Entre Espelhos escrita por Nicole Antunes


Capítulo 5
Capítulo IV - Floresta e Conjuração


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Primeira coisa que eu tenho que dizer é que o prólogo foi atualizado e tem coisas diferentes, então vocês tem que relê-lo! Outra coisa é: Desculpa, demorei muito para trazer esse capítulo, mas eu tive alguns problemas com meu pc, então espero que entendam. Aproveitem!



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Eu vou morrer. Essa foi a primeira coisa que pensei quando vi aquele felino pulando em minha direção. Pareceu que tudo estava acontecendo em câmera lenta. Por mais que eu tentasse, não conseguia mexer minhas pernas, elas estavam como gelatina. Esse será meu fim? Logo após de vir para Kósmos?

Eu fiquei de olhos fechados, esperando minha morte. Segundos se passaram e nada havia acontecido. Com coragem, abro meus olhos para ver onde o leão estava, se ele ainda estava ali, o que estava fazendo. O leão havia... Sumido?

Não entendi o que houve, mas ele simplesmente não estava mais lá. Melhor deixar para pensar nisso depois, só posso dizer que escapei da morte. Esse foi com certeza um sinal de que eu preciso continuar minha jornada.

Continuei a andar pela floresta, encontrei alguns insetos e alguns peixes dourados em um pequeno lago com a mesma água cristalina do rio. . Era o que eu pensava até que eu vi uma cobra. Sua cor era um tom de verde pântano, seus olhos laranja-avermelhados refletiam o medo que eu estava naquele momento. Aparentava ser uma naja, por causa de sua cabeça.

— Ah não... U-Uma cobra?! — Não avance em mim. Não avance em mim. Foi o que pensei quando avistei aquela cobra, mas como o esperado, ela avançou.

Fiquei alguns segundos paralisada de medo, mas logo decidi abrir os meus olhos e percebi que ela também havia sumido, assim como aquele leão. O que há de errado com esses animais? O que há de errado com essa floresta?

Decidi ir embora da floresta, queria voltar para Holy, pois ela passava uma sensação de segurança e conforto. Mas é claro que não consegui voltar sem algo para me atrapalhar. Quando eu estava correndo para chegar à ponte, logo vejo uma cabra. Seu pelo era o mais branco que eu havia visto, simbolizava a paz? Espero que sim. Seus chifres eram encurvados para trás e possuíam uma cor de terra misturada com bronze claro.

Uma cabra? Ela não vai fazer nada, é só uma cabra. Foi o que pensei. Mas era somente um pensamento, pois eu estava errada, ela pulou em minha direção. Eu não tinha mais medo desses animais, pois eu sabia que iria sumir como os outros, mas, desta vez, eu fiquei olhando para ver o que aconteceria.

Assim que a cabra avançou contra mim eu a vi entrar no X-Elfer. Como eu não pensei nisso antes? Se eu viajei através de um espelho, por que não fazer animais viajarem também? A questão é: Para onde foram?

Finalmente! Depois desses encontros estranhos com animais eu finalmente consegui sair daquela floresta. Voltei à Escola de Treinamento, fui até a Área de Treino e me encontrei com a Holy.

— Ah, Aíma, já voltou? Terminei de arrumar as coisas que precisava. Conseguiu o que queria na floresta? — perguntou Holy, ela havia colocado uma mesa de madeira escura contendo alguns pergaminhos — que continham aquela mesma escritura estranha. ­­—, um pote de tinta e uma pena, que ela estava usando para escrever.

— Consegui... Eu acho. De qualquer forma, posso testar agora? — perguntei ainda com uma expressão de medo, mas ela pareceu não perceber.

— Hm... — ela se virou para ver os pergaminhos. — Pode, qualquer coisa me avise. — ela voltou a escrever.

Fui até os alvos novamente, coloquei o X-Elfer em direção deles, e fiquei pensando nos animais que vi naquela estranha floresta... Concentre-se. Foque. Pense. Lembre. Fechei os olhos para ter uma melhor concentração, então pensei principalmente naqueles animais que entraram no X-Elfer, um leão, uma cobra e uma cabra. Será que conseguirei recria-los? Espero que sim, principalmente o leão e a cobra, pois são animais que dão muito medo.

