Um Amor que Cura escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 16
Lua de Mel


Notas iniciais do capítulo

-Sem Nyah não deu de postar na quinta, então vai hoje né?!

—Enfim Alberto e Adélia estão rendidos ao amor que os uniu...

Boa leitura!!!



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–Que lugar lindo! -Adélia estava encantada com a beleza do lugar, um jardim imenso e convidativo se estendia em volta do chalé. – Não tem ninguém morando aqui?

–Não, mas tem uma senhora que cuida da limpeza, costumávamos passar os verões aqui na minha infância, não é um hotel de luxo mas prometo que tentarei fazer com que você se sinta muito bem.

–Que bobagem! Não preciso de hotel de luxo, preciso de você!

Alberto a olhou encantado com as diversas faces dessa mulher, agora estava a cada minuto mais solta e demostrando o que sentia, ainda não tinha dito que o amava, mas as atitudes eram as de apaixonada, isso era suficiente para Alberto.

–Então minha querida, vamos começar a aproveitar nossa lua de mel, afinal antes tarde do que mais tarde. -falando isso a ergueu nos braços e a beijou ternamente nos lábios. -Agora vamos seguir a tradição, embora meio ao contrário vou entrar com você nos braços.

Adélia riu e se agarrou ao pescoço dele, não poderia estar mais realizada do que naquele momento.

***

Passeios de mãos dadas ao amanhecer, café na varanda, piquenique a tarde. Os dois estavam aproveitando o máximo aquele períodos juntos, como se conhecendo melhor, sabendo um dos gostos do outro, suas pequenas manias, seus desejos mais profundos.

–O que tem atrás da clareira?

–Ah uma cachoeira.

Os dois passeavam pelos caminhos floridos e cheios de árvores e plantas.

–Cachoeira? Podemos ir até lá?

–Claro, mas acho melhor tarde que estará mais quente o que acha?

–Pode ser.

A tarde fizeram o caminho até a cachoeira, quase na chegada, já puderam ouvir o som das corredeiras e das águas despencando pelas pedras.

–Esse barulho é maravilhoso.

–Sim, paz e leveza.

Alberto estava admirado com o desprendimento da esposa, não cansava um minuto, ativa, durante o dia estavam sempre em alguma atividade, e a noite estava sempre disposta a estar com ele se entregando completamente.

–Meu Deus, é lindo! Perfeição, só essa palavra define esse lugar.

–Eu devia ter te trazido antes aqui, mas acabei esquecendo.

–Olha amor, que água limpinha, podemos entrar?

Alberto ficava maravilhado como os olhos dela brilhavam e como se entregava quando seus sentimentos estavam mais ampliados, e revelava o que sentia sem mesmo perceber, chamando o de amor, com uma empolgação contagiante diante do lugar incrível que estavam vendo.

–Hum, tenho um pouco de medo de você se machucar, mas podemos entrar no raso.

–O que? Eu me machucar? Não sou de vidro Alberto!Quando menina vivia correndo pelos campos da fazendo, no ribeirão... Ah você não lembra?

–Lembro pouco, mas hoje você parece tão delicada.

–Eu acho que você está com medo!

–Eu? Claro que não!

–Então quero ver.

Adélia correu na frente dele, enrolando o vestido na mão deixando apreensivo.

–Adélia devagar! -mas quando a viu tirar com rapidez o vestido arremessando longe ficando só de combinação e dar um mergulho o coração começou a bater acelerado diante de tanta beleza.

Alberto tirou suas roupas e sapatos sobre olhar da esposa que já nadava faceira. E quando ele sentiu o gelado da água quase desistiu.

–Meu Deus, essa água está gelada!

Adélia deu uma gostosa gargalhada.

–Alberto, pare com esse drama e venha nadar comigo, meu amor!

–Ai ai ai, está agindo como uma menina levada, vou ter que te dar um castigo...

–Só quando me pegar! – ela começou nadar rápido e ele ainda vencendo o gelo na pele.

