Shadows of the past escrita por larissabaoli


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Rose - Homecoming



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Os convidados começaram a chegar cedo. É claro, as mulheres Belikovs tinham acordado muito mais cedo do que eu e Dimitri, já que nós dois ainda estávamos nos acostumando com o fuso horário. A cozinha funcionava a todo vapor, enchendo a casa com deliciosos aromas. Confesso que a culinária russa não era a minha preferida, mas não teve pratos – especialmente os preparados por Olena – que eu não tivesse aprendido a gostar. Ela e suas filhas cozinhavam enormes quantidades de tudo, e quase todas as pessoas convidadas também trouxeram um prato de comida para ajudar. Aquilo tudo era idêntico ao que aconteceu durante o serviço memorial de Dimitri, tirando que o clima agora era bem melhor.

No começo, todos ainda tinham um certo constrangimento. Apesar ter tomado a decisão de focar no lado positivo, Dimitri ainda demonstrou uma dificuldade enquanto seu tempo com o Strigoi foi o assunto central. Alguns convidados também pareciam nervosos, como se nós tivéssemos nos enganado terrivelmente e ele ainda fosse um morto-vivo sanguinário. Claro que só bastou cinco minutos para constatarem que não era verdade e toda a tensão se dissipou. Dimitri conhecia quase todos eles, desde criança, e pareceu cada vez mais encantado em reencontrar rostos familiares. Eles, por sua vez, se alegravam por ele esta a salvo.

Do lado de fora, eu fiquei feliz em ver como tinha vindo muita gente. Eu reconheci vários deles, que me cumprimentaram, mas Dimitri era o centro das atenções. A maior parte das conversas era em russo, mas eu conseguia entender o sentido pelas suas expressões. Uma vez que ele se sentiu à vontade entre os seus velhos amigos e familiares, vi uma alegria tranquila se espalhar por ele. A tensão que sempre parecia estalar em seu corpo, tinha se aliviado agora, e meu coração se desmanchou ao vê-lo tão bem.

— Rose?

Eu estava assistindo a tudo com diversão, enquanto algumas crianças o interrogavam seriamente. Ouvindo alguém chamar o meu nome, fiquei surpresa ao me deparar com rostos conhecidos e bem vindos.

— Ana, Mark, Oksana!— Exclamei, abraçando Ana e depois o casal —Eu não sabia que estariam aqui.

– Bem, faz muito tempo que eu não saio daqui – disse Ana dando de ombros e com um sorriso, mas algo em sua expressão me dizia que ela estava desconfortável.

— Como não estaríamos?— Perguntou Oksana. Ela era uma Moroi, quase trinta anos mais velha do que eu, mas ainda era muito bonita. Ela também era uma das poucas usuárias do espírito que eu conhecia. Ao seu lado, Mark, seu marido, também sorriu para mim. Ele era um dhampir e, para não provocar um escândalo por causa do seu relacionamento, preferiam manter tudo reservado. Oksana tinha usado seus poderes do espírito para trazer Mark de volta e depois que ele foi morto durante uma luta, feito este tão grande quanto ter restaurado Dimitri de ser um Strigoi. Ela também havia curado Anastacia quando bebê, os fazendo terem um laço psíquico com ela. Isso era chamado de shadow kissed.

— Nós queríamos lhe ver novamente, — Mark disse, então inclinou a cabeça na direção de Dimitri. — E, claro, queríamos ver o milagre com os nossos próprios olhos.

— Você fez isso. — disse Oksana, com o rosto cheio de uma suave admiração. — Você o salvou, depois de tudo.

— Essa não era a minha ideia original, — comentei e olhei para Ana que sabia das minhas intenções. Quando eu decidi vir à Rússia, meu principal objetivo era caçar e matar Dimitri, a fim de libertar sua alma do estado obscuro em que estava. Até então, eu não sabia que existia outra alternativa.

Oksana estava compreensivamente curiosa sobre o papel do espírito na salvação de Dimitri, e eu lhe dei todas as informações que pude. O tempo voou. O dia deu lugar a noite e as pessoas começaram a beber aquela vodka letal que me arruinou da última vez. Ana me provocou para que eu tentasse beber novamente, mas eu me lembrava o suficiente de como me senti quando a experimentei e preferi me manter sóbria.

