Academia da Aliança escrita por Jace Jane


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prologo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ^^



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Escutei passos apressados, minha vista não estava muito boa por conta da aparatação, acabei me cansando muito. Pelo que eu sabia, só ficávamos muito cansados se aparatássemos de uma grande distancia para outra, será que aparatamos em um lugar muito longe? Onde ficava essa tal de Academia da Aliança?

Tentei me levantar do chão mas os meus braços estavam fracos para usá-los como apoio, minhas pernas estavam dormentes, minha cabeça estava doendo, como se tivessem a usado como bola de baseball. Ouvi bem baixo, duas vozes conversando de uma forma apressada e preocupada, segundos depois alguém me pegou no colo, as vozes ainda conversavam mas estavam abafadas e eu não conseguia entender o que falavam.

Em algum momento eu devo ter desmaiado, quando acordei eu estava em um pequeno quarto, onde só tinha a pequena cama que eu estava deitada, um criado mudo com alguns frascos em cima e uma cadeira de frente para a cama, onde deveria estar uma porta ou um biombo, estava uma cortina. Ouvi uns passos e segundos depois uma senhora de idade abriu a cortina e me encarou com um sorriso.

— Vejo que a senhorita acordou – disse a senhora – Eu me chamo Celina Medici, sou a medibruxa dessa academia. Ficamos surpresos com a sua chegada, junto com o Sir Bronwen.

— Onde ele esta? – perguntei me sentando na cama, reparei que eu estava usando um pijama de hospital – E onde esta a minha roupa?

— Sir Bronwen esta conversando com a diretora no momento, já as suas roupas estão no seu dormitório. – respondeu à senhora Medici.

— O que eu vou vestir quando eu sair daqui? – perguntei incomodada, eu não estava entendo aquela situação.

Aparentemente eu estava na enfermaria da Academia da Aliança, o líder da família Cipriano estava conversando com a diretora da academia, provavelmente sobre a nossa chegada e o motivo e se ele estivesse pensando em algum plano para mim, já que eu sou uma das cinco lideres da aliança, não seria muito bom eu chamar a atenção aqui, já basta à situação em que me encontro. Era melhor eu esperar para ver o que acontecia, em quanto o cavaleiro não chegava para me explicar o que estava acontecendo.

— Não se preocupe com isso criança, irei buscar se remédio, não saia daqui – disse a senhora Medici se retirando e fechando a cortina novamente.

Quando a velha senhora Medici voltou, trouxe um copo com um liquido verde, de acordo com ela, aquilo era um Tonico, era uma espécie de energético. Bebi com desconfiança, depois entreguei o copo vazio, ela se retirou novamente, mas sem antes dizer para eu continuar na cama.

Eu já estava me estressando com a demora do cavaleiro, eu não sabia o que estava acontecendo, estava em um território novo, não conhecia ninguém aqui além dele, minha mochila tinha caído da torre de astronomia de Hogwarts, estava sem minha varinha e não tinha ideia da onde tinha parado as únicas coisas que eu tinha levado comigo para aquela reunião de emergência. Eu iria enlouquecer se não conseguisse respostas logo.

Puf!

 

— Ah! – gritei com o susto, olhei para a criatura que acabou de surgir, era um elfo domestico, ele trazia uma bandeja de comida.

— A diretora Branwell pediu para o Brooke para trazer um lanche para a senhorita Herondale comer. – disse o elfo domestico acanhado.

— Ahrr...Obrigada – agradeci, ainda surpresa, o elfo colocou a bandeja no criado mudo e desaparatou.

Na bandeja tinha alguns pãezinhos, junto com torradas e dois tipos de geléias, um pedaço de bolo de chocolate e um copo de suco que parecia ser de manga. Já que eu estava enlouquecendo com a espera do cavaleiro, e não sabia quanto tempo tinha se passado desde que chegamos à academia resolvi comer o pequeno lanche que o elfo trouxe para mim, só quando eu comi um dos pães que percebi o quanto eu estava com fome, não demorou muito para que eu comece a maior parte do meu lanche, quando eu terminei de beber o copo de suco, o cavaleiro apareceu na pequena fresta da cortina.

