The Heiress III ─ Nigra Lux escrita por Lady Caady


Capítulo 4
Copa Mundial de Quadribol


Notas iniciais do capítulo

Oeeeee!!! Só tenho uma coisa a dizer: férias. Awn! ♥ Enfim, I'm free ♥ Quem aí tá de férias levanta as mãos! o// Estou com aquela vontadezinha de parar o relógio e continuar no hoje para sempre, até eu cansar das férias. Mas férias é uma palavra tão linda. ♥
Okay, parey. É só empolgação! :v
Vamos ao capítulo? *-*
Para ser sincera, eu tinha esquecido da Copa Mundial de Quadribol. Eu ia direto para o Expresso. Mas lembrei e fiquei pensando nas possibilidades...
Me embolei muito com o cap porque achei um final alternativo de TH2 e me confundi, depois reli o final original e tive que reescrever completamente o capítulo e apagar os dois capítulos seguintes que eu já tinha escrito. Fazer o que, né? ;-;
Bem, boa leitura pessoal.



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Acordei com uma sensação estranha, como se eu estivesse vazia, como se faltasse algo. Lembranças de um chão de pedra e de um ritual tumultuavam meus primeiros pensamentos do dia. Soltei um suspiro, com os olhos nublados e decidi que iria matar Harry Potter por ter uma visão tão ruim.

É, o ritual deu certo, eu acho. Eu estava no corpo de Harry e ele no meu. O que não dava certo, porém, era a convivência com aquilo. Tomar banho? Combinamos que seria de olhos fechados. Se equilibrar num corpo estranho? Bem, tínhamos que treinar isso, como se estivéssemos aprendendo a andar novamente.

Depois de algumas semanas, enfim conseguimos nos acostumar. Em partes, é claro. A sensação de estar em um lugar que não deveríamos estar era constante.

Uma coisa molhada e quente deslizou pelo meu rosto enquanto eu estava perdida em pensamentos e eu gritei, pulando da cama. Um cachorro ganiu e começou a latir. Olhei e era um grande sinistro preto.

— BARBAS DE MERLIN, SIRIUS BLACK! NÃO ME ASSUSTE ASSIM! — Gritei e o cachorro transformou-se em humano, gargalhando.

— Isso é jeito de cumprimentar seu padrinho, Harry Potter?

Dessa vez foi eu que ri.

— Foi mal, Siriusqueijo, mas tu tá no quarto errado, falou? — Fiz sinal de "vim em paz" enquanto levantava da cama.

— Espera... O quê? — Ele olhou-me incrédulo. — Mas- Mas eu estou vendo o Harry! Por favor, me diga que você não é um bicho papão, um transmorfo, ou algo assim?

Ri alto.

— Claro que não, bobão, só fizemos um ritual pra trocar de corpo. Ninguém te atualizou?

Ele olhou-me por alguns segundos antes de assentir compreensivamente e eu arqueei uma sobrancelha.

— Entendi, vocês finalmente se assumiram. Meus parabéns! — Sorriu orgulhoso. — Harry queria ser menina e você menino, saquei. Você sabe, o transsexualismo é bem aceito no mundo bruxo!

Dei um tapa em minha testa (bem, não literalmente na minha), incrédula.

— Nossa, sabe que eu queria muito mesmo ser um garoto? — Ironizei.

— Bem, agora você é! — Ele sorriu brilhantemente e eu bufei.

— Sirius, foi uma ironia! Não fizemos o ritual pra isso, fizemos pra derrotar o mal e dominar o mundo, é claro! — Disse e ele bufou.

— Sério? Como vocês são sem graça! Sabe o quanto é legal trocar de sexo?

Pisquei, prendendo o riso.

— Não me diga que você já foi mulher?! — Zombei.

— Culpa do James e, cara! Eu era uma mulher muito gostosa! — Ele se gabou e eu ri.

— Ah, fala sério! — Ouvi minha voz gritando no corredor. — Eu não sei como garotas aguentam usar sutiã, isso é ridículo!

— Ô querida! — Gritei indo até a porta. — Uma garota não reclama de usar sutiã, muito menos grita sobre isso no meio do corredor. Sobe no salto, princesa!

— Vai se ferrar! — Harry, em meu corpo, bufou. — Vem cá me ajudar, estrupício.

— Baixe a bola vadia. — Andei rebolando pelo corredor com Harry me olhando horrorizado e Sirius gargalhando. Quando cheguei no meu ex-quarto, não me contive e caí no chão gargalhando.

Harry ficou me esperando parar de rir, de braços cruzados e com uma cara de bravo.

Suspirei e levantei. Harry era tão sem graça às vezes!

