Loveless Nights escrita por AlmostAngel


Capítulo 1
Prologue- A Whisky, Please...


Notas iniciais do capítulo

Oi pirigóticos do mundão! Como vão? kkkkkkk Gostaria de dar alguns avisos aqui: -Tudo que eu escrever em itálico e entre "[...]" são lembranças e pretendo deixar isso bem claro -Essa não será uma fanfic muito longa, eu acho... -As personalidades dos personagens originais estão bem destorcidas, então talvez vocês não vejam os tão amados personagens em seu jeitinho original -Pretendo atualizar quinzenalmente Bom, eu espero que quem leia goste, e recomende para os friends! Gente, não sei se está bom, então... Avaliem por conta própria! Boa leitura!



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Prologue: A Whisky, Please...

Quinta-Feira – 20 de Agosto de 2015

Horário: 17 horas e 26 minutos da tarde

Localização: Bar Peccatun – Manhattan – Nova York

Nota: “O casamento mata, ainda que lentamente...”.

Abri a porta do bar com um tanto de violência, sem moderar a força que usaria, pois simplesmente não me importava, e na verdade, acho que se quebrasse aquela porta, provavelmente me sentiria menos tenso ou enraivecido...

Meus passos eram firmes e, se estivéssemos em uma literatura fantástica, poderiam quebrar o assoalho escuro daquele bar bem ambientado. Fui rumando ao balcão, largando minha carteira sob a grande extensão de mármore, recebendo um pigarrear do outro lado do local.

Subi meu olhar repleto de cansaço para o barman, que encarava horrorizado as enormes olheiras debaixo de meus olhos, e a bela expressão exausta e irritada que domava minha face, mas é claro, não era inesperado... Fazia dias que não dormia, não bem, pelo menos, e a raiva que me botara naquele local, fora a mesma que me tirara às pressas de casa... Queria me ausentar do clima repugnante e pesado que meu próprio marido costumava causar!

– Um Whisky, por favor! – Pedi em um tom calmo, sentando em um dos bancos altos e escuros, enquanto fechava meus olhos lentamente, os vendando completamente com minhas pálpebras. Um suspiro alto deixou meus lábios, mesclando o sentimento da tardia paz com a persistente dor muscular. –E um maço de cigarros...

Abri os olhos um pouco, os deixando semicerrados, sentindo ainda o olhar do barman sob mim, enquanto eu pegava o telefone em meu bolso, vendo as varias ligações deixadas para mim, seguidas por centenas de mensagens. Voltei à visão ao moreno atrás do balcão, que me encarava incrédulo e confuso, fazendo com que eu produzisse um riso soprado e amargurado em sua direção, tirando lentamente os óculos de aro grosso de meu rosto.

– Vamos, Sam! Pergunte logo... – Fechei a armação dos óculos, o colocando na gola de minha blusa branca, arregaçando as mangas de minha flanela azul delicadamente, voltando a olhá-lo. –Não demore, porque eu quero minha bebida!

Ele se debruçou sob a bancada e me encarou enquanto eu me afastava, recostando as costas no banco, passando as mãos em meus próprios cabelos lentamente, estando completamente divertido com a expressão de Sam, até esquecendo o motivo de estar naquele bar em plena tarde de quinta-feira, ainda mais, aquela especifica tarde!

– O que faz aqui logo hoje? – Indagou direto, buscando atrás de si uma garrafa de Bourbon, servindo uma boa dose em um dos copos, o estendendo para mim, já deixando a garrafa sob a mesa, sabendo que aquele nem de longe seria meu ultimo copo...

– Boa pergunta, Sam... Ótima, na verdade! E lhe darei Cem dólares de gorjeta se souber respondê-la por conta própria. – Segurei o copo entre os dedos e apontei para trás dele, indicando os cigarros, que logo foram entregues para mim. Em um rápido e único gole acabo com aquele copo da bebida forte, que descia queimando tão deliciosamente minha garganta, enquanto abria o maço de cigarros e buscava em meus bolsos o isqueiro para acendê-los...

– Você e meu irmão se desentenderam mais uma vez, certo? – Perguntou retoricamente, revirando os olhos em desgosto, recebendo de mim apenas um sorriso desanimado. Sem responder se ele estava certo ou não, abri minha carteira lentamente, tirando lá de dentro uma nota de Cem dólares, o entregando em mãos.

