Narradora

Os primordiais estavam se reunindo no palácio dos três grandes para uma importante reunião, pois naquele dia, eles teriam convidados especiais.

Helena e Merliah já tinham terminado de arrumar tudo e agora estavam sendo obrigadas a esperar pelos convidados junto de seus pais e mãe.

Acontece que, desde o principio do cosmos Ordem insiste em dar reuniões em forma de bailes, o que só irritava as garotas, pois a arrumação da “festa” normalmente ficava para elas.

E ainda por cima ambas as irmãs tinham que conviver em “paz” por algumas horas com Primordiais que não suportavam como Zeto.

– Pelo menos finjam que estão felizes por vê-los – Sussurrou Caos para a filha e a sobrinha.

– Ainda não chegou ninguém importante de verdade. –Disse Merliah, e era verdade, até agora somente tinham chegado alguns Titãs (muito poucos) da segunda geração como Eos e Epmeteu (irmão de Prometeu) e Oceânides representantes de Tétis, que também não eram muitas. Assim como alguns casos de Titãs com as melíades que geraram filhos esquecidos e insatisfeitos.

– E mesmo assim, nossa mãe não está sorrindo. Se nem mesmo ela precisa, nós muito menos. –Disse Helena séria. Merliah concordou com um leve aceno.

O som de passos foi ouvido, fazendo Helena e Merliah se virarem. Descendo as escadas do palácio estava uma garota que aparentava ter 17 anos, extremamente pálida e bastante magra, seus lábios eram pequenos e rosados, tendo a forma de um coração, seu nariz pequeno e arrebitado, grandes cílios negros adornando os belos olhos, em um tom escuro de azul e marcado por pontos brancos seus olhos se tornam impossíveis de serem ignorados, eles forneciam a qualquer um que os olhe a visão do céu estrelado. Seus cabelos são negros e alcançavam a sua cintura fina, ela usava uma tiara feita de ônix em sua cabeça de fios lisos, pelos cabelos negros, mas a tiara não se sobressaia, diferente dos pequenos pontos brilhantes que ficam espalhados ao longo das madeixas negras. Sua franja estava caída sobre seu olho direito, seus ombros são eram e seu busto pequeno, tinha cintura fina e quadril largo, suas coxas grossas e suas pernas bem torneadas. A garota tinha uma aparência delicada, sua pele branca e macia como algodão a fazia parecer uma boneca de porcelana, a pele da garota exalava o cheiro de lírios, já seus cabelos tinham uma fragrância de limão. A garota era inegavelmente linda.

Aquela era Skiá, filha de Nyx e Vazio, Primordial das sombras, ilusões, medo, terror, razão, estrelas, escolhas, da inteligência e da visão. Sua idade verdadeira era há de 297 anos. Ela por preferência morava com o pai, pois segundo Skiá, a casa da Noite era barulhenta demais.

Sky se posicionou em silencio ao lado da meia – irmã e da prima, com a mesma expressão séria e fria.

– Vocês conseguem ser mais sérias que Ordem – Disse Vazio a ninguém em especial e dando um suspiro de derrota. Caos concordou. A Primordial que ouvia tudo deu um discreto beliscão nos irmãos.

– Calados! Eles chegaram, meninas botem um sorriso nesse rosto. – Na mesma hora os cinco obedeceram, as garotas a contra gosto deram sorrisos amarelos, sem mostrar os dentes. Só mesmo a Primordial para botar “ordem” naquela família.

Os primeiros a chegar foram Nyx, Érebo e Tártaro, junto com as duas filhas que a Primordial da noite tivera com os dois. Alethea e Tenebris, a ultima foi até Helena rapidamente e esmagou a ruiva em um abraço.

–... Ar! – Disse a filha de Caos e Ordem com dificuldade. Bris a solta meio envergonhada e se desculpa.

– Sinto muito Lena! – Ainda um pouco perdida e zonza pela falta de ar, Helena se limita a lançar um sorriso fraco para a amiga, para logo em seguida lançar um olhar frio para Alethea que como sempre estava com uma expressão dura. Logo, para tentar apaziguar o clima, Nyx leva as duas filhas para a mesa principal onde todos os Primordiais deveriam se sentar, mas, não sei antes lançar um sorriso gentil para Sky e depositar um leve beijo no topo da cabeça da morena, Érebo e Tártaro cumprimentam Ordem, Caos e Vazio para logo irem atrás de Nyx e das filhas.

– Não quer ficar com sua mãe? – Perguntou Vazio a Skiá, que se limitou a negar com a cabeça.

