Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 46
Isle Rules


Notas iniciais do capítulo

OMG é o que eu digo! Vocês estavam animados nos comentários hein? E pra começar o feriado com o pé direito, nada melhor do que um cap novo!
As coisas vão pegar fogo nesse capítulo, e o que vale agora são as regras da Ilha... Curiosos? Então preparem os corações e lá vamos nós!



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Eu esperava tanto uma boa batalha. Mas vocês, me entregaram a vitória de mão beijada.

—Maléficent

...

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8 de maio. 00h01min

—Tudo bem... E agora? – Foi Cherry quem quebrou o silêncio, olhando e volta e recebendo m olhar reprovador de Victor – O que?

—Acho melhor nos irmos – falou ele para ela.

—Vá você – ela grunhiu – Não sou criança, e quero saber o que está acontecendo!

—Calada, Cherry - pediu Cheshire.

—Calada? CALADA? Você está falando sério, pai? – ela grunhiu – Primeiro você some por semanas, então volta louco como um chapeleiro, nos arrastando para o castelo a todo o vapor, e por fim, Carmim some dentro de um espelho. Quero saber o que está acontecendo, e quero saber AGORA!

—Carmim o que?  – perguntou o Valette de Copas para Cherry, entrando no salão silenciosamente como sempre fazia.  Mas em vez de esperar resposta, ele se virou para a rinha de Copas – O que a menina diz, é verdade?

—Com licença, a menina tem nom... – Mas Victor tapou a boca dela antes que acabasse de falar.

—Quieta – ele sussurrou, enquanto seu pai e a rainha de Copas se encaravam.

—Sim, é a verdade – suspirou a mulher, por fim.

—Eu lhe disse... Disse que tinha ido longe demais... – ele exclamou – Por que você nunca me ouve?

—Do que vocês estão falando? – perguntou Victor, confuso.

—Aconteceu – Suspirou Cheshire – Carmim foi para o País das Maravilhas!

—Mas... COMO? – Cherry exclamou. – O país das maravilhas foi destruído! Sumiu! PUFF!

—Não, Cherry... Ele foi deixado em cacos e chamas, mas não destruído – Cheshire esclareceu – estive lá nas últimas semanas... O País das Maravilhas vive! Mas não está nem de perto de ser maravilhoso...

—VOCÊ O QUE? - Exclamou a Rainha de Copas, furiosa.

—E nosso lar se tornou um lugar terrível e inabitado... Carmim é a única que pode restaurar o País das Maravilhas a sua glória – suspirou Cheshire.

—Bem, agora ela está lá – o Valette grunhiu. – E para ter aberto o portal dentro da Ilha, podemos imaginar em que estado!

—Sim, mas coisas não deviam ser desse jeito – Cheshire fechou o rosto para a Rainha – Ela não pode restaurar o País das Maravilhas se estiver quebrada... A maldição de Copas entrou em ação, nada bom virá da magia de Carmim!

—Então... Estamos perdidos – falou Cherry – Miau... Isso está me dando sono!

—Sério? – Victor ergueu uma sobrancelha para ela – Tudo que você consegue pensar é que está com sono?

—Sim – ela deu os ombros, andando em direção à janela – E não me olhe assim, Valette. Não sou parte do time dos mocinhos certo? Não vou me arriscar para salvar o mundo, ou... Ou... Ah Lúcifer. Vocês tem que ver isso!

—Cheshire, a ponte – falou o Valette, apontando para baixo – O que está...

—Ela já sabe – Cheshire exclamou – Malévola sabe que Carmim está fora do jogo. Começou...

...

Hannah riu quando um livro caiu sobre sua cabeça e Will se separou dela, arfando.

—Então... Isso quer dizer que nós estamos bem? – perguntou ele, confuso.

—Eu nunca disse isso – ela ficou séria, arrumando a roupa.

—E isso? – ele tirou uma caixa de chocolates de dentro da mochila.

—Você acha que pode me comprar com uma caixa de chocolates? – Ela ergueu uma sobrancelha.

—Então, você não quer? – ele riu, lhe encarando.

—É claro que eu quero – ela pegou a caixa – E claro que nós estamos bem, bobo!

—Desculpe por falar aquilo de Carmim... Se você acredita nela, eu acredito – ele falou, e recebeu um beijo – Embora todas as provas apontem contra ela...