– Mas hoje é aniversario de casamento de vocês... 15 longos anos... –Enquanto ele falava levei o cigarro até a boca, o prendendo dentre os lábios enquanto abria o isqueiro, acendendo o trago, puxando toda a toxina para mim tragando fortemente até tirar o objeto dos lábios e soprar toda a fumaça para fora, sentindo-me revigorado pelo amargo gosto da nicotina, ouvindo Sam prosseguir. –Castiel... Vocês tem que se resolver logo... Porque isso acontece quase sempre. O Whisky anda se esgotando porque você bebe todo dia...

Ignorando seu comentário, por mais que este estivesse coberto de razão, aponto para a garrafa de Bourbon e o vejo suspirar e servir, dessa vez não só uma dose, mas sim o copo completo, do jeito que eu preferia.

– Sammy... –Falei entre um suspiro, recebendo um olhar recriminador por parte dele ao me ouvir chamando-o assim, mas apenas ignorei e voltei a falar. –A única terapia que funciona para nós dois agora é um Johnny Walker, Jack Daniels, Bourbon e um Hennesy! –Sorri para ele, bebendo um pouco da tal “terapia” antes citada por mim, e prosseguindo logo em seguida. –Ou, para mim, um bom Newport NM!

Finalizei, referindo-me ao cigarro que carregava entre os dedos, levando o mesmo a boca novamente, soltando a fumaça lentamente, sentindo o intenso sossego me adornar mais uma vez, voltando a beber...

– Isso um dia vai te matar... –Sam alertou, já se acomodando com a conversa, esquecendo-se dos assuntos sérios que antes tentara tratar comigo, aproveitando para servir-se de uma cerveja, sem temer ser alertado pelo seu chefe, afinal... Ele não tinha um...

– Todos tem que morrer de alguma coisa! –Simplifiquei de modo relapso, sentindo meu telefone vibrar, desligando-o ao ver quem era o dono da chamada, e logo voltei minha atenção ao gigante a minha frente. –Estou só ajudando no processo!

Sam não pôde deixar de rir de meu comentário, o classificando como uma observação infame, mas logo embarcávamos em uma conversa de bons amigos, até porque era o que éramos... Ótimos amigos, já que eu o conhecia já havia aproximadamente 25 anos...

Após longos minutos, vejo alguém sentar-se ao meu lado... Um loiro, de lindos olhos esverdeados, pele bronzeada e sorriso simpático, dono de uma incrível beleza, e por um segundo, senti como se voltasse ao passado, vendo Dean sentar ao meu lado novamente, virando seu olhar para mim outra vez, como se eu entrasse em um túnel temporal ao ver aquele rapaz tão parecido com aquele que um dia fora minha alma gêmea...

– Eu vi você entrar aqui... –Ele sussurrou fitando-me. –E não pude deixar de pensar em te pagar uma bebida... –O garoto ao meu lado falou entre um sorriso, enquanto eu podia ver Sam me encarar estoico ao ouvir a leve cantada que o loiro direcionava a mim. –O que me diz?

Sorri minimamente e virei-me para frente, tentado a aceitar, bebendo um gole de meu Whisky, sendo levado pelo álcool a uma vivida lembrança...

[...] Sexta-Feira – 24 de Fevereiro de 1995

Horário: 02 horas e 23 minutos da manhã

Localização: Residência dos Winchesters – Lawrence – Kansas

Nota: “Apaixone-se sempre que puder, mas aprenda a lidar com o futuro que esse amor lhe trará!”.

A música soava alta, uma batida intensa e contagiante de algum Rock antigo, soando por todos os cantos da casa, invadindo meus tímpanos violentamente, embebedando meu corpo ainda sóbrio e são...

Buscava pelo anfitrião da festa, porém antes pude sentir suas mãos macias dedilharem meu abdômen coberto pelo tecido fino de minha regata sobreposta por uma jaqueta de couro marrom, olhei para a garota que me guiava com ela e logo sorri para a bela morena a minha frente.

– Já estava achando que você não viria, Clarence! –A mais baixa riu completamente embriagada, estendendo seu copo de vodka para mim, enquanto eu segurava sua cintura.

– Não perderia a festa do Sam por nada, Meg! –Abaixei-me lentamente, roubando dela um selinho, coisa que costumávamos sempre fazer. Afinal, ambos éramos de times opostos...

Usurpando o copo de sua mão, sai da pista de dança - esta que era improvisada, constituindo-se de uma sala de estar enorme sem móveis - indo em direção a algum lugar mais vazio, onde eu poderia tomar o resto daquela bebida sem ser “assediado” por alguém, logo me dirigindo ao pequeno bar improvisado na cozinha...

