Um Amor que Cura escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 14
Encontro de Almas


Notas iniciais do capítulo

Adélia, finalmente vence seus medos e se entrega a esse amor que cura suas feridas!

Boa leitura!!!

A primeira parte desse capítulo é tipo #inlove... Amo demais!!!



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É tão difícil falar, é tão difícil dizer coisas que não podem ser ditas, é tão silencioso. Como traduzir o profundo silêncio do encontro entre duas almas? E dificílimo contar: nós estávamos nos olhando fixamente, e assim ficamos por uns instantes. Éramos um só ser. Esses momentos são o meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isso de: estado agudo de felicidade. Estou terrivelmente lúcida e parece que estou atingindo um plano mais alto de humanidade. Foram os momentos mais altos que jamais tive.

Clarice Lispector

–Adélia está bem?- a colega, assustada perguntou.

Não ela não estava se Alberto fosse convocado, ela jamais se perdoaria, ele iria para longe e nunca saberia… o quanto ela o amava… isso ela o amava mais que tudo. Nunca imaginou que isso seria possível, Joab ainda estava presente em sua alma, mas Alberto tinha um lugar próprio dentro dela. As amigas a rodeavam perguntando como se sentia, antes estava pálida e agora vermelha. Ela se levantou e afastou as mãos preocupadas dizendo:

–Estou bem, preciso ir agora. - e saiu correndo, lembrou que Alberto havia comentado que passaria o dia na prefeitura, nem almoçaria em casa, para resolver questões de liberação de terreno para construção popular, era esse o destino dela, em três quadras estava o prédio amarelo onde o pai havia conquistado o cargo com base no casamento da filha, entrou a recepcionista a reconheceu, já esteve ali com Alberto para pegar alguns papéis, e quando ia perguntar por ele, o viu saindo de uma sala com vários homens, mas não viu quem era apenas seguiu seu coração.

–Alberto. - gritou e saiu correndo até ele que levou um segundo para percebê-la e ficar com um olhar assustado.

–Adé… – antes de ele concluir sua exclamação se surpresa, ela se lançou em seus braços e o beijou intensamente, no início em choque ele nada fez, mas no mesmo momento, a agarrou e correspondeu o beijo era como se o mundo estivesse rodando em câmera lenta e eles só conseguiam sentir um ao outro.

–Eu sei que vocês são casados há pouco tempo, mas, por favor, estão fazendo uma exibição publica desnecessária. - Adélia reconheceu a voz do pai, e mesmo sem vontade se desprendeu do beijo e encarou primeiramente Alberto, que estava com olhar confuso e cheio de desejo.

–Me desculpem… Estava escutando a chamada no rádio, e fiquei com tanto medo de… -ela o abraçou com força. - Alberto!

–Adélia, também escutamos, mas graças a Deus não fui chamado. Eu também tive medo que me convocassem. - eles se olharam mais uma vez. –Não suportaria ficar longe de você. –ele disse segurando o rosto entre suas mãos.

–Bom graças a Deus meu genro não foi chamado, mas temos um dia cheia pela frente querida, você precisa ir para casa.

–Claro, novamente me desculpem, eu não pensei muito no que estava fazendo.

Enquanto ela se explicava para o pai, Alberto não parava de olhar para ela estava encantado e apaixonado, sim apaixonado como nunca esteve por ninguém.

–Eu vou deixar vocês trabalharem, nos vemos em casa.

–Claro meu amor. - ele deu um beijo demorado na mão dela, e trocaram um olhar cheio de significados.



***



Naquela noite durante o jantar, Alberto estava alegre, brincalhão de um jeito que Adélia nunca tinha visto, estava sustentando o olhar dela durante mais tempo, e por diversas vezes suas mãos se esbarram na mesa e ele não recuou. Era incrível se sentir assim tão viva depois de todo o sofrimento que passou, Adélia sentia-se repleta de um sentimento que não sabia bem definir.