— Bem, vamos começar com a aula de como ser eu. — Sorri friamente. — Primeiro, eu posso ser escandalosa, mas jamais, jamais mesmo, grito em corredores sobre meus problemas femininos. Isso é muito mico e mico até demais!

— Tá, já entendi. — Harry bufou. — Não grito mais.

— Ótimo. — Acenei em aprovação. — Segundo, mas nem pensar que você vai pra Copa Mundial de Quadribol usando blusa amarela e essa saia roxa ridícula! Podemos ser bruxos, mas a única pessoa que pode usar essas combinações ridículas de cores é Dumbledore! O resto é tudo idiota e, obviamente, eu não sou idiota.

— Sim majestade. — Harry fingiu empolgação. — Mas vem cá, se a saia é ridícula, por que tá no seu guarda roupa? — Arqueou uma sobrancelha. Uau! Eu ficava com uma cara legal arqueando a sobrancelha. Maneiro!

— Bem, por que toda roupa ridícula pode se tornar maravilhosa se combinada com a peça certa.

— É? — Ele pareceu incrédulo.

Revirei os olhos. Meninos!

— Sim, Harry, é. — Disse pacientemente. — Jamais ouse usar cores tão conflitantes umas com as outras. Agora vamos te fazer bonitona, ou no caso, eu.

Revirei meu guarda roupa até achar uma roupa boa para uma torcedora da Bulgária.

— Pronto, vista isso e me faça diva, que eu vou comer. ─ Entreguei meu jeans desbotado, uma jaqueta varsity vermelha e preta e meu all star preto.

— Espere, é só pra eu vestir e pronto? — Ele pareceu incrédulo. — E por que vermelho?

Dei de ombros.

— Estamos torcendo pra Bulgária, certo? E, bem, a terceira lição é ser bem retardado, mas isso você já é. Então seja eu, sem causar escândalos é claro, e seja feliz. — Digo. — Não acabe com minha reputação ou eu faço você ser motivo de piadas por um longo, longo, tempo. — Sorri maquiavelicamente para assegurar a ameaça e voltei para o quarto de Harry, que agora é meu.

Vesti-me e desci, então, para a cozinha. Estávamos em minha casa no Brasil, para matar as saudades de meu país. Logo vi minha mãe à mesa, conversando com Sirius, Remus e Sean.

Parei por alguns segundos, olhando indecifrável para ela, antes de suspirar. Ela era minha mãe. Podia até acabar com o sistema solar inteiro que eu não conseguia olhar para ela de outra forma. Ainda assim, magoava não saber quem ela realmente era. Se eu ia fazer algo sobre isso? Bem, não agora.

Mother o'mine! — Exclamei indo abraçá-la. — Tu tá ferrada agora que eu sou o Harry e ele é eu.

— Minha pestinha! — Minha mãe me abraçou. — Eu não sei o que fiz para merecer dois filhos marotos. — Ela sorriu brincalhona, enquanto Harry entrava na cozinha. Em meu corpo, óbvio. Isso era tão estranho.

Ele sorriu pra galera toda, abraçando Sirius, Remus e mamãe, antes se jogar numa cadeira olhando estranhamente para minhas amadas bandeiras de "BR x PT" e "BR WINS" que estavam coladas na parede. Foi uma grande guerra...

Logo começamos a comer igual esfomeados que ficou um século sem comer, conversando calmamente sobre a melhor forma de matar alguém. Okay, brincadeira! Estávamos mesmo é brigando sobre quem ia vencer o jogo, se era a Bulgária ou a Irlanda.

Horas depois, após muita aflição, todo mundo estava pronto para pegar a chave de portal e ir pra Copa Mundial de Quadribol.

— Segura em torno dessa corda, galera. — Sean passou um pedaço médio de corda, que seria nossa chave de portal. Seguramos e logo tudo começou a rodar. Nunca tive problemas com chave de portal, mas parecia que o Harry era alérgico. Parecia que eu estava sendo engolida por meu umbigo! Quando parou, cai no chão, tonta, enquanto meu verdadeiro corpo continuava de pé.

— Isso foi legal! — Harry comentou, impressionado, dignamente de pé.

— Legal o cacete, você deve ser alérgico! — Reclamei, levanto do chão.

— Divirtam-se crianças e juízo, okay? — Mamãe entregou um saco de galeões pra eu e Harry.

─ Pode deixar, mamis.

Corremos à procura da barraca dos Weasleys e quando os vi ao redor de uma fogueira, sorri largamente.

— SE PREPARA GALERA, QUE HARRY POTTER CHEGOU! — Gritei me jogando no meio da galera.

— Cale a boca, idiota. — Harry me deu um tapa na parte detrás da cabeça.

