Academia da Aliança escrita por Jace Jane


Capítulo 11
Capítulo 11 - Acordo do Diabo


Notas iniciais do capítulo

Um dos males de um escritor é o bloqueio e a falta de criatividade, mas dessa vez eu tive mais problemas, acabei ficando sem poder escrever no meu notebook tendo que pular para o PC da minha mãe e quando tive a ideia para escrever o teclado deu problema. Mas estamos aí, boa leitura!



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A Levierre ficou quieta o caminho todo até o quarto da rainha, a Herondale tentou se explicar, mas Ashe a ignorou completamente, até Andrômeda desistir e terminar o caminho em silêncio.

— Esperem aqui – pediu Azahel, quando chegaram à frente uma porta dupla de madeira, branca. 

O príncipe abriu a porta e entrou no cômodo, nada muito revelador foi mostrado na fresta da porta. 

— Precisamos conversar – começou Andrômeda tentando novamente. 

— Não, não precisamos, você quer e eu não – disse Ashe cruzando os braços irritada. 

— Sei que esta chateada – tentou dizer a Herondale, sendo interrompida pela Levierre. 

— Chateada é pouco! Eu confiei em você, te mostrei meu noivo, apresentei aos meus amigos, te ajudei a se adaptar a escola e você nem sequer confiou em mim para me dizer seu verdadeiro nome! – seus olhos brilhavam pelas lagrimas que queria derramar. – Eu tenho um péssimo habito de confiar rápido demais nas pessoas, obrigada por me lembrar disso. 

Andrômeda não conseguiu falar mais nada, ficou de cabeça baixa até o príncipe das fadas abrir as portas e as chamar para entrar.

 - A rainha irá recebe-las – informou Azahel dando passagem para as feiticeiras passarem. 

— Minha princesa! – correu a rainha abraçando sua filha assim que a mesma atravessou a porta – Estava com saudades, você nunca me visita. Olha como cresceu! – disse sem pausa. 

— Não to respirando – avisou Ashe. 

— Desculpa! – pediu soltando-a. 

— Mãe, essa é.. 

— Eu sei quem é ela, conheço-a desde quando sua mãe disse que estava gravida – disse a rainha Tatiana analisando-a dos pés a cabeça. 

A rainha Tatiana era uma mulher formosa, seus cabelos eram castanhos encaracolados, seus olhos eram azuis como do príncipe Azahel, suas bochechas eram rosadas, vestia um roupão claro, de um tecido fino. 

— Você conheceu minha mãe? – perguntou Andrômeda 

— Você sabe que vindo das fadas toda informação tem seu preço, como a magia – disse Tatiana sorrindo. – Você ficou uma jovem tão bela. 

— Viemos pelo meu pai – despejou Ashe 

— Ah, sim – disse ficando de costas para a filha – Ele não esta, mas aqui. 

— O que? – disse Andrômeda surpresa 

— Ele saiu antes de vocês chegarem, mas não se preocupe ele esta indo para o castelo – respondeu a rainha Tatiana – Era só isso? Se for, podem ir – disse as dispensando. 

— Obrigada pelo seu tempo, majestade – agradeceu Andrômeda. 

Foram acompanhadas até a saída pelo príncipe, fizeram todo o caminho em silêncio. Quando voltaram para a floresta Ashe chamou Nyx para leva-las de volta ao castelo, a elfa domestica as levou de volta, deixando Ashe no salão comunal dos Sheherazade e Andrômeda no salão comunal dos Benetti-Keller. 

— Onde você estava? – perguntou Alice assim que a elfa domestica deixou o salão comunal. 

— Agora não, Alice – disse Andrômeda subindo para o seu quarto. 

*** 

Nunca entendeu porque Jane gostava tanto dos trouxas, eles eram ignorantes e burros, mas de acordo com ela, eram muito inteligentes e criavam coisas incríveis para substituir a magia. Não ia mais afundo quando se tratava esse assunto, não discutia por banalidade e muito menos com uma Herondale. 

Seguiu para ultima porta do corredor, decidiu voltar ao apartamento de Jane para verificar a mortum magicae, uma espécie de rastro mágico que um bruxo ou feiticeiro deixa no momento de sua morte. Se ela tiver morrido terá deixado um rastro. 

Ouviu um clique vindo da porta e em seguida ela abriu. Olhou para trás para ver se algum trouxa o viu usando magia, mas o corredor estava vazio. 

