Casada com Tony Stark escrita por Bruna


Capítulo 17
Nascidos para morrer


Notas iniciais do capítulo

O FILME DEADPOOL TÁ MUITO FODA, APENAS OLHEM!
Olá pessoal lindo, desculpe a demora, acabei pegando mais um vício... Ler HQs Online! Recomendo fortemente Harley Quinn (Os novos 52), Vingador Homem-Aranha (As revistas 12 e 13 tem o Deadpool!!!!! Com o Homem-Aranha, caaara...) E as clássicas Mad Love e A Piada Mortal... Mas acho que deu de falar nisso, né?! kkkk
Sobre o capítulo, se leram o nome e pensaram na Lada Del Rey... Pensaram certo! Esse capítulo em particular, eu gostei do resultado, tomara que gostem também. Desculpem se deixei passar algum erro, vou adorar saber de vocês nos comentários!
Beijos s2

P.S. E parece que alguém voltou com as frases no começo dos capítulos...
P.S.2 Me sigam lá no twitter, @MyCinefilia, se comentarem os twitters de vocês ou falarem comigo lá, melhor ainda! ;)



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Frances: Coisas inacreditavelmente boas podem acontecer, mesmo no finalzinho do jogo. É uma grande surpresa.

(Sob o sol da Toscana)

 

Bati forte a porta da geladeira quando a fechei, mais uma vez. Eu estava há uma semana no meu apartamento e ainda não tinha nada. Havia ido ao mercado uma única vez, apenas para comprar pizza congelada e cervejas, fora isso, havia encomendado e comido fora. Resultado: zero comida na geladeira e armários.

            Suspirei frustrada e fui em direção à sala, me atirei no sofá, fechei os olhos e fiquei deitada. Quando estava prestes a cochilar ouvi meu celular vibrar e tocar. Levantei e o peguei, no visor aparecia o nome de Steve.

— Alô?

— Oi, Nat, quer tomar café? – Steve perguntou simpático.

— É o que eu mais quero no mundo.

— Então me encontre daqui meia hora no Starbucks da sua rua, okay?

— Okay.

— Até!

— Tchau. – desliguei o celular e fui para o meu quarto. – Estou toda suada, melhor tomar um banho. – comentei comigo mesma indo para o banheiro.

Depois de tomar um banho rápido, coloquei um short jeans preto e uma blusa branca, uma sandália simples e peguei minha bolsa com dinheiro, documentos e celular. Sai de casa e fui até a cafeteria, quando entrei, vi que Steve já estava lá, sentado em uma mesa no canto. Fui em sua direção.

— Saudades, capitão? – sentei em sua frente sorrindo.

— Você não faz nem ideia. – sorriu de volta. – Pedi um Cappuccino para você. – empurrou um café na minha direção.

— Adoro Cappuccino.

— Como vai seu apartamento?

— Com muita fome, fora isso, tudo ótimo. – tomei um longo gole de café e continuei. – E como vai a Torre?

— Um pouco mais sem graça sem você. – sorri. – Mas só um pouquinho, ainda tem o Tony para animar.

— Eu sou muito mais legal que o Tony! – digo rindo e tomando um gole de café. – Mas então, Capitão, algum motivo em especial para estarmos aqui agora?

— Existem alguns motivos sim, um deles é a falta de amigos vivos, a lista fica bem reduzida. – responde e dá uma risadinha. – E ás vezes é bem legal sair com os amigos.

— Me sinto meio “se não tem tu, vai tu mesmo”, mas okay. – nós dois rimos.

— Não é isso, sair com você também é legal. – comenta e logo depois da um suspiro. – Outro motivo é uma novidade no caso Natasha e Tony...

— No caso o quê?

— Natasha e Tony, sabe, o seu amorzinho e...

— Tá, tá, não precisa continuar falando nisso. – corto Steve. Fazia uma semana que eu ia muito bem, bom, quase muito bem, sozinha no meu apartamento e deixando Tony para trás, não estava creditando que Steve ia trazer isso de volta. – Em vez desse assunto a gente podia conversar sobre o porquê de você ainda não estar em um relacionamento!

— Não estamos aqui para falar de mim.

— E nem para falar de mim. – argumento.

— Eu só achei que...

— Não.

— Ia querer saber que...

— Não, eu não quero. – faço ar de superior.

— Tony e a Pepper...

