Meu nome é Diamante, não tenho sobrenome, fui criada por meus avós e meu pai, tenho o que posso chamar de uma vida feliz, minha mãe morreu quando eu tinha cinco anos, bom é o que meus avós dizem, mas isso nunca me afetou emocionalmente, sinto saudade dela, mas sinto que por lembrar dela e saber que ela me amava, isso faz com que eu supere qualquer coisa...e hoje faz dez anos que ela morreu...

Cemitério WILLBURG

—Oi mamãe, eu lembro de tudo de cada momento que você cuidou de mim, é estranho eu dizer isso, eu sei, como eu posso lembrar, né? mas eu lembro do primeiro momento em que me levou ao parque, aos três anos, eu nunca vou esquecer aquele dia, nos divertimos muito, eu, você e papai...-lágrimas descem do meu rosto- Nunca vou esquecer do seu rosto sorrindo, tão suave...sinto muito sua falta, mas sei que papai sente mais ainda, ele nunca conseguiu superar sua perda, depois que a senhora morreu parou de trabalhar, deixou a vida de lado, daí então viemos morar com o vovô e a vovó e...-Enxuguei as lágrimas com o lenço que tinha no bolço, pois vi meu pai chegando.

—Oi querida, você está bem? Você estava chorando?- Pergunta ele tocando meu rosto e com os olhos fixos nos meus.

—Sim, eu estou e não estava chorando, não se preocupe, onde esta o vovô e a vovó?

—Eles foram buscar as rosas no carro...

—Hmmmm, enquanto isso acho que vou explorar o cemitério, nós nunca viemos desde o enterro da mamãe.

—Espere, antes preciso lhe contar uma coisa, Diamante.

—Me contar uma coisa? o quê?

—Sua mãe, não está neste túmulo, nunca achamos o corpo dela ou cadáver, depois do acidente, quando descobrimos que o carro tinha caído de um despenhadeiro, mas que não tinha sinal de ninguém lá dentro, tivemos que colocar somente um caixão vazio, sem nada, sem nada...-via a tristeza e o remorso nos olhos de meu pai- Mas ainda tenho esperanças...

—Esperança de quê, pai?

—Que sua mãe ainda esteja viva, essa esperança nunca vou perder, pois não acharam o corpo, nem nada que comprovasse que ela estivesse morta, mas mesmo assim colocaram como óbito desconhecido.- As lágrimas frias e salgadas desciam do rosto dele e caíam em cima do túmulo.

"Como assim pai?! minha mãe não morreu?! ela caiu de um despenhadeiro!" foi isso que quis dizer a ele, mas não consegui, somente o consolei até ele parar de chorar, depois saí olhando o cemitério até que...

—Aí, cuidado!- alguém esbarra em mim-Por que você tá correndo?!- Pergunto.

—Xiiiiiiiiiii, esconda-se!-ele pegou meu braço e me puxou para de trás de um túmulo bem velho.

Eu não entendi por que estávamos escondidos no começo, mas logo depois vi criaturas grandes e com asas...

—O que é aquilo?-eu perguntei

—São dragões...-ele me respondeu-criaturas do outro mundo, muito perigosas a cada dez anos surgem no nosso mundo, a procura de algum humano pra levar como refeição...acredite vai querer ficar longe de um desses. São chamados de Dragões Assassinos.

—Quem é você?

—Eu? Meu nome é Sollan Graiden, sou de Hillent, Prazer em conhecê-la e você quem é?

—Diamante. mas como sabe que são dragões? estão tão longe de nós...

—Por isso mesmo, para que eles não possam nos ver, pelo menos se não acharem ninguém, vão embora e ninguém corre perigo...Você tá sozinha, né?

—Ah não! Meu Pai! Meus avós!-eu saí correndo...

—O que você está fazendo?! eles vão nos achar!-ele gritou enquanto corria atrás de mim.

De repente uma fera gigantesca pousou em minha frente com escamas que brilhavam, olhos grandes, que pareciam safiras reluzentes olhando em minha direção...meu coração batia mais forte do que nunca...o que eu deveria fazer?