A Filha do Meu Melhor Amigo escrita por ICherry


Capítulo 1
Adeus Purgatório!


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas, tudo bem?
Só posso dizer que espero que gostem e se divirtam muito com essa história! Boa leitura ♥



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Alice acordou mais cedo que de costume, sorriu ao passar em direção ao banheiro e ver suas malas já prontas, ao lado da cômoda. O tão esperado dia havia finalmente chegado, como não ficar feliz? Tomou um banho um tanto demorado, queria começar o dia quebrando as regras, já que passara os últimos três anos de sua vida, aprisionada naquele lugar escuro, cheio de mandamentos, ordens insuportáveis e disciplinas que nunca ouvira falar na sua vida. Foi assustador quando seu pai lhe disse que iria mandá-la pra o colégio interno mais caro da Califórnia. Mais caro, igual á, mais rigoroso. Tudo bem que nunca foi uma boa garota, nunca prestou atenção na aula, raramente tirava boas notas, batia em alguns colegas, e foi expulsa de quase todos os colégios em que estudou. Mesmo assim, foi doloroso ouvir da boca do seu próprio pai, que iria ser isolada do mundo por três anos, por todo o ensino médio. Agora, antes tarde do que nunca, aos seus dezessete anos, estava dando o fora daquele inferno.

Vestiu a roupa que já estava separada pra aquele dia, se livrar do uniforme, era indescritível. Quando se olhou no espelho, de camiseta e short, teve que sorrir novamente.

- É Alice, o tão esperado dia chegou. – Disse pra si mesma, enquanto colocava os fones no ouvido, e sua playlist favorita pra tocar. Dá pra acreditar que música só era permitida nos fins de semana?

Colocou a mochila nas costas e saiu puxando sua mala, escadas a baixo. Não se preocupou em se despedir das amigas, elas não passaram de mera companhia pra falar sobre coisas interessantes. Ao chegar á recepção, seu pai já estava lá esperando, com os braços cruzados e acara de mal, um coração tão nobre, que deixava claro que as aparências enganam. Sorriu quando a viu. Alice ficou um pouco apreensiva, não sabia como reagir, nem como tratar, o cara que a colocou ali, sem a menor piedade. Ele já esperava aquela reação, por isso se aproximou, e a puxou pra um abraço. Seria mentira dizer que não sentiu falta dele, tudo bem que se viam a cada quinze dias, mesmo assim era muito pouco e o suficiente pra separar pai e filha.

- Como se sente? – Pergunta ele, puxando a mala dela em direção á saída. Alice o acompanhou.

- Saindo do purgatório, e você? – Diz ela, Matt soltou uma risada. Ironia eterna, ela não tinha jeito mesmo.

- Porque quer saber como me sinto? Quem está saindo do purgatório é você.

- Como se sente sabendo que o seu problema, está de volta?

Só ele sabe como se sentiu ao ouvir aquilo, mas preferiu não responder. Jogou a mala no banco de trás, entraram no carro e foram pra casa.

Era assustadora a velocidade com que as coisas mudavam. Alice mal reconhecia seu bairro, ou a rua da sua casa. A sua própria casa ela não reconheceu, havia passado por uma reforma pesada, parecia coisa de rico. Ah, por um segundo, esquecera da profissão do seu pai.

- Mamãe está em casa? – Perguntou, antes de abrir a porta.

- Ela só chega de noite Alice, está trabalhando... – Explica, vendo a filha revirar os olhos e finalmente entrar em casa.

- Ainda fazendo aquelas gravações escrotas?

- Não há nada de errado. – Shadows deixa a mala ali na sala mesmo, e se aproxima dela. – Eu sei que está magoada conosco, ok? Mas precisa parar de agir assim.

- Eu sou assim, pai. – Explica, se virando pra ele.

- Não Alice, você aprontou muito, mas sempre foi carinhosa e divertida.

- As pessoas mudam.