– Não parece ter idade o suficiente para beber! –Ouvi uma voz soar em meio a toda aquela musica, observando um belo loiro, com os cabelos charmosamente bagunçados, sorrindo de forma sedutora e voraz ao acomodar-se, sentando ao meu lado, analisando-me com seus olhos – que eram donos dos mais belos tons de verdes jamais antes vistos por mim, diga-se de passagem – assim como eu fazia com ele.

– E você também não! –Falei simplista, o vendo rir divertido, fitando meus olhos por alguns segundos, roubando meu copo, levando-o até a boca e bebendo o resto da vodca que lá jazia...

– Como se chama? –Perguntou o loiro a mim, com a expressão intrigada, servindo no copo uma boa quantia de tequila, estendendo para mim, e eu por minha vez, bebi longos goles antes de lhe responder...

– Importa? –Sorri levemente de canto ao falar lentamente a palavra, arrancando dele um sorriso desafiador... –Temo que lhe dizer tudo seria muito fácil! Então... Porque não tentar me ler?

– Ler você... –Ele se curvou lentamente em minha direção e sorriu com a proximidade em que estávamos. –Posso ter 3 alternativas para você! Se eu acertar alguma, você dança comigo...

Ri bebendo um pouco mais, observando seu sorriso alargar-se mais a me ver sorrir, repousando sua mão sob meu joelho, subindo lentamente até esticar-se para pegar o copo de minhas mãos, o roubando mais uma vez, bebendo grande parte da tequila, quando uma questão me veio em mente...

– E se você errar? –O olhei curioso e ele apenas sorriu mais uma vez, divertido com toda a situação formada... Aquele era um ótimo quase primeiro encontro, pelo menos estava sendo interessante.

– Se eu errar eu fico aqui sentado e te observo dançar! –Seus lábios foram desenhados com um sorriso sacana, tirando de mim uma alta risada.

Ele me fitava como se quisesse ler minha alma, e de fato ele queria, apenas para ter direito de uma misera dança comigo, seu rosto aproximava-se do meu conforme seu sorriso alargava-se, o que me fazia desejar mais proximidade e ainda assim ter medo de chegar longe demais com aquela brincadeira...

– Vou começar! –Anunciou calmamente... –1: Você é apenas um convidado da escola, bonito demais para estar aqui! –Ri o observando, e logo o ouvindo prosseguir... –2: Você é um modelo de outro lugar, porque é impossível alguém ser tão lindo no ensino médio! –Pendi minha cabeça para trás, rindo sem graça e completamente envolvido por suas cantadas baratas, até ouvi-lo finalizar... –E 3: Você é meu novo desafio, minha nova meta!

Projetei-me para frente e sorri me aproximando dele lentamente, puxando sua cadeira para mais perto, adorando a proximidade que nos envolvia, deixando a bebida de lado.

– A resposta é a 1! –Ele sorriu ao ouvir minha exclamação, fitando-me com intensidade e desejo. –Mas eu também posso ser a 3, se você quiser...

A proximidade não fora findada, apenas mais estabelecida pelo loiro, que tornou a por sua mão sob minha perna, subindo até minhas coxas, bem lentamente...

– Então... Eu ganhei o direito de uma dança? –Indagou retoricamente, tocando minha mão com delicadeza, sorrindo gentilmente ao subir suas mãos até me rosto... Logo me fazendo findar a conversa, já que pelo resto da noite, não diríamos nem uma palavra sequer!

– Ganhou direito de bem mais que isso, na verdade! [...]

Abri os olhos lentamente, tendo toda aquela lembrança como um flash em minha cabeça, abalado pelas imagens que a seguiam, banindo qualquer possibilidade de tornar o desejo do homem desconhecido ao meu lado real...

Sem querer ser rude, por mais que eu realmente não ligasse, levantei minha mão esquerda, mostrando a ele a aliança de casamento, logo ouvindo um desculpe singelo e envergonhado.

– Castiel? –Sam chamou lentamente, mas eu não dava a mínima atenção, abaixando a cabeça lentamente, estava completamente atordoado pelo álcool e pelas lembranças de bons momentos me invadindo tão cruelmente, me atormentando... –Cass, você está bem?

Levantei-me em um rompante, bebendo o resto do Whisky, saindo daquele lugar com muita pressa... Pressa essa que antes era a que me fazia deixar aquela casa, e agora mal via a hora de voltar...

Tentaria concertar tudo, nem que fosse por uma só noite... E eu tinha certeza que seria...


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Postem suas opiniões aqui embaixo e deixem suas estrelinhas ai, meus lindos! Desculpem qualquer erro, e se alguma beta estiver disponível para me ajudar, estou aceitando, viu? Conto com seus comentários! Beijos das trevas para vocês!



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