Casada com Tony Stark escrita por Bruna


Capítulo 21
Nos conhecendo


Notas iniciais do capítulo

A fic chegou ao fim.
Eu sei, eu sei, eu também vou sentir muitas saudades de vocês, mas esse não é o último capítulo.
Eu fiz dois pequenos capítulos como finais, para deixar claro que não encaro a relação (se eles tivessem uma) do Tony e da Nat uma coisa tão séria e tudo mais, mas deixar claro também que eles se amam muito.
Também queria deixar no ar as coisas, porque para mim, o mais legal, é a conquista, o desenvolvimento, quando se chega onde quer chegar, acaba que para mim, não tem muito mais o que dizer, só pensar no que passaram, como são, e se deixar imaginar eles fofamente juntos.
Espero que gostem!



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O Condutor: Às vezes as coisas mais reais deste mundo são as que a gente não pode ver.

(O Expresso Polar)

 

Quando o meu celular me despertou pela manhã, eu estava terrivelmente feliz. Levantei sorridente e tomei um banho rápido, para depois colocar um vestido solto e uma sapatilha.

Seria a primeira vez que eu iria a um piquenique, e seria com Tony.

No dia de hoje, iria fazer dois meses que estávamos saindo.

Depois do nosso “primeiro encontro” e do nosso beijo, que decidimos apagar de tudo, como se tivesse sido apenas um bônus, nós decidimos tentar de verdade.

E acho que nós estávamos indo muito bem. Nós temos um total de 29 encontros. Talvez isso seja um número um pouco grande, mas não podíamos fazer nada, nós havíamos criado uma grande necessidade de estarmos juntos.

Estarmos juntos enquanto íamos ao cinema, ou em algum jantar, ou café, ou passeios. Tudo o que se podia imaginar, todos os lugares possíveis. Tudo exceto um piquenique. Que também era uma coisa que eu nunca havia feito com ninguém.

E então combinamos de fazer um piquenique de almoço no sábado, no caso, nesse sábado. Íamos completar trinta encontros. Talvez isso seja um pouco idiota, mas nós tínhamos combinado de nos conhecer, e não apenas ficar um com o outro.

Peguei minha bolsa pequena e a coloquei em meu ombro, descendo euforicamente as escadas, e como sempre, Tony já estava lá.

— Você é incrivelmente pontual quando quer, não é mesmo? – questionei sorrindo e me aproximando de Tony, que apenas sorriu e se desencostou do seu carro para abrir a porta para mim.

— Uma das minhas tantas qualidades.

Enquanto Tony dirigia o carro, olhei para o banco de trás e vi que ele tinha arrumado a cesta típica de piqueniques. Dei um sorriso olhando para ela, era delicada, mas grande.

— Um piquenique é tão legal quanto parece? – perguntei alegre, alegre demais, o que chamou a atenção de Tony.

— Você parece muito... Animada. – comentou voltando sua atenção para a estrada.

— E estou, agora responda, é legal?

— Com você tudo se torna mais legal. – foi impossível não abrir um grande sorriso com a resposta de Tony.

Ele havia se tornado infinitamente mais carinhoso, e, se é que isso é possível, mais espontâneo e engraçado. E era ótimo poder conhecê-lo melhor.

A primeira regra do nosso “relacionamento” era que nós não partiríamos para beijos ou algo assim, iriamos realmente nos conhecer. Isso pareceu um desafio no começo, entretanto, conforme nós fomos conversando e nos conhecendo, passou a ser apenas uma linda aventura que no final parecia ter um pote de ouro nos esperando.

Tony precisou me chamar mais de uma vez para que eu acordasse do meu transe e meus devaneios.

Fomos de mãos dadas até o lugar perfeito, embaixo de uma árvore, que causava uma sombra fresquinha. Era tão clichê que eu estava adorando. E era óbvio que o lugar onde estávamos era o Central Park, o lugar onde tudo havia começado.

Com o barulho de conversar e passarinhos, estendemos a toalha no chão e arrumamos as comidas por cima dela, sentando um de frente para o outro.

A comida estava ótima, entretanto, as nossas conversas eram o que realmente eram legais ali.

Em nossos encontros conversávamos desde o que tínhamos feito no dia até o os nossos sonhos para o futuro. Filmes e livros que nós gostávamos, jogos que conhecíamos, comidas que preferíamos. De tudo mesmo.