Assim que terminaram o jantar foram para biblioteca tomar vinho e conversar.

–Fiquei feliz em te ver hoje lá na prefeitura. -Alberto falou devagar como que relembrando a cena de mais cedo.

Adélia corou na mesma hora.

–Mas meu pai não gostou muito.

–Seu pai não importa, o importante é nós dois, não acha.

Ele segurou a mão dela entre as suas estavam sentados numa poltrona de dois lugares.

–Você tem razão.

–Eu estava pensando…

–Pensando? - Adélia parecia uma colegial ansiosa pelo que estava por vim.

–Se você, linda dama não quer me dar a honra dessa dança.-ele falou levantando.

–Mas nem tem música.

–Eu tenho uma música na minha cabeça, venha e deixe eu te guiar.

Adélia abriu um enorme sorriso e aceitou, ficou de pé e ele a envolveu em seus braços e começou a dançar lentamente, Alberto sussurrava uma melodia e a olhava profundamente, naquele momento eles dois sabiam que desejavam um ao outro e que ambos estavam rendidos aquela paixão. De repente ele parou de rodopiá-la e se aproximou dela.

–Nada nesse mundo me deixou mais feliz que seu beijo hoje de manhã… e acredite nem todos os sabores do mundo chegam aos pés do sabor do seu beijo.

A respiração dos dois estava alterada e assim olhos nos olhos, se deixaram envolver em um beijo ardente e demorado.

–Eu nunca desejei uma mulher assim como estou te desejando minha Adélia… Chega a doer…- ele ia dizendo enquanto beijava o pescoço dela e a sentia arfar em seus braços.

Não havia mais dúvidas para nenhum dos dois, eles estavam na mesma sintonia, no mesmo desejo, com a respiração alterada Adélia se desarma de todo o pudor e diz:

–Já somos casados… agora me faça sua mulher. – sua voz sussurrada no ouvido de Alberto provocou uma explosão de sensações.

Ele a ergueu nos braços provocando uma gostosa gargalhada em Adélia. A levou para o quarto entre beijos e carícias foram vivendo aquele fogo de amor, mas algo de repente fez com que Adélia recua-se de maneira arredia.

–Pare! -Alberto que estava sobre ela na cama, parou com olhar surpreso.

–O que aconteceu eu pensei que você queria… você disse que queria…- ele estava confuso e decepcionado e foi levantando e abotoando a camisa novamente automaticamente..

–Não, por favor Alberto.-ela levantou e o puxou para perto de si, ficaram ambos respirando bem próximos, corpos colados e olhos nos olhos.- Talvez o que eu diga agora mude o que você sente, ou mesmo a imagem que tem de mim… -Alberto com os nervos a flor da pele ficou esperando o restante da fala. - Eu não sou uma mulher virgem, não como as moças que normalmente esperam encontrar os homens na primeira noite. Não quero te decepcionar…

O olhar doce da mulher, e a voz carregada de medo provocou em Alberto ainda mais o desejo de ter ela completamente em toda a sua forma e beleza.

–Meu amor.-ele beijou delicadamente sua boca.- Você é virgem para mim, e essa é a primeira noite de amor de nossas vidas, a nossa primeira noite de amor, nada antes disse importa, nada vai fazer eu te desejar menos ou te amar menos.

Ele voltou a beijá-la com carinho e intensidade, e foram se desvendando aos poucos, quando Alberto viu as costas nuas de Adélia, parou e sentiu uma dor imensa, em toda a extensão de suas costas, ela tinha cicatrizes enormes, ele lembrou-se da história, do próprio pai açoitando a filha até ela ficar inconsciente, com lágrimas nos olhos Alberto beijou todas aquelas marcas desejando apagar esse sofrimento da vida dela. E assim tiveram a primeira noite de amor, plena e repleta de afeto, desejo e cumplicidade.


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Notas finais do capítulo

Queridinhas que acompanhavam essa web/fic no tumblr preparem-se estão chegando capítulos novinhos... ;)

Beijos