—Will... – ela lhe olhou feio.

—To brincando – ele riu, enquanto ela revirava os olhos.

—Você é tão infantil... – ela suspirou, colocando o cabelo atrás da orelha e mordendo um chocolate.

—Não devíamos estar aqui tão tarde – ele falou por fim – Se alguém nos pegar...

—Não vão nos pegar – Hannah sorriu – Estamos perfeitamente sãos e salv... AH!

Um clarão verde iluminou toda a grande biblioteca por um minuto.

—Will, o que foi isso? – perguntou ela, piscando.

—Não sei – ele caminhou até a janela mais próxima – Mas não parece ser nada bom...

—Vem da montanha proibida – Hannah falou, olhando para o emaranhado de nuvens que se estendia - Vamos sair daqui...

...

Chris estava surpreso que Will não tivesse voltado até agora. Ele estivera por horas tentando estudar enquanto esperava o melhor amigo voltar. Se alguém conseguiria faze-lo ver a lógica em toda aquela história, era Will. Will sempre tinha uma lógica.

Mas meia noite chegou e nada de Will. Ele virou o conteúdo de sua mochila sobre a cama, procurando o telefone, mas acabou esquecendo quando viu o pequeno bloco de notas amarelo. Havia esquecido completamente daquilo.

Ele pegou um dos livros de latim de Will e começou a tentar traduzir as palavras. E de novo, e de novo. Aquilo realmente não era possível.

“Sinto muito por tudo, Christian”.

“Eu sempre te amei”

Um trovão verde brilhou no ar com um barulho estrondoso. Ele saiu para fora rapidamente, vendo nuvens em espiral se espalhado pelos céus.

Algo estava errado.

...

Quando Mal acordou, foi com as cócegas dos pinceis de maquiagem de Evie em seu rosto. Ela abriu os olhos apenas para ver que estava em um calabouço.

—Como você...

—Ben mandou me ligar. Os meninos estão lá em cima com ele, Carlos está mostrando o vídeo – Evie falou – Desculpe, você tem que ficar aqui em baixo. É onde a concentração de magia da Fada Madrinha fica mais forte.

—Por que agora, Evie? – perguntou Mal, puxando o roupão nas pernas despidas e arrepiadas – Por que minha mãe escolheu justo esse momento? O que ela ganha com isso?

—Eu não sei Mal... Eu não sei mesmo – a outra deu os ombros, e olhou no relógio – Quase uma hora. Ben disse que voltava a uma para ver como você estava, toe, vista isso.

—O que tem aqui? – perguntou ela, olhando desconfiada para a sacola.

—Nada cor de rosa – garantiu Evie, enquanto ela entrava atrás do pequeno biombo que havia na cela, quando Mal saiu, Evie sorriu para ela – Bem melhor.

—Obrigada – Mal sorriu, e um trovão verde iluminou o céu. A filha de Malévola caiu de joelhos – AI!

—O que foi? – perguntou Evie, arregalando os olhos.

—Começou – Mal arfou – Eu posso sentir. Ela está chegando... O Dragão revive!

...

01h00min

Quando o segundo trovão, exatamente uma hora antes do primeiro, iluminou o céu, o estrondo foi tão alto que nenhum ser vivo em Auradon ou na Ilha conseguiu manter o sono. Mas o que veio antes foi pior.

“Ah, Auradon...” A voz de Malévola ecoou por todos os cantos, dentro de cada umas das cabeças “Tola e indefesa Auradon! Lembra-se de mim? Eu tenho certeza que sim... Eu sou aquela quem vocês trancaram em uma Ilha nojenta. Aquela que vocês mais temem”.

Em todas as casas, as pessoas correram para as janelas vendo o céu negro e verde sobre si.

“Eu esperava tanto uma boa batalha. Mas vocês, me entregaram a vitória de mão beijada. Logo vocês vão perceber que Carmim d’Copas já não está entre nós. Isso que acontece quando alguém se mete no meu caminho” A voz continuou “Agora, a única que poderia salva-los está presa no único lugar de onde nunca poderia fugir. Adivinhem a onde?”.

Chris deu um soco no próprio reflexo no espelho. Não. Não podia ser verdade. Carmim não podia estar no País das Maravilhas. Ninguém sobreviveria lá. Ele jogou tudo que viu pela frente dentro da mochila e saiu em disparada.