— Posso? – pediu

— Entra – respondi tirando a bandeja do meu colo e colocando de volta no criado mudo – Não querendo ser grossa mas você demorou, já estava enlouquecendo aqui.

— Peço desculpas, tinha que resolver tudo sobre sua estadia aqui na academia – respondeu se desculpando – Infelizmente tenho pouco tempo para explicar a situação – disse fechando a cortina e se sentando na cadeira ao lado.

Antes na reunião eu não pude ver como era a aparência do cavaleiro direito, fiquei surpresa quando ele se sentou e eu pude ver melhor. Seu cabelo era diferente de todos os outros homens que eu já tinha visto, e eu já tinha visto vários homens com as viagens loucas da minha mãe. Ele tinha um cabelo exótico, seu cabelo era escuro como um ônix, sua franja tapava a maior parte do lado direito do seu rosto, alguns dos fios eram repicados e colocados de lado, seus cabelos batiam a dois palmos abaixo da nuca, eram lisos. Seus olhos eram violetas, tinha grandes olheiras debaixo deles, como se não dormi-se a dias, sua expressão mostrava cansaço mas o que era mais estranho era que ele não parecia ter mais de vinte e dois anos. Suas roupas eram ocultadas pelo seu sobretudo preto. Antes de começar a falar, eu senti uma pequena mudança no ar, como uma pequena pressão.

— Em quanto estiver na academia não deve revelar sua verdadeira identidade, caso conte, pode lhe trazer problemas no futuro. As pessoas podem sentir inveja e jamais terá amigos verdadeiros. – começou

— Eu imaginei algo assim – comentei

— Você não deve contar para ninguém, sobre quem você é nem mesmo para os professores ou até mesmo a diretora. Você deve manter segredo, ser um dos cinco líderes é um fardo difícil – disse o cavaleiro – Como eu disse, eu já conversei com a diretora, ela irá lhe apresentar oficialmente a academia na hora do jantar. Como precisamos de total descrição eu passei um nome diferente, aqui na academia você não se chamará Andrômeda Snape mas sim Laurel Astra Herondale...

— Por quê? – estava ficando cada vez mais confusa

— Sua avó teve uma filha chamada assim mas ela nunca chegou a nascer, como os únicos Benetti Keller restantes e eles atualmente estão desaparecidos, pensei em chamar a atenção deles..

— Me usando de isca, entendi – não estava gostando nadinha dessa situação mas se eles aparecessem, eu finalmente os conheceria e eu estava muito ansiosa com isso.

— Espero que entenda – disse Sir Bronwen

— Mesmo não gostando da ideia, eu compreendo – disse irritada

— Poucos sabem sobre a Laurel, então é bem provável que eles apareçam quando souberem da nova Benetti Keller. E caso alguém pergunte sobre seus pais, responde que é filha da Astra e Wade Herondale e sem entrar em muitos detalhes – disse o Sir Bronwen meio tenso.

— Eles seriam os meus avos? – perguntei curiosa

— Sim – respondeu, Agora eu já tinha os nomes deles, até que não seria tão mal me servir de isca.

— Não entendo muito sobre o que esta acontecendo e adoraria uma explicação mais detalhada – disse o encarando seria.

— Explicarei tudo assim que puder – disse Sir Bronwen me encarando com a mesma intensidade que eu o encarava. Ele mexeu em sua roupa e tirou um anel, era todo preto, nele tinha uma pequena pedra roxa em formato circular. Ele me estendeu o anel para que eu o pega-se, assim o fiz, coloquei em meu dedo anular direito. – Esse anel é mágico, permitirá que conversemos mais tarde, quando você estiver sozinha, é só gira-lo duas vezes e eu saberei que você esta pronta, assim poderei explicar tudo o que quer saber.

— Ele tem a mesma lógica dos cinco livros – reparei

— A lógica dos livros é diferente – comentou dando um meio sorriso em quanto se levantava – Um dia você vai entender – disse abrindo a cortina e dando de cara com uma mulher com a aparência de trinta anos.

