Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 54
Means to The Ends


Notas iniciais do capítulo

E é nessa linda, linda, linda manhã de sábado que o penúltimo capítulo de D2 vai ao ar!
Espero que gostem!



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Não preciso tomar cuidado [...]Sei que você nunca vai me deixar cair.

Carmim d'Copas

...

..

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Carmim se jogou para trás, deitando a cabeça nas cochas de Christian.

Todos estavam reunidos no jardim da escola, a confusão havia passado e a vida voltava ao normal, o que significava que as provas finais assombraram a todos nas últimas duas semanas, mas enfim, havia acabado.

Carmim se sentia exausta. Tudo que fizera nas últimas semanas tinha sido estudar e estudar, e quando não o estava fazendo, era por que tinha sido interrompida com algum assunto urgente como decidir o que aconteceria com seus prisioneiros antes da partida para Wonderland.

Mas o mundo agora estava em paz. Becky e Gart riam, enquanto folheavam um grande livro que ela não fazia ideia do que se tratava, mas Becky parecia maravilhada com qual que fosse.

Hannah e Will corriam atrás de Bruno e Bia, que de alguma forma tinham pego as espadas que Will usara na esgrima e brincavam perigosamente com elas. Queenie, em um dos galhos da árvore que dava sombra a todos, ria segurando seu novo e misterioso colar com a ponta dos dedos.

Ela fechou os olhos, enquanto Chris acariciava seu cabelo. Ele cheirava a chá, margaridas e sol. Ela sabia que ele tinha ido até a cidade de manhã cedo ver o pai, chegando atrasado para a primeira aula. Ela abriu os olhos e o viu sorrir para ela, e sorriu de volta.

Com eles era sempre assim, ou falavam tudo ou nada, e ela gostava disso. Era um amor real, louco e único. Como eles.

—Olha só que bonitinhos eles – Cherry Cat apareceu do horizonte, com Victor ao seu lado – Vocês estão me dando ânsia de vomito, vamos lá, todo mundo se desgrudando.

—Não seja estraga prazeres, Cherry – riu Victor, e ela revirou os olhos para ele.

—Como está ele? – perguntou Carmim. Ela estava tentando se acostumar a pensar no Valette como seu pai, por que sempre que o chamava pelo título Cherry começava a implicar com ela, mas... Era difícil. Ela sempre chamara o Rei de Copas de papai, e parecia tão errado chamar o Valette assim.

 -Você sabe... – ele deu os ombros – A Fada Madrinha esteve hoje de manhã, mas não tivemos melhora... Provavelmente ele vai ficar cego para sempre.

—Ele não está cego – falou Cherry.

—Você entendeu – Victor suspirou - Acha que quando formos para o País das Maravilhas...

—Eu não sei, mas duvido... As cosias são diferentes lá – ela deu os ombros, e franziu o cenho – Como assim nós, senhor “nunca completei a escola”? Achei que já tínhamos falado sobre isso...

—Não vai mesmo me forçar a isso, não é? – perguntou ele, encarando ela. Carmim sentiu Chris rir.

—É claro que eu vou – ela franziu o cenho, se sentando. Já tinha discutido aquilo centenas de vezes, por que seu irmão pareci não entender aquilo.

Carmim voltaria a Wonderland na manhã seguinte a formatura. Chris e seu pai iriam com ela, assim como Alice, Ally e Hugo – que haviam sido oficialmente casados há poucos dias, na sela da prisão do grande palácio de Auradon, pela Fada Madrinha – como prisioneiros. Ela também tinha conseguido a transferência de seus pais para Wonderland, e o Valette também iria com eles.

A única questão pendente havia sido o que fazer com Cherry e Victor. Ambos haviam batido o pé, mas Carmim já havia decidido. Eles ficariam em Auradon e acabariam o último ano de escola, antes de irem para cara. Cheshire havia se voluntariado de muito bom grado para ficar também e manter os olhos neles, já que tinha alguns assuntos para resolver.

Victor nunca tinha terminado a escola. Havia parado no primeiro ano, e embora tenha voltado depois de começar a namorar Carmim, havia parado de ir à escola assim que ela foi para Auradon, ele nunca gostou de estudar, e estava inconformado. Cherry, apesar de fazer posse, estava adorando aquilo. Carmim sabia disso, e havia feito questão de que Mandy fosse trazida da Ilha para estudar com eles.

