Arendelle estava em luto. O rei e a rainha não conseguiram escapar das forças de Elsa. Anna estava com uma capa preta e seguindo os dois caixões de seus pais, enquanto se dirigiam para os seus túmulos com duas rochas enormes como lápides. Nas suas escrituras estavam seus nomes e datas de seus nascimentos e falecimentos. Kristoff seguia atrás de Anna com seu terno preto, enquanto ficava parado apenas vendo os dois caixões descerem ao chão e ser recolocada a terra acima dos túmulos do rei Agnarr e rainha Iduna. Olaf estava junto, enquanto podia sentir o calor ao longe, apenas sendo protegido por sua nuvem gelada que pairava em sua cabeça. Após o enterro dos dois, Anna e Kristoff saíram abraçados em direção ao castelo. Aquele seria um dia que nunca ninguém esqueceria.

Apesar de tudo, Anna entendeu tudo o que Elsa passou. Talvez tivesse feito tudo exatamente igual. Pena que só foi capaz de saber disso pouco antes de sua morte, fruta de seus próprios poderes. Sentia que somente foi capaz de conhecer seus pais antes do discurso da rainha sobre como havia sido rejeitada e obrigada a esconder seus poderes por anos. Anna perdoara Elsa, e assim mesmo deixou com a água dos pedaços de gelo provenientes da destruição de sua estátua ficassem contidas em uma urna no salão principal do castelo, como um lembrete para todos para aceitar as diferenças, sejam quais fossem.

Anna posteriormente aprenderia a amar Kristoff de outra maneira, além de como um amigo. Aprenderia que seu amor é maior do que tudo que o Hans poderia dar. Apesar de tudo, Anna foi capaz de perdoar Hans, e mandou suas condolências á família real das Ilhas do Sul.

Três anos se passariam até que Anna atingisse a idade adequada para que pudesse se tornar rainha. E fez um ótimo trabalho, assim como Kristoff foi o melhor rei que Arendelle já viu. Olaf, sempre ao lado deles, lembraria todo dia que o amor pode vir das mais variadas formas, até mesmo de um boneco de neve que ironicamente gosta abraços quentinhos.

Os filhos de Anna e Kristoff cresceriam com bondade além do que tudo que os reis foram capazes de ensinar. O filho mais novo nasceu com um peculiar poder de gelo, seja por coincidência ou não, mas ele desde cedo aprendeu a controla-lo, pois teve algo que Elsa nunca fora capaz de ter em toda sua vida: amor.

Certamente, Anna e Kristoff morreriam, mas permaneceriam eternos na memória não só de seus filhos e de Olaf, mas do reino inteiro, que se lembrariam dos dois como os revolucionários reis de Arendelle, que ensinaram que o amor rompe barreiras, mesmo que essas venham congeladas.