–Não vale, eu sou um péssimo nadador, nunca vou te alcançar assim.

–Que marido dramático eu arrumei. -Adélia disse reproduzindo uma expressão parecida com a que ele usou antes.

Alberto entrou na água completamente e se surpreendeu quando sentiu as mãos dela o abraçando chegando por trás encostando o corpo feminino no seu.

–Pronto, vou te ajudar... -ela disse no seu ouvido.

–Adélia, Adélia... Você está me deixando louco.

Ele se virou para ela enlaçando seu corpo e se unindo num beijo quente.

***

No domingo, último dia naquele paraíso, Adélia acordou antes de Alberto, ficou um tempo analisando as feições do marido, parecia um menino dormindo. Depois levantou e foi até a cozinha, já estava tudo encaminhado para o café, observou que a responsável por isso, já tinha deixado tudo pronto, era como um passe de mágica. Foi até o jardim atrás do chalé e sentou num banco colocado estrategicamente voltado para as montanhas, e se deixou ficar ali, sentindo a brisa no rosto e sentido o cheiro de rosas.

–Aqui está você! -Sentiu as mãos do marido nos ombros.

–Eu vim aproveitar e admirar esse lugar lindo.

–Por que não me chamou! – ele se sentou ao lado dela, puxando o corpo delicado perto do seu e se unindo num meio abraço.

–Você dormia tão profundo, não quis te acordar.

–Linda! – ele a beijou e depois acomodou a cabeça dela em seu peito. -Voltaremos aqui sempre que você quiser. Na semana que vem se desejar!

–E seu trabalho?

–Meu pai pode muito bem ficar uns dias sem mim, posso até tirar umas férias, mas ai faremos uma viagem a outra cidade ou país, que você deseje conhecer, mas podemos antes passar alguns dias aqui.

–Eu iria amar, mas quero terminar meu curso na escola técnica... Posso fazer isso né?

–Adélia! -ele levantou o rosto dela para que pudesse ver seus olhos. - Porque não poderia meu amor?

Ela sorriu ao ouvir o carinho dele.

–Sei lá. -ela baixou os olhos olhando para frente. -Antes talvez não se importasse porque não gostava de mim, agora sou sua esposa de verdade, pode achar ruim eu sair tanto para estudar.

–Olha para mim Adália. -ela obedeceu. - Quando sugeri que você tivesse ocupações, que voltasse a estudar... Eu já gostava de você... Gosto de você desde o dia que teimosa, ficou doente de tanta friagem que pegou dormindo naquela banheira. Eu amo você Adélia, e para mim não existe divisões, você tem direito de ter uma profissão, de sentir-se parte da sociedade. Minha linda você pode fazer o que quiser, tudo o que quiser... Pode ser uma romancista se quiser. Eu serei seu leitor número um.

Ela sorriu e levantou a cabeça o beijando com carinho.

–Alberto, eu também amo você... Amo muito você, amo como nunca amei ninguém.

Os olhos dele se encheram de lágrimas.

–Adélia essa declaração é a mais linda de todas as palavras que já escutei no mundo. E fico feliz por ter conquistado um lugar no seu coração.

Eles se beijaram novamente, ambos com a sensação de alegria plena.

***

Na capital

A velha andava na frente do rapaz a passos rápidos.

–Aqui, cuidado ela está muito frágil.

O rapaz entrou no quarto desejoso de que não fosse ela e sim algum engano.

–Alberto!

Era ela... Pálida, magra, cheia de escoriações pele, um cheiro desagradável saindo do seu corpo.

–Ela está nas últimas. - a velha falou baixo. -Ela quis tanto te ver que provavelmente isso a deixou viva até agora.

–Ele se aproximou receoso da cama e os olhos dela focaram em seu rosto.

–Não! – disse numa espécie de grito.- Não esse não é o meu Alberto!


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Notas finais do capítulo

Adélia ousadinha hummm o que o amor não faz né!? Eu já estaria ousando e usando desde o primeiro dia esse Alberto kkkkk =D

Beijos



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