Eu não conseguiria falar em particular com Dimitri tão cedo. Afinal, as pessoas ainda estavam celebrando o seu retorno à vida, e agora também tinha essa caçada para aplaudir. O único mais impaciente do que eu, eu acho, era Henry. Ele estava satisfeito por finalmente ter conseguido ajuda, mas ficou claro que ele queira começar a traçar os planos com Dimitri imediatamente. Isso, obviamente, não iria acontecer, então finalmente, Henry saiu dizendo que voltaria amanhã.

Era quase meia noite quando o restante dos convidados se despediu e eu fui até Ana que estava ajudando Yeva a juntar a bagunça feita na casa.

– Então, quer dizer que você também é uma dos servos da Yeva? – eu disse me apoiando na mesa da cozinha, enquanto ela esvaziava a mesa.

– Ela tem alguns momentos de sabedoria, Rose. Ou pelo menos é o que todo mundo acredita. – ela me disse um tom mais baixo com uma risadinha.

– Alguma das previsões dela já foi exata?

– Não que eu saiba, mas eu já me acostumei com ela – disse ela dando de ombros e fechando uma sacola – nada como tê-la como babá durante a infância.

– Você está brincando, não é? – eu não consegui conter o espanto.

Ela balançou a cabeça rindo.

– Yeva? Sua babá? Que pessoas em sã consciência deixam alguém como ela com um bebê? Ela é louca!

– Rose... – ela pausou – bem, ela é menos perigosa do que um Strigoi.

E foi aí que eu percebi o porquê ela havia agido estranha durante a festa.

– Ana, ele não é mais um Strigoi. Ele foi restaurado!

Ela se moveu carregando os sacos e eu a ajudei pegando alguns também enquanto levamos para fora.

– Eu sei, eu sei. É só que... lembra como você estava quando eu te achei próximo a ponte? Você pode até ter esquecido, mas eu não.

Eu fiquei calada por não ter argumentos. Ana foi a pessoa que me achou quando eu consegui fugir do cativeiro que Dimitri me deixou presa. Ela tinha sido a pessoa a ter visto o estado em que eu estava emocional e físico. Era obvio que ela ainda desconfiava de Dimitri, ela sabia muito sobre homens capazes de abusar alguém.

– Ana, enquanto estivermos aqui, você gostaria de sair com a gente? Quer dizer, eu você, Dimitri e talvez, eu não sei... Viktoria? Desse jeito você pode ver como agora ele voltou a ser ele mesmo. Pode fazer isso? Por mim? Eu realmente quero que fique aqui na cidade, enquanto estivermos aqui pelo menos. Eu senti sua falta, sabia? E eu tenho muita coisa para te contar – eu disse, pensando em tudo o que havia acontecido comigo nos últimos tempos.

Ela me olhou e eu sabia que estava analisando o quanto poderia confiar em mim e Dimitri. Eu aprendi que desconfiar de tudo e qualquer pessoa era algo da parte dela.

– Tudo bem, depois dessa caçada que vocês vão, podemos organizar um jantar - ela pensou um pouco mais – mas na minha casa.

– Obrigada.

Ouvimos Oksana chamar por ela e ela saiu me dizendo.

– Você parece melhor, Rose. Fico feliz por você.

Depois que todos se foram, Dimitri e eu fomos para o quarto. Eu me sentia exausta, mas ainda tinha energia suficiente para provocá-lo um pouco.

—Você sabe que Yeva não disse especificamente que você mataria esse tal de Blood King. — Eu disse, cruzando os meus braços, lhe lançando um olhar imponente. —Victoria, e somente ela, tirou essa conclusão.

—Eu sei, — disse Dimitri, abafando um bocejo. —Mas alguém tem que fazer isso. Ele mesmo disse que os humanos estão tentando fazer, então essa ameaça precisa ser removida. Minha mãe estava certa quando disse que os dhampirs da redondeza estão focados apenas em se defender. Você e eu somos os únicos que concluímos todo o treinamento dos guardiões. E Mark também.

