Efeito Dominó escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 1
Capítulo 1: Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá novos leitores! Bem, novamente tô trazendo uma long-fic SasuSaku. Faz tempo que não mexo com esse casal, desde SasuSaku - Amor e Amizade. Bem, vou logo informando que espero que essa fic tenha uma boa aceitação, assim como a última totalmente sasusaku que eu fiz. >:)

Boa leitura! Aguardo a opinião de vocês!! :D



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Eu o odiava desde aquele dia. Como eu tinha raiva deste ser desprezível que se achava inteligentemente superior a qualquer outro. Certo que eu talvez tenha cometido um erro monstro e que, provavelmente, tenha sido isso que o instigara a continuar me irritando. Porém, agora me preocupo mais em como não encará-lo naquela faculdade. O que se tornava cada vez mais complicado já que nossas salas eram, pelo menos de segunda a quinta, uma ao lado da outra.

[...]

Cinco dias antes...

Deveria ser uma simples quarta-feira pela manhã. Eu, logo ao término da aula, simplesmente decidi que deveria passar o restante do dia presa na biblioteca da faculdade na companhia de um exemplar de “Princípios Básicos da Análise do Comportamento” dos ilustres autores Carlos Augusto de Medeiros e Márcio Borges Moreira. E era assim que deveria ser. Encontrei o livro na prateleira e, em seguida, caminhei pelos corredores em busca de um local vago. Pelo visto, naquele dia, todos pareciam ter resolvido usar-se da biblioteca. Bem, isso não me impressionava. Com o período de provas semestrais se aproximando, era óbvia a apreensão de alguns que deixavam para estudar toda a matéria dada no último momento.

Joguei minha bolsa sobre a mesa vaga exatamente no final do corredor. Por ser um lugar estrategicamente localizado abaixo do ar-condicionado e pouco iluminado, pouquíssimas pessoas iriam sentar-se ali. Porém, para mim, era perfeito. Isso significava que ninguém ficaria tentado a dividir uma mesa comigo, o que, de fato, deixava-me extremamente feliz. Abri o livro e o caderno exatamente ao mesmo tempo. Eu folheava despreocupada e sem muita animação. Afinal, eu já estava praticamente passada neste semestre e, ao contrário de muitos ali, eu não me preocupava com as provas.

― Se importa se eu sentar do seu lado? ― uma voz definitivamente masculina chegou aos meus ouvidos. Encarei o dono daquela voz e, internamente, senti meu corpo aquecer-se. Ele era, indescritivelmente, lindo. Sua pele era tão alva quanto a neve. Seus cabelos e olhos negros contrastavam facilmente com sua palidez. Um sorriso de canto estava erguido em seu rosto, de forma que, meus olhos instantaneamente fixassem-se em seus lábios finos.

Encarei a cadeira vaga ao meu lado e novamente o rapaz a minha frente. Observei a mochila negra que ele carregava em suas costas, assim como observei a camiseta branca abaixo da aberta blusa xadrez avermelhada e os jeans levemente esbranquiçados. Eu poderia estar fazendo uma inspeção desnecessária, mas sabia que isso não se tornava incômodo para ele, afinal, o rapaz não retirara o sorriso dos lábios em nenhum momento.

― Eu não quero passar a noite com você! ― respondi gritando. Todos na biblioteca encararam o rapaz a minha frente. Ele, mesmo não aparentando muito, ficou constrangido e afastou-se.

Ele sentara à minha esquerda fazendo a diferença entre nossa distância tornar-se de apenas três mesas completas. Assim como os demais, voltei minha vista aos livros, mas preocupei-me por, quem sabe, ter exagerado. Talvez fosse a quantidade de livros sobre a mente humana, especialmente a masculina, que eu vinha lendo e que faziam com que meus pensamentos tornassem-se incontroláveis, de modo que, eu simplesmente acabava descontando minhas frustações nos outros.