Enquanto isso, Cheshire seria seu porta voz no conselho de Auradon. O conselho se reunia muitas vezes e Carmim tinha muito que resolver e descobrir em Wonderland.

—Eu não vou discutir com vocês de novo – falou ela, encarando eles – Sou sua rainha, e ordeno que me obedeçam.

—Vida longa a vossa majestade – sorriu Chris para ela, e todos de repente caíram na gargalhada. Menos Cherry, que revirou os olhos.

—Tudo bem, agora ouçam... Descobri por que o casal real não saiu em lua de mel ainda – falou Cherry, sorrindo – Estavam esperando a mãe do rei ganhar o bebê! Nasceu ontem, é uma menina!

—Ah, que lindo! – falou Becky, sorrindo e apertando os braços de Gart que a abraçava – Já escolheram o nome?

—Francesca! – falou Cherry, quase pulando de alegria por alguém se importar com suas fofocas – Tipo assim, Benjamin com B de Bela. Francesca com F de Fera. Acho que algo assim, embora pelo que eu soube esse era o nome da mãe da rainha!

—Que bonitinho – falou Bia, entrando na conversa após ter devolvido as espadas de Wil – Quando eu tiver uma filha, vou a chamar de Batilda. Ou Bonifácio, se for um garoto!

—Isso... São nomes realmente terríveis! – falou Bruno, rindo – Como você pode esperar dar esse nome aos meus sobrinhos?

—Mamãe escolheu os melhores nomes com B! – reclamou Bia – É deprimente!

—Vocês, são deprimentes – gemeu Cherry, virando de frente para Victor e cruzando o braço pelo peito dele até o ombro contrário ao lado que estava – Tchau, Loser!

E assim ela sumiu.

—Ela é sempre assim? – perguntou Lottie, que se mantinha invisível até agora lendo um livro do lado contrário da árvore.

—Sempre – Falou Queenie, rindo – Boa sorte, serão colegas ano que vem!

...

Hannah sentou sobre a bancada da cozinha de Auradon Prep e mordeu a ponta da torrada que Will havia feito para ela, balançando as pernas.

—Papai me ligou – falou ela, sorridente – disse que comprou uma casa na cidade, com o dinheiro que trouxe da Ilha.

—Sabe, eu ainda não tinha pensado em uma coisa – falou Will, sentando em uma cadeira em frente a ela – Agora teremos seu pai coruja de olho em nós o tempo todo!

—Eu lido com meu pai – falou ela, rindo – E sempre teremos sua casa, eu posso fugir pela janela!

—Com os seus vestidos? Prefiro nunca mais te beijar a saber que pulou com algum deles pela janela – ele brincou.

—Ah, cala a boca! – ela revirou os olhos

—Nem acredito que minha mãe quer que eu fique em casa durante a faculdade – ele gemeu – Vou arrumar um emprego em meio período de alugar um apartamento!

—Não, não vai – ela falou, rindo – Você nunca deixaria sua mãe... E nós não seriamos mais vizinhos!

—O que? – ele piscou – Está brincando!

—Não, é sério... Sua mãe arquitetou tudo quando ajudou meu pai a comprar a casa, vou morar quase na frente da sua casa... Talvez mais a esquerda – ela fez uma careta. – Ou era à direita? Enfim, não importa!

—É claro que importa – Will riu – Supervisão constante, então?

—Ah, você está adorando isso – ela grunhiu, balançando as pernas. O sapato voou e caiu no colo de Will. Ela se levantou, pegou o sapato e colocou de volta – Admita.

—É você quem gosta de viver perigosamente – ele deu os ombros, enquanto ela sentava no colo dele com as pernas uma de cada lado – O que está fazendo?

—Vivendo perigosamente! – ela sorriu, beijando ele.

...

—Ela pirou – falou Becky, invadindo o quarto de Gart e... Gart. Ele não sentiria falta daquele quarto depois da formatura, com certeza não iria querer lembrar-se do tempo que ele e Hugo foram amigos. Ele olhou para Becky na porta, que parecia petrificada.

—Você está bem? – perguntou ele, largando o peso que levantava e se levantando. Primeiro, pensou que Becky estivesse assim pelo fato dele estar sem camisa, mas não era para ele que ela olhava. – Rebecca!