Eu balancei lentamente a cabeça.

—Por isso que você disse que ele poderia vir conosco. Eu pensei que tinha sido porque ele foi o primeiro a se oferecer que não tentava somente se vangloriar.

Dimitri sorriu e sentou-se na cama.

—Aquelas pessoas podem lutar. Elas lutariam até a morte se seus lares fossem atacados. Mas para entrar em uma batalha? Mark é o único em quem eu confiaria. Mesmo assim, ele ainda não é páreo para você.

—Bem,— eu disse, sentando ao seu lado. —Esta foi a coisa mais inteligente que eu ouvi durante toda a noite. Mas algo me veio de repente. —Mark também pode senti os Strigois.— Esse era um efeito colateral por ter sido trazido de volta do mundo dos mortos. —Hum, eu acho que isso já é loucura suficiente para se lidar.

Dimitri beijou o topo da minha cabeça.

—Admita. Você não está se preocupando em ir atrás deste Strigoi, mesmo sendo a coisa certa a ser feita. Nem mesmo com eles o buscando, que inocentes estejam morrendo por causa dele.

—Sim, sim, esta é a coisa certa. Eu deveria ter me oferecido como voluntária, no final das contas, — eu suspirei. —Eu odeio dar a Yeva mais uma razão para ela pensar que controla o destino do universo.

Ele sorriu.

—Se você planeja fazer parte desta família, então acho melhor ir se acostumando com isso.

Depois de voltarmos com sucesso da caçada, Dimitri e eu tivemos uma noite para comemorar sobre isso, mas estávamos tão cansados que acabamos apenas abraçados na cama.

– E agora? Você quer ir para casa? Quer voltar para a corte? – ele me perguntou depois de um tempo.

– Na verdade – eu disse lembrando do que tinha combinado com Ana – o que acha de estender nossa viagem por pelo menos uma semana?

– Parece bom para mim. O que você tem em mente?

– Eu combinei de jantar com Anastacia e levar você junto – e Viktoria se ela quiser ir.

– Por mim, tudo bem, falando nisso, não percebi que você já conhecia Ana – ele disse – fiquei feliz em vê-la novamente. Ela se tornou uma garota muito bonita. Quando era bebê, Oksana costumava pedir ajuda para cuidar dela. Eles eram pais de primeira viagem e tinham muitas perguntas. Eu lembro de tê-la segurado algumas vezes.

A imagem de Dimitri, ou no caso mini-Dimitri segurando um bebê, logo após Yeva ter dito que tinha “previsto” um casamento me fez ter a urgência de mudar de assunto.

– Sabia que ela é adotada? – eu soltei sem pensar que Ana tinha me confidenciado isso em particular.

Dimitri pareceu surpreso e depois pensou um pouco.

– Não, eu não sabia. Mas pensando bem, eles não se parecem muito. Quer dizer, Anastacia e Oksana são ruivas, mas nem Oksana e nem Mark tem olhos castanhos, as feições ou o gênio que ela sempre teve. Sabia que ela conseguiu ser expulsa da pré-escola? – ele me disse enquanto ria de algo que eu não pude compartilhar. Porque naquela hora, algo que estava o tempo inteiro na minha frente, começou a fazer sentido.

– Eu preciso ligar para Abe. – eu disse me sentando e procurando por meu celular.

Dimitri percebeu minha reação e se sentou já pronto para qualquer coisa.

– Roza, o que aconteceu?

Eu digitei os números e esperei pela voz de Abe que veio rapidamente.

– Rose?

– Oi, velhote.

– Soube que você está na cidade.

– É, é e preciso que você venha me encontrar amanhã.

Dimitri já havia se levantado e agora estava em minha frente, me olhando alarmado.

– Posso saber o por quê? – perguntou Abe.

– Porque eu acho que vamos ter um jantar em família. Arranje um jeito de trazer minha mãe até aqui.

Depois de garantir que era de extrema importância ter os dois na cidade o mais rápido possível, eu atualizei Dimitri de minha situação, contando inclusive o que eu tinha certeza que havia descoberto agora. Ele se colocou em seu modo “profissional guardião” e passou a debater informações comigo.