— Não, não, não... – fecho meus olhos e tento fugir dali. Pense em... Em missões! Pense em como é bom treinar e pegar bandidos usando os truques legais que você sabe! Pense em como o Tony é legal... Abro meus olhos e Steve me encara ainda, suspiro frustrada e jogo meus braços para o ar. – Tá, tá, o que tem o Tony?

— Bom, ontem o Tony e a Pepper tiveram uma briga bem ruim. – Steve fez uma pausa dramática e olhou para os dois lados, depois se debruçou sobre a mesa e chegou mais perto. – Bem ruim mesmo.

— É sério, Steve? Veio até aqui para me dizer que Tony e Pepper tem problemas no relacionamento?

— E para tomar um café com uma amiga, não esqueça disso. O ponto é que eu vejo que você gosta mesmo dele, e ele ás vezes parece demostrar um pouco de interesse em você. E para finalizar, o relacionamento do Stark com a Pepper não está sendo saudável para ninguém já faz um tempo, mas ontem pareceu ser mais sério, brigaram feio, Pepper foi para um hotel e Tony foi para um bar, tive que busca-lo em um estado deplorável de madrugada. – quando Steve terminou de contar tudo, eu dei um suspiro, e mordi meu lábio inferior.

Onde é que eu fui me meter...

— Bom, quer dar uma passeada?

— Não vai fazer...

— É melhor esquecer esse assunto, Steve. – apenas disse isso, não queria ser grossa, mas meu tom de voz não ajudou muito.

— Tudo bem.

Enquanto caminhávamos até meu apartamento, falamos de tudo, menos de Stark, o que foi uma benção, eu não poderia arriscar a por ele de novo na minha cabeça.

— Eu estou muito entediada, tomara que Fury me tire logo da geladeira... Tenho um pouco de saudades da SHIELD como era antes, eu sei, a HYDRA é horrível e tal, mas pelo menos eu tinha mais o que fazer, agora com essa coisa de sigilo, não tenho feito nada.

— Então você gosta mesmo de fazer missões?

— Minha vida toda foi feita nisso, me acostumei e acabei gostando. Pode parecer ruim, mas eu sou boa, e gosto disso.

— Bom, devo dizer que também sou acostumado com equipes e missões, então sei do que está falando.

— Para você ainda é pior, soldado de outro tempo.  – Steve deu uma pequena risada.

— Depois de um tempo você se acostuma com tudo isso...

— Você está acostumado?

— Não. – diz sem rodeios me fazendo rir.

— Foi o que eu imaginei. – demos mais alguns passos e então chegamos em frente ao meu apartamento.

— Então está entregue, Viúva.

— Obrigada pelo café e o papo.

— De nada. – sorri e dei um beijo na bochecha de Steve, virando logo depois, para entrar no prédio. – E pensa no que eu te falei...

Fechei os olhos e dei um sorriso.

Parece que o Rogers quer mesmo me ajudar ein...

E pior é que ele tinha conseguido. Eu finalmente volto ao normal, vida entediante, desejando novas missões, comendo, gastando tempo com bobagens ou treinos e corridas, sem pensar em Tony, e lá vem o Steve e põe ele de novo na minha cabeça.

A quem eu estou querendo enganar? Eu pensava pelo menos uma vez por dia em Stark.

Entrei em meu apartamento e me joguei novamente no sofá.

As palavras de Steve ficavam martelando na minha cabeça, principalmente “e ele ás vezes parece demostrar um pouco de interesse em você”.

Eu tinha certeza de que pelo menos um pouquinho de interesse, nem que fosse apenas físico, ele tinha em mim. Mas ouvir isso da boca de outra pessoa é algo muito mais... “você não está vendo coisas”.

Okay, missões são legais, entretanto, Tony também era muito legal, e mesmo que fosse difícil admitir, eu sentia um pouco de falta dele.

Meus devaneios foram interrompidos pelo meu celular tocando, sentei no sofá e catei dentro da minha bolsa o aparelho.

— Alô? – atendi sem olhar no visor quem era.

Ruivinha?— ouvi a voz de Tony e me assustei.

— Stark?

Quanta formalidade, você não olha antes de atender não?

— Só quando me dá vontade.

Como se fizesse muita coisa importante no seu dia para perder a vontade de olhar para o celular e ficar de pregui...

— Tá, tá, me poupe do seu discursinho, você não ganhou um Oscar para ficar falando tanto.

Nossa, eu achei que você era mais legal, você era mais legal sim, só que antes.

— Eu sou mais legal que você.

Não é não, eu sou o Homem de Ferro, nada pode superar isso. — diz soando superior.