Os outros a chegar foram Talássa, Hemera e Pontos. Junto deles estavam Zeto e outro garoto, com aparência de alguém de 16 anos. Seu cabelo era de um louro suave, liso e bagunçado, na verdade, selvagem. Seus olhos eram de um tom de azul escuro, como o mar furioso ou uma tempestade em alto mar. Sua pele era bronzeada, como se fosse queimada pelo sol, mas na verdade, era natural e possuía estatura mediana. Esse era Mathias, filho de Pontos e Hemera, Primordial da inteligência, da sabedoria, do arco e flecha e do orgulho. Sua idade real era de 214 anos.

Mathias lançou um sorriso divertido para a filha de Vazio e Nyx, de forma que era possível ver no brilho dos olhos do primordial da sabedoria, que ele faria algo para irritar Skiá durante o pequeno baile. Típico.

Já Zeto lançou um sorriso cínico para as filhas de Ordem, de forma com que, ambas começaram a ter pensamentos nada bons para a saúde do primordial da força. Se seus pais não estivessem ali, elas com certeza dariam um jeito mata-lo. O filho de Pontos e Talássa ainda tivera a ousadia de piscar para Merliah, que devolveu com um “simpático” olhar mortal.

Os dois Primordiais do mar cumprimentaram seus pais e foram também para a mesa principal, levando – Para a sorte das três garotas – Os Primordiais mais novos com sigo.

Os próximos a chegar, foram Urano e o filho que tivera com Nyx, um garoto de pele branca, quase pálida, cabelos negros com a noite e olhos azuis como o céu. De corpo forte e musculoso com a altura de 1,89.

O nome do filho de Urano era Rhaegar, Primordial dos Trovões, Tempestades, Noites Estreladas e da Vitoria. Sua idade real era á de 215 anos, apesar do mesmo aparentar ter apenas 15 anos.

– É muito bom velos novamente, Caos, Vazio, senhora Ordem. – Disse Urano com certo respeito e devoção fingida na voz. O garoto ao seu lado limitou-se apenas a assentir, como prova de que concordava com as palavras do Pai, nem sequer haviam dado o trabalho de cumprimentar as três garotas, não que as mesmas se importassem. Logo Pai e filho se dirigiram para mesa principal.

Em seguida uma bela mulher de cabelos castanhos e olhos dourados, de aparentemente 30 anos se aproximou com um garoto de apenas 17 anos. Aquela era Ananque,Primordial do Tempo, o garoto que possuía pele clara, porém não pálida, cabelos curto e castanhos, olhos profundos, verdes e bonitos, era alto, tinham mais ou menos 1,85 metros de altura, pesava mais ou menos 70 quilos, forte, possuía músculos definidos e era dono de um belo sorriso.

Ele era Dékamos, Primordial da energia, força da terra, gravidade e realidade. Idade real:120 anos. Filho de Ananque e Vazio. O mesmo lançou um sorriso alegre para o garoto, que retribuiu com outro amigável. Pai e filho se viam muito pouco, mas mesmo assim.

Dékamos se virou para as duas irmãs e para a prima, e lhes lançou um sorriso divertido. Foi até elas e disse:

–

– É bom revê-las maninhas queridas, priminha amada. – E saiu junto a mãe. Fingindo não perceber a careta que as três primordiais fizeram ao escutarem o modo pessoal com que ele havia as chamado. Era como se ele se divertisse com a irritação das três, o que era bem possível.

–

– Parece que todos já chegaram, podem fazer o pronunciamento, meninas vocês vêm comigo. – Disse Ordem, e nenhum dos cinco a questionou.

Vazio e Caos se posicionaram em um pequeno palco, em frente à mesa principal, onde todos os outros aguardavam.

– Bom, como todos sabem, estamos planejando derrubar Cronos e seus aliados, para acabar em fim com a sua tirania. – Começou Caos.

–

– Acontece que, apenas nós não conseguiremos, pois Gaia infelizmente os apoia, e muitos outros o seguem por medo, por isso fomos atrás de aliados mais poderosos. – Continuou Vazio. Ele e o irmão ficavam nervosos a cada virgula, temendo que alguns Primordiais desaprovassem a ideia.

–

– Esses aliados, são alguns dos Titãs da segunda geração, que querem derrubar Cronos tanto quanto todos aqui. – Encerrou Caos.

Um silêncio momentâneo se Instalou. Alguns dos filhos dos Primordiais encaravam os dois supremos como se ambos estivessem no ápice da loucura.

Ordem olhou irritada para os dois irmãos, que pareciam suar temendo o pior. Por isso a Primordial subiu ao palco e disse:

–

– Esse pequeno Baile foi criado apenas para apresentar nossos mais novos aliados a vocês, podem entrar crianças. – Assim que Ordem disse essas palavras, a porta abriu.

...Aquilo realmente não daria certo...