—Oi! – ela deu um pulo, se virando para ele – Desculpe... Eu dizia?

—Alguém pirou – falou ele, colocando uma camiseta assim mesmo, se sentando na cama e batendo para que ela se sentasse ao seu lado – Quem?

—Minha mãe – falou Becky, sorrindo de novo ao sentar do seu lado – Quando eu contei sobre o ano que vem, ela só faltou me trancar em uma torre!

Ele riu. Sabia bem o que Rapunzel piraria antes de perceber o quão maravilhoso o que Becky iria fazer, mas ainda estava assustado pelo choque súbito dela.

—O que ouve quando você entrou aqui que ficou tão quieta do nada? – perguntou ele.

—Desculpe por isso, é que... Eu vi suas malas e percebi que ano que vem eu não vou estar mais aqui. Nem você. E eu não faço ideia do que você ai fazer, e acabei de decidir o que fazer comigo mesma – ela começou a tagarelar – Vou sentir falta de te ver todos os dias, toda a hora. De ter você na porta da minha sala na hora do almoço, e da gente esbarrando no corredor. Pra onde vai depois que acabar a escola?

—Sabe... Eu ainda não tinha pensado nisso – ele riu – Quer dizer, temos duas semanas pra sair depois que acabarem as aulas, vou achar um lugar.

—É...

—Você quer me fala algo Becky? – perguntou Gart, receoso.

—Er... Sim – ela concordou bruscamente – Eu... Desculpe, estou nervosa... Mas...

—Tudo bem, eu entendo – ele falou, pegando a mão dela – A escola vai acabar, e você vai seguir sua vida. É claro que podemos fazer isso!

—Podemos? – os olhos dela brilharam. Os de Gart não. – Espera. Do que você está falando.

—De você querer dar um tempo – ele falou, e ela o encarou horrorizada – Do que você estava falando?

—De... Esquece – ela balançou a cabeça e riu – Gart, às vezes você é tão idiota!

—Então, você não quer terminar comigo? – ele perguntou, aliviado – Tudo bem, desculpe, estou passando tempo demais com Hannah e Carmim... O que era, então?

—Nada – ela falou, revirando os olhos – Você estragou tudo!

—O que? – ele parecia se divertir com as emoções conflitantes dentro dela – Não perca a coragem, Rebecca. Você demorou muito tempo para encontra-la.

—É, eu também demorei demais para encontrar você – ela falou – E eu sei que talvez eu seja precipitada, e talvez um pouco louca, mas me assusta a simples ideia de ficar longe de você, e eu acho que eu vou chorar, mas o que eu quero dizer é que... Talvez... Nós dois pudéssemos morar... Juntos!

—Quando eu disse que você era corajosa, eu estava enganado. Você é louca de pedra mesmo – ele falou, rindo – E acho que isso é minha culpa.

—Gart... – o rosto dela se encheu de medo.

—Eu sabia que eu era irresistível, mas isso ultrapassou todos os limites – ele riu – Sua mãe vai pirar!

—Vai – ela concordou – E então?

—É claro que sim, mas, com uma condição – ele falou, com os olhos brilhando – Rebecca Corona, quer se casar comigo?

...

—Nem acredito que o ano acabou – falou Queenie, sentando na cama de Bia, ao lado de Bruno. Bia e Lottie estavam na sentadas na cama de Lottie, em frente a eles, e no chão entre as duas camas estavam diversos itens que nunca fora encontrados durante a caça ao tesouro!

—Eu que o diga. Hora de devolver tudo isso – falou Bia, olhando desanimada para a pilha – Estranho...

—O que? – perguntou Lottie, que tentava ignorar o fato de estar entre dois falsos cleptomaníacos.

—Ano passado isso foi tão divertido... Todo mundo procurando suas coisas e depois colocar em lugares visíveis e inalcançáveis o que sobrou – falou Bia – As coisas foram tão corridas esse ano, que...

— Perdeu a graça? – perguntou Queenie, que comia uma maçã sobre o olhar divertido de Bruno – Talvez vocês tenham crescido... Sabe como é, não estamos mais no ginásio!

—Não, tenho certeza que não é isso – falou Bruno.

—Bem... No ginásio você ainda não tinha uma namorada – falou Bia, e o irmão jogou uma almofada nela.

—Não brinca... Vocês estão namorando, tipo... Oficialmente? – perguntou Lottie, rindo – Isso é incrível!