O apartamento de Jane era simples, não havia nada de luxuoso a vista para um trouxa, mas um feiticeiro habilidoso podia perceber que até um objeto simples podia ter seu valor, como o tapete perto da janela, tinha magia nele, provavelmente ele foi enfeitiçado para voar, não duvidava, Jane gostava de ter opções para caso precisasse fugir dos inomináveis. 

Na ultima vez que esteve naquele apartamento não teve tempo para conhecer todos os cômodos, seguiu para um dos quartos, pendurado na porta estava uma pequena placa de madeira, escrito Andy.  

A cama ficava no final do quarto, dando mais espaço para o restante do cômodo. De frente para a porta tinha uma estante cheia de livros, a maioria parecia antigo e alguns deles eram estrangeiros.       

— Curioso ter tantos livros no quarto de uma criança – pegou um dos livros e leu o titulo – Arquitetura Mágica.

Andrômeda tinha interesses estranhos para uma criança. Sua criação deve ter a influenciado, fazendo-a se interessar por livros de feitiços e azarações. 

Deixou o quarto e voltou para a sala, tinha se distraído e agora estava na hora de fazer o que veio para fazer. Respirou fundo e fechou os olhos, sentiu a vibração no ar, a magia que radiava dos objetos, se concentrou ainda mais, a magia que procurava era mais intensa e sombria. 

— Não vai achar – sua voz vinha de alguns metros atrás do feiticeiro. 

Abriu os olhos e virou-se até a direção que escutou a voz. Seus olhos se arregalaram de surpresa, Astra Herondale, a mulher que procurava estava só a alguns metros de distancia de si. 

— Não sei do que esta falando – fez de desentendido – Você e seu marido desapareceram por muito tempo, perderam algumas coisas. 

— Sempre fui bem informada – comentou Astra – Você não imagina a minha surpresa ao descobrir que um Herondale apareceu na Alaiyans, com o mesmo nome da minha falecida filha. 

— Eu precisava chamar sua atenção. 

— E conseguiu – sua expressão era dura, desaprovava os métodos dos Ciprianos – Eu não gostei do que você fez, minha neta é inocente e não deve ser usada como isca. Táticas como essas são típicas da sua família. 

O cavaleiro apertou o punho com o comentário.

— Pelo menos não somos covardes como os membros da sua família – disse o Cipriano em resposta. 

— Nunca fomos covardes, sempre fomos os inteligentes, sabemos escolher nossas batalhas e não precisamos usar táticas baixas - revelou Astra, colocando as mão nos bolsos de seu sobretudo  - Eu escolho minhas batalhas com muito cuidado, como essa.                                                                                       

Arqueou a sobrancelha não entendendo do que a mesma falava, mas sua incompreensão foi substituída para surpresa, algo de metal agarrou em seu pescoço, em seguida seus braços foram imobilizados com grilhões de ferro. 

Olhou para o final da corrente e viu homens conhecidos, não os reconheceu pelos seus rostos, já que os mesmos eram disfarçados com magia ilusória, mas sim pelas vestes, casacos longos e capas cobrindo suas cabeças, vestes tradicionais dos inomináveis. 

— Se uniu a eles? – perguntou incrédulo. 

— Você me motivou – respondeu Astra – Você matou minha família, tentou matar minha filha e usou minha neta de isca. Então sim! Eu me uni a eles para detê-lo, você se tornou um feiticeiro perigoso demais.

— Então porque não me matou se sou um perigo a segurança? – perguntou o Cipriano contendo sua raiva. 

— Você é perigoso vivo e morto, essa é a forma mais segura – respondeu Astra, em quanto se aproximava do feiticeiro. – Senhores? – pediu aos inomináveis e os mesmos entenderam seu pedido, forçando o Cipriano a se ajoelhar. 

— Nada pode me deter, nem mesmo eles. – rangeu os dentes. 

— Acha que eu só confiaria nas correntes e grilhões? – sorriu, tirando cinco agulhas do bolso. 

Se a casa não tivesse sido enfeitiçada para ficar a prova de som, os vizinhos ficariam assustados com os gritos do Cavaleiro. As agulhas de Astra foram colocadas em pontos estratégicos na cabeça do feiticeiro, que inibiria o uso da magia, terminando com elas foi para trás do homem, não confiaria só em objetos negros, colocaria o selo mais poderoso de sua família para garantir que ele nunca mais usasse sua magia impura.  

— Você acha que poderá salvá-la – sussurrou o feiticeiro – Esse era o acordo, minha cabeça em troca de nunca a tocarem, mas no fim não adiantará, não poderá protegê-la.


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Notas finais do capítulo

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