuro que eu não quero que aconteça.

—Tá, tá, tá. Vou acreditar em você. — a fala de Sakura foi tão sarcástica que Sasuke torceu o nariz. Do lado da cabeça dela, o Uchiha pode ver uma cabeça de cabeleira preta, tentando se esconder atrás da parede.

—Sarada, já está tarde.

Sakura se virou e balançou a cabeça negativamente ao ver a filha sair do esconderijo com a face envergonhada, por ter sido pega espionando os pais.

—Era pra você estar dormindo, mocinha.

—Desculpe... — ela fitou o chão.

Sasuke suspirou e disse que levaria Sarada para o quarto dessa vez. Sakura disse que se ele fosse rápido, ela estaria esperando ele no quarto, com uma surpresa. Ela piscou pra ele e subiu para o quarto enquanto Sasuke olhava pra escada atônito. Ele subiu para o quarto arrastando a garota depressa, colocou-a na cama e a cobriu enquanto esperava ela adormecer. Depois de uns minutos, Sarada começou a bocejar, mas ainda mantinha os olhos abertos. Sasuke sorriu quando sentiu ela pegar sua mão e abraça-la contra o rosto, ele acariciou a bochecha dela levemente, sentindo os lábios dela se elevarem num sorriso.

—Queria que você ficasse mais tempo em casa... — ela suspirou. Sasuke beijou o rosto dela quanto notou que o sorriso dela tinha se esvaído.

—Desculpe. — Sasuke não sabia o que falar, porque estava sentindo todos os seus músculos pesarem ao se tocar de que daqui três dias iria embora e deixaria Sarada ali, à mercê de certo Uzumaki, isso fazia com que seu estômago revirasse. Vendo que a respiração dela estava ritmada e calma, pensou que a menina estaria dormindo. —Sarada?

—Hm...

—Aconteça o que acontecer, você sempre vai ser minha garota, ouviu?

—Sim, papai...

Ele sorriu de novo. Afinal, aquela era sua filha, sua e somente sua. Vendo que ela não largaria sua mão de jeito algum, ele se deitou junto com ela, e Sarada o abraçou enquanto o sono a levava para o mundo dos sonhos. Mais tarde, Sakura apareceu no quarto se perguntando porque diabos Sasuke não tinha ido para o quarto ainda. Mas ao ver a cena que estava em sua frente, pai e filha dormindo abraçados, ela nem pôde ficar brava, apenas chegou mais perto e cobriu direito os dois. Quando foi se afastar, a mão de Sarada segurou seu pulso e a puxou, fazendo a deitar junto com os dois.

Por ser filha única, Sarada recebeu o mimo de ter uma cama grande, que acomodou toda a família Uchiha naquela noite.

Por mais que Sasuke se preocupasse, por mais que ele tentasse afastar Sarada de Boruto, uma coisa ele não poderia negar: Sarada é uma Uchiha e é sua filha. Porque mesmo a previsão dele estando certa sem ele saber, e que, num futuro não tão distante ele estará entrando na igreja com ela vestida de branco, ela ainda assim será a sua filha. A sua garota. Por mais que Sarada esteja nervosa nesse dia futurístico, ela apertará o braço dele e Sasuke a confortará, porque é nele em quem ela mais confia, e o Uchiha ficará feliz em apenas ver o sorriso da filha quando Boruto responder à pergunta que unirá o destino dos dois com um simples "aceito".

No final, Sasuke perceberá que não foi tão ruim assim, Sarada tê-lo chamado de irritante.








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Notas finais do capítulo

Bom, é isso gente! Eu resolvi colocar aqui Sakura e Sasuke se beijando sim, porque não entra na minha cabeça que os dois tiveram a Sarada e nunca se beijaram (se alguém entendeu alguma mensagem implícita no final do Gaiden, por favor, me fala nos cometários) Bom, espero que tenham gostado. Comentários?Até mais o/