— Ora, já vai? – perguntou a mulher descontraída, não conseguia vê-la direito, já que o cavaleiro estava na frente

— Deixo a srtª Herondale em suas mãos, Keanne – disse o cavaleiro se retirando às pressas. A mulher balançou a cabeça em reprovação pela atitude dele mas não disse nada. Finalmente eu pude observar a mulher direito.

Ela era alta como a minha mãe, talvez só um pouco mais alta, seus olhos eram amendoados, um sendo um pouco mais claro que o outro, seus cabelos eram castanho encaracolado, com um tom mais escuro. Sua pele era um pouco clara, quase pálida, tinha uma pinta debaixo do olho esquerdo, dando um charme e elegância. Seu corpo era definido e ao mesmo tempo não, como de uma bailarina, mas tinha um pouco mais de corpo. Ela deveria ter no maximo uns vinte oito anos, usava trajes bruxos, um vestido longo, roxo, sendo que a cauda do vestido formava uma espiral com varias linhas em varias tonalidades de roxo, com um pouco de prata. Ela era linda.

— Olá srtª Herondale, sou a diretora dessa academia, me chamo Keanne Branwell – disse com um largo sorriso com um sotaque familiar.

— A senhora é a diretora? – perguntei surpresa, ela parecia uma modelo que eu via nas revistas, não uma diretora de uma escola de magia

— Sim – disse dando um pequeno riso – Normalmente essa e a reação que as pessoas têm de mim – comentou. – O Sir. Bronwen me explicou a sua situação e pediu para que a Academia da Aliança lhe ajuda-se e a proteger-se, mesmo se ele não viesse a me pedir isso eu a protegeria, sendo membro das cinco famílias, eu me sinto no dever de proteger a todos que vêem para essa instituição. – disse com uma expressão seria e ao mesmo tempo carinhosa

— Obrigada por me acolher diretora Branwell – agradeci, escolhendo as palavras cuidadosamente.

— O Sir. Bronwen me disse que você estava estudando em Hogwarts para conhecer um pouco sobre os bruxos comuns – comentou a diretora

— Sim – confirmei, não fazia ideia da desculpa que aquele cavaleiro tinha dado para ela, e que história é essa sobre bruxos comuns?

— Bem, então você deve entender como é o sistema da academia – disse dando um sorriso – É bem parecido, os alunos são divididos em cinco casas, que é a das cinco famílias da aliança. Também temos o esquema de pontos, se você for bom em alguma matéria você pode ganhar pontos ou se você se meter em confusão seus pontos serão tirados.

— Bem parecido com Hogwarts – comentei

— Só existe uma diferença, com os pontos que você adquiriu até o fim do ano, você poderá usá-los para fazer uma viagem para algum lugar mágico, existe com catalogo em cada salão comunal das casas na qual você escolhe um lugar no qual você pretende ir junto com os colegas da sua casa, no mesmo catalogo tem os pontos que você precisa obter para que possa ir ao local escolhido. – explicou

— Gostei desse sistema, é bem útil – comentei – Mas isso faz os alunos a serem competitivos.

— Sim, gosto que nossos alunos consigam conquistar algo com a ajuda de suas famílias. Você deve perceber que a maioria dos alunos de uma casa são parentes de alguma forma – avisou com um olhar divertido – Ah, acabei de me lembrar, quando você chegou aqui, só estava com seu uniforme, já providenciei o seu novo uniforme, deve chegar amanhã, em quanto isso, você poderá usar o uniforme padrão da Academia. – disse estalando um dos dedos, no mesmo instante apareceu o uniforme que ela falou em cima da cama.

— Obrigada – agradeci um pouco sem jeito

— Quando estiver pronta eu a levarei até o seu salão comunal – disse se retirando – Estarei te esperando do lado de fora da enfermaria.

Tirei a coberta de cima de mim, sai da cama e fechei a cortina. Eu tinha praticamente entrado de cabeça em um lugar desconhecido e sem nenhum aliado, já que minha mãe tinha... Morrido e o meu tio estava desaparecido. E eu achando que meu pai era um homem difícil de se lhe dar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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