– Pelo que você me disse, tudo faz completo sentido. Mas não vai ser fácil contar algo assim para ela.

– Ela pode aguentar. Ela é forte. Eu estou quase explodindo aqui, camarada – disse andando de um lado para o outro no quarto – primeiro eu conheci meu pai, mas não sabia que ele era meu pai e agora eu descubro que também estive perto da minha irmã? Se eu não tivesse certeza do horário, eu já teria me arrumado e ido até a casa dela!

Dimitri – como sempre calmo e paciente – se levantou e foi até a mim, pondo as mãos em meus ombros.

– Calma, Roza – ele disse, beijando meu ombro direito – Não pode ir até lá, bater na porta deles e despejar tudo o que você acha ser verdade. Cabe aos seus pais irem falar com Oksana e Mark primeiro. Descobrir se as datas e todo o resto encaixam com o que houve. Depois vocês podem ir falar com Ana e contar a ela a verdade.

– Não acho justo contar a eles primeiro. A vida é dela! Ela deveria poder saber em primeira mão uma coisa dessas – eu disse me virando e o abraçando.

– Ela é muito nova! Espero que vocês realmente tenham criado uma boa amizade. Ela vai precisar de alguém para ajudar ela a lidar com isso.

Eu pensei em Ana e em tudo o que ela já havia passado e comprimi os lábios irritada por não poder fazer nada agora.

– Roza – Dimitri pegou meu rosto nas mãos e olhou em meus olhos, tentando me acalmar – Só o que pode fazer no momento é esperar. Venha dormir. Amanhã você vai falar com seu pai e se ele quiser esperar pela sua mãe, talvez só conseguiremos esclarecer essa historia depois de amanhã!

Ah, não! Não mesmo! Eu encarei Dimitri que me encarou de volta e me deu um beijo calmo, ainda totalmente controlado.

– Sabe de uma coisa? – ele disse enquanto seus lábios roçavam os meus.

– Uh? – eu disse, um pouco tonta e dispersa.

– Eu sei como posso acalmar você hoje à noite – ele sussurrou e voltou a me beijar.

E dessa maneira eu arranjei uma ocupação para essa noite.

Pela manhã, eu estava agitada e depois de provar mais um pouco de culinária russa. Dimitri percebendo meu estado, se sentou na poltrona da sala comigo em seu colo e escolheu um livro.

– Sério? Vai perder a manhã com isso? – eu disse depois que já estávamos sentados a longos quinze minutos.

Ele não me respondeu e logo eu me vi ficando cada vez mais ansiosa até Yeva aparecer na sala e ficar nos observando.

Eu achei essa uma oportunidade incrível para falar com ela sobre algo que eu sabia e ela não.

– Então... – eu olhei ao redor para ver se alguém mais ouviria nossa conversa – você sabia que Anastacia era adotada certo? Ela me disse que você cuidava dela quando ela era menor.

Se ela ficou surpresa por eu saber que Ana era adotada, ela manteve a expressão limpa, enquanto sentava no sofá.

– A menina Ana, sim. Eu cuidei dela. Uma pestinha. – ela me encarou e estreitou os olhos – eu me pergunto de onde ela puxou ser assim.

Wow!

Não sei aonde ela queria chegar com isso, mas até que ela assumisse o que sabia ou se ela apenas estava jogando, eu não diria uma palavra.

– Sério? Eu nunca imaginei que ela tivesse sido uma criança difícil. Sabe algo sobre os pais dela? Os biológicos, quero dizer.

– Sei que ela vai encontra-los.

– E por que você acha isso?

– Rose... – Dimitri me alertou, com os olhos no livro.

– Porque eu previ – disse Yeva, como se isso fosse óbvio.

Eu olhei para Dimitri exasperada e ele escondia um sorriso que nada tinha a ver com a sua leitura. E seguindo seu papel de velha adivinha, Yeva se levantou e seguiu de volta a cozinha na hora em que meu celular – que eu não consegui desgrudar desde que liguei para Abe vibrou.

– Até que enfim! – eu atendi tendo visto o numero de Abe no visor.

