Xeque Mate escrita por Lady Allen


Capítulo 3
Pássaros & Memórias


Notas iniciais do capítulo

Heey gente, estou tão feliz com todos os reviews, nunca pensei que teria tantos leitores e que seriam tão bons... Eu amo vocês, vocês não imaginam o quão feliz eu fico com todos esses reviews amáveis de vocês, decidi postar ainda essa semana porque o capítulo 5 ficou pronto e eu estou ansiosa para chegar até ele e postar logo rsrs



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26 de Dezembro de 2000

Bonnie abriu os olhos e encarou o teto branco, mas onde ela estava? Ela olhou ao redor e no quarto só havia uma escrivaninha, uma pequena janela fechada com tábuas e a cama onde estava deitada.

Ainda estava encubada, ela não sabia, mas havia sete meses que estava em coma e seis meses que estava internada secretamente naquele lugar.

— Doutor ela acordou — uma enfermeira gritou olhando pela pequena janelinha de vidro na porta.

Alguns minutos depois a porta foi destrancada e um homem alto, negro, de olhos castanhos, de porte atlético, entrou no quarto.

— Olá, eu sou o doutor Marcellus Gerard, mas pode me chamar de Marcel — ele a examinou e mandou que tirassem os aparelhos.

— Como eu me chamo? — a mulher perguntou assustada.

— Você não se lembra? Do que você consegue se lembrar? — o médico perguntou.

— Nada, tudo é um grande borrão na minha cabeça — apontou para a cabeça.

— Vamos fazer alguns exames — ele disse sorrindo — Tudo ficará bem, eu lhe prometo — segurou a mão delicada da mulher.

28 de Dezembro de 2000

Damon havia ido visita-la quando recebeu a notícia sobre o despertar do coma e a falta de memória da jovem mulher. Percebendo ali que poderia se aproveitar da situação, Damon pediu para que Marcel permitisse que ele conversasse com a jovem.

— Boa tarde — Damon ficou em pé em sua frente — Eu sou... Meu nome é Isaac — mentiu — E o seu?

— Eu não sei — se encolheu sentada abaixo da grande e velha árvore.

— Então vamos te chamar de... — ele reparou que Bonnie olhava encantada para um pequeno pássaro vermelho sangue que estava alimentando seu filhote — Você gosta de pássaros? — perguntou e ela assentiu — Então vou te chamar de passarinha, pode ser? — ela sorriu como uma criança — O que você acha tão bonito em uma mamãe pássaro dando comida para o bebê dela?

— Eu não sei, só sinto como se a entendesse...

Damon sentiu o coração apertar dentro do peito, caminhou até Bonnie e depositou um beijo no topo da cabeça da moça que se assustou.

— Nos vemos outro dia passarinha — acenou e foi andando.

— Promete? — o pedido da moça o surpreendeu.

— Prometo — e foi embora.

13 de Setembro de 2003

23h56min

Havia quase três anos desde que Bonnie havia sofrido o acidente e estava internada em uma clínica no meio do nada, Damon vinha visita-la secretamente de vez em quando.

Ela havia criado com ele uma relação de amizade, embora de uns tempos para cá ela sentisse seu coração acelerar demais perto dele, ela amava quando ele a chamava de passarinha, sentia falta dele quando ele não aparecia e odiava ver aliança dourada em seu dedo.

Embora Damon não quisesse admitir ainda a amava.

Bonnie estava lá deitada olhando para o teto branco, alguns pacientes gritavam alucinando, outros apenas pediam para ir embora e ela, bem, ela pensando em seu “Isaac”. Ela havia percebido que as visitas estavam cada vez menos frequentes e teve medo de um dia elas cessassem de vez.

Então ela chorou.

04 de Fevereiro de 2005

Damon não havia nunca mais voltado a visita-la, Elena havia convencido Lily a proibir o filho de ir até lá ver sua Bonnie, sua esposa de verdade, a passarinha que não se lembrava de nada.

— Filho — Lily entrou no escritório — Você tem que ser forte.

— O que aconteceu com Liz? — Damon levantou assustado.

— Não foi com ela — abaixou a cabeça.

— Bonnie... — os olhos começaram a marejar.

— A ala da clínica em que Bonnie estava pegou fogo, todos estavam no pátio, menos Bonnie — Lily fingia sentir compaixão — Bonnie está...

— Não — Damon abaixou a cabeça.

— Damon... — Elena tentou falar.

— Não diga... Ela não está... — Damon derrubou tudo o que estava na mesa no chão — Não, não, não, não — repetia gritando.

— Ela está morta Damon, aceite — Lily vociferou segurando os braços do filho — Quando uma pessoa morre, ela jamais volta para nós, Bonnie já estava morta para você há muito tempo.

— Mãe... — Damon caiu sob os joelhos abraçando as pernas da mãe, Elena revirou os olhos, embora seu coração doesse por saber que tinha culpa em todo o sofrimento de Damon.