Eu havia aprendido que a cor preferida de Tony é vermelho, que ele adora filmes policiais e que sempre foi de exatas, desde há escola. O que de certa forma, todos já sabiam.

Outro de nossas regras era viver o agora. Nós nunca havíamos falado do que fizemos naqueles meses separados, nem do que queríamos para nós dois juntos no futuro. Pensar demais nessas coisas já havia custado muito tempo.

Por isso você talvez esteja confuso do porque do nosso “relacionamento” repentino.  Era simples:

Nós dois tínhamos muitas coisas em comum, mas nossos pensamentos e experiências eram diferentes, o que nos tornava meio que “perfeitos um para o outro”. Tony em um de nossos encontros havia me dito que desde que me viu pela primeira vez, como sua possível secretária, ele havia me achado linda e muito misteriosa. Alguém que o desafiava e o que cativava, e mesmo depois de tudo e do tempo, ainda sim, me via da mesma forma.

Acho que ninguém esperava que acabássemos assim, pelas brigas e divergências, mas era o que deixava as coisas mais engraçadas. Nós conhecíamos vários dos nossos lados, o lado magoado, humorado, triste, alegre, desafiante, e mesmo assim, sempre queríamos descobrir mais.

Bom, da minha parte, pode ser que um certo “universo alternativo” tenha dado uma grande ajuda, o que me fez parar para pensar muito sobre como estariam as coisas se não fosse por isso.

Eu não estaria apaixonada, talvez Tony ainda estivesse com Pepper.

Mas isso não importava, nunca tinha sentido vontade de contar sobre isso para Tony, não por medo de me achar louca, e sim porque era passado.

Não importava quem nós éramos ou como nós estávamos, que já havíamos sido ou os motivos para estar aqui. Nós queríamos apenas estar juntos. O que me traz de volta para o dia do piquenique, o dia do nosso trigésimo encontro, o dia em que finalmente a regra do “sem beijos” iria ser abolida.

— Às vezes eu acho que você pensa demais. – disse Tony enquanto sentava ao meu lado.

— Eu às vezes acho isso também, mas é inevitável.

— O que achou do piquenique? – olhei para Tony e sorri, sinceramente.

— Adorei. O clima está ótimo, a comida está deliciosa e ainda tivemos ótimas conversas.

— Sabe que dia é hoje, né? – questionou se aproximando mais ainda de mim.

— Acho que tenho uma ideia. – sabia exatamente do que ele estava falando, acho que ele desejava aquilo tanto quanto eu.

— Então acho que podemos dar uma pausa nas conversas.

— Eu tenho certeza. – digo isso e beijo Tony.

Ele corresponde ao beijo e segura de leve a minha nuca, me trazendo mais perto ainda do que já estava.

E foi só sentir seu beijo e seu toque que tudo pareceu ter passado como um flash. Todos os encontros como se tivessem sido hoje. Todas as conversas como se tivessem durado apenas segundos.

Tony delicadamente me deitou no chão, ficando por cima de mim. Pude sentir a grama pinicar no meu pescoço, mas não me importei, minha atenção estava voltada para o beijo que estava acontecendo.

Eu tinha até medo de imaginar que um dia poderia acordar e ver que tudo isso não passou de um sonho. Era perfeito demais.

O meu cheiro preferido agora era o aroma de Tony, assim como suas piadas eram as que eu mais queria ouvir e assim como o seu rosto era o que sempre queria ver. Bastava apenas aquele beijo para eu ter certeza que nunca havia sentido isso antes, e realmente era algo incómodo e maravilhoso.

Não era algo com que eu pudesse controlar ou ver, apenas sentir, era a sensação que me tirava da cama todo dia com um sorriso no rosto. Era sensação que eu estava viciada e rezava todos os dias para nunca perder.

Tony deu fim ao beijo com um selinho demorado. Quando abri os olhos, o moreno estava me fitando com um pequeno sorriso. Sorri também.

— Eu acho que posso estar apaixonado por você. – falou de uma forma tão simples e espontânea que foi impossível não sorrir mais. O tom verdadeiro da sua voz fez a pequena chama dentro de mim se acender mais e mais. Como eu poderia não me apaixonar por alguém tão natural e enigmático?

— E eu acho que posso dizer o mesmo. – disse o puxando para mais um dos milhares de beijos que ainda estavam por vir.


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