HERMIONE
Finalmente. Finalmente voldemort estava morto. Estava feliz por finalmente termos ganhado esta guerra porém como sou a grande sabe - tudo - irritante de hogwarts não posso deixar de pensar em todo o resto, nós somos esse resto, somos o que sobrou depois de tantas mortes e com esse pensamento já sinto as lágrimas molharem meus rosto. O que faremos agora ?
Estava parada na entrada da escola destruída de mãos dadas com Harry e Rony, aquele sol tocando de leve meu rosto fazia com que a vontade de chorar só aumentasse. Os meninos acordaram das lembranças que eu tinha certeza que estavam revivendo para me olharem preocupados :
– Mione ? Você está bem ? - Rony perguntou alarmado.
Apenas chorei mais alto em resposta e então Rony me abraçou bem forte como se naquele abraço ele quisesse transmitir segurança e dizer que estava tudo bem, ou melhor, que em algum tempo as coisas iam voltar ao nomal e ficar bem de verdade mais isso infelizmente não era verdade, nunca seria. Porém me deixei levar pelo abraço reconfortante e dessa forma fiquei um pouco mais calma.
Eu e Rony. O que nos erámos ? Namorados ? Amigos ? E agora ?
Decididamente esse não era meu principal assunto no momento e portanto iria deixá - lo de lado por enquanto.
Um tempo depois ainda abraçada a Rony percebi que os tons alaranjados dos raios solares tinham desaparecido dando lugar a uma fria noite, quanto tempo havíamos ficado ali ? Soltei do abraço e me perguntei onde Harry devia estar então calculei que devia ter voltado ao castelo para nos dar "privacidade".
Olhei para o castelo e me arrepiei. Precisava entrar lá, precisava enterrar aqueles que morreram e consolar aqueles que estão vivos. Sou uma grifinória e preciso ser corajosa para entrar lá e não desabar, as pessoas precisam da minha força para continuar lutando, sim lutando, nossas vidas sempre serão uma constante batalha daqui pra frente, uma batalha entre o bem e o mal, uma batalha entre seguir em frente ou desistir, uma batalha entre chorar ou sorrir.
Rony parecia no mesmo estado que eu então pegou minha mão como se buscasse forças para entrar lá também e dessa forma fomos caminhando de mãos dadas e em um silêncio triste. Chegamos até a porta e eu suspirei antes de abri - lá.