Quando, minutos depois, eu finalmente fechei o livro e ergui-me da cadeira, busquei com os olhos o rapaz. Ele permanecia inerte aos livros e cadernos. Um pequeno tablet estava ligado sobre a mesa. Recolhi minhas coisas e coloquei-as dentro da bolsa. Peguei o livro que eu lia e coloquei-o abaixo do braço. Arrumei, de forma inconsciente, a jaqueta vermelha sobre a blusa preta e puxei lentamente as pernas do short jeans que eu usava, fazendo com que o tecido descesse alguns milímetros por minhas pernas.

Pé ante pé, aproximei-me do rapaz. Com fones nos ouvidos, ele provavelmente não percebera minha presença até que eu estivesse em sua frente. Eu o vi retirar o fone e logo em seguida, encarar-me. Seus olhos negros e indecifráveis pareciam trilhar caminhos incontroláveis por meu corpo, desde os meus exóticos cabelos rosados até meu par de all-star com caveiras desenhadas com canetas coloridas. Um meio-sorriso brincalhão surgira em seu rosto, deixando-me demasiadamente irritada, mesmo sem que eu soubesse a razão.

― Eu estudo Psicologia e sei o que os homens pensam. ― resmunguei rapidamente torcendo para que as palavras de meu magnífico discurso não se embolassem na ponta de minha língua. Ele tamborilou a caneta azul pela mesa. O som irritante fazendo-se presente no silêncio da biblioteca. ― Você ficou constrangido, não foi?

Fora então que percebi que havia cometido a maior de todas as idiotices no momento. Ele fechou o grosso livro que lia e sorriu divertido em minha direção, deixando que a caneta tocasse o tampo de vidro da mesa. As palmas de suas mãos espalmaram a mesa provocando um grande estrondo e fazendo com que todos nos encarassem.

― Duzentos reais por uma noite? Isso é um roubo! ― gritou a plenos pulmões. Todos olhavam chocados para mim. Eu me sentia um pequeno ratinho de laboratório enquanto todos os cientistas malucos aguardavam por uma ação inesperada, como por exemplo, que meu pelo mudasse de cor ou então que eu começasse a cantar ópera. Ele ergueu-se e fechou os livros e cadernos, colocando-os abaixo do braço direito. Minhas bochechas estavam, sem sombra de dúvida, rubras. Aquilo era, deveras vergonhoso. Sim, eu havia errado, mas isso não significava que ele precisasse causar tamanha cena. Aproximou-se de mim e quando eu pensei que ele simplesmente passaria e seguiria rumo à saída, sinto seu corpo ceder ao meu lado. Sua respiração, quente e plenamente controlada, cessou na base de meu pescoço. ― Eu faço Direito... E sei muito bem como inverter a culpa.

[...]

Só depois descobri seu nome. Sasuke Uchiha, aluno regularmente matriculado no quinto período do curso de Direito. Ao contrário de uma caloura como eu, ele parecia pertencer a outro mundo. Porém, a vergonha e humilhação ficaram carimbadas em minha vida acadêmica desde aquele desventurado encontro. Suspirei lentamente quando finalmente alcancei o corredor de salas do bloco A. Os dizeres: Sala 01, estavam graficamente estampados na porta branca. Esta seria a minha sala de hoje em diante graças a uma mudança radical na alocação de turmas.

Entretanto, os dizeres da porta à frente faziam os pelos de meu antebraço rapidamente arrepiarem-se. Encarei a Sala 02 pelo pequeno visor de vidro. Cerca de uma sala inteira ocupava aquele lugar. Fora então que eu o vi. Sentado logo na segunda fileira, na última cadeira do canto esquerdo. Os braços levemente curvados sobre o apoio da cadeira. Os livros escorados no pequeno espaço próximo à seus pés. Os olhos atentos a qualquer que fosse a explicação do professor. Deixei que um suspiro irritadiço escapasse por meus lábios quando dera-me conta de minha, agora, eterna desventura. Se pudesse, eu nunca mais o veria, mas com a alocação de turmas como a que havia ocorrido, esse pensamento tornava-se quase que impossível.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e vejo vocês no próximo capítulo, ok? Beijos e abraços!