Goodbye, Friends... escrita por Blaze
Notas iniciais do capítulo
Rufem os tambores... Aumentem seus fones... JAMES NOFLES e HANNA KURTNEY
SMS
Hanna: Hey, Jams. Brandon 'ta com você?
James: Não. Ta ocupada? Tô querendo trocar uma ideia com alguém...
Hanna: Cara, eu, assim como todo mundo, nem prestei atenção na festa. Mas onde? To meio mal também, quero conversar. Quer vir aqui em casa?
James: Chego aí em 10 minutos.
Em exatamente dez minutos, James batia na porta de Hanna. Ele mal se continha. Por mais que, para os próprios amigos, a festa tenha sido uma grande porcaria, e nenhum deles tinha alguma opinião para dar á respeito de suas músicas, ele recebera muitos elogios e convites para tocar nas próximas festas, era como um sonho se tornando realidade.
Aos 14 anos, James decidira não se mudar com seus pais, e ficou a morar com sua irmã mais velha, Diana, e seu cunhado Lucas, que trabalhava em um estúdio de música, subindo e descendo, entrando e saindo com copos de café, mas ainda sim James era fascinado pelo emprego de Lucas, e com os equipamentos velhos ou quebrados que ele levava para casa, James adquiriu um gosto por consertá-los, e um maior ainda pôr manuseá-los, e assim fora por três anos, até sua primeira festa de verdade, a do dia anterior.
— Ótimo, alguém ainda me suporta. Bran não olha na minha cara, eu não consigo olhar na cara de Zoey, e Kyle e Johana não dão ás caras desde ontem. - disse Hanna ao abrir a porta e dar espaço para o amigo entrar.
— Acho que ta faltando uma cara por ai...
— Ah... Essa cara acabou se sair daqui, mas claro, não sem antes dizer que a partir de hoje eu não devo me meter na vida alheia, ou eu irei aprender na prática...
— Rob te ameaçou? Rá, cara que maneiro.
— Hey, mãe! Estou subindo com James pro quarto.
— Oi sogra! - disse James, divertido, á mãe de Hanna, Clara.
— Oh, James. Como está sua irmã?
— Grávida. E a senhora? Minha garota não tem te dado trabalho, certo?
— Acho que você tem cuidado bem dela, James. E espero que continue assim.
— Ah, como te amo, sogrinha.
Clara cultivava um amor como o de mãe para com James, talvez fosse pelo fato dele ter passado por tantos problemas, e ainda assim ser o único que conseguia tirar de Hanna um sorriso nos momentos difíceis, como quando o primeiro namorado dela, Arthur, a traiu,e ela ficou inconsolável, e James foi até lá e fez as mais absurdas palhaçadas, a fazendo acreditar que ele era um idiota, pois "quem não gostaria de ter uma sogra como a Clarinha? Eu gostaria! Tanto que a partir de hoje ela é minha sogra oficialmente!" Hanna, apesar de não aparentar aos outros, era completamente sensível á James, e já chegara a confessar, em uma noite de bebedeira, que não sabia porque James era sua fraqueza.
Hanna pensava se ele sabia o que significava a palavra "sogra", mas se não sabia, continuaria assim, pois dessa forma sentia como se eles tivessem mais do que uma ligação de amizade.
Hanna fechou a porta do seu quarto, enquanto James já se jogava em sua cama, a convidando a deitar-se com ele, convite ao qual Hanna não pestanejou ao aceitar.
— Droga, James, por que sou eu quem sempre me meto em encrenca?
— Hun... Porque você nunca segue meus conselhos, esse é seu problema. - essa afirmação fez Hanna ter um ataque de gargalhadas.
— Oh, sim, seus sábios conselhos... Como aquele que... Ah! Não me vem nenhum á cabeça nesse momento, mestre, mas com certeza são vários.
— Me conta, Loirinha, o que você fez dessa vez? - disse James, abraçando-a e fazendo com que ficassem mais confortáveis. Hanna contou o que tinha feito, e dessa vez as gargalhadas vieram de James, que mal conseguia respirar de tanto rir.
— Quer calar a boca, Jam's? Não vê como isso é serio? Se não fosse por isso, eu não estava sozinha agora.
— Nossa, Hanna. Assim você me ofende, e eu sou o que pra você?
— Você é só o James, cabeção.
— E não tá bom? Olha que você não tá podendo escolher muito hein... Sou o único que aguenta essas suas babaquices sem me chatear.
— Babaquices???? Sai daqui, Jam's! Vá lá conversar com sua sogrinha, você não precisa ficar aqui me ouvindo não! - rebateu Hanna, tentando empurrá-lo da cama, mas não conseguindo. Ao se desvenciliar de Hanna, James ficou parado por cima dela, com uma distância um tanto perigosa entre seus rostos. Hanna ficou séria.
— O que foi, Hanna? Sou só eu. Só o James. - ao dizer isso, James foi puxado para os lábios de Hanna, onde se beijaram como se quisessem isso há meses. O desenrolar de suas línguas era como uma batalha, onde não haveria trégua ou "bandeira branca". James passeava com suas mãos pelo corpo de Hanna, a qual correspondia com gemidos e sorrisos entre os beijos.
Antes que percebecem, Hanna já havia tirado a camiseta de James, e a própria blusa também estava bem longe de seu corpo, jogada no chão. A descarga elétrica que um corpo provocava no outro, quando estavam grudados, era evidente: ambos ficavam sensíveis ao toque um do outro, com os pelos eriçados. Assim que James começou a depositar beijos molhados na mandíbula e no pescoço de Hanna, ela percebeu o que estava fazendo:
— James... James. - ela tentou ser o mais firme possível, mas sua voz soou trêmula.
— Shh... Hanna, cala a boca... - respondeu-a, sem parar de beijá-la. Foi interrompido por ela, que se sentou na cama.
— Droga, James. Cadê a sua camiseta?
— Me responda você, foi você quem a tirou. E aliás... E a sua?
— Droga... James. Nós já falamos sobre isso.
— Tem razão - disse ele, se levantando e tentando se recompor. - Somos amigos, amigos sem benefícios. Não deu certo uma vez, e com certeza não daria se ao menos tentássemos, até porque somos as mesmas pessoas, exatamente iguais, não mudamos absolutamente nada, certo? - disse ele, deixando claro o quanto achava aquilo um absurdo.
— Cadê a droga da sua camiseta?!! - respondeu Hanna, já vestida. - Assim que eu a encontrar, eu te devolvo. Agora cai fora James.
Os cinco minutos de estresse de James já haviam passado, e ele a olhara bem nos olhos, com um sorriso malicioso:
— Se eu ficar, você não vai se controlar, não é?
— CAI FORA, JAMES!
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