Aquilo tudo era culpa dele. Se ele tivesse acreditado nela, em vez de ter... Acreditado nela! Aquilo era louco demais até para ele.

Mas ele não a deixaria morrer!

“Logo vocês vão perceber alguns velhos amigos por perto. Não se preocupem com isso... De hoje em diante eu anuncio que a proclamação, onde todo e qualquer vilão deve permanecer na Ilha dos Perdidos, está revogada enquanto eu viver...” ela deu uma gargalhada maligna, que ecoou por ambos os mundos, e então se materializou, em frente à cela de Mal, sorrindo “Vida longa a Rainha Malévola!”.

—Vai embora mãe – grunhiu Mal, encarando Malévola furiosamente – Está fazendo um papel ridículo demais para uma noite só!

—Ah, Mal... O que fez com seu cabelo? Eu gostei tanto quando pintou ele – suspirou Malévola – Bem, podemos concertar isso agora mesmo... O que?

O feitiço de Malévola voou em volta de Mal, e voltou ao cetro.

—Ah, aquela mulherzinha esperta – Malévola riu – Mal, tire o anel!

—Não! – ela exclamou.

—Mandei tirar esse anel! – gritou Malévola, enfiando a mão entre as barras e o puxando do dedo da filha, mas o anel com o símbolo da fera queimou a mão da fada má. – Desgraçada!

—Mal! – Ben chegou, junto com Jay, Carlos, seus pais e muitos guardas – Você! Peguem-na!

—Vossa Alteza – Malévola sorriu – Quanta honra... Por favor, não se estresse tanto, queremos que esteja disposto para o casamento...

—O que? – Mal arfou, mas saiu apenas um sussurro. Ben voou pelo corredor e bateu contra a parede – Deixe-o em paz. Por favor. Deixe todos em paz, mãe! Isso é entre nós duas!

—Ah, que gracinha – As grades sumiram, Evie deu um passo para trás, enquanto Malévola dava um tapa no rosto da filha – Ainda acha que isso é sobre você, querida? Acha mesmo que pode me vencer? Eu estava fraca da última vez... Agora, eu tive meses para me reestruturar. E acho que ouviu meu pequeno discurso. Nem todos os seus poderes poderiam me vencer Mal!

—Carmim... – Evie grunhiu – Por que ela?

—Por que sua “amiga” minhas queridas, é a Rainha do País das Maravilhas – riu Malévola – Ela possui a única magia mais poderosa do que a de Auradon. A magia do Cetro das Maravilhas, aquele que só obedece a legitima Rainha de Copas. É uma pena que ela vá morrer, antes de aprender a usa-la!

—Você é um monstro – Evie gritou – Um monstro!

—Vai deixar que sua amiga fale assim com sua mãe, Mal? – Malévola piscou os olhos para a filha. Al sentiu duas partes de si lutando.

—Pare com isso! – pediu ela para a mãe – Pare!

—Acha que sou eu, quem está fazendo isso? – riu Malévola – Bem, sinto dizer que não tenho nenhuma culpa... Isso tudo é você, querida... É o preço que tem que pagar por usar a magia. Minha magia. Devia ter apreendido a controla-la, antes de usar tanto... Agora, perto de mim, ela é muito mais poderosa.

—Não. Isso não sou eu! Eu não sou assim! – gritou Mal – Eu não sou assim!

—Oh, não? – perguntou Malévola – Tem certeza? Então, você não trapaceou para fazer aqueles coelhos mais despertos? Não sentiu raiva quando seu amigo chorão perdeu a mãe? Não fez contato comigo, noite após noite, dentro dos sonhos?

—Mal... O que ela está falando?- perguntou Ben, apoiado no pai.

—Eu... Eu não... Eu não queria... – ela falou, sem olhar para ele, ainda encarando a mãe.

—Oh, sim, queria... Só não sabia disso – riu Malévola – Essa conexão foi essencial quando tive que convencer aquela garotinha loira a me ajudar.

—Ally – Carlos falou.

—Esta mesma – Malévola sorriu – Tão facilmente influenciável...

—Por que tudo isso? O que você ganha com tudo isso? – perguntou Mal.

—Vingança? Uma coroa bonita? Auradon? – a mãe listou – Quem sabe, o convite para o casamento da minha filhinha amada?

—Nunca governará o nosso reino – grunhiu Adam – Não sem passar por cima de nós primeiro!