– Rose, jatos particulares não são coisas fáceis de arranjar. Eu realmente espero que isso seja importante.

– E aonde você está?

– Lidando com algumas coisas, daqui a pouco vou ligar para sua amiga Ana. Preciso que ela vá até Petropavl para mim.

– Não. Você não pode tirar a Anastacia da cidade – eu olhei para Dimitri que largou o livro e passou a observar com atenção, segurando minha mão livre.

– Posso saber por quê? Ou isso também faz parte do seu plano?

– Só não peça a ela para fazer nada, okay? – eu disse tentando manter meu tom de voz calmo.

– Você está dando muitas ordens ultimamente – disse Abe desconfiado.

– Vou esclarecer tudo assim que eu puder. Em quanto tempo você acha que minha mãe chega aqui na cidade?

– Bem, ela já embarcou há uma hora atrás e acho que ela pode chegar aqui em cerca de doze ou quinze horas, dependendo do clima ao longo da viagem.

Eu grunhi de impaciência.

– Okay, então eu espero vocês aqui na casa dos Belikov. Traga ela aqui assim que vocês chegarem.

– Oh, Rose eu realmente espero que seguir suas ordens valha a pena.

– Você não faz ideia! – eu disse e desliguei.

O resto do dia foi mais longo do que eu imaginava. Primeiro eu tive que trocar mensagens com Ana, marcando o jantar para hoje a noite, ainda como se fosse apenas um jantar casual e não uma noite que mudaria a vida dela para sempre. Ela aceitou e de repente estava me perguntando se eu ainda tinha alguma restrição com a cozinha russa e eu disse que não – apesar de ser uma leve mentira. Depois disso eu comecei a fazer diversas coisas para passar o tempo. Ajudei Olena na cozinha, fui até o mercado com Viktoria e até mesmo brinquei com Paul e os dois bebês que agora já estavam um pouco mais crescidos. Eu não conseguia evitar de olhar o tempo inteiro para o visor do celular ou para os relógios espalhados pela casa. O tempo parecia propositalmente lento, até que a noite chegou e eu fui me arrumar.

Eu não sabia bem o que vestir e sem perceber acabei optando por usar uma das roupas de guardiã que usava na Corte. Prendendo meu cabelo num rabo de cavalo, eu desci as escadas para encontrar um Dimitri me observando como se eu fosse uma bomba relógio, mas que não falou nada.

Esperar que meu celular tocasse novamente foi mais uma provação e quando tocou, eu nem me importei em atender, pois ouvi o carro se aproximar e quando olhei da janela e o vi se aproximar eu abri a porta e corri até a entrada da casa.

– Rose – disse minha mãe enquanto descia do carro – eu espero que isso seja algo realmente urgente. Ontem a noite seu pai me ligou dizendo que você tinha algo para nos contar eu viajei até aqui para isso.

Eu respirei fundo já não aguentando mais.

– É urgente e é importante. – eu disse e esperei Abe se aproximar e ficar ao lado dela – Eu acho que encontrei minha irmã.

Minha mãe me encarou de olhos arregalados e meu pai passou um braço ao seu redor.

– Mas... Como você sabe disso? – ela me perguntou e eu fiz uma careta. Essa era uma conversa que eu tive com Abe e ao olhar para ele, eu vi que tinha começado isso do jeito errado.

– Bem, essa parte não é importante – e então eu comecei a falar tudo o que eu sabia.

Quando eu terminei, Abe me olhava atônito e minha mãe que se manteve calada, de repente se pôs no modo profissional.

– Me leve até lá – ela me ordenou.

E nós quase estávamos indo quando Yeva apareceu atrás de Dimitri.

– Eu também vou – ela disse nos olhando.

Eu já estava pronta para dizer que não, mas Dimitri me interrompeu.

– Rose, vá com eles. Eu vou com vovó atrás.

Eu olhei para Abe que ainda estava sem reação.

– Vou pedir para que o guardião de Abe volte aqui e traga vocês dois – eu disse e lhe dei um beijo no rosto enquanto meus pais entravam no carro e nós seguíamos em direção à casa de Ana.


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