—Não pense que não sabemos que você está saindo com Carlos – falou Bruno – Então nem pense em nos encher com isso!

Queenie riu quando ele batucou os dedos em sua cintura, fazendo cócegas.

—Pois é, todo mundo tem alguém, menos eu – grunhiu Bia – Acho que vou acabar sozinha mesmo!

—Eu soube que Chad Charming está procurando uma noiva – falou Lottie, sobre o olhar fuzilador da amiga – Tudo bem, era só uma ideia.

—Não ligo para isso... Garotos só servem para usarem uma gravata que realce nossos olhos no baile de formatura – falou Bia – Desde que meus amigos não me abandonem pelos seus romances, eu não preciso de ninguém!

...

Carmim parou no terraço no fim da tarde. O dia estava enfim acabando, e o céu azul ganhava tons brilhantes.

—Lindo, não é mesmo? O bem, o mal e o céu! – perguntou Cherry Cat, aparecendo do nada, sentada no parapeito – Quase poético, se você pensar bem. Consegue quantos segredos deliciosos tem a solta por ai?

—E você com certeza vai descobrir cada um deles – riu Carmim – Seu blog vai bombar ano que vem!

—Ah, não... Ou vou fazer o último post do blog amanhã, na formatura – falou ela, sorrindo genuinamente – Lady C. vai se aposentar. A partir da próxima semana vou me dedicar apenas a me preparar para o próximo outono... E dormir com o seu irmão!

—Informação demais, Cherry – Carmim riu, e começou a revirar a bolsa – Não está curiosa por que te chamei aqui?

—Achei que nunca iria falar – Cherry tentou se fazer de entediada – O que foi, Rainha do Drama?

—Engraçadinha – Carmim riu, e tirou algo da bolsa – Quero que fique com isso!

—Um pedaço de papel velho? Emocionante... – Cherry murmurou, mas começou a desenrola o pergaminho com interesse.

—É uma tradição aqui na escola, todo o ano o último a ficar com o pergaminho no Halloween passar para um aluno do ano anterior – Carmim deu os ombros – Eu pensei em dar para Victor, mas depois...

—Estou lisonjeada – riu Cherry, e olhou sobre o ombro – Melhor eu ir, acho que mais alguém espera ter a companhia da Rainha hoje!

E assim Cherry sumiu, enquanto os passos que ela reconheceria em qualquer lugar se aproximavam.

—Ai está você – anunciou Chris, sorrindo com a cartola torta na cabeça.

—Cá estou eu – ela concordou, virando-se para ele e se apoiando no parapeito sorrindo tanto quanto o rosto podia – Ouvi falar que estava atrás de mim, é verdade?

—Temo que sim – ele falou, rindo de lado.

—Poderia eu saber o motivo? – perguntou ela, inquisitivamente. Ele segurou a cintura dela com as mãos, erguendo-a sobre o parapeito. Carmim sentou, colocando os joelhos nas laterais dos quadris deles.

—Sinto muito, Majestade, eu tentei, eu juro – ele riu, segurando-a com mais força – Mas há uma garota, linda, inteligente, divertida, um pouco bipolar...  Ela é incrível! Mas ultimamente ela anda tão ocupada. Eu sinto muitas saudades dela... O que eu faço, majestade?

Carmim sorriu, levando a mão até o rosto dele.

—Por que não diz isso a ela? – perguntou Carmim, divertidamente – Talvez ela esteja cansada, mas tenho certeza que ela tem tempo para um garoto como você!

—O que seria um garoto como eu? – perguntou ele, franzindo a testa.

—Bonito, misterioso, apaixonado... – ela o beijou – Com um beijo Maravilhoso. O grande amor da vida dela...

Eles riram, e por um minuto Carmim quase se desequilibrou.

—Cuidado – falou ele, segurando ela com força.

—Não preciso tomar cuidado – ela falou, juntando as mãos atrás do pescoço dele – Sei que você nunca vai me deixar cair.


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Notas finais do capítulo

E as coisas tomam seu rumo... No próximo capítulo, a formatura!
E eu quero ver todo mundo comentando, hein? Quando mais eu gostar dos comentários (e, vocês sabem que eu ao vocês e seus comentários lindos), mais rápido eu posto!
Bjs, e até o próximo cap!
Meewy Wu!