Regra numero um da guerra; nunca subestime seu adversário.

Era o que eu pensava quando vi Jason encima do palco para pegar seu prêmio de responsabilidade adolescente. Nunca existiu esse prêmio antes, mas para Jason, eles inventaram, é claro.

— Particularmente eu não sofro de doença sexualmente transmissível — ele diz logo que pega seu prêmio — mas 1 a cada 5 adultos sofrem. Eu tenho orgulho de falar pelos anônimos.

Fecho o notebook que estávamos assistindo o vídeo de Jason. Como não deu certo? Demos a ele herpes falsa e ele ganha um prêmio. Inacreditável.

A primeira vez que ele viu a nossa pequena vingança, foi em um encontro com uma garota de outro colégio. Foi épico ver a menina sai correndo no meio do cinema.

— Devia ter funcionado. — Reclamo fechando a geladeira e deixando os refrigerantes encima da bancada. — Esquecemos alguma coisa?

— Eu tô — escuto Silena sentada na mesa  — Minha vida social.

Reviro os olhos quando a escuto falar isso. Temos coisas importantes do que sua vida social.

— Oi meninas — escuto mamãe falar colocando as compras ao meu lado do balcão.

— Oi Dona Mclaen — escuto-as falar.

— Afrodite, por favor. — Ela olha em volta — o que estão fazendo?

— Destruindo um homem — responde Annabeth sorrindo.

— Oh! Pagaria para participar. — responde mamãe tirando as compras da sacola.

— Ele é totalmente indestrutível — responde Silena. Annabeth vira seu computador mostrando o rosto de Jason. — Demos herpes para ele, e ele ganhou um prémio por isso.

Mamãe vira seu rosto pra mim assustada. Seu rosto estava estampado à dúvida e o medo de que aquilo fosse verdade.

— Herpes falsa, mãe. — respondo-a — Sabe, e uma coisa sobre reputação. É uma longa história.

— Ah, claro. A velha reputação da herpes falsa. — exclama ela — entendi.

— Mãe, eu posso guardar suas compras se não tiver nada pra fazer?! — pergunto sorrindo.

— Ah! Já entendi. Tudo bem. Comportem—se — diz roubando meu refrigerante.

Ficamos em silêncio vendo-a sair da cozinha. As meninas a olhavam admiradas, e eu já sabia qual seria a primeira coisa a ser falada.

— Escuta, sua mãe é uma gata. — Não falei. Só não sabia que sairia de Bianca.

— Ioga e academia — dou os ombros — Escuta Annabeth, o que está fazendo?

— ah, listas coisas normais — ela fala ainda digitando — o mesmo que todo mundo. 

" Tenho minha lista de coisas pra fazer, listas de objetivos, contingências, observações e ideias, que e claro, são diferentes.

Observação exigem sentenças e tópicos, ideias não. Coisas normais"

Olho pra as meninas que olhavam Annabeth como se fosse uma pessoa estranha e anormal. O que eu não duvido muito. 

— Tá, coisas normais — Ironiza Silena revirando os olhos.

— Claro — Annabeth responde — Pelo menos não tomo remédios.

— Espera aí — Exclama Silena. — Isso é suprimento de beleza natural.

Vejo Bianca revirar os olhos e ir e direção a Silena.

— O que está tomando? — Pergunta ele com as mãos abertas para Silena. — Estrogênio? Silena! Torturam cavalos pra fazer isso! É feito com a urina deles!

­— urinar não é tortura – ela revira os olhos — Roubei de minha mãe. Os homens usam esteroides para ter músculo, eu só quero aumentar o sutiã.

— Não acho que funcione assim — Reyna exclama pela primeira vez desde que chagamos — isso interrompe sua produção natural de hormônios.

— Quando não tiver mais Estrogênio vai ter bigode e Pênis — Diz Bianca.

— Tá falando sério? — Silena pergunta jogando um dos comprimidos fora.

— Te legal, meninas. — Reyna chama — vamos voltar ao Jason.

Todas olharam para ela interessados. Bianca vem em nossa direção com o estrogênio de Silena e senta ao seu lado.

 — Bom, precisamos de um bom plano que destrua essa imagem de macho dele —  exclama deixando o estrogênio encima da mesa. — Ele precisa entender como a gente se sente. 

— Tá bom — digo rindo pegando o estrogênio e mostrando-as — E o que é mais aterrorizante pra um homem, do que não ser macho? 

——*——

Silena

Desde que descobri de Jason Grace me usou pra satisfazer o ego dele, destruí-lo praticamente virou minha obsessão.

E quando ouvi o que Piper disse, só faltava eu gritar de alegria e a abraçar, mas não fazia isso.

Tá certo que para o plano dela funcionar, eu teria que usar os estrogênios de minha mãe, mas eu teria que fazer isso.

Tá certo que agora, ela tá um caco, mas um dia ela vai me agradecer de não 

tomar mais isso e não ganhar um pênis, ou talvez ela vá me matar. Quem sabe?a

Jason e os meninos estavam treinando para o próximo jogo. Podia-se ouvir a voz do Treinador Hedge a 5 km daqui.

Entro na quadra e vou direto em direção ao pode e anabolizantes de Jason. Por que ele tem que colocar uma etiqueta escrita "King J"? Credo, parece criança que sempre perde os lápis.

Pego os estrogênios amassados de minha mãe e jogo tudo dentro do pote de Jason. 

— Perai, pessoal. Vou ali beber água. — escuto Jason falar. 

Antes de ele chegar, jogo todo o estrogênio que ainda tinha, fecho o pote de Jason e o jogo onde estava, e pego um copo de água que ali tinha.

— E aí gata? — escuto—o falar ao meu lado.

— Oi — respondo — e aí?

O vejo pegar o pote de estrogênio, e abrindo-o

— Tá tentando ganhar músculos? — pergunto fingindo curiosidade.

— É, tenho que tomar isso duas vezes ao dia — ele diz flexionando os músculos.

— Ah! Não tá funcionando. — exclamo — Digo, a aparência magra funciona pra alguns, mas você tá perdendo tônus muscular.

— Eu to perdendo tônus muscular? — ele pergunta curioso 

— Sim. — sorrio para ele — deviria aumentar as doses.

— É! Tá — ele diz — Vou aumentar. Obrigado.

— De nada. — respondo indo para a porta do ginásio.

Antes de ir embora de vez, olho para trás e vejo Jason colocando várias vezes esteroides em sua garrafinha de água. Só as que eu contei, forem sete.

Acho que o plano não vai demorar muito pra funcionar não, como estávamos achando que seria, e eu não via a hora de Jason pagar pelo que estava fazendo com a gente.

Bye bye Jason Grace. Sua reputação já era.