Pensava, pensava e pensava. Nada aconteceu por alguns minutos, até que finalmente consegui. Consegui o que? Eu estava de olhos fechados, então não sabia. Mas eu sei que eu havia conseguido, pois eu ouvi o barulho daqueles três animais. Decidi abrir logo os meus olhos, fiquei aterrorizada com o que vi.

— U-U-Uma... Quimera? — eu disse, eu havia caído no chão e dei um grito, Holy, preocupada, veio até mim.

— Aíma! Você está bem? — perguntou assustada.

— Eu estou, mas uma Quimera saiu do meu espelho! — falei enquanto apontava para aquele animal.

— Uma Quimera? — Ela olhou para o mesmo. — Aquilo ali? Nunca vi algo parecido. — concluiu ela enquanto se aproximava da Quimera.

— Não! Ela vai te machucar!

— Me machucar? Ela é um animal assim como os outros — ela começou a acariciar a Quimera. —, não machuca os Áxios.

— C-Como...

— O que é essa tal de Quimera? É tão bonita... — bonita? Aquilo não era bonito. Era um leão com chifres de cabra e cauda de cobra, como ela achava isso bonito?

— A Quimera é um animal da mitologia que tem essas características — eu disse enquanto me levantava e me aproximava de Holy. —, não sei muito bem o que é.

— Então era por isso que você queria ir à floresta? Para procuras os animais e formar uma Quimera? — Ela perguntou.

— Mais ou menos... — respondi sinceramente. Não era bem o que eu esperava, mas chegou perto.

— Ela parece dócil, venha, chegue mais perto! — ela pegou minha mão e me puxou. Ao chegar perto daquela Quimera me senti segura, o que achei estranho, pois estava com um animal enorme e perigoso.

Toquei naquela Quimera, ela tinha um pelo dourado que era macio e quente, ela parecia gostar do que eu estava fazendo, pois aproximou sua cabeça de mim. Acariciei sua juba e ela aparentava gostar também, pelo visto esses animais não são tão maus quanto parecem.

— Suba nela Aíma! — disse Holy — Se saiu do seu X-Elfer significa que você usou magia de Conjuração, onde você invoca um animal e o usa como montaria!

— Subir nela? Mas eu não sei controlar essa coisa!

— Ela vai te obedecer, só diga o que fazer! Agora... — ela começou a me empurrar — Vamos, suba!

— Tudo bem! — Eu olhei para a Quimera mais uma vez, pensei em um nome para ela. — Irei subir em você, tudo bem, Ágrios? — Concluí enquanto tentava monta-la.

— Já deu um nome? Você é mesmo muito criativa! — Ela deu um lindo sorriso. — Agora, tente controla-la!

— Certo... — eu já estava montada nela, aquele seu pelo dourado e quente era confortável, eu segurei-a pelo chifre e tentei fazer o que a Holy disse. — Ágrios, ande. — concluí.

Como o esperado, ela começou a andar. Seu ritmo era normal, nem tão lento, mas nem tão rápido. Esse será meu amigo durante minha jornada.

— Aíma, o que você está fazendo? — Perguntou Holy, olhei para baixo para poder enxerga-la. — Diga para ela correr! Ágrios parece ser rápida, se for, será de grande ajuda para você não ach-- — Holy parou de falar. Me perguntei o por quê, mas eu já sabia a resposta. Eu havia esquecido de que meu X-Elfer estava no chão, Ágrios pisou nele, e voltou para dentro do mesmo. Mas eu fui junto.

Logo senti uma sensação estranha, estava caindo em um lugar que parecia não ter fim, não via nada além do espaço vazio ali, a tensão percorreu minhas veias, estava perplexa de medo. Socorro, socorro... Queria poder gritar, mas as palavras não saiam da minha boca, estou encarando a morte novamente, mas dessa vez não há escapatória. Queria estar em casa...

— ... — finalmente aquele inferno terminou, eu acordo no chão de algum lugar. — Ahn...? Aqui é...

Não consegui entender o que aconteceu, como vim parar aqui? Sem ter noção do que houve, tentei chamar Holy, mas não houve respota. A única coisa predominante naquele momento era o...

Silêncio.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Espero que sim, vamos para a curiosidade número 04!
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# Os Áxios tem uma forte ligação com a natureza, que pode dar-lhes vantagens.
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