- Sua mãe esperou a semana toda por esse dia, e tenho certeza que quando chegar vai estar morrendo de saudades de você, eu quero que...

- Que eu seja amorosa com ela. Eu sei, eu vou ser.

- Me desculpe, por ter colocado você naquele lugar. – Ele se aproxima ainda mais e suspira. – Mas você não me deu outra escolha e sabe disso.

Alice mostrou um sorriso fechado e abraçou o pai. Depois subiu pro seu quarto que havia mudado de aparência, mas não de localidade. Estava maior, e bem arrumado, tudo ali parecia ser novo, menos suas pinturas que ainda estavam espalhadas em quadros pela parede e sua guitarra, que também ficava em um suporte na parede. Sorriu e uma pessoa muito especial veio em sua mente, não tinha tempo pra descansar, precisava ver ele. Desceu as escadas e passou apressada por seu pai.

- Aonde vai?

- Na casa ao lado. Ele ainda mora lá, não é? – Perguntou vendo o pai sorrir como resposta.

Alice andou apressada pela rua, e não demorou á chegar à casa que se encontrava ao lado da sua. Tocou a campainha e aguardou. Quando Zacky abriu a porta, teve uma reação engraçada.

- Ah cara, não pode ser... Alice? – Pergunta ele se preparando pra agarrá-la.

- A própria. – Respondeu se jogando em cima dele que a girou no ar num abraço sincero e cheio de saudade.

- Eu esperei por esse dia, três anos da minha vida! – Diz ele sorrindo, e a puxando pra dentro de casa.

- Isso por que você não teve que comer arroz com brócolis toda sexta feira na janta. – Afirma, vendo-o gargalhar.

- Eu estava compondo uns demos, mas agora tenho que me dedicar a você.

- História de amor antiga. – Completa ela.

- O que quer fazer?

- Assistir a um filme de terror insano e comer muito doce. – Isso soou quase como uma súplica, ele aprovou.

- Comida é aqui mesmo. – Ele caminha até a cozinha e ela o acompanha, abriu armários e geladeira e pegou tudo o que pôde. Foram pro quarto.

- Cadê a Gena? – Perguntou Alice, sentando na cama e colocando toda a comida que pegara ali.

- Saiu com umas amigas, chega á noite. – Explica ele, procurando um filme.

- Rezei pra você dizer que haviam terminado. – Ela pigarreia.

- Eu sei que quer casar comigo, mas pega leve. – Ele pisca, vendo ela lhe lançar o dedo do meio.

- Você sabe que não é isso.

- Sei, mas vamos esquecer ok? Ou você quer que eu comece a falar do Brian? – Pergunta vendo ela se irritar.

- Vai se ferrar, o que tem o Brian? – Ela revira os olhos. – É melhor esquecer isso mesmo.

Assim que Vengeance sentou na cama e deu play no filme, a porta do quarto se abriu.

- Zacky eu... – Gates parou encarando aquela que estava sentada na cama ao lado do amigo. Prendeu a respiração, devido à surpresa.

Alice não esperava reencontrá-lo tão cedo. Ele estava diferente, parecia mais sério e sensual. Encararam-se por um tempo.

- Oi, Brian. – Diz ela, com um sorriso vitorioso nos lábios.

- Oi, Alice. – Ele se aproxima. – Quase não te reconheci, está mais...

- Obrigado. – Ela desvia o olhar e se concentra em abrir o pote de chocolate que estava em suas mãos.

- Ahn... – Zacky pigarreia. – Veio trazer algo? – Pergunta, vendo o amigo lhe entregar uns papéis.

- As composições que falei. – Explica Gates, ainda observando Alice.

- Ah valeu cara! – ZV analisa os papéis. – Mais tarde te ligo, e você vem pra terminarmos os demos.

- Ok. – Ele se afasta indo em direção a porta. – Tchau.

- Tchau. – Respondem ZV e Alice em uníssono, ela porém, nem se deu ao trabalho de encará-lo.


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Notas finais do capítulo

Até mais amores, bjssss



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