—Isso não parece ser um problema – O cetro brilhou, as grades de todas as celas vazias sumiram. Adam, Bela e Ben voaram para um lado. Carlos e Jay para o outro. Os guardas para outro. As grades reapareceram. – Bem, agora, se me dão licença, tenho um reino para governar. GUARDAS!

Guardas de Auradon em uniformes pretos com verde e roxo apareceram em frente armada.

—Levem minha filha e a... Criada dela, até seu quarto. – Malévola riu – Não deixem que ela saia de lá.

...

05h30min

Cherry assistiu enquanto centenas de vilões corriam pela ponte até Auradon. Aquilo não acabaria nada bem.

A sala do trono da mansão de Copas estava mais cheia do que antes. A Rainha e o Rei de Copas estavam em seus tronos, com o Valette pouco atrás deles e seu pai sentado em um dos degraus. Hook havia chegado a pouco, anunciando que Úrsula e Gaston havia escolhido o massacre a Auradon.

Victor estava em outra janela, encarando o mundo em chamas abaixo deles. Seria uma longa noite.

—Ainda não entendo – Victor falou, quando Cherry parou ao lado dele – Qual é a deles dois?

Ela seguiu o olhar dele para o Valette e a Rainha, ainda em sues postos perfeitos, mas diferente dos outros, estavam sérios e indiferentes olhando para frente, como se estivessem pensando em algo muito longe da confusão abaixo dele.

—Nossa história... Bem, a história e vocês, nascidos em Wonderland... É um pouco complicada – Cherry suspirou, encarando o céu que seguia a se estender.

—Você sabe o que está acontecendo, não é? – perguntou ele.

—Bem... Sim – ela suspirou – Mas isso é algo que seu pai terá que lhe contar...

—É eu sei – falou ele, de má vontade, passando o braço pela cintura dela.

—Podíamos subir para o seu quarto e fingir que nada disso aqui aconteceu – Cherry apontou para o salão em volta, agora seu pai gancho discutiam algo em voz baixa.

—As coisas não funcionam assim Cherry – ele suspirou.

—É eu sei – ela lhe imitou – Vou fazer um sanduiche...

Mas se estivesse prestando atenção, ele perceberia que ela realmente não ia apenas fazer um sanduiche.

...

Chapeuzinho deu um pulo quando baterão na porta, e abriu rapidamente, esperando ver Charlotte, mas em vez disso os olhos do único homem que já amou na vida lhe encararam.

—Wolf – ela se abraçou a ele – Não acredito que está aqui!

—Viemos com a multidão – falou ele – Precisava ter certeza que vocês estariam bem.

—Espera... Vocês? – ela olhou para trás dele – Luan?

—Oi, mãe – ele acenou. A palavra parecia tão estranha, ele nunca a viu antes a não ser por fotos. Nunca teve nenhum vislumbre de sua personalidade além das cartas clandestinas que lhe mandava no seu aniversário.

—Ah, meu menininho – ela se pendurou nele – Você cresceu tanto. Era apenas um bebê quando foi para a Ilha com seu pai.

—E Charlotte? Está dormindo? – perguntou Wolf.

—Não, ela... Saiu, e ainda não voltou – suspirou Chapeuzinho. Scoth começou a latir – Scoth, quieto. Scoth... Desculpem, ele não gosta de estranhos. Entrem logo, antes que alguém veja vocês!

Um uivo ecoou e Scoth parou. Um minuto depois, Lottie entrou pela porta dos fundos.

—Fiquei sabendo que estavam aqui – ela falou, sorrindo como se não visse o pai e o irmão há semanas, e não anos, enquanto Scoth pulava no seu colo – Calma garoto. Oi pai!

—Chorlotte... – Falou Wolf lentamente – É você mesma? Esse barulho lá fora, foi você?

—O uivo? – perguntou ela – É, ainda estou trabalhando nisso com Scoth. Então, você é meu irmão...

—E você minha irmã... – Falou Luan.

—Dá pra ver que eu herdei a inteligência – murmurou Lottie – Então, vamos deixar as coisas claras desde o início, certo? O último pedaço de pizza sempre, sempre é meu!

Wolf riu.

—Não nega ser sua filha, não é mesmo? – riu Chapeuzinho ao lado dele, e depois ficou séria – Como estão as coisas do lado dos vilões?