— Elena prepare todo o funeral de Bonnie, embora não tenha corpo, colocaremos um caixão na lápide da nossa família — Lily disse.

— E se um Elizabeth perguntar sobre quem ela é? — a moça questionou.

— Então nesse dia arrumaremos uma outra mentira, agora vá e faça o que eu te ordenei — vociferou e Elena saiu.

*

Estava tudo escuro, Bonnie estava encolhida escondida atrás da árvore onde Marcel havia pedido para que ela ficasse, ele lhe pedira que Bonnie ficasse em silêncio até que ele viesse ao seu encontro.

— Querida — Marcel apareceu em frente a ela — Pegue isso — entregou uma mochila — Eu vou te deixar na casa da minha namorada, lá você ficará em segurança.

— Segura? O que eu devo temer?

— Guarde esse nome e fuja dele — secou o suor que escorria na testa — Lily Salvatore, aquela mulher é um monstro e ela te matará para conseguir o que quer, você só está viva porque eu fingi aceitar um acordo com ela, mas decidi salvar você — contou.

— Mas por que ela quer me matar?

— Para começar ela é louca e para piorar o filho dela te ama.

— Mas quem é o filho dela? — perguntou assustada.

— Damon Salvatore, o seu Isaac, não é Isaac coisa nenhuma, o nome dele é Damon e o motivo de toda essa confusão eu não sei, tudo o que sei que é que ele te internou para que você ficasse longe da família e pediu para que eu mantivesse segredo sobre isso, mas Rebekah achou melhor que eu te contasse tudo e ela te ajudará a encontrar uma maneira de lembrar-se de tudo.

Bonnie assentiu.

Estava confusa demais para contestar ou questionar.

*

27 de Março de 2008

Bonnie não conseguia se lembrar de nada e se recusava a tentar fazê-lo, havia pedido para que Rebekah mantivesse segredo sobre tudo o que sabia sobre ela. Bonnie agora se chamava Cassie Mars e trabalhava como secretária na empresa dos pais de Rebekah.

Havia se mudado para Nova Orleans onde Rebekah havia lhe arrumado emprego na sede da empresa da família, lá Bonnie vivia com Camille, sua melhor amiga, uma bartender estudante de psicologia.

Rebekah e Marcel haviam se casado e haviam se mudado para Nova York, Bonnie era a madrinha do primeiro filho do casal.

A bela secretária tinha que dividir a atenção da melhor amiga, Camille, com o namorado dela, irmão de Rebekah, Klaus Mikaelson. Embora Bonnie gostasse de Klaus, ela sabia que ele tinha um amor platônico por Caroline Forbes, a secretária dele. Já Bonnie era a secretária e amiga confidente de Elijah e Kol, o Mikaelson mais novo, nutria uma paixão por ela e ela se aproveitava disso.

— Bonnie eu vou jantar com meu namorado lindo — Camille beijou a bochecha da amiga — Te vejo mais tarde.

— Cuidado com o lobo mau Cami, ele pode te comer — brincou.

— Já mandei parar de assistir filmes de bruxas, vampiros e lobisomens mocinha — deu um tapa no braço da morena — Arrume um namorado — aconselhou.

— Não, estou bem sozinha, amo minha solidão.

— Ou ainda não superou sua paixão pelo cara da clínica? O tal de Isaac, que não era Isaac?

— Esqueça isso e vá para o seu jantar — jogou uma almofada na loira.

— Te amo Bonnie — trancou a porta.

— Também te amo Cami, cuidado — gritou.

Ela caminhou até a cozinha e abriu a geladeira, pegou uma fatia de pizza e colocou no micro-ondas e se sentou no balcão da cozinha e ficou assistindo. Na TV passava uma reportagem sobre casamentos e de repente uma capelinha em Las Vegas abriu suas portas e Bonnie sentiu sua cabeça doer.

— Bonnie Bennet você aceita se casar com Damon Salvatore? — o colsplay de Elvis Presley perguntou.

— Eu aceito — era sua voz.

De repente tudo virou um borrão novamente, nada de lembranças, o micro-ondas começou a apitar e Bonnie ainda pensava sobre as imagens que apareceram em sua mente.

— Eu não vou me importar com isso, Marcel me disse para me manter longe deles — falou sozinha e se sentou no sofá.


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Notas finais do capítulo

Tenho duas notícias para vocês: 1- Vocês me odiariam se eu escrevesse Klamille ao invés de Klaroline? É que gosto muito de Klaroline, mas Klamille ganhou meu coração nessa Season 2. Notícia 2- PEDI UM TRAILER PARA A FIC, ESTOU TÃO ANSIOSA PARA VÊ-LO. Vocês dariam que nota para o capítulo? O que está faltando na história? Quero que saibam que sempre poderão opinar sobre a história. Os BC's estão ficando bons? Então até em breve... Beijooos:3