— Ai! — Reclamei, irritada. — Por que você fez isso?

— Porque não vai ser eu que vou sofrer com seus tapas doloridos agora. — Ele sorriu friamente e eu sorri orgulhosa.

— Muito bem! — Aplaudi. — Te ensinei bem.

─ E aí, pessoal? ─ Ron sorriu animado. ─ Estão dizendo que a apresentação da Bulgária será com veelas. Já pensou, que legal?

─ Garotos. ─ Hermione bufou e Gina riu baixinho, trocando um olhar conspiratório comigo, antes de me encarar estranhamente.

─ Isso é muito estranho, sério. ─ Ela comentou e Harry bufou. ─ O que deu na cabeça de vocês para quererem trocar de corpo?

─ É um mal necessário. ─ Dei de ombros.

─ Não sei o que passou pela minha cabeça quando concordei com Sean. ─ Ele resmungou.

─ Vai ser por pouco tempo, eu espero. ─ Sorri, tentando mais me tranquilizar do que a ele. ─ Vocês viram a Daph, o Dray e a Luna? ─ Indaguei.

─ Estou aqui. ─ Luna saiu da barraca, sorrindo. ─ Estava procurando minha edição de O Pasquim.

─ Oi Luna. ─ Eu e Harry dissemos em uníssono.

─ E não, não vimos a Daphne e o Draco. ─ Disse Ron.

─ Devem estar com os pais. ─ Suspirei. ─ Temos que arrastar Draco para longe deles.

─ É só o Sean convidar ele para sentar com você. Os pais dele não sabem que nós também iremos. E apesar de estarmos no alto da arquibancada também, onde sentaremos é bem distante. ─ Mione disse.

─ Boa. ─ Concordei.

— Lya, Harry, venham aqui! — Sean gritou por nós, um tanto distante.

Trocamos um olhar curioso e corremos até lá, dizendo ao povo que voltaríamos logo.

— Vem cá. — Sean puxou-nos para nossa barraca verde e prata. — Aqui, olhe. — Estendeu dois anéis simples. — São anéis de metamorfose, perfeitos para duas pessoas trocarem de aparência. Não enganariam a Taça do Torneio, por isso não sugeri isso antes. Mas, deve servir pra disfarçarem o ritual por enquanto. Apenas em certas ocasiões, claro. Usem com cautela.

Sorri aliviada e peguei um dos anéis, colocando-o. Harry também colocou, mas nada mudou. Qual é, Sean?

— Toquem os anéis. — Sean instruiu.

Assim o fizemos e vi meu corpo metamorfosear-se na aparência de Harry, assim como o de Harry tornou-se o meu.

— É uma ótima ilusão, mas não abusem. — Sean sorriu, por fim, fazendo menção de sair da barraca.

— Ô fofinho, espera aí, lança um glamour em nossas roupas, por favor, né? Não vou andar com roupa de menino! — Reclamei, parando-o.

— E nem eu com roupa de garota! — Harry concordou, indignado e eu ri ao vê-lo em minhas roupas.

— Por quê? Você tá maravilhoso! — Zombei.

— Engraçadinha. — Retrucou. ─ Então use minha roupa!

─ Nem pensar! ─ Mostrei a língua.

Sean riu de nós e acenou com a varinha, invertendo nossas roupas.

— Vão inverter novamente quando cancelarem a magia do anel. Depois da Copa dou um jeito neles para fazerem essa troca meio que automaticamente. — Sean disse e saiu. — Se cuidem. — Gritou com um sorriso.

— Valeu, bro! Bons beijos com a Daph! — Gritei pra ele e puxei Harry pela mão.

─ Bons beijos? ─ Harry arqueou uma sobrancelha.

─ Ele estava todo apressadinho... Não reparou?

Ele apenas riu e continuou andando.

Ainda parecia estranho, porque eu estava no corpo de Harry e não no meu, e aquilo era só um disfarce. Mas me consolou saber que eu poderia realmente agir como eu mesma por um tempo.

─ E aí, vamos dar uma volta perto das barracas da Bulgária? Quem sabe a gente não consiga ver Viktor Krum, pegar um autógrafo e fazer inveja pro Ron? ─ Sorri malignamente.

─ Claro, temos tempo o suficiente pra aprontar! ─ Ele retribuiu o sorriso mal.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Gostaram? Amaram? Odiaram? Tem ideias do que a dupla de marotos atuais farão? Comentem, adoro saber o que vocês pensam. É inspirador! s2
Enfim, o próximo capítulo sai assim que eu terminar de escrevê-lo, acho que não demorará muito quanto esse, já que tenho umas ideias malignas prontas.
Até mais. Beijos, meus amores. Love you all. ♥



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