—Resgate? -berrou Any- Ele não foi sequestrado por zumbis, Mia. Ele foi atrás de algo que ele precisa para continuar o que ele parou.

—E se ele estiver em apuros? Nós não sabemos o que pode ter acontecido. Para a sua informação somos um dos poucos abrigos que existem.

—E você acha que eu não sei? A única ingênua aqui é você por ter se apaixonado por ele. Por que não enxerga que foi só uma noite e nada mais? Leon vai amar a Emma para sempre.

—Cala a boca! Você não sabe o que fala. Não estou pedindo para você ir comigo.

—Se eu não fosse com você eu seria uma amiga horrível. Conhecendo você vai fazer besteira assim que passar por aqueles portões.

—Me deixe arrumar minhas coisas, saia.

Any fica imóvel observando Mia chorando, jogar suas roupas dentro da mala.

—Arrumar? -Pergunta Any-

—Saia -sussurrou Mia-

Any se vira e vai em direção à porta.

—Estarei no portão te esperando em trinta minutos.

Vinte minutos passaram e Mia estava saindo com sua bagagem do quarto quando abre a porta e encontra com Sidney.

—Ah, olá. Me desculpe mas estou de saída. -Disse Mia tentando passar por ele-

Sidney impede a passagem da garota que olha para ele com uma expressão nada agradável.

—A Any me contou para onde você está indo.

—E o que você tem a ver com isso?

—Você sabe que a cada dia chegam mais pessoas que precisam da nossa ajuda. Você quer mesmo retirar duas excelentes enfermeiras daqui que poderiam ajudar várias pessoas para ir atrás de um homem que sabe se cuidar? Você acha que o Leon é um adolescente impulsivo? Ele já tem idade suficiente para saber o que pode ou não fazer, principalmente na atual situação.

—E se ele estiver passando fome?

—Ele sabe caçar.

—E se estiver ferido?

—Sério isso? Você acha que ele se tornou um cientista fazendo cursinhos na internet? Ele é formado em várias áreas, pode muito bem curar um ferimento.

—Com licença, preciso passar.

—Você tem certeza? Nós ficaremos desfalcados. Existem pessoas que precisam mais de vocês do que o Leon.

—Eu tenho certeza. Me deixe passar.

Sidney deixa Mia passar pela porta.

—Tenha cuidado.

Chegando na garagem Mia encontra Any encostada em uma caminhonete.

—Pronta? -Indaga Any-

—Estou. Vamos nessa caminhonete? Eu nunca a vi por aqui.

—É propriedade particular. Não é do hospital.

—Entendi. Você tem certeza de quer ir? Vai ser perigoso.

—Você dirige ou eu?

—Pode dirigir.

Mia coloca suas bagagens no porta malas enquanto Any liga o carro.

Em menos de cinco minutos depois do encontro das duas jovens, elas passam pelo portão, indo em direção ao desconhecido.