Um presente para Snape [One-Shot] escrita por Lallolaz


Capítulo 1
Capítulo 1




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Fred olhou novamente no corredor vazio. Há essa hora, todos deveriam estar no Baile. Assobiou alto o suficiente para que seu irmão escutasse e saísse de seu esconderijo com as coisas necessárias para sua pequena “festa”.

Ande logo, Jorge. Os Fantasmas da Torre sempre aparecem nesses momentos. – comentou Jorge, pegando metade da munição e colocando em sua bolça.

Estão bem longe, garanto. – murmurou Jorge, olhando novamente o Mapa do Maroto. – Vamos com isso, estou louco para ver a cara do Snape.

Fred sorriu. O que ele e o irmao mais queriam no momento era mostrar a Snape que dar notas baixas aos dois não era uma opção. Mesmo que sua poção tenha virado veneno e matado o gato que deveria ter sido curado.

Ele não perde por esperar, Jorge.

Ambos andavam calmamente pelos corredores, até mesmo cantarolavam uma música alegre e engraçada. Viraram uma esquina e deram de encontro com o “Trio de Ouro”.

Harry, Ronnie, Mione! – Gritou Jorge, os saudando.

Espero que não estejam aprontando a essa hora. – Fred os fitou de modo travesso.

Deixem isso por nossa conta! – Jorge terminou a frase do irmão.

Voltem para seus quartos ou chamaremos Percy. Ele sim vai colocar juízo nas cabecinhas ocas de vocês. – Disse Fred, imitando a voz e os gestos dos irmão monitor.

Harry, Ronnie e Hermione seguiram em direção ao quarto. Logo de cara perceberam que eles estavam tramando algo. Os três viraram o corredor.

Quem vocês acham que será o alvo da vez? Será Filch? – Perguntou Ronald.

Logo descobriremos, agora temos que terminar o dever de transfiguração que, se entregar antes, vale mais... – Hermione murmurou.

Harry e Ronnie não ouviam mais a amiga, apenas tentavam escutar os passos dos gêmeos para ter alguma dica de para onde eles iriam. Porém, ao dobrarem mais um corredor, perderam os sons e qualquer sinal do que iria acontecer.

Esses três continuarão nosso legado, Jorge.

Pode apostar que sim, Fred.

Estavam orgulhosos com isso, senão animados. Finalmente chegaram à pequena sala de estoque de ingredientes do professor de Poções.

Dentro da sala, haviam prateleiras de madeira pregadas à parede a grosso modo. E, nas prateleiras, se enxergava uma infinidade de frascos das mais variadas cores e diferentes formatos, alguns vazios, outros pela metade ou só com um resto. Era raro um frasco cheio. Numa prateleira abaixo, tinham vários tipos de ervas e o mais importante instrumentos para fazer poções.

Por onde começamos, meu caro Fred? – Disse jorge ao irmão.

Aquela erva ali não tem uma aparência boa e o cheiro desagradável combina com a aparência. – Fred respondeu pensativo.

Jorge franziu a testa e arqueou a sobrancelha.

Acho que teremos que procurar no livro de poções algo específico pra o que queremos.

Ou... – Começou a pensar Fred. – Podemos misturar tudo e ver no que daria, Jorge. Eu não me importaria de explodir uma coisa ou duas.

O barulho nos entregaria. – Fred retrucou, mudando o tom da voz para o mais sério que ele conseguia. – Então Filch apareceria e perderíamos pontos da Taça das Casas. – Completou.

Você está parecendo a Mione. – Jorge fez uma careta ao completar.

E você o Ronald. – Bufou.

Certo, toma o livro idiota. – Jorge resmungou, arrancando-o de dentro da bolsa.

O menino pegou o livro da mão do irmão e o analisou cuidadosamente, procurando com toda atenção uma erva que fosse suficiente para causar o estrago que os meninos queriam causar.

Nesse livro não consta nada, acho que, se procurarmos no nosso livro de herbologia... – Disse Fred, já irritado por ter que estar sério e não poder fazer barulho.

Jorge pegou o livro de herbologia e o folheou, franzindo a testa a cada nome de planta que lia.

Essa aqui causa dor de barriga. – Disse Jorge. – E essa outra deixa a pessoa nauseada, mas nada que seja... Espera, acho que achei! Cacieh. Aqui diz: Cacieh, uma planta rasteira. Apresenta uma coloração alaranjada e suas folhas têm tamanho pequeno. Blá, blá, blá... Se suas folhas forem esmagadas, liberam um cheiro desagrádavel .

Jorge se levantou e procurou em toda sala por um pouco de Cacieh, porém, não achou em nenhum lugar.

Não tem aqui, acho que teremos que colher na fonte. – Disse Jorge, sorrindo.

As estufas não... – Fred disse, revirando os olhos.

As estufas sim... – O Sorriso do outro se alargou mais.

Ambos seguiram caminho pelos corredores, sempre tomando cuidado para não toparem com alguém no caminho. Bem, em Hogwarts isso pode ser difícil, mas não para os gêmeos, que faziam isso há anos. E se torna mais fácil quando se tem o mapa do maroto, mostrando exatamente onde os colegas estão.

George não entendia porquê Fred não gostava das estufas, principalmente porque era uma das aulas mais fáceis de se escapar.

Fred se sentir mal com o calor da estufa e algumas plantas costumavam causar alergias aos irmãos, coisa que Jorrge frequentemente esquecia, o que acabava causando uma crise alérgica nos dois e impedia que eles frequentassem os treinos. Eles ainda tinham que dormir na enfermaria, o que era a parte menos ruim. Na enfermaria, eles estavam perto do Salão Comunal e podiam ir a cozinha pegar comidas sem ter que andar tanto

Rápido, não temos mais que duas horas. – Jorge sussurrou, já começando a procurar a planta dentro dos vasos da estufa.

Não mexe nisso aí, é aquela planta que nos dá alergia! – Fred falou, arrancando o vaso da mão do irmão. – Elas são laranja, não precisa em tudo. É fácil ver de longe.

Começou a andar, varrendo os cantos da estufa com os olhos. Se passaram alguns minutos e tudo o que eles viam eram os mesmos vasos de barro com folhas verdes, de formatos variados e Fred deu um pulo para trás ao se deparar com quatro vasos de mandrágoras.

Até que em fim vitória! No canto esquerdo, num vaso minúsculo, pendiam três folhinhas alaranjadas. Os dois se olharam e sorriram, a planta era pequena e deveria ser apenas uma muda. Os meninos levaram aquele vaso mesmo.

Mas Jorge, como faremos para tirar o cheiro ruim disso? – Fred perguntou, girando o vaso em sua mão esquerda.

Do mesmo jeito que se extrai perfumes de flores. – Concluiu Jorge, se sentindo um gênio.

Os dois foram andando pelo castelo em direção a uma sala de aula que estava vazia, esvaziaram as mochilas em uma das mesas. Fred ficou de guarda, sentado, olhando o mapa do maroto para se alguém quisesse entrar na sala enquanto Jorge arrumavam alguns tubos e um caldeirão em cima da mesa.

Jorge pegou todas as folhas e colocou dentro de um tubo cilíndrico médio. Por cima colocou água e fechou o tubo com uma rolha. Prendeu com cola o tubo a uma cadeira e o aqueceu com um maçarico. O conteúdo ia borbulhando e ficando laranja esverdeado; e, aos poucos, metade do líquido evaporou. Jorge finalmente achou que estava tudo pronto e ele ficava todo alegre de pensar no propósito daquilo tudo. Fred gostou de que tudo estava pronto, a recompensa seria muito melhor que qualquer vitória.

***

Eles saíram da sala e andaram pelos corredores cheios do final de tarde e as escadas pareciam ler os pensamentos dos meninos, sempre virando na direção certa e se unindo. As escadas iam para baixo, em direção às masmorras. Mais especificamente para a sala de poções.

Por quê? Hora hoje era dia do aniversario do professor menos querido de toda a escola. Uma data tão importante realmente merecia uma homenagem. Todos alunos deixavam a sala e, segundo o mapa, Snape já havia saído da também. Era esse o momento certo. Os meninos pegaram o preparado da mochila e colocarem em um borrifador.

Um perfume que combina com o digníssimo senhor professor. – Debochou Fred.

Jorge borrifava o cheiro por toda a sala.

Credo, é horrível mesmo – Disse Jorge.

O gás foi borrifado por toda sala, infestando tudo de um cheiro terrível e insuportável. Os olhos dos meninos arderam, obrigando os dois a trancarem a porta e saírem do lugar. Bem a tempo de se esconderem, enquanto Snape vinha pelo corredor. Eles, agachados atrás de uma estátua, viram quando Snape entrou e fechou a porta. Em segundos ouviram a voz ecoar na sala e depois no corredor.

Snape segurava em uma das mãos o bilhete de Fred.

Em seu aniversário, criamos o perfume perfeito para o senhor. Desejamos que tenha uma existência desagradável e, finalmente, feliz aniversario.”

***

É, querido irmão, quem diria que um dia eu não poderia mais aprontar com você? – Sussurrou Jorge consigo mesmo, deixando uma lágrima cair em cima da foto de seu falecido irmão.


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