—A Rainha de Copas se recusa a lutar, alguns poucos estão com ela – falou Wolf – os outros estão correndo para cá com tochas e todas as armas que possa imaginar. Vem destruir Auradon.

—Malévola não vai deixa-los destruir Auradon – Falou Lottie, indiferente – Ela quer que todos sofram. Mesmo quem era da Ilha.

—Pode parar de falar essas coisas? Me dão arrepios! – Chapeuzinho se encolheu.

—Desculpe – Lottie deu os ombros – Só estou falando o que eu ouvi. Tem muita gente na floresta hoje à noite...

—AI! Ele me mordeu – choramingou Luan, apontando para Scoth.

—Vocês tem certeza que ele é meu irmão? – choramingou Lottie.

...

Quando o sol nasceu, Malévola estava confortavelmente sentada no trono no salão do castelo de Auradon. A coroa equilibrada entre seus dois chifres.

—Onde eles estão? – grunhiuAlison, entrando marchando no salão – Onde está a minha família!

—Mais respeito, coisinha insolente, ou lhe transformo em uma barata – grunhiu Malévola.

—Nós tínhamos um acordo! Eu ajudava você, nós nos livramos de Carmim, e minha família ficava em segurança durante sua vingança – grunhiu Ally – Onde eles estão?

—Não se preocupe, ninguém tocará neles – Malévola fez um movimento com o cetro, formando um círculo de luz negra onde então apareceu o Chapeleiro e Alice em um calabouço, adormecido – Estão em segurança e bem alimentados, não tem do que reclamar.

—Onde está Christian? – Perguntou Ally.

—Oh, provavelmente na escola – Malévola deu os ombros – Aquela Fada Gorducha realmente é boa no que faz... Não consigo passar pelas barreiras deles, nem controlar Mal.

—Oh, que pena... – suspirou Ally, ironicamente.

—Não me desafie, Alison – Malévola a encarou – Não vai querer me ver irritada.

—Desculpe... Estou nervosa – murmurou à loira.

—Ah, deve estar mesmo. É um anel de noivado em seu dedo? – perguntou Malévola, desdenhosa.

—Hugo pediu minha mão ontem – murmurou ela, tocando o anel – E eu aceitei.

—Oh, que bonitinhos... Não me diga que é amor – riu Malévola.

—Não preciso de amor. Preciso que Hugo esteja ao meu lado para fazer o seu trabalho sujo por mim – Ally deu os ombros – E se um casamento vai garantir isso, bem, pelo menos ele é bonito. E pode ficar assim para sempre.

—Que coisa bela a se dizer – sorriu Malévola – Agora, Alison, tenho um trabalhinho especial para você...

...

07h30min

A manhã nunca foi tão estranha. Quando Chis chegou ao lago encantado, o céu tinha tons de cinza escuro e verde pálido. A claridade era ainda pior que a escuridão, banhando o mundo em um tom triste e infeliz.

Ele encarou seu reflexo na água, esperando um sinal, até que percebeu que não estava sozinho.

—Então, você achou que era só vir até aqui e estaria tudo resolvido? – riu a gata branca na árvore atrás dele. Ela pulou, caindo como uma garota de cabelo rosa – Oh, Hatter...

—Cherry – ele cumprimentou.

—As coisas não funcionam assim, bonitinho – Cherry riu – Você tem que encontrar a nascente do lago. É a última ligação com o País das Maravilhas.

—Carmim não foi por aqui – ele contestou.

—Carmim é especial – Cherry deu os ombros – E se quisermos que continue assim terá que correr Hatter. Não acho que dessa vez Carmim possa salvar a si mesma.

A nascente do lago encantado ficava além da cachoeira, e era pouco maior que uma toca de coelho.

—Como eu vou passar por aqui? – Perguntou ele, mas Cherry havia sumido.

Então uma voz soou na cabeça dele. “Beba-me”

Ele levou as mãos até a nascente, e depois até a boca, engolindo a água em um único gole antes de desmaiar!


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Notas finais do capítulo

Então... Chris finalmente viu a razão, mas será que ele conseguirá mesmo chegar ao País das Maravilhas? E Carmim, será que o portal deu certo ou ela vai ficar perdida "no vazio" para sempre?
E em Auradon? Como as coisas vão seguir? Não percam os capítulos finais de Descendants 2!

Comentem, e até a próxima. Bjs, Meewy!