— Eu sou uma ruiva de curvas perfeitas, peito grande e, ainda por cima, flexível e inteligente, acha que uma armadura ganha?

Belo ponto, agora estou com sérias dúvidas.

— E eu estou com dúvida do porquê você ter ligado, pode esclarecer para mim isso?

Claro, eu estava muito afim de sair, e como você é uma mulher da vida e...

— Muito cuidado com as suas próximas palavras, Stark.

Quer ir no Central Park comigo?— fiquei calada, não sabia o que responder, aquele convite tinha me pegado extremamente de surpresa. – Ruivinha... Você ainda está ai?— Por favor, Natasha, é só um passeio, provavelmente vão falar sobre a...

— Quero ir sim, quando?

Daqui meia-hora eu pego você ai.

— Não sabia que você estava querendo me pegar... – falo irônica.

Agora sabe. Meia hora.— e então desligou.

— Claro. – falei mesmo sabendo que ninguém me ouviria.

Bom, já estava devidamente vestida, então o que eu faria seria esperar, o que não era bom no momento que eu estava passando, já que sempre que ficava sozinha pensava muito em Stark.

Modéstia a parte, se eu quisesse, eu poderia seduzir Tony. Mas isso seria muito baixo.

A única coisa que eu podia fazer era ser uma amiga para Tony, ajuda-lo, aconselha-lo. Entretanto, pelo que o Steve havia falado, o relacionamento de Pepper e Tony não estava muito bem, então a dúvida pairava sobre a minha cabeça.

Induzir ele a ficar com a Pepper, mesmo com os problemas?

Ou ser meio interesseira e dizer para ele se afastar, o que também poderia ser bom já que ele não parecia feliz no relacionamento?

Bufei frustrada e bati em um dos travesseiros que estava no sofá. Eu simplesmente não sabia o que fazer.

E por isso quando o meu celular tocou, eu decidi.

Seria eu mesma.

Meio rude, direta, irônica e uma amiga para Tony. O que ele perguntasse, eu responderia. Não era tão difícil.

— Acho que esse negócio de gostar de alguém está fritando meus neurônios. – digo pegando o celular e vendo o rosto de Tony no visor. – A loira.

Desculpe, liguei errado, queria falar com ruiva mesmo.

— Já me viu loira? Eu fico uma gata.

Imagino que sim, o que seria impossível é ver você feia. Mas anda logo que eu estou aqui na calçada com a minha beleza sendo comida pelos olhos de todos.

— Imagino que sim. – reviro os olhos e pego minha bolsa, saindo do apartamento. – Deve ser um perigo, quase não tem beleza, imagina se as pessoas ainda comerem de você?!

Há há, você é tão hilária.

— Eu sei, eu sei... – falo e desligo o celular quando paro na frente de Tony. – e esse meus showzinhos são de graça, devia aproveitar.

— Vou aproveitar sim, Srta. Demora. – responde irônico me virando para o lado e começando a andar.

— Eu não demorei nada, pare de ser chato, devia é agradecer por eu usar meu precioso tempo livre para sair com você. – faço ar de superior e Tony apenas ri.

— E o que você faz de tão importante?

— Brigo no Clube da Luta. – falo em tom sério, Tony olha para mim com uma cara engraçada.

— Eu acho difícil, não deixariam você entrar, é Clube da Luta, e não Clube da Morte. Você batendo em qualquer homem é humilhante, humilhante para o marmanjo que iria ser destroçado, claro. – dei uma risada.

            - Sinto-me lisonjeada.

— E deveria mesmo, viu de quem veio o elogio? – falou convencido, me fazendo revirar os olhos.

— Já está estragando o momento...

— Eu nunca estrago o momento. – e é nesses momentos que eu penso que deveria puxar e dar um beijo nele logo... Argh, que raiva!

— Mas estão, a que devo o lindo convite para um passeio? – pergunto quando demos os primeiros passos dentro do Central Park. Já podia sentir uma brisa boa e geladinha bater em meu corpo.

— Sinto que eu estou perto de tomar um pé na bunda da Pepper. – uou, essa havia me pegado de surpresa, dei uma parada, mas logo continuei andando ao seu lado. Eu sei que é o Stark, mas até para ele essa foi fria e direta.

            — Am... Diga-me o que dizer. – falei um pouco confusa.

— Diga o que quiser. Eu não tinha com quem conversar, e precisava por isso para fora antes que eu fosse explodir ou entrar em coma alcóolico. – continuou suspirando frustrado. – Bruce está viajando, a Pepper é o problema, e eu não ia falar com o capicolé.

— Nossa, me sinto lisonjeada por estar em terceiro lugar na sua lista de com quem conversar.

— Eu sei, eu sei... – Tony parou e olhou para os lados, depois sentou-se em um banco que havia ao nosso lado, sentei também. Nós dois ficámos encarando o banco vazio a nossa frente e o verde logo atrás. – Antes eu tinha certeza sobre Pepper... Agora me sinto confuso e não vejo nenhum futuro ao lado dela...

— Mas você ainda gosta dela... – constato com o tom de voz meio incomodado.

— Sim.

Um silêncio se fez. Novamente as minhas Natashas interiores me embaralhavam.

Uma queria dizer para ele parar de ser molenga e dar um jeito nessa merda. E também mandar um foda-se por ter me feito ouvir seus lamentos.

Outra queria desesperadamente dizer que a Pepper não era mulher para ele. Que havia eu aqui, que estava ao seu dispor.

Já uma terceira queria apenas agir como uma amiga. Essa se expressava poucas vezes.

— Olha Tony, está mais do que na cara que eu não sou exatamente a pessoa certa para dar conselhos ou ajudar, mas vou tentar. – começo meio receosa, ignoro seu olhar, apenas fito o verde a nossa frente. – Pode ser clichê, mas é a verdade, você tem que seguir o seu coração. Se estiver difícil de saber o que o seu coração está dizendo, apenas ouça aquela voz que quando diz alguma ideia, faz seu corpo se sentir bem e um sorriso surgir em seu rosto.

Senti-me um pouco idiota falando aquilo, todavia, era a mais pura verdade, era exatamente o Tony tinha que fazer, ver o que o deixava em paz e bem consigo mesmo.

— Você consegue imaginar futuro em que você esteja feliz e realizado com ela? – Tony não respondeu, fitou o céu por alguns segundos e depois me encarou, quando nossos olhos se encontraram, senti um arrepio. Mas podia ser o vento...

— Não... Mas é difícil acabar com algo que esteve comigo há tempo.

— Só vai ficar mais difícil, acredite em mim. Melhor acabar agora com caras tristes e saudades, do que mais tarde com gritos e magoas. – desviamos nossos olhares e novamente se fez alguns minutos em silêncio.

— Você deve estar certa...

— Eu sempre estou certa. – tento fazer uma voz engraçada para que o clima que tinha se instalado ali acabasse. – É como naquela música da Lana Del Rey... Às vezes o amor não é o bastante, e a estrada fica difícil, não sei o porquê... – cantarolei fazendo Stark rir.

— Agora você canta também? – pergunta irônico, dou uma risada e emburro seu ombro de leve.

— Eu faço de tudo, meu bem... – puxei o ar quase rindo e continuei a cantarolar Lada Del Rey. – Continue me fazendo rir, vamos ficar chapados, a estrada é longa, nós seguimos adiante, tente se divertir nesse meio tempo...

— Gostei da parte do vamos ficar chapados. – vi que minha cantoria estranha estava animando Tony, então levantei e o puxei.

Venha e dê uma volta no lado selvagem, deixe-me te beijar intensamente na chuva, você gosta das suas garotas insanas, escolha suas últimas palavras. Está é a última vez, porque você e eu, nascemos para morrer... – termino e encaro Tony com um sorrisinho de canto. Se eu fosse tímida, essa seria a hora que eu diria que estava corada, mas sou uma garota um pouco diferente.

— Não me encare assim, só torna as coisas mais difíceis... – comenta sorrindo e depois virando para começar a andar. Permaneço estática onde estava, quase formando um O com a minha boca. Será que ele teve vontade de me beijar... ? – Vai ficar parada ai ou vamos fazer algo divertido? – respiro fundo e volto a mim, dessa vez abrindo um sorriso ainda maior para Tony. Iria fazer apenas uma provocaçãozinha.

Caminhei com passos lentos até Stark, cheguei perto do seu rosto e sussurrei em seu ouvido:

Oh, meu coração, ele se parte a cada passo que eu dou. Mas estou esperando nos portões, eles me dirão que você é meu... – vi que Tony se arrepiou, então sorri mais ainda. Virei de costas para ele e comecei a caminhar. Quando vi que Tony ainda estava parado, virei e disse – Vai ficar parado ai ou vamos fazer algo divertido? – Stark me olhou nos olhos e deu um sorrisinho, começando a caminhar comigo.

Sorri internamente.